Blog

Como ser feliz na vocação sacerdotal e religiosa

Categorias: Blog Vocacional

Como ser feliz na vocação sacerdotal e religiosa

Com certeza, em sua vida você busca a felicidade.  Todos nós a procuramos de diversas formas, seja em relacionamentos, na realização profissional ou na vida acadêmica.

Nesse sentido, há felicidade em muitas opções de vida.  Contudo, a que emana de um chamado e, especialmente, da  vocação sacerdotal e religiosa é diferente, porque não está alicerçada em seguranças humanas, muito menos materiais, mas em uma Presença – Jesus Cristo.

Portanto, quando se descobre um chamado específico, em uma vocação na igreja, a serviço da humanidade, descobre-se uma felicidade perene, que não se perde, nem se negocia, mas é única e intransferível. 

Da mesma forma, é sobre chamado específico e felicidade que vamos conversar neste post: Como ser feliz na vocação sacerdotal e religiosa.

Vocação, um chamado de Coração para coração

A palavra vocação vem do latim “vocare” e se traduz como chamado. Mas, no âmbito religioso, está intimamente ligada ao relacionamento que temos com Deus. Ou seja, a descoberta da vocação específica é resultado de uma escuta profunda. Alguém chama e outro responde. 

Dessa maneira, quem chama é Deus:

“Pedi ao Senhor da messe que envie operários” (cf. Mt 9,38)

Assim, o ser humano responde:

“Senhor, que queres que eu faça?” (cf. At 9,6).

Em outras palavras, há generosidade da parte de Deus e acolhida por parte do ser humano. 

Assim, acontece um encontro entre duas vontades. Dois corações que se amam e desejam caminhar juntos para sempre. Até parece um casamento! E de fato, toda vocação é como um casamento: compreende primeiro amor e, como consequência, compromisso.

Ou seja,  podemos dizer que a vocação é um chamado de amor, cuja resposta é feita na liberdade de quem se descobre amado.

Dessa maneira também acontece com quem é chamado à vocação sacerdotal e religiosa. Vamos compreender um pouco sobre cada uma delas.

Sacerdócio, caminho de felicidade

São João Paulo II disse:

“Toda vocação sacerdotal é um grande mistério, um dom que supera infinitamente o homem”.

Nesse sentido, se esse dom supera a natureza humana, logo ele só pode ser vivido com a graça divina. Nenhum homem, com suas próprias forças, consegue corresponder a esse chamado.

Contudo, o vocacionado ao sacerdócio descobre em si um manancial de felicidade.

Você já deve ter contemplado um padre realizado em sua vocação; ele transborda alegria mesmo na dor. Isso não significa ausência de desafios, mas nada parece ser maior do que o seu desejo de viver a vocação.

Mas, até ele chegar à ordenação sacerdotal, é feito um acompanhamento minucioso, ao longo de no mínimo sete anos. Isso em vista da grande responsabilidade de agir em nome de Cristo na celebração eucarística, na confissão e na unção dos enfermos – sacramentos reservados unicamente a esse ministério.

Vocação religiosa, dom de Deus Pai à sua Igreja!

Na Igreja existem diversas formas de vida consagrada, entre elas, a vida religiosa. Essa é anterior ao próprio sacerdócio.

Nesse sentido, lembramos de Ana que era viúva, vivia no templo e aguardava o Messias (cf. Lc 2,37); o próprio João Batista era um eremita, vivia totalmente dedicado à espera do Messias.

Com a chegada de Jesus, foi inaugurado um novo tempo. E com ele, novas formas de consagração a Deus. Assim, o próprio Jesus é o consagrado por excelência e o modelo da vida religiosa.

Você sabia que para ser religioso não precisa ser padre? 

A vida religiosa está ligada a uma congregação, a uma ordem ou a um Instituto religioso. Portanto, cada pessoa professa os votos de castidade, pobreza e obediência.

O religioso fez um encontro pessoal com o Senhor e identificou-se com a causa do Evangelho. Esse encontro deu-se através de um caminho vocacional, em uma comunidade específica e concretizou-se quando ele disse “sim” e ingressou na vida religiosa.

A vocação religiosa encontra, nas palavras de São Paulo, seu fundamento:

“Para mim, o viver é Cristo” (Fl 1,21). 

Que felicidade é esta?

“Mestre, é bom estarmos aqui” (Lc 9,33)

Esse trecho descreve a satisfação de Pedro ao contemplar Jesus transfigurado. Ele O viu e ouviu a voz do Pai a respeito de Cristo:

“Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o!”. 

Acima de tudo,  em que consiste a felicidade na vocação sacerdotal e religiosa senão na certeza da pertença à Pessoa de Jesus e na escuta de sua voz?

O sacerdote e o religioso são pessoas que fizeram a experiência do Tabor, encontraram sua identidade em Cristo e, por causa disso, colocaram suas vidas à Sua total disposição.

E como eles vivem a felicidade? No constante encontro com Cristo através da espiritualidade, da vida comunitária e do serviço aos irmãos.

Onde encontrar a felicidade através da vocação sacerdotal e religiosa?

As ordens, congregações e Institutos religiosos são oásis no deserto. Deus, em sua sabedoria, inspirou o nascimento da vida religiosa, porque sabia que homens e mulheres iriam transformar o deserto da civilização moderna através dessa forma de vida.

No oásis encontramos água, sombra e descanso. Assim são as Instituições Religiosas – espaços de vida à sombra da Presença divina. Nelas se pode encontrar a vocação sacerdotal e religiosa ao mesmo tempo.

Uma dessas formas de vida são os Mercedários.  Eles são uma Ordem Religiosa, fundada por São Pedro Nolasco, dia 10 de agosto de 1218, em Barcelona (Espanha);  composta de sacerdotes e de irmãos religiosos, que vivem a fraternidade e a comunhão, segundo a regra de Santo Agostinho: ‘‘Um só coração e uma só alma voltados para Deus.’’

Eles estão presentes em 4 continentes, 22 países, 152 comunidades, além das escolas. Ao todo, são mais de 800 frades vivendo o carisma da ordem, com o auxílio de Nossa Senhora das Mercês.

Os Mercedários trazem uma particularidade – além dos votos comuns aos religiosos, eles professam um quarto voto: o da Redenção, em honra ao Santíssimo Redentor.

Que tal entender mais sobre a vocação sacerdotal e religiosa? Acesse: Vocação: uma descoberta pessoal