Postulantado
O postulantado é um tempo, mais ou menos longo, essencialmente destinado a que um jovem se prepare adequadamente para o Noviciado. Assim, não é tanto um primeiro passo na vida religiosa mas sim um «aprender a andar». Trata-se portanto de um primeiro período de tempo de preparação para o Noviciado, experimentando a vida comunitária, discernindo a sua vocação e formando-se humana, espiritual e academicamente.
Assim, o candidato à vida religiosa tem tempo para crescer em maturidade, sabedoria, graça e inteligência através de uma adesão voluntária à vontade de Deus e de um plano de formação. Meios eficazes para isso são um melhor conhecimento de si mesmo, a direção espiritual, o contato com a Palavra de Deus, a vida sacramental, a experiência da oração e o amor à Igreja. Exige-se também um conhecimento, nas suas linhas gerais, do carisma de São Pedro Nolasco e uma certa experiência de vida comunitária e de vida apostólica mercedária. (Cf. CIC cânn. 641-645;).
Noviciado
O noviciado tem por finalidade facilitar ao noviço, na teoria e na prática, o conhecimento das exigências da vida religiosa mercedária, de forma que, exercitando-se nos conselhos evangélicos e realizando a íntima união com Cristo nas atividades próprias de nossa Ordem, se prepare para a profissão.
A formação dos noviços compreende: a renúncia gradual de tudo o que impede a resposta ao chamado de Deus, pela oração e a prática das virtudes humanas e cristãs; a leitura meditada das Sagradas Escrituras e o conhecimento do mistério da salvação; as celebrações litúrgicas bem preparadas, especialmente a eucaristia e o ofício divino; a docilidade aos impulsos do Espírito Santo para estabelecer uma relação filial com o Pai, configurando o noviço à vida de Cristo.
Inicia-se os noviços no estudo da regra, constituições, ritual, história e espiritualidade da Ordem e em tudo aquilo que constitui sua melhor tradição e patrimônio espiritual.
Estudantado
Durante o tempo compreendido entre a profissão simples e a solene, vivência-se o estudantado. Se prossegue e completa a formação religiosa, distribuindo-a gradual e convenientemente através das diferentes etapas, assistindo aos formandos em seu caminhar vocacional e oferecendo-lhes uma preparação eficaz para sua total consagração. Segue-se a linha começada no noviciado, na aquisição de uma formação religiosa integral que compreenda os diversos aspectos, alternando o estudo teórico com os correspondentes exercícios práticos.
Em uma atmosfera onde a sã disciplina é aceita por convicção e a responsabilidade compartilhada, adquirem os religiosos professos uma formação doutrinal adequada, por meio daqueles métodos didáticos que lhes facilitem a elaboração pessoal do que foi aprendido, amor à verdade, seriedade no trabalho e humilde reconhecimento das próprias limitações.
Com a profissão solene termina o tempo da formação religiosa mercedária inicial, mas esta deverá ir atualizando-se sempre pela formação permanente, que é uma exigência intrínseca da vida religiosa.
Religiosos e Sacerdotes
Os religiosos chamados por Deus para o sacerdócio em nossa Ordem deverão formar- se em tudo que se refere ao sagrado ministério, especialmente em teologia, Sagrada Escritura, catequese e comunicação da Palavra de Deus, no culto litúrgico e administração dos sacramentos, orientando sua ação pastoral de acordo com nosso espírito e ministério peculiar.
À formação teórica há de unir-se a prática pastoral, a fim de que, conhecendo bem os homens e amando-os em Cristo, saibam apascentar a grei do Senhor, com preferência pelos que têm em perigo sua fé e pelos mais necessitados.
Os religiosos não Clérigos recebem uma formação específica que os capacite naqueles ministérios da Ordem e da província para os que estão mais aptos e segundo as necessidades dos tempos e lugares, por meio de uma cuidadosa preparação apostólica, doutrinal e técnica, obtendo, quando possível, os títulos correspondentes.