Tríduo e Festa de São Pedro Nolasco em Brasília

Nos dias 03, 04 e 05 de maio deste ano a Comunidade de São Pedro Nolasco da Vila Telebrasília, localizada em Brasília – DF realizou o tríduo em honra ao seu padroeiro. A festa solene do fundador da Família Mercedária foi celebrada no dia 06 às 19:00.

Nestes dias bom número de fiéis acompanharam as celebrações que trazia como tema: São Pedro Nolasco e as vocações. Desse modo, cada dia na liturgia foi recordado uma vocação do Povo de Deus e destacado sua relação com São Pedro Nolasco e suas obras.

Em sua homilia na festa Frei Elionaldo Ecione e Silva destacou que Nolasco é uma profecia para os nossos tempos, um testemunho de liberdade que nos questiona e nos provoca uma reflexão e uma resposta. Disse ainda, que diante de um mundo cativo e gerador de tantos cativeiros procurar se livre é um ato corajoso de quem tem fé e confia plenamente em Deus.  E, que o grande milagre de Nolasco é nos encontrarmos vivendo o seu carisma após o curso de oito séculos […].

Neste mesmo final de semana estava ocorrendo no postulantado mercedário um encontro vocacional. Os jovens participaram e acompanharam a festa carregando o andor do santo pelas ruas da comunidade da Vila Telebrasília. Foi uma experiencia comunitária repleta de alegrias, comunhão e fraternidade. Essa data foi celebrada em muitos lugares do mundo, nas mais variadas obras conduzidas pela Família Mercedária.

Afinal, o que é fraternidade?

A fraternidade é um assunto presente em pautas mundiais. Mas o exercício da fraternidade ainda é um grande desafio para o mundo contemporâneo, mesmo depois de mais de dois mil anos em que a humanidade caminha na história.

Por isso, falar sobre fraternidade nunca será demais, há sempre algo acontecendo em favor do tema, embora existam muitos atentados contra a vida que ferem a fraternidade. No entanto, há muitas iniciativas que permanecem até hoje. 

Uma delas foi a instituição do Dia Nacional da Fraternidade, celebrado dia 13 de maio, no Brasil, graças à inspiração de três sacerdotes em exercício pela Cáritas. Saiba mais sobre esse assunto neste post. 

Dia nacional da fraternidade

A compreensão sobre fraternidade tem na Revolução Francesa seu grande marco histórico. Quem não se lembra do trio: Liberdade, igualdade e fraternidade! Até hoje, essa revolução ressoa, ela ainda não foi posta totalmente em prática, mas também é reconhecida como o maior movimento sócio-político da humanidade.

E no Brasil, o dia 13 de maio tem um valor fraterno: Dia da Abolição da Escravatura – a famosa Lei Áurea – que acabou com a escravidão nas terras brasileiras. E de 1888 saltamos para 1961, na mesma data, para instituir o Dia Nacional da Fraternidade.

Essa comemoração foi criada a partir da Campanha da Fraternidade, por três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira, uma organização humanitária da Igreja Católica, para lutar pela dignidade, igualdade e fraternidade entre todos os seres humanos.

Logo, o Dia da Fraternidade provoca reflexões e ações concretas a partir do entendimento de que todos possuem direitos iguais, independente da orientação sexual, etnia, religião ou classe econômica. Ou seja, todos têm o status de irmãos e irmãs.

O Papa Francisco e o fraternidade 

Falar sobre fraternidade hoje, no âmbito da Igreja Católica, é lembrar do documento do Papa Francisco chamado “FRATELLI TUTTI”, em português seria “Todos irmãos!” Um livro que pode se comparar a um verdadeiro tratado sobre fraternidade nos dias atuais.

Logo no início, o Papa fala sobre São Francisco de Assis – o irmão universal – que se dirige aos frades para propor-lhes uma vida com sabor do Evangelho. E qual a proposta de Cristo se não o amor entre as pessoas, a vida em comunidade, a experiência fraterna!

E o Papa Francisco sabiamente nos faz um pedido: 

“[…] quero destacar o convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço; nele declara feliz quem ama o outro, o seu irmão, tanto quando está longe, como quando está junto de si […]”

E é em homenagem ao Dia Nacional da Fraternidade que buscamos nas palavras do Santo Padre a inspiração necessária e urgente para entender este tema e continuar plantando a vida de irmãos(ãs). Por isso, selecionamos três reflexões a partir da Encíclica. 

A fraternidade não é resultado apenas de situações respeitosas

O respeito é uma condição essencial para se viver em sociedade, mas ela não é suficiente para sustentar a fraternidade. O Papa nos faz uma pergunta provocativa: 

“Que sucede quando não há a fraternidade conscientemente cultivada, quando não há uma vontade política de fraternidade, traduzida numa educação para a fraternidade, o diálogo, a descoberta da reciprocidade e enriquecimento mútuo como valores?”

A resposta é clara: predomina a solidão, o individualismo e apenas uma piedade pelo outro de vez em quando. Isso não é suficiente para mudar os relacionamentos e impactar a situação social.

Dizer que “todos os seres humanos são iguais” não é suficiente

Segundo o Papa Francisco, isso é conceito abstrato, carente de resultado se não houver o cultivo consciente e pedagógico da fraternidade. Ou seja, é preciso mexer com as estruturas, oferecer oportunidades para todos, com vida digna, emprego, moradia ou a sociedade será formada sempre por grupos que se protegem e dialogam apenas entre si.

É preciso combater o individualismo

O Santo Padre afirma que o individualismo radical é o vírus mais difícil de vencer. A soma dos interesses individuais não é capaz de produzir um mundo melhor! Nem nos preserva dos males, que se tornam globais – um mundo globalizado gera problemas comuns.

“Para se caminhar rumo à amizade social e à fraternidade universal, há que fazer um reconhecimento basilar e essencial: dar-se conta de quanto vale um ser humano, de quanto vale uma pessoa, sempre e em qualquer circunstância.”

Rezemos pela fraternidade, mas sejamos fraternos!

O Dia Nacional da Fraternidade nos coloca diante de vários desafios! Não nos faltam caminhos de reflexão. O Papa Francisco, por exemplo, nos propôs várias a partir da encíclica, resumida nas breves colocações que compartilhamos acima.

E para aqueles que professam a fé cristã, a busca pela fraternidade é sinônimo de luta diária contra a injustiça, o preconceito e a discriminação causada pela concentração de poder e pelo intolerância.

Rezar é sempre o ponto de partida, mas ser é o ponto de chegada. Portanto, rezemos pela fraternidade e sejamos fraternos.

Escola nova: 5 dicas para escolher uma

Diante de tantas responsabilidades que temos na família, uma delas é a educação dos filhos. Como escolher uma escola nova com de tantas opções? 

Primeiramente, é necessário observar muito para evitar que a educação aconteça com menor qualidade e prejudique a criança no futuro.

A legislação sobre educação  diz: “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana […] e nas manifestações culturais.” (LDB – A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira )

Logo, procure na escola nova  conteúdos que correspondam a essas orientações sugeridas.

Com  envolvimento em todas as áreas, aprendizado específico para a faixa etária, sem se esquecer da cultura.

Por isso, preparamos este post com 5 dicas práticas e objetivas para ajudar você a escolher não apenas uma nova escola, mas a melhor para sua criança.

Encontre valores parecidos com os seus

Com certeza, há muitas escolas boas em qualquer lugar, com estruturas ótimas e admiradas na região.

Porém, não basta ser admirada. É preciso compreender que tipo de cidadão ela irá preparar para o futuro.

Que valores movem a escola e de que maneira ela coloca em práticas sua missão?

Logo, existem valores que são fundamentais para a formação do homem, principalmente se a família tem temor a Deus.

Portanto, pergunte quais princípios movem os responsáveis pela escola nova.

Visite o ambiente e observe as imagens presentes como: quadros, gravuras e outros.

E assim, o que elas acreditam será transmitido para os alunos.

Informe-se sobre o plano de ação da escola nova

 O plano de ação diz respeito a tudo que a escola faz para ajudar a criança a aprender.

Porém, talvez você se diga: eu não sei como me informar sobre o plano de ação da escola nova!

Então, basta uma pergunta para esclarecer sua curiosidade: Qual o plano de ação de vocês?

Assim, a pessoa responsável compreenderá e responderá com detalhes ao seu questionamento.

No entanto, a Legislação ainda afirma:

“A educação […] tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (LDB).

Sendo assim, o pleno desenvolvimento significa a aplicação de conteúdos que envolvam o aluno, do aprendizado aos relacionamentos consigo e com a sociedade.

Contempla também fazer com que o estudante, desde criança, aprenda a ser protagonista no processo do conhecimento.

Portanto, o plano de ação é importante para a escolha de uma escola nova.

Localização da escola nova

Não menos importante é a localização da escola. Se sua criança já vai sozinha estudar, observe o acesso, se há faixa de pedestre e segurança suficiente por perto.

No entanto, na maioria das vezes, são os pais que levam os filhos para a escola.

Dessa maneira,  é fundamental calcular quanto tempo leva para chegar e voltar da escola para evitar que a criança espere muito ao final da aula.

Portanto, uma boa localização é indispensável para escolher uma escola nova.

Valores e material escolar

Quando se fala em educação, não tratamos de despesa, mas de investimento.

Assim, tudo que é aplicado, ao longo dos anos, em benefício do aprendizado, terá um retorno a longo prazo.

Porém, há situações que fogem do conhecimento dos pais e que, na hora de escolher uma escola nova, vale a pena analisar.

Sobre isso, os órgãos competentes informam:

  1. O contrato com a escola tem que informar cursos extras e tudo sobre pagamentos e reajustes;
  2. As escolas não podem exigir fiador para assinatura do contrato;
  3. Nenhuma escola pode obrigar o aluno a comprar material de determinada marca ou indicar onde comprar. 

Logo, a despesa é um item importante na escolha da escola nova.

Aproximação com a realidade 

O mundo não é mais o mesmo desde a chegada da internet.

A tecnologia rompeu as fronteiras, diminuiu as distâncias e aproximou as culturas.

Logo, sabemos de tudo o que acontece no planeta, sem sair de casa. A era da informática não volta atrás.

Portanto, uma das realidades necessárias na escola nova é o uso da informática como instrumento educativo.

Porém, outro assunto atual é o cuidado com a natureza. Se desde criança houver preocupação com a vida do planeta, mais tempo se viverá bem nele.

E por fim, se o planeta corre risco de vida, as pessoas também sofrem.

Portanto, despertar a ajuda ao próximo é indispensável na formação do cidadão.

Sendo assim, descobrir como a escola nova trabalha a tecnologia, o cuidado com a natureza e a solidariedade é parte fundamental na escolha da escola nova.

Todos esses pontos nós observamos em nossas escolas para garantir o bem das crianças e de suas famílias.

Portanto, nossa preocupação é a formação de pessoas livres e capazes de enfrentar o mundo.

Logo, dispomos de professores preparados, aulas dinâmicas e aprendizado apoiado em projetos.

Conte com nossa experiência e nossa ajuda!

Que tal uma ajuda na educação escolar de seus filhos? Baixe gratuitamente o E-book: Guia para a educação no dia dia.

Conheça os pedidos de oração do Papa Francisco

O Papa Francisco compartilhou sua intenção de oração para o mês de maio: 

“Rezemos para que os movimentos e grupos eclesiais redescubram cada dia a sua missão evangelizadora, pondo os próprios carismas a serviço das necessidades do mundo”.

E falar sobre movimentos e grupos eclesiais é contar a história do protagonismo dos leigos na Igreja, principalmente após o Concílio Vaticano II, quando o Papa João XXIII disse sua famosa frase: 

“O Concílio, que agora começa, surge na Igreja como dia que promete a luz mais brilhante. Estamos apenas na aurora: mas já o primeiro anúncio do dia que nasce de quanta suavidade não enche o nosso coração!”

esse novo dia vem acompanhado de novas inspirações do Espírito Santo, que sonda os corações e conhece o clamor dos filhos de Deus (Rm 8,27); entre eles os movimentos e grupos eclesiais. Entendamos um pouco essa história e reze com o Santo Padre.

Os movimentos e grupos eclesiais por quem o Papa Francisco reza em maio

Movimento é uma palavra do latim que significa movere, ou seja, mover; e eclesial se refere à ecclesia, também do latim, Igreja. Portanto, movimento eclesial é um agrupamento de fiéis organizados, em torno de um objetivo, em que se acentua o caráter vivo e dinâmico da evangelização.

O Código de Direito Canônico prevê os movimentos e grupos eclesiais e fala deles como uma organização de leigos, de acordo com as estruturas das dioceses ou independentemente, podendo ou não ter estatuto próprio. 

Existem, então, diversos tipos de movimentos e grupos eclesiais que, ao longo dos anos, vêm contribuindo muito com a propagação do Evangelho, através do testemunho de vida e da evangelização, por meio de novos métodos.

Cada um deles, como disse o Papa Francisco, são um dom, são a riqueza da Igreja,  e funcionam de vários modos, de acordo com uma necessidade local da Igreja ou mesmo do tempo em que vivem.

Somados, eles formam uma multidão de pessoas, em diversos estados de vida, lugares e culturas diferentes, com carismas, apostolados, comprometidas com a Igreja, a partir de suas paróquias e dioceses. E a graça comum a todos é o encontro pessoal com Cristo.

O Papa Francisco destaca a importância da missão!

“Mantenham-se sempre em movimento, respondendo ao impulso do Espírito Santo, aos desafios, às mudanças do mundo de hoje. Mantenham-se na harmonia da Igreja, pois a harmonia é um dom do Espírito Santo.” 

O Papa Francisco todo mês manifesta uma intenção de oração, através de uma rede de orações, para que estejamos unidos em intercessão. De fato, a vida do vigário de Cristo é uma constante vida de oração, sua primeira força para agir em nome de Cristo é rezar, logo nos convida a fazermos o mesmo.

E no mês de maio, nos pede oração pelos movimentos e grupos eclesiais. Entre os apelos está para que eles permaneçam em movimento pelo Espírito. Isto é, respondendo aos seus apelos e em comunhão com a Igreja local e universal.

Uma vez que não há missão sem comunhão, e a Igreja é a casa e a escola da comunhão. Para isso, é preciso dialogar e, como disse o Papa:

“os movimentos renovam a Igreja com a sua capacidade de diálogo a serviço da missão evangelizadora”.

E o Papa Francisco ainda destaca: 

“Eles redescobrem cada dia, no seu carisma, novas maneiras de mostrar a atratividade e a novidade do Evangelho. 

Como fazem isto? Ao falar línguas diferentes, parecem diferentes, mas é a criatividade que cria essas diferenças. Mas sempre se entendem e se fazem entender.”

Portanto, os movimentos e grupos eclesiais são uma grande força evangelizadora nos tempos atuais. Eles estão em todos os lugares ao mesmo tempo, seja no silêncio ou no barulho, para anunciar o quanto o Evangelho é atrativo.

Contemple a beleza de um movimento eclesial!

O vídeo, feito em colaboração com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, que acompanha o nascimento e o desenvolvimento de associações de fiéis e movimentos eclesiais, narra episódios de suas vidas, em contextos muito diferentes. 

Há, por exemplo: 

  • Os escoteiros portugueses em peregrinação com a cruz da Jornada Mundial da Juventude; os Neocatecumenais engajados na evangelização nas ruas das cidades americanas; os missionários Shalom em Madagascar e os de Comunhão e Libertação nas Filipinas; 
  • Novos Horizontes com as famílias das favelas brasileiras e a Comunidade Papa João XXIII com as famílias do Quênia; Santo Egídio acolhendo os refugiados da Líbia que chegam através dos corredores humanitários; os Focolares limpando as praias poluídas do sudeste asiático; 
  • Os jovens do Movimento Eucarístico Jovem, em seu congresso internacional, em adoração antes da Eucaristia. Tantos carismas diferentes, uma única missão: proclamar o Evangelho em diferentes ambientes e de diferentes maneiras.

Essa diversidade é expressão da beleza e da comunhão dos movimentos e grupos eclesiais, uma graça dada pelo Espírito Santo para a sua Igreja e para o bem da humanidade.

Agora, rezemos com o Papa Francisco:

Obrigado, Pai, por nos dares vida pela ação do teu Espírito em tanta diversidade de dons e carismas para a missão. Desejamos viver o nosso Batismo com fidelidade e entrega, dando testemunho do Evangelho na nossa vida quotidiana. 

Ajuda os movimentos e grupos da tua Igreja a serem espaços fecundos de serviço e entrega aos outros. Que todos os seus membros vivam com amor a disponibilidade ao serviço dos irmãos e irmãs. 

Nesta Rede Mundial de Oração, pedimos-te especialmente pelos jovens e crianças do MEJ, Movimento Eucarístico Juvenil, para que vivam cada dia ao estilo de Jesus, dando testemunho de Cristo Eucaristia com eucaristias vivas e abertas a todos, ao serviço das necessidades do mundo. Amém.

Assista também ao vídeo do Papa Francisco aqui

Alegria: fruto da ressurreição de Jesus

A alegria é um dos frutos do Espírito Santo que acompanham aqueles que creem no Senhor Ressuscitado. E esse sentimento não é menor do que o que os apóstolos sentiram, mas a mesma graça, com a mesma força, porque o Senhor é o mesmo.

O Papa Francisco, na Vigília Pascal (2023), nos disse que podemos correr o risco de achar que a ressurreição de Cristo é um fato histórico, ficou no passado, assim como achavam as mulheres que foram ao sepulcro (Mt 28,1).

De fato, afirma o Papa, se ficarmos presos aos túmulos das nossas desilusões, amarguras e enfermidades, acreditaremos que a alegria do encontro pertence ao passado. 

Mas, ao contrário, precisamos agir como as mulheres que se afastaram do túmulo e correram para dar a boa notícias aos outros.

E a notícia é essa: Cristo ressuscitou, aleluia. Logo, essa verdade se renova pelo encontro e pelo anúncio – duas atitudes que nos ajudam a manter viva a alegria pascal. Aprenda mais sobre este tema aqui!  

A alegria do encontro com o Ressuscitado!

É impossível imaginar o tamanho da alegria que os Apóstolos experimentaram no Domingo da Páscoa. Porém, sabemos que ela foi capaz de tocar o coração daqueles homens tristes, desanimados e covardes em transformá-los em pessoas cheias de força, coragem e esperança.

a presença do Ressuscitado transformou toda a dor em alegria. O Senhor Jesus fez sua páscoa e os apóstolos também fizeram a deles, a partir do momento que se encontraram com o Senhor dentro do coração e nas diversas aparições que Ele realizou.

Assim a páscoa deixou de ser uma promessa e tornou-se um fato consumado e constatado. E, ao mesmo tempo, uma graça que se repete e se renova em cada Eucaristia, em cada encontro com a Palavra e com os irmãos na oração e na comunidade.

Portanto, a alegria da ressurreição é resultado de um encontro verdadeiro com Cristo Vivo em meio às dores, ao cansaço e às desilusões, próprias da humanidade em qualquer tempo da história. Mas uma alegria que supera as tristezas da vida!

A alegria nos envia em missão!

Em todas as passagens bíblicas que falam da ressurreição de Cristo, uma ordem acompanha os discípulos, além da surpresa e da alegria que são comuns. Observe:

“Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão” (Mt 28,10);

“Por fim, Ele apareceu aos onze quando estavam sentados à mesa… e disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,14);

“Diziam então um para o outro: “Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém…” (Lc 24,33);

“Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.” (Jo 20,18)

Portanto, é próprio de quem faz um encontro verdadeiro, que transforma sua vida e enche de alegria, falar sobre isso! E esse anúncio não acontece em lugares programados, em palanques, Igrejas ou conferências, mas no caminho que percorremos todos os dias.

Ou seja, no ponto de ônibus, no supermercado, na fila do banco, na praça, na porta da escola, à espera de um atendimento médico. E, muitas vezes, ele se dá na simplicidade, com um sorriso ou uma escuta acompanhada de uma palavra de ânimo.

Essa alegria do anúncio mantém viva a chama da experiência do Ressuscitado dentro do coração, assim como se deu com os apóstolos e na história da Igreja ao longo de séculos.

“Alegrai-vos sempre no Senhor…” (Fl 4,4)

Então, a alegria é resultado de um encontro e se estende no anúncio desse acontecimento através da vida. Porém, o cotidiano é cheio de altos e baixos, nem sempre nos recordamos do encontro que tivemos com o Senhor na noite da Vigília Pascal e no domingo de Páscoa.

Agora, o que fazer para manter a alegria pascal ao longo de todo ano?

A primeira atitude é perseverar no louvor, mesmo quando os atropelos da vida nos empurrem para o caminho da lamentação. Porque o louvor, antes de tudo, é uma oração de relacionamento com Deus; eu o exalto pelo que Ele é na minha vida pessoal e isso não apaga com as tribulações.

A segunda atitude é o encontro com o Ressuscitado diariamente, seja pela leitura da Palavra, pela eucaristia ou pela oração. Os cinquenta dias do tempo pascal são como um grande retiro espiritual que nos renova por dentro a fim de mantermos acesa a chama da fé no Senhor vivo.

Por fim, e não menos importante, é dizer aos problemas o quanto o nosso Deus é vitorioso, porque nos deu a esperança da vida eterna, uma vida que já se instalou dentro de nós pela fé. Isso parece óbvio, mas nem sempre é fácil de fazer.

Dom Alberto Taveira (Bispo do Pará) disse que precisamos rezar as nossas preocupações ou elas nos roubam a alegria do ressuscitado. Ou seja, sempre que aparecer um problema no caminho, fale sobre ele com Deus, esvazie o coração, volte à alegria e siga em paz!

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Ensino católico: 5 diferenciais do Colégio Mercedário

O ensino católico tem características próprias além da formação acadêmica dos alunos, porque se preocupa com a educação da mente, do corpo e da alma, ou seja, da pessoa humana, também, como imagem e semelhança de Deus.

Sendo assim, as escolas Mercedárias trazem essa preocupação em toda a aplicação do processo de ensino e aprendizagem de seus alunos. Com uma longa tradição no ensino, elas desenvolvem uma pedagogia para a liberdade e para o protagonismo dos alunos (as).

Mas esse crescimento integral precisa ser equilibrado pela contribuição de diversas áreas, assim como orientam os documentos educacionais do Brasil. 

Por isso, preparamos este post para apresentar 5 diferenciais presentes nas escolas Mercedárias que contribuem com o bom desenvolvimento do seu filho (a). 

#1 Um ensino católico com uma proposta pedagógica atual e inovadora

Com certeza, o primeiro objetivo dos pais quando colocam os filhos na escola é que eles aprendam. Realmente, o colégio é responsável pela educação formal, mas o ser humano é mais que o alfabeto, hoje o mercado exige novas capacidades para o profissional do futuro.

Logo, a proposta pedagógica da escola Mercedária, desde a primeira infância, trabalha o indivíduo de forma integral, agregando valores morais e éticos, conhecimentos, responsabilidade social, solidariedade e saber, através de uma aprendizagem significativa.

Ou seja, não basta o aluno (a) cumprir uma atividade pedagógica, mas entender o porquê realizá-la. Dessa forma, contribuímos para a formação do cidadão (ã) consciente, participativo e responsável, um diferencial do ensino católico.

E ainda, investimos no bem-estar emocional dos nossos alunos com a ajuda do Carisma Mercedário “Visitar e Libertar” que acredita na liberdade dos filhos (as) de Deus diante de tantas escravidões modernas, sem deixar a realidade, mas com uma visão crítica e sadia. 

#2 Para um bom ensino católico: ambiente, estrutura e professores qualificados

Como diz Paulo Freire:

“A Escola é…o lugar que se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, Programas, horários, conceitos… Escola é sobretudo, gente. Gente que trabalha, que estuda. Que alegra, se conhece, se estima.” 

Quando falamos sobre ambiente escolar favorável, isso diz respeito exatamente aos sentimentos que circulam em um lugar. E o ensino católico tem uma atmosfera diferente, por causa do cultivo dos valores evangélicos.

Assim, o clima de delicadeza, compreensão, paz e amizade tem uma fonte inesgotável: a presença de Deus. E esse ambiente humano e solidário inspira segurança e confiança aos alunos (a) e suas famílias.

No entanto, para sustentar esse ambiente, as escolas Mercedárias oferecem uma infraestrutura favorável ao aprendizado dos alunos, com: salas de aulas amplas, climatizadas, área de lazer, quadras, laboratórios de informática e de ciências.

Como também, um grupo de professores qualificados e experientes, que formam uma equipe com sinergia, empenhada no desempenho dos alunos todos os dias, em cada etapa do crescimento. Esses pontos são essenciais para um ensino católico de qualidade.

#3 Atividades intracurriculares

A escola regular é naturalmente cheia de atividades, como também é um ambiente de aprendizagens múltiplas. Como já citamos, cada vez mais o mercado de trabalho exige pessoas qualificadas e adaptadas às mudanças dos tempos.

Por isso, o ensino católico da escola Mercedária se preocupa em oferecer o suporte necessário para seus alunos (as) enfrentarem a sociedade pós-moderna com suas exigências, combatendo o medo e o desânimo que a concorrência nos impõe.

De forma que trabalhamos com atividades voltadas para o desenvolvimento pessoal, como: aulas de música, religião, contação de histórias, informática, orientação pessoal e projeto de vida; essas são as chamadas atividades intracurriculares.

Entre elas, vamos destacar três: 

  1. Aulas de informática – elas são a oportunidade de o aluno começar a dominar os recursos tecnológicos e tornar-se competente digitalmente. As inúmeras ferramentas presentes nos softwares propostos nas atividades e projetos, são um valioso instrumento de desenvolvimento do educando. 
  2. Orientação Profissional – tem por finalidade orientar o aluno(a) na escolha de uma profissão adequada às suas características pessoais e às necessidades do mercado de trabalho, para que ele tenha êxito profissional e sobretudo realização pessoal.
  3. Projeto de vida – este item tem por objetivo desenvolver as competências socioemocionais dos alunos (as). Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC):

 “Competências socioemocionais são definidas como as capacidades individuais que se manifestam de modo consistente em padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos, favorecendo o desenvolvimento pleno dos estudantes e expandindo as oportunidades de aprendizagem escolar.”

Logo, desenvolver um projeto de vida é trabalhar consigo mesmo a partir do autoconhecimento, da inteligência emocional e dos valores humanos. Então, as aulas visam auxiliar a pessoa na construção de um projeto de vida saudável e de um perfil empreendedor.

#4 Atividades extracurriculares

Nós sabemos que a prática de atividade física na infância é fundamental para o crescimento e desenvolvimento saudáveis. Isso não influencia apenas para a saúde física, mas melhora o convívio social e a sensação de pertencimento a um grupo. 

Sem falar que a prática de uma modalidade esportiva eleva a estima e seus efeitos duram por toda a vida. Por isso, a escola Mercedária oferece atividades extracurriculares para enriquecer o ensino católico de nossas unidades.

Logo, há uma variedade de opções, como:

  • #Ballet – além dos movimentos físicos, existe a musicalidade, ritmo, coordenação motora, concentração, lateralidade que ajudam no desenvolvimento geral do aluno.
  • #Handebol e Futsal – são atividades que proporcionam desenvolvimento motor global, equilíbrio, noção espacial e espaço-temporal, convivência social, compreensão e respeito às regras, trabalho em equipe, tomada de decisões e aprender a lidar com ganhar ou perder.
  • #Street Dance – é um tipo de dança que mistura a dança de rua e o Hip Hop. Ela traz muitos benefícios emocionais e físicos, como: estimula o trabalho das funções psicomotoras como prevenção para posturas deficientes; desenvolve ritmos, desperta a criatividade e ajuda no convívio social.

Formando cidadãos à luz do evangelho

Você sabia que a Palavra de Deus é o livro mais lido e traduzido em mais de mil idiomas no mundo? Não é à toa essa informação, porque a Palavra fala de uma Pessoa e de um acontecimento que mudou o mundo e continua transformando as pessoas: Jesus Cristo.

E é por causa dessa verdade que existe a Ordem Mercedária, e as escolas são extensões desse carisma a favor da humanidade. Por isso, o ensino católico tem por objetivo apresentar o homem a Deus, uma vez que o Senhor já se revelou para nós.

Mas a fé é também um processo pedagógico de assimilação ao longo da vida. Se a escola oferece esse suporte religioso, então a família fica tranquila por ver a Instituição educacional como local de difusão do amor de Deus.

Assim acontece o desenvolvimento do ensino católico no colégio Mercedário: momento de oração, celebração da fé, com a participação da família, dos alunos e funcionários, como também as ações de solidariedade em favor dos mais necessitados.

Portanto, somando todos esses motivos, o colégio Mercedário está apto a acolher seu filho (a) e conduzi-lo no caminho do crescimento humano, cognitivo e profissional.

7 Virtudes de São José que todo católico precisa alcançar

“São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.”

Estas palavras do Papa Francisco sobre o pai adotivo de Jesus já nos sinalizam várias qualidades desse santo! E se o mundo precisa mais de testemunhas do que de palavras para anunciar o Evangelho, José é o modelo perfeito para todos os cristãos.

Mas preparamos apenas 7 virtudes que são indispensáveis para todo católico. E com o decorrer da amizade e a intercessão de São José, outras virtudes irão brotar.

#1. São José tinha amizade com Deus

Apesar do silêncio de São José ao longo do Evangelho, sua postura mostrou mais do que as palavras poderiam dizer. Desde o início da missão com a Virgem Maria, até o nascimento de Jesus e sua educação, José esteve atento, zeloso e cumpriu a missão até o fim.

Quem conseguiria fazer o que ele fez se não tivesse uma motivação verdadeira? E a palavra motivação na vida cristã não está ligada a recompensas materiais, mas ao amor! Quem se sabe amado por Deus está disposto a tudo. Assim foi com São José.

E o amor a Deus na vida dele é fruto de seu temor, do conhecimento das sagradas escrituras, da espera pela libertação de seu povo, ou seja, de sua amizade com Deus! Sejamos amigos de Deus a partir do que Ele é, assim como fez São José. 

#2. A fidelidade de São José

A amizade gera fidelidade! São José não foi qualquer homem que Deus escolheu no caminho, ele era da linhagem de Davi, porque Jesus precisava ser da casa real. Então, assim como a Virgem Maria foi escolhida, também ele o foi! 

Mas ele poderia ter negado a missão, no entanto não o fez! Mas a aceitou e isso demonstra sua docilidade e disposição. Houve muitas dificuldades ao longo do caminho, mas ele confiou na voz de Deus e permaneceu fiel. Fidelidade está ligada à pertença! 

Se soubermos a quem pertencemos, assim como São José, seremos fiéis aos propósitos de Deus em nossa vida e colheremos muitos frutos, seremos felizes e deixaremos um rastro de santidade na nossa família. 

#3. São José sempre foi obediente

Primeiramente precisamos entender o que é obedecer. Essa palavra vem do Latim “oboedire“, que significa escutar com profundidade. E assim São José ouviu a voz de Deus, sempre de uma maneira muito sensível, através de sonhos. Mas ele não contestou. Por que, será? Alguns podem achar loucura, mas a vida cristã diz que devido à sua fé!

A sua amizade com Deus e fidelidade resultam nessa escuta. Mais do que escutar com os ouvidos, José ouviu com o coração. Isso não significa facilidade. Ele não teve vida fácil, precisou recomeçar muitas vezes, em vários lugares. Mas obedeceu a quem amava.

#4. Desapego de si

O cristão é a pessoa do recomeço. E São José é o melhor exemplo para nos explicar isso! Ele estava prometido em casamento, teve que recomeçar nesse propósito; mudou-se com Maria para proteger o Menino, recomeçou de novo; e voltou do Egito para Nazaré, começou novamente.

Essas mudanças pedem desapego de si, de seus planos, de lugar, de coisas, do próprio trabalho! Mas não por um capricho pessoal e sim para o bem da família e dos dois amores de sua vida: Maria e Jesus. Peçamos a este santo a virtude do desapego em vista de um bem maior.

#5. Caridade

A vida de São José foi totalmente dedicada a Maria e Jesus – a grande missão de sua vida. Assim, ele os serviu, durante toda a sua vida terrena com perfeição. Foi esposo, pai, educador e sustentou sua casa com o suor de seu trabalho. São José aplicou toda a sua vida para proteger o grande autor da caridade.

A virtude da caridade neste grande homem começa quando ele aceita participar da missão redentora de Cristo, porque não há maior caridade que comunicar dignidade à pessoa humana através do Evangelho. Além do socorro material que acompanha esta virtude.

#6. Responsabilidade diante da missão

São José realizou uma das grandes missões do cristianismo: ele foi responsável por cuidar da Sagrada Família, ensinar o ofício da carpintaria e a Lei ao Menino Deus, ser referência de homem e pai a toda humanidade. Essa virtude é um dom do Espírito Santo.

A responsabilidade que existia no coração de José era a clareza de que aquela missão não o pertencia, não era uma obra sua, mas totalmente de Deus. Isso tanto o fez humilde como dependente de Deus, e ele não se decepcionou. Deus estava com ele e o honrou até o fim.

#7. A prática do trabalho

Voltemos ao início para falar dessa virtude em São José:

“São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho”.

O Papa ainda diz mais sobre São José:

“O trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o trabalho.” Logo, o trabalho é uma virtude testemunhada pelo modelo do operários – São José. Ele sustentou sua família com seu trabalho, sem esperar nada cair do céu.

E Deus o abençoe com tudo que ele precisou para viver com dignidade, como também Jesus aprendeu o mesmo ofício e praticou até começar sua vida pública.

Conte com São José!

São José não nos testemunha uma vida longe da realidade, mas no cotidiano ele nos ensina a ser e viver a vida com uma nova motivação – o amor a Deus. A força do amor de Deus nos enche de virtudes!

Peçamos, então, a intercessão deste grande santo para alcançarmos uma vida virtuosa no dia a dia. São José, rogai por nós.

Sobre este grande santo, leia também: São José: 5 maneiras de fortalecer a sua devoção Josefina

São Pedro Armengol: o Padroeiro dos jovens em perigo

São Pedro Armengol é uma prova da Misericórdia Divina em favor de seus filhos, em qualquer situação, lugar e época. Já ouviu falar dele?

De nobre, passou a ladrão, até que um dia se viu assaltando o próprio pai! E assim como São Paulo sofreu uma queda, Pedro também caiu em si e percebeu o mal que estava praticando.

Porém, Deus tem seus planos e não precisa de ninguém para realizá-los, mas gosta de contar conosco. Assim aconteceu com o jovem Armengol que recebeu o socorro de Nossa Senhora das Mercês através dos Mercedários e transformou o rumo de sua história.

Conheça o que Deus fez por ele e deixe-se impactar por esta surpreendente história de santidade. 

São Pedro Armengol – de nobre a assaltante!

São Pedro Armengol é natural da Catalunha – Espanha e viveu em meados do século XIII. Seus pais eram nobres e tinham amizade com o rei de Aragão, o soberano daquela região ibérica. O jovem Pedro cresceu em meio a riquezas, palácios, festas e alta nobreza.

No entanto, o clima favorável não permaneceu na vida de Pedro. À medida que cresceu, envolveu-se com más companhias que o levaram a uma vida de bandidagem, a tal ponto que ele abandonou sua casa, o conforto e a educação católica que recebeu de seus pais. 

Apesar de todos os esforços que seus pais fizeram para impedir seus maus vícios, ele não parou e chegou ao fundo do poço, tornando-se chefe de uma quadrilha de assaltantes de estrada, procurados pela polícia.

Mas a misericórdia de Deus nunca abandona seus filhos, principalmente diante do apelo de uma mãe! Essa mãe é a Virgem Maria que já o esperava e preparava o caminho da vontade de Deus para São Pedro Armengol.

São Pedro Armengol e o poder da graça divina

Conta a história que ele estava um dia andando pelo mato com seus companheiros e ouviu um som de clarim, típico instrumento da Corte. Então, encontrou uma nova oportunidade de assaltar um nobre, mas, para sua surpresa, quem estava na carruagem era seu próprio pai.

Esse fato transformou sua vida! Pedro ficou envergonhado, pediu perdão ao pai e deixou a vida que levava. Depois encontrou-se com a misericórdia de Deus quando se confessou com um religioso mercedário e começou uma nova jornada de santidade em sua vida.

Desperta mais uma vocação mercedária

São Pedro Armengol encontrou-se com sua vocação e pediu para entrar na Ordem Mercedária, cujo carisma era libertar os cativos da escravidão dos mouros, que viviam sequestrando cristãos para trabalharem em suas terras como escravos.

Então, essa tornou-se a vida que o santo homem abraçou! Em obediência à voz de Deus, ele passou muitos anos no norte da África resgatando a vida dos cristãos. Quando já voltava para Espanha, ofereceu-se para resgatar 137 jovens cristãos presos pelos mouros.

A missão dos Mercedários era, muitas vezes, um ato de heroísmo, porque quando eles não conseguiam o dinheiro do resgate dos cristãos, se ofereciam para ficar no lugar deles até que o valor fosse arrecadado e enviado aos mouros. Apenas o amor realiza essas ações!

Assim se deu com o santo: a quantia era tão alta que apenas na Espanha era possível conseguir e ele, então, ficou no lugar dos jovens sem hesitar até que o valor fosse levantado. No entanto, os mouros colocaram um prazo para o pagamento ou o religioso seria enforcado.

“A mesma Soberana Rainha me susteve com suas santíssimas mãos”

A Providência Divina escreve certo em nossas linhas tortas. Com o fim do prazo do pagamento, os sequestradores enforcaram São Pedro Armengol e, pouco tempo depois, o navio chegou com o dinheiro do resgate. 

Quando os religiosos mercedários perguntaram por Pedro, ouviram a resposta: “Tarde demais. Faz três dias que o enforcamos”. Os frades então foram buscar o corpo do irmão para sepultá-lo com dignidade. 

Ao chegarem ao local, houve uma grande surpresa: encontraram Frei Pedro pendurado na forca e vivo, embora estivesse pálido como um cadáver. Ocorrera um verdadeiro milagre!  Quando pôde falar, o santo disse: 

“A Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, pediu a seu Santíssimo Filho a conservação de minha vida, e conseguido este favor, a mesma Soberana Rainha me susteve com suas santíssimas mãos, para que com o peso do corpo não me afogasse na corda que estava suspenso”.

Padroeiro dos jovens em perigo!

Após esse milagre, São Pedro Armengol voltou à Espanha e foi viver em um convento dedicado a Nossa Senhora dos Prados, na Espanha. Sua vida tornou-se modelo de santidade e confiança absoluta em Deus e em sua Mãe – a Virgem das Mercês.

E com a Santa Mãe de Deus encontrou-se definitivamente no dia 27 de abril de 1277, após uma grave enfermidade. Não escreveu livros, mas escreveu na história com sua vida a fidelidade a Deus, a intimidade e a confiança na Virgem Maria.

Para os jovens de qualquer época, São Pedro Armengol é um grande intercessor para orientar nas decisões, livrar-se das más amizades, sair do fundo do poço, libertar-se da escravidão moderna e ajudar nos caminhos de Deus! 

Por isso, rezemos a ele e a Virgem das Mercês para que os jovens encontrem a misericórdia de Deus assim como esse santo homem, porque para Deus nada é impossível.

Você já se fez esta pergunta: Chamado vocacional: existe um para mim?

Esperança: como cultivá-la?

A esperança é uma virtude teologal que recebemos no sacramento do batismo, junto às virtudes da fé e da caridade. No entanto, a esperança é também um grande fruto do Tempo Pascal, que ressurge em nós com a ressurreição de Jesus. Ele se revelou ressuscitado aos seus discípulos, mostrou-lhes as suas chagas, como quem diz: a morte foi vencida!

E Jesus está vivo, ao lado de Deus, assim como logo nós também estaremos no Céu, porque sua morte abriu para nós as portas do paraíso.

Por isso, o Tempo Pascal é tempo de fortalecer a esperança, de renovar a nossa fé e de experimentar na própria vida os efeitos do amor misericordioso de Jesus.

Por que precisamos da esperança?

A nossa vida não é feita apenas de alegria, muito pelo contrário, a cruz faz parte da nossa caminhada nesta Terra. Logo, a virtude da esperança nos ajuda a esperar por tempos melhores, a suportar o sofrimento e a termos certeza de que alcançaremos a felicidade plena no Céu.

A esperança também pode ser definida por aquilo que preenche nosso coração quando rezamos, rezamos e rezamos, mas não vemos sinais de que o Senhor está nos ouvindo. Ora, alguém sem esperança facilmente desanima e desiste.

E os frutos da esperança podem ser vistos em muitos textos bíblicos. O Antigo Testamento relata, por exemplo, que a esposa de Abraão era estéril. Porém, o Senhor prometeu a ele uma descendência mais numerosa do que as estrelas do céu. O casal confiou na promessa de Deus mantendo acesa a chama da esperança. Sara, já em idade avançada, ficou grávida e assim todo o povo de Deus constitui a descendência de Abraão.

Já no Novo Testamento, o anjo do Senhor anunciou à Virgem Maria que Ela seria a Mãe do Filho de Deus. E, mesmo sem entender como isso seria possível, a jovem Maria confiou e se prontificou a cumprir a vontade do Pai.

No entanto, Ela sofreu muito, mas jamais perdeu a esperança. Sempre guardava e meditava tudo no silêncio do seu coração. E porque manteve a esperança, Ela foi elevada ao Céu e coroada a Rainha dos anjos e dos santos, e hoje temos uma filiação divina com Ela.

A esperança segundo o Papa Francisco

Em dezembro de 2016, o Papa Francisco iniciou uma série de catequeses, que se dão tradicionalmente às quarta-feira, exclusivamente sobre o tema da esperança cristã. E o tema é tão profundo que se estendeu ao longo de 8 meses.

Segundo o próprio Papa, ele escolheu falar sobre esse tema porque no “deserto de nossa vida é possível florir se há esperança”.

E já na primeira catequese sobre a esperança, Francisco disse: “a vida é, muitas vezes, um deserto, é difícil caminhar. Mas, se há confiança em Deus, ela pode ser bela e ampla, como uma avenida. Basta não perdermos jamais a esperança e continuarmos a crer, sempre, apesar de tudo”.

O Sumo Pontífice ainda falou, em outra catequese desta série, que é “Jesus que está sempre ao nosso lado para nos dar a esperança, para aquecer o coração”.

Também disse que “os homens precisam de esperança para viver e precisam do Espírito Santo para esperar”. E comparou a esperança à vela de um barco. Sendo assim, afirmou: “Se a âncora é o que dá à barca a segurança e a mantém “ancorada” entre as ondas do mar, ao contrário a vela é o que a faz caminhar e avançar sobre as águas. A esperança é deveras como uma vela; ela recolhe o vento do Espírito Santo e transforma-o em força motriz que impele a barca, dependendo das circunstâncias, ao largo ou à beira-mar”.

Como cultivar a esperança?

Se não podemos perder a esperança, então precisamos buscar maneiras de cultivá-la para que nossa fé não sucumba diante das dificuldades da vida. Por isso, veja algumas dicas práticas!

# Aprenda a esperar o tempo de Deus

Temos mania de querer tudo imediatamente. Porém, este comportamento só gera em nós ansiedade, além de ser inimigo da esperança. Já diz o ditado: Quem espera sempre alcança! E se não soubermos esperar o tempo de Deus mataremos a esperança dentro de nós.

# Tire lições dos seus erros

Infelizmente, nem sempre fazemos as melhores escolhas para a nossa vida, por isso precisamos aprender a colher os frutos, ou seja, as consequências de nossas escolhas.

É possível, sim, extrair algo de bom, mesmo de coisas ruins. Afinal, tudo é aprendizado, e a cada nova lição mais sabedoria podemos adquirir. Basta procurar enxergar tudo aos olhos da fé.

# Promova a esperança

Jesus nos pediu: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado” (Lucas 6,36).

Este é praticamente um passo a passo que conduz não apenas o nosso coração à esperança, mas também promove a esperança aos outros.

Afinal, quem é que não deseja, apesar dos seus erros, ser acolhido com misericórdia; não ser julgado e nem condenado por seus pecados, mas sim perdoado. Além disso, também a partilha fortalece no coração dos necessitados a esperança e a confiança na Divina Providência.  

Enfim, tenha esperança e seja esperança!

Mais do que ter esperança, é nosso dever como cristão estimular outras pessoas a terem esperança. Portanto, seja o abraço amigo, a escuta atenta, o consolo na dor, no sorriso nas conquistas.

Quanto mais irradiamos esperança, mais a temos dentro de nós. Faça esta experiência e colha bons frutos em sua vida!

Aproveite para compartilhar este conteúdo para que também outros possam se fortalecer na esperança!

O que os Papas nos ensinam sobre a educação Cristã

A educação cristã é uma das preocupações do Papa Francisco. O Santo Padre acredita que a educação é o meio que capacita a pessoa humana a viver os desafios de hoje com maturidade e fraternidade.

Segundo um provérbio africano, “para educar uma criança, é necessária uma aldeia inteira”.

E Francisco afirma que essa aldeia é feita de uma aliança entre o estudo e a vida; entre as gerações; entre os professores, os alunos, as famílias e a sociedade civil, com as suas expressões intelectuais, científicas, artísticas, desportivas, políticas, empresariais e solidárias.

Ou seja, “é uma aliança entre os habitantes da terra e a casa comum”. Esse compromisso, no entanto, já foi compartilhado por muitos Papas. Por isso, selecionamos algumas sábias experiências para iluminar essa longa jornada educativa e cristã ao mesmo tempo. Confira!

Paulo VI e a educação cristã

Paulo VI (pontificado de 1963-1978) foi um homem grato aos educadores e disse isso pessoalmente em uma de suas visitas paroquias:  

“Eu vos abençoo pelo grande dom que fazeis, pela grande missão que exerceis. De coração vos saúdo a todos e vos abençoo”.

Segundo ele, os educadores exercem a profissão como uma vocação, porque estar com as crianças e ensinar a falar, pensar, rir e se tornarem homens e mulheres é uma ação enorme que se estende durante a vida inteira.

Ele escreveu uma encíclica chamada Populorum progressio em que disse ser a educação de base o primeiro objetivo de um plano de desenvolvimento:

“A fome de instrução não é, na realidade, menos deprimente que a fome de alimentos.”

Se prestarmos atenção nas palavras dele, traremos a educação na mesma medida com que tratamos a pressa em alimentar o corpo, sem deixar de lado a necessidade vital de alimento, mas com desejo urgente de livrar a sociedade da pobreza de conhecimento.

Uma vez que a falta de educação causa muitos males às pessoas, priva de dignidade, de direitos, até mesmo de pedir ajuda, e isso gera danos a toda sociedade e a educação cristã, porque conhecer a Deus é também um processo educativo.

João Paulo I uniu educação cristã à formação para o mundo!

O Papa João Paulo I passou apenas 33 dias no pontificado; era conhecido como Papa sorriso por causa da sua simpatia e amorosidade. Dessa forma, com muita atenção, ele falou sobre a importância da educação especialmente para os jovens.

São suas as palavras: 

“Caros jovens que estudais, vós sois verdadeiramente jovens, vós tempo tendes, e tendes juventude, saúde, memória e inteligência. Esforçai-vos por fazer render tudo isto. Das vossas escolas há-de sair a classe dirigente de amanhã. 

Alguns de vós chegarão a ministros, deputados, senadores, presidentes de câmaras, vereadores ou então engenheiros, diretores clínicos…, ocupareis lugares na sociedade. E hoje quem desempenha um lugar, deve ter a competência necessária, deve preparar-se”.

Assim, ele falava para os jovens sobre o compromisso deles com o futuro e a sociedade, incentivando-os a assumirem lugares de transformação. De fato, o Evangelho precisa estar em todos os lugares, para ser uma semente de educação cristã para todas as pessoas.

A educação cristã segundo São João Paulo II

Basta dizer que o Papa João Paulo II foi professor no seminário de sua cidade natal quando era sacerdote. O padre, dizia ele, é um homem para todos. Ele destacou-se de diversas formas e contribuiu para uma educação cristã inserida ainda mais na realidade humana.

Certa vez, ele disse:

“Uma ‘Escola para o Homem’ significa, de fato, tocar no cerne de uma problemática de fundamental importância, que diz respeito à própria razão de ser da Escola e à sua intrínseca orientação para ser uma estrutura de serviço.” 

A escola como uma estrutura de serviço para o homem. Com essa compreensão, ele provocava uma nova forma de pedagogia em que a pessoa é o centro, logo é respeitada, acolhida e compreendida em sua individualidade.

Ora, o que é a educação cristã se não a formação do homem como todo, sem desconsiderar sua vocação para o infinito, sua origem e destino divinos, ao mesmo tempo, em que faz dele responsável por mudanças significativas em uma sociedade tão desigual.

Papas Bento XVI e a verdade sobre a educação

“E como não poderia ser o homem no centro da educação, de que outro modo poderia ser?”

Essas palavras são continuação de uma nova visão do homem e da educação no mundo, ditas por Bento XVI aos professores de religião católica em 2009.

O Papa Bento experimentou na carne os efeitos de uma educação repressora na época do nazismo. Alemão por natureza, dotado de grande inteligência e sensibilidade na compreensão da doutrina católica, deixou grandes contribuições sobre a fé.

Ainda para os professores disse: “Pôr no centro o homem criado à imagem de Deus é, de fato, o que distingue quotidianamente o vosso trabalho, em unidade de objetivos com outros educadores e professores.”

Mais uma vez o homem como centro das discussões e objetivo da educação. No entanto, um homem consciente de seu papel da sociedade e das realidade à sua volta, com empatia – uma das contribuições da educação cristã – e atitudes em benefício de si e do outro.

Papa Francisco, um latino a favor do pobres

Francisco se destaca por ser simples e compreensível com todos. Quando sacerdote, disse várias vezes: “O meu povo é pobre e eu sou um deles”. Isso fez Francisco – nome em homenagem aos pobres –  um homem do povo, preocupado com a justiça social.

A educação cristã passa, necessariamente, pela realidade social; é impossível ser diferente. Por isso, o Papa associa educação e transformação social como duas parceiras inseparáveis, tendo a colaboração de todos como uma aldeia educativa global. 

Segundo ele:

“Os dois grandes desafios do nosso tempo: o desafio da fraternidade e o desafio de cuidar da casa comum, só podem ser enfrentados através da educação. Ambos são, acima de tudo, desafios educacionais”.

Por fim, ele reconhece que esses desafios só podem ser superados com a formação da consciência e com a ajuda de todos: famílias, comunidades, congregações, profissionais e atores sociais, para combater tudo que divide o homem e fragiliza a sociedade.

Pacto educativo

“Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna.”

Assim, o Papa Francisco abriu o encontro sobre o Pacto Educativo Global para tratar sobre a educação em tempos desafiadores – marcados pela distância, superficialidade, materialismo, relativismo, tecnologia e mídias digitais.

Mas o que é o Pacto Educativo Global? Um chamado do Papa Francisco para que todas as pessoas no mundo, instituições, igrejas e governos priorizem uma educação humanista e solidária como modo de transformar a sociedade. 

No dia 15 de outubro de 2020, o Pacto foi lançado no Vaticano e, desde então, todo o globo tem se mobilizado para discutir, mobilizar e torná-lo algo concreto em nossas políticas educacionais e institucionais. Isso impacta a educação cristã para um compromisso maior.

Conheça 7 compromissos do Pacto Educativo:

  • Colocar a pessoa no centro de cada processo educativo;
  • Ouvir as gerações mais novas;
  • Promover a mulher;
  • Responsabilizar a família;
  • Se abrir à acolhida;
  • Renovar a economia e a política;
  • Cuidar da casa comum.

“O trabalho educativo é um grande presente antes de tudo para aqueles que o realizam: é um trabalho que exige muito, mas dá muito!” (Papa Francisco).

Então, se trazemos no coração a inquietação dos Papas sobre a educação, então estamos no caminho certo. Nossa missão é plantar e é Deus quem faz crescer a semente no tempo oportuno, sem considerar que a educação cristã está para o homem como um todo.

Que tal ler também: Qual a diferença entre a escola católica e as demais instituições?