Que obra maravilhosa Deus fez criando o homem e a mulher! E ainda deu a eles a possibilidade de colaborarem com a criação. É sobre as virtudes do convívio entre pais e filhos que vamos conversar neste post.
Antes de tudo, é necessário dizer que não existe uma cartilha ensinando o comportamento dos pais, nem a criança vem com manual de instrução. Até os casais que tiveram mais de um filho dizem que com cada um vivem uma experiência nova e única.
Portanto, ser família é um aprendizado e para os pais essa responsabilidade é ainda maior, porque eles sempre serão a referência de um lar. Mas há passos, há um caminho, há dicas que ajudam a interpretar melhor os tempos atuais e a educar os filhos com mais participação.
É verdade que os tempos são outros, “já não se educam mais filhos como antigamente”. Existem muitas interferências externas e informações ou deformações que chegam aos ouvidos dos filhos sem que ninguém possa impedir.
Porém, o caminho do amor, do respeito, do diálogo é bem-vindo em qualquer tempo e lugar. Vamos fazer esse caminho e reafirmar a importância da virtude no relacionamento entre pais e filhos.
Virtude entre pais e filhos
Primeiramente, vamos entender o que significa a palavra virtude! Segundo o dicionário, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o caminho do bem. Existem vários tipos de virtudes: morais, intelectuais, virtudes teologais e outras.
No geral, a virtude qualifica uma pessoa. Você já deve ter ouvido essa afirmação: “Fulano é muito virtuoso”. Logo, as virtudes são qualidades adquiridas pelo exercício de bons hábitos.
Por exemplo: alguém disciplinado nos estudos. Essa pessoa não nasceu assim, mas aprendeu a ser estudiosa através de um exercício diário, com a ajuda de alguém, até que a prática se tornou parte de sua vida, então o exercício se transformou em hábito.
Contudo, para formarmos uma família virtuosa, pais e filhos precisam exercitar as virtudes juntos. Para a construção de princípios morais e éticos, fundamentais para o sadio crescimento da pessoa humana, é importante a presença, o afeto, a construção da confiança, o diálogo e o amor através de pequenos gestos.
Agora, vamos falar sobre alguns desses gestos:
Tempo de qualidade entre pais e filhos
O tempo é um bem precioso em nossa vida. Vivemos no tempo e em um tempo da história. Os tempos atuais são exigentes devido ao grande número de atribuições que pais e filhos recebem no trabalho e na família.
Porém, o que faz com que alguém se sinta importante não é a quantidade de tempo que se oferece, mas a qualidade do tempo vivido. Isso mesmo!
Quando se chega em casa do trabalho é preciso dar tempo a quem se ama. Seja com um abraço, com brincadeiras, na refeição, no passeio ou colocando para dormir.
Uma vez que a presença dos pais com os filhos gera confiança e autoestima, forma cidadãos corajosos e adultos mais felizes.
Portanto, oferecer um tempo de qualidade é uma virtude primordial para uma boa convivência entre pais e filhos.
Prestar ouvidos aos filhos
Quem de nós não gosta de ser ouvido, mesmo que seja para a colocação mais tola! E quantas pessoas inseguras existem no mercado de trabalho pela falta de oportunidade de falar em casa! Elas então se calaram para o mundo e têm medo de dizer o que pensam.
Dessa forma, ouvir é uma virtude de grande valor! Praticar o diálogo, torna importante o que o filho pensa sobre qualquer assunto. Mas é preciso ter uma atenção consciente, ou seja, olhar nos olhos e dar ouvidos, sem estar distraído com equipamentos eletrônicos ou outras coisas.
Essa mesma atenção será útil no momento oportuno para educar. A escuta se torna sabedoria na vida e seu fruto é duradouro. Quando se escuta alguém, se conhece mais e com o tempo, as histórias se tornam memórias agradáveis para pais e filhos.
Portanto, exercitar a escuta é uma virtude primordial para uma boa convivência entre pais e filhos.
Gestos de carinho e afeto entre pais e filhos
Os gestos de carinho entre os pais é muito importante para os filhos e vice-versa. Às vezes, se pensa que encher os filhos de beijos e abraços é suficiente, mas o amor entre o casal é como osmose, vai passando de um para o outro.
Logo, os filhos que veem os pais carinhosos entre si, percebem o amor entre eles e são capazes de fazer o mesmo com os irmãos e os amigos. Eles assimilam o amor sem precisarem verbalizar.
Logo, demonstração de carinho gera pessoas mais afetuosas, menos mal humoradas e mais leves. Por mais que a vida as surpreenda com dificuldades, elas sabem que são amadas porque foram acalentadas na infância por seus pais.
Portanto, exercitar gestos de carinho entre pais e filhos é uma virtude primordial para a boa convivência.
Ensinar sobre o amor a Deus e ao próximo
Em quem nós cremos? No sol, nas aves, em horóscopos, na Trindade? Crer faz parte da natureza humana. O homem primitivo cultuava a terra, porque ela lhe dava alimento, depois veio o fogo e então a escrita; e com ela a evolução e a compreensão da linguagem.
Da mesma forma foi acontecendo o contato do homem com o transcendente; foi crescendo, evoluindo até reconhecermos que não somos fruto do acaso. Ainda que não se creia em Deus, não se pode explicar todas as coisas.
Portanto, a fé é parte da história da humanidade. E ela faz homens e mulheres melhores, faz famílias se reconciliarem, é força na luta contra as doenças que aparecem a cada dia. Enfim, a fé é um dom que precisa ser comunicado primeiramente entre pais e filhos.
Por isso, a Palavra de Deus nos ensina que o temor a Deus é o princípio da sabedoria. E quanta sabedoria pais e filhos precisam para suportar as adversidades da vida sem perder de vista a família e seus valores.
Sendo assim, rezar em família, ir à igreja e ajudar os irmãos mais necessitados são virtudes indispensáveis no convívio entre pais e filhos.
Por fim…
A construção das virtudes começa nos relacionamentos familiares. A família é o lugar da aprendizagem que nos acompanha a vida toda até nosso encontro definitivo com Deus. Assim, que essas dicas ajudem a edificar ainda mais o seu lar para que ele se torne o lugar onde cada membro deseje estar.
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