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Os veneráveis da Ordem Mercedária: quem são eles?

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Os veneráveis da Ordem Mercedária: quem são eles?

No dicionário, veneráveis são aqueles que tornam-se dignos de veneração; aqueles que merecem respeito. Logo, são pessoas que podemos imitar, porque deixaram exemplos louváveis que beneficiam a vida de muitos e contribui com a melhora da sociedade.

E vida de Cristo é inspiração de virtudes para todos os batizados, e alguns, de forma especial, conseguiram imitá-lo tão de perto que deixaram testemunhos e obras que permanecem em pé até hoje.

Mas quem são essas pessoas veneráveis? Vamos responder neste post e contar a história de duas pessoas virtuosas da Ordem Mercedária. 

Veneráveis são imitadores de Cristo

A história da Igreja está repleta de pessoas que amaram a Deus e entregaram suas vidas pela causa do Reino. Alguns desses cristãos se destacaram por suas qualidades heroicas que admiram o mundo até hoje.

Por exemplo, Irmã Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira, se dedicou aos pobres, construiu um hospital para os doentes e um lar para as crianças abandonadas; sua vida emociona e atrai colaboradores para sua obra de todas as partes do mundo.  

Santa Dulce só teve o seu nome escrito no cânon da Igreja depois de passar pelo processo de canonização, cujo primeiro passo é o reconhecimento de suas virtudes heroicas, ou seja, a Igreja Católica concede o título de venerável.

No entanto, esse reconhecimento tem como espelho a vida de Cristo, seu exemplo, seu amor e entrega a Deus. Assim, o que demonstra que o candidato é venerável é a prática das virtudes teologais de Fé, Esperança e Caridade, unidas às virtudes cardeais

Claro que a pessoa testemunha essas virtudes em vida, mas concede-se o título somente após a morte do venerável, quando começa o processo de sua canonização.

Veneráveis mercedários

Mas, onde podemos encontramos pessoas veneráveis?

Na Igreja e no mundo. Porque muitos são os testemunhos de leigos, sacerdotes, religiosas, jovens e até crianças que seguiram a Cristo e cultivaram a santidade por onde passaram e são reconhecidos pela Igreja.

E entre eles estão os veneráveis da Ordem Mercedária, uma família religiosa presente nos 4 continentes, 22 países,152 comunidades. A Ordem foi fundada em 1218 por São Pedro Nolasco com o objetivo de resgatar os cristãos capturados e obrigados a trabalhos forçados.

Os Mercedários, ao longo de oito séculos, continuam anunciando a liberdade aos filhos de Deus que sofrem no corpo e na alma diversas formas de escravidão. Como também presentearam a Igreja com santos, santas e histórias de santidade veneráveis.  

São muitos testemunhos de homens e mulheres, mas destacamos dois que são lembrados neste mês de outubro.

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João Nepomuceno Zegri e Moreno

João Nepomuceno Zegri e Moreno nasceu em Granada, Espanha, no dia 11 de outubro de 1831, no seio de uma família cristã. Seus pais o formaram como um verdadeiro cristão e deram-lhe uma rica educação que o capacitou para abraçar sua vocação logo cedo. 

Em 02 de junho de 1855, realizou seu sonho de ser sacerdote. E então o venerável começou sua carreira de santidade abraçando desafios e respondendo aos obstáculos com as virtudes da fé, esperança e caridade, principalmente junto aos mais pobres.

Como homem de Deus, foi um evangelizador incansável; gostava de rezar, meditar e escrever seus sermões. Ocupou cargos importantes, mas sempre viveu a maravilhosa humildade de Deus; preocupou-se com os problemas sociais e não cruzou os braços.

Mas sentiu-se chamado a fundar uma Congregação religiosa feminina para libertar os seres humanos de suas escravidões; e assim colocou a nova família religiosa sob a proteção e inspiração de Nossa Senhora das Mercês.

Após provar de muitas humilhações e perseguições pela própria congregação que fundou, morreu em 17 de março de 1905. Mas a Igreja o proclamou venerável em 21 de dezembro de 2001. 

Além de uma vida virtuosa, o venerável dedicou-se a escrever intensamente. Logo, deixou uma rica espiritualidade que alimenta as religiosas, os mercedários da caridade e tantas pessoas leigas que, impressionadas pela sua vida e caridade, querem seguir o mesmo caminho.

A virtuosa Isabel Lete Landa 

Ela se chamava Regina; nasceu em 7 de setembro de 1913, na Espanha. Em 1918, seu pai morreu, sua mãe foi internada em um hospital psiquiátrico e a menina foi confiada aos seus tios. E já adolescente cuidou dos doentes da guerra em seu país.

Mas sua vida de intimidade com Deus a conduziu às Irmãs da Misericórdia da Caridade (Mercedárias), em 1929, quando recebeu o nome de Isabel. Assim como Teresinha de Jesus, ela se ofereceu por amor e viveu uma espiritualidade simples, humilde e profunda.

Já na vida religiosa, foi enviada para trabalhar em um hospital para doentes de tuberculose e contraiu a doença, que a levou à morte em 13 de outubro de 1941, aos 28 anos. Mas a vida de quem ama a Deus não morre nunca, transforma-se em semente de vida.

As Irmãs Mercedárias testemunham o quanto a vida da venerável Isabel Lete Landa foi um exemplo que apaixonou a todos, porque ela entregou-se totalmente a Deus ao serviço do próximo sem se poupar; sua vida era toda amor.

E assim confirmou a Igreja quando a declarou venerável pelo Papa Bento XVI, em 2006. Logo, seu testemunho se tornou alimento espiritual para toda a Igreja, em qualquer lugar e tempo.

Agora, sigamos os passos dos virtuosos Isabel Lete Landa e João Nepomuceno Zegri e Moreno.

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