Ensino católico: 5 diferenciais do Colégio Mercedário

O ensino católico tem características próprias além da formação acadêmica dos alunos, porque se preocupa com a educação da mente, do corpo e da alma, ou seja, da pessoa humana, também, como imagem e semelhança de Deus.

Sendo assim, as escolas Mercedárias trazem essa preocupação em toda a aplicação do processo de ensino e aprendizagem de seus alunos. Com uma longa tradição no ensino, elas desenvolvem uma pedagogia para a liberdade e para o protagonismo dos alunos (as).

Mas esse crescimento integral precisa ser equilibrado pela contribuição de diversas áreas, assim como orientam os documentos educacionais do Brasil. 

Por isso, preparamos este post para apresentar 5 diferenciais presentes nas escolas Mercedárias que contribuem com o bom desenvolvimento do seu filho (a). 

#1 Um ensino católico com uma proposta pedagógica atual e inovadora

Com certeza, o primeiro objetivo dos pais quando colocam os filhos na escola é que eles aprendam. Realmente, o colégio é responsável pela educação formal, mas o ser humano é mais que o alfabeto, hoje o mercado exige novas capacidades para o profissional do futuro.

Logo, a proposta pedagógica da escola Mercedária, desde a primeira infância, trabalha o indivíduo de forma integral, agregando valores morais e éticos, conhecimentos, responsabilidade social, solidariedade e saber, através de uma aprendizagem significativa.

Ou seja, não basta o aluno (a) cumprir uma atividade pedagógica, mas entender o porquê realizá-la. Dessa forma, contribuímos para a formação do cidadão (ã) consciente, participativo e responsável, um diferencial do ensino católico.

E ainda, investimos no bem-estar emocional dos nossos alunos com a ajuda do Carisma Mercedário “Visitar e Libertar” que acredita na liberdade dos filhos (as) de Deus diante de tantas escravidões modernas, sem deixar a realidade, mas com uma visão crítica e sadia. 

#2 Para um bom ensino católico: ambiente, estrutura e professores qualificados

Como diz Paulo Freire:

“A Escola é…o lugar que se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, Programas, horários, conceitos… Escola é sobretudo, gente. Gente que trabalha, que estuda. Que alegra, se conhece, se estima.” 

Quando falamos sobre ambiente escolar favorável, isso diz respeito exatamente aos sentimentos que circulam em um lugar. E o ensino católico tem uma atmosfera diferente, por causa do cultivo dos valores evangélicos.

Assim, o clima de delicadeza, compreensão, paz e amizade tem uma fonte inesgotável: a presença de Deus. E esse ambiente humano e solidário inspira segurança e confiança aos alunos (a) e suas famílias.

No entanto, para sustentar esse ambiente, as escolas Mercedárias oferecem uma infraestrutura favorável ao aprendizado dos alunos, com: salas de aulas amplas, climatizadas, área de lazer, quadras, laboratórios de informática e de ciências.

Como também, um grupo de professores qualificados e experientes, que formam uma equipe com sinergia, empenhada no desempenho dos alunos todos os dias, em cada etapa do crescimento. Esses pontos são essenciais para um ensino católico de qualidade.

#3 Atividades intracurriculares

A escola regular é naturalmente cheia de atividades, como também é um ambiente de aprendizagens múltiplas. Como já citamos, cada vez mais o mercado de trabalho exige pessoas qualificadas e adaptadas às mudanças dos tempos.

Por isso, o ensino católico da escola Mercedária se preocupa em oferecer o suporte necessário para seus alunos (as) enfrentarem a sociedade pós-moderna com suas exigências, combatendo o medo e o desânimo que a concorrência nos impõe.

De forma que trabalhamos com atividades voltadas para o desenvolvimento pessoal, como: aulas de música, religião, contação de histórias, informática, orientação pessoal e projeto de vida; essas são as chamadas atividades intracurriculares.

Entre elas, vamos destacar três: 

  1. Aulas de informática – elas são a oportunidade de o aluno começar a dominar os recursos tecnológicos e tornar-se competente digitalmente. As inúmeras ferramentas presentes nos softwares propostos nas atividades e projetos, são um valioso instrumento de desenvolvimento do educando. 
  2. Orientação Profissional – tem por finalidade orientar o aluno(a) na escolha de uma profissão adequada às suas características pessoais e às necessidades do mercado de trabalho, para que ele tenha êxito profissional e sobretudo realização pessoal.
  3. Projeto de vida – este item tem por objetivo desenvolver as competências socioemocionais dos alunos (as). Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC):

 “Competências socioemocionais são definidas como as capacidades individuais que se manifestam de modo consistente em padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos, favorecendo o desenvolvimento pleno dos estudantes e expandindo as oportunidades de aprendizagem escolar.”

Logo, desenvolver um projeto de vida é trabalhar consigo mesmo a partir do autoconhecimento, da inteligência emocional e dos valores humanos. Então, as aulas visam auxiliar a pessoa na construção de um projeto de vida saudável e de um perfil empreendedor.

#4 Atividades extracurriculares

Nós sabemos que a prática de atividade física na infância é fundamental para o crescimento e desenvolvimento saudáveis. Isso não influencia apenas para a saúde física, mas melhora o convívio social e a sensação de pertencimento a um grupo. 

Sem falar que a prática de uma modalidade esportiva eleva a estima e seus efeitos duram por toda a vida. Por isso, a escola Mercedária oferece atividades extracurriculares para enriquecer o ensino católico de nossas unidades.

Logo, há uma variedade de opções, como:

  • #Ballet – além dos movimentos físicos, existe a musicalidade, ritmo, coordenação motora, concentração, lateralidade que ajudam no desenvolvimento geral do aluno.
  • #Handebol e Futsal – são atividades que proporcionam desenvolvimento motor global, equilíbrio, noção espacial e espaço-temporal, convivência social, compreensão e respeito às regras, trabalho em equipe, tomada de decisões e aprender a lidar com ganhar ou perder.
  • #Street Dance – é um tipo de dança que mistura a dança de rua e o Hip Hop. Ela traz muitos benefícios emocionais e físicos, como: estimula o trabalho das funções psicomotoras como prevenção para posturas deficientes; desenvolve ritmos, desperta a criatividade e ajuda no convívio social.

Formando cidadãos à luz do evangelho

Você sabia que a Palavra de Deus é o livro mais lido e traduzido em mais de mil idiomas no mundo? Não é à toa essa informação, porque a Palavra fala de uma Pessoa e de um acontecimento que mudou o mundo e continua transformando as pessoas: Jesus Cristo.

E é por causa dessa verdade que existe a Ordem Mercedária, e as escolas são extensões desse carisma a favor da humanidade. Por isso, o ensino católico tem por objetivo apresentar o homem a Deus, uma vez que o Senhor já se revelou para nós.

Mas a fé é também um processo pedagógico de assimilação ao longo da vida. Se a escola oferece esse suporte religioso, então a família fica tranquila por ver a Instituição educacional como local de difusão do amor de Deus.

Assim acontece o desenvolvimento do ensino católico no colégio Mercedário: momento de oração, celebração da fé, com a participação da família, dos alunos e funcionários, como também as ações de solidariedade em favor dos mais necessitados.

Portanto, somando todos esses motivos, o colégio Mercedário está apto a acolher seu filho (a) e conduzi-lo no caminho do crescimento humano, cognitivo e profissional.

7 Virtudes de São José que todo católico precisa alcançar

“São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.”

Estas palavras do Papa Francisco sobre o pai adotivo de Jesus já nos sinalizam várias qualidades desse santo! E se o mundo precisa mais de testemunhas do que de palavras para anunciar o Evangelho, José é o modelo perfeito para todos os cristãos.

Mas preparamos apenas 7 virtudes que são indispensáveis para todo católico. E com o decorrer da amizade e a intercessão de São José, outras virtudes irão brotar.

#1. São José tinha amizade com Deus

Apesar do silêncio de São José ao longo do Evangelho, sua postura mostrou mais do que as palavras poderiam dizer. Desde o início da missão com a Virgem Maria, até o nascimento de Jesus e sua educação, José esteve atento, zeloso e cumpriu a missão até o fim.

Quem conseguiria fazer o que ele fez se não tivesse uma motivação verdadeira? E a palavra motivação na vida cristã não está ligada a recompensas materiais, mas ao amor! Quem se sabe amado por Deus está disposto a tudo. Assim foi com São José.

E o amor a Deus na vida dele é fruto de seu temor, do conhecimento das sagradas escrituras, da espera pela libertação de seu povo, ou seja, de sua amizade com Deus! Sejamos amigos de Deus a partir do que Ele é, assim como fez São José. 

#2. A fidelidade de São José

A amizade gera fidelidade! São José não foi qualquer homem que Deus escolheu no caminho, ele era da linhagem de Davi, porque Jesus precisava ser da casa real. Então, assim como a Virgem Maria foi escolhida, também ele o foi! 

Mas ele poderia ter negado a missão, no entanto não o fez! Mas a aceitou e isso demonstra sua docilidade e disposição. Houve muitas dificuldades ao longo do caminho, mas ele confiou na voz de Deus e permaneceu fiel. Fidelidade está ligada à pertença! 

Se soubermos a quem pertencemos, assim como São José, seremos fiéis aos propósitos de Deus em nossa vida e colheremos muitos frutos, seremos felizes e deixaremos um rastro de santidade na nossa família. 

#3. São José sempre foi obediente

Primeiramente precisamos entender o que é obedecer. Essa palavra vem do Latim “oboedire“, que significa escutar com profundidade. E assim São José ouviu a voz de Deus, sempre de uma maneira muito sensível, através de sonhos. Mas ele não contestou. Por que, será? Alguns podem achar loucura, mas a vida cristã diz que devido à sua fé!

A sua amizade com Deus e fidelidade resultam nessa escuta. Mais do que escutar com os ouvidos, José ouviu com o coração. Isso não significa facilidade. Ele não teve vida fácil, precisou recomeçar muitas vezes, em vários lugares. Mas obedeceu a quem amava.

#4. Desapego de si

O cristão é a pessoa do recomeço. E São José é o melhor exemplo para nos explicar isso! Ele estava prometido em casamento, teve que recomeçar nesse propósito; mudou-se com Maria para proteger o Menino, recomeçou de novo; e voltou do Egito para Nazaré, começou novamente.

Essas mudanças pedem desapego de si, de seus planos, de lugar, de coisas, do próprio trabalho! Mas não por um capricho pessoal e sim para o bem da família e dos dois amores de sua vida: Maria e Jesus. Peçamos a este santo a virtude do desapego em vista de um bem maior.

#5. Caridade

A vida de São José foi totalmente dedicada a Maria e Jesus – a grande missão de sua vida. Assim, ele os serviu, durante toda a sua vida terrena com perfeição. Foi esposo, pai, educador e sustentou sua casa com o suor de seu trabalho. São José aplicou toda a sua vida para proteger o grande autor da caridade.

A virtude da caridade neste grande homem começa quando ele aceita participar da missão redentora de Cristo, porque não há maior caridade que comunicar dignidade à pessoa humana através do Evangelho. Além do socorro material que acompanha esta virtude.

#6. Responsabilidade diante da missão

São José realizou uma das grandes missões do cristianismo: ele foi responsável por cuidar da Sagrada Família, ensinar o ofício da carpintaria e a Lei ao Menino Deus, ser referência de homem e pai a toda humanidade. Essa virtude é um dom do Espírito Santo.

A responsabilidade que existia no coração de José era a clareza de que aquela missão não o pertencia, não era uma obra sua, mas totalmente de Deus. Isso tanto o fez humilde como dependente de Deus, e ele não se decepcionou. Deus estava com ele e o honrou até o fim.

#7. A prática do trabalho

Voltemos ao início para falar dessa virtude em São José:

“São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho”.

O Papa ainda diz mais sobre São José:

“O trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o trabalho.” Logo, o trabalho é uma virtude testemunhada pelo modelo do operários – São José. Ele sustentou sua família com seu trabalho, sem esperar nada cair do céu.

E Deus o abençoe com tudo que ele precisou para viver com dignidade, como também Jesus aprendeu o mesmo ofício e praticou até começar sua vida pública.

Conte com São José!

São José não nos testemunha uma vida longe da realidade, mas no cotidiano ele nos ensina a ser e viver a vida com uma nova motivação – o amor a Deus. A força do amor de Deus nos enche de virtudes!

Peçamos, então, a intercessão deste grande santo para alcançarmos uma vida virtuosa no dia a dia. São José, rogai por nós.

Sobre este grande santo, leia também: São José: 5 maneiras de fortalecer a sua devoção Josefina

São Pedro Armengol: o Padroeiro dos jovens em perigo

São Pedro Armengol é uma prova da Misericórdia Divina em favor de seus filhos, em qualquer situação, lugar e época. Já ouviu falar dele?

De nobre, passou a ladrão, até que um dia se viu assaltando o próprio pai! E assim como São Paulo sofreu uma queda, Pedro também caiu em si e percebeu o mal que estava praticando.

Porém, Deus tem seus planos e não precisa de ninguém para realizá-los, mas gosta de contar conosco. Assim aconteceu com o jovem Armengol que recebeu o socorro de Nossa Senhora das Mercês através dos Mercedários e transformou o rumo de sua história.

Conheça o que Deus fez por ele e deixe-se impactar por esta surpreendente história de santidade. 

São Pedro Armengol – de nobre a assaltante!

São Pedro Armengol é natural da Catalunha – Espanha e viveu em meados do século XIII. Seus pais eram nobres e tinham amizade com o rei de Aragão, o soberano daquela região ibérica. O jovem Pedro cresceu em meio a riquezas, palácios, festas e alta nobreza.

No entanto, o clima favorável não permaneceu na vida de Pedro. À medida que cresceu, envolveu-se com más companhias que o levaram a uma vida de bandidagem, a tal ponto que ele abandonou sua casa, o conforto e a educação católica que recebeu de seus pais. 

Apesar de todos os esforços que seus pais fizeram para impedir seus maus vícios, ele não parou e chegou ao fundo do poço, tornando-se chefe de uma quadrilha de assaltantes de estrada, procurados pela polícia.

Mas a misericórdia de Deus nunca abandona seus filhos, principalmente diante do apelo de uma mãe! Essa mãe é a Virgem Maria que já o esperava e preparava o caminho da vontade de Deus para São Pedro Armengol.

São Pedro Armengol e o poder da graça divina

Conta a história que ele estava um dia andando pelo mato com seus companheiros e ouviu um som de clarim, típico instrumento da Corte. Então, encontrou uma nova oportunidade de assaltar um nobre, mas, para sua surpresa, quem estava na carruagem era seu próprio pai.

Esse fato transformou sua vida! Pedro ficou envergonhado, pediu perdão ao pai e deixou a vida que levava. Depois encontrou-se com a misericórdia de Deus quando se confessou com um religioso mercedário e começou uma nova jornada de santidade em sua vida.

Desperta mais uma vocação mercedária

São Pedro Armengol encontrou-se com sua vocação e pediu para entrar na Ordem Mercedária, cujo carisma era libertar os cativos da escravidão dos mouros, que viviam sequestrando cristãos para trabalharem em suas terras como escravos.

Então, essa tornou-se a vida que o santo homem abraçou! Em obediência à voz de Deus, ele passou muitos anos no norte da África resgatando a vida dos cristãos. Quando já voltava para Espanha, ofereceu-se para resgatar 137 jovens cristãos presos pelos mouros.

A missão dos Mercedários era, muitas vezes, um ato de heroísmo, porque quando eles não conseguiam o dinheiro do resgate dos cristãos, se ofereciam para ficar no lugar deles até que o valor fosse arrecadado e enviado aos mouros. Apenas o amor realiza essas ações!

Assim se deu com o santo: a quantia era tão alta que apenas na Espanha era possível conseguir e ele, então, ficou no lugar dos jovens sem hesitar até que o valor fosse levantado. No entanto, os mouros colocaram um prazo para o pagamento ou o religioso seria enforcado.

“A mesma Soberana Rainha me susteve com suas santíssimas mãos”

A Providência Divina escreve certo em nossas linhas tortas. Com o fim do prazo do pagamento, os sequestradores enforcaram São Pedro Armengol e, pouco tempo depois, o navio chegou com o dinheiro do resgate. 

Quando os religiosos mercedários perguntaram por Pedro, ouviram a resposta: “Tarde demais. Faz três dias que o enforcamos”. Os frades então foram buscar o corpo do irmão para sepultá-lo com dignidade. 

Ao chegarem ao local, houve uma grande surpresa: encontraram Frei Pedro pendurado na forca e vivo, embora estivesse pálido como um cadáver. Ocorrera um verdadeiro milagre!  Quando pôde falar, o santo disse: 

“A Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, pediu a seu Santíssimo Filho a conservação de minha vida, e conseguido este favor, a mesma Soberana Rainha me susteve com suas santíssimas mãos, para que com o peso do corpo não me afogasse na corda que estava suspenso”.

Padroeiro dos jovens em perigo!

Após esse milagre, São Pedro Armengol voltou à Espanha e foi viver em um convento dedicado a Nossa Senhora dos Prados, na Espanha. Sua vida tornou-se modelo de santidade e confiança absoluta em Deus e em sua Mãe – a Virgem das Mercês.

E com a Santa Mãe de Deus encontrou-se definitivamente no dia 27 de abril de 1277, após uma grave enfermidade. Não escreveu livros, mas escreveu na história com sua vida a fidelidade a Deus, a intimidade e a confiança na Virgem Maria.

Para os jovens de qualquer época, São Pedro Armengol é um grande intercessor para orientar nas decisões, livrar-se das más amizades, sair do fundo do poço, libertar-se da escravidão moderna e ajudar nos caminhos de Deus! 

Por isso, rezemos a ele e a Virgem das Mercês para que os jovens encontrem a misericórdia de Deus assim como esse santo homem, porque para Deus nada é impossível.

Você já se fez esta pergunta: Chamado vocacional: existe um para mim?

Esperança: como cultivá-la?

A esperança é uma virtude teologal que recebemos no sacramento do batismo, junto às virtudes da fé e da caridade. No entanto, a esperança é também um grande fruto do Tempo Pascal, que ressurge em nós com a ressurreição de Jesus. Ele se revelou ressuscitado aos seus discípulos, mostrou-lhes as suas chagas, como quem diz: a morte foi vencida!

E Jesus está vivo, ao lado de Deus, assim como logo nós também estaremos no Céu, porque sua morte abriu para nós as portas do paraíso.

Por isso, o Tempo Pascal é tempo de fortalecer a esperança, de renovar a nossa fé e de experimentar na própria vida os efeitos do amor misericordioso de Jesus.

Por que precisamos da esperança?

A nossa vida não é feita apenas de alegria, muito pelo contrário, a cruz faz parte da nossa caminhada nesta Terra. Logo, a virtude da esperança nos ajuda a esperar por tempos melhores, a suportar o sofrimento e a termos certeza de que alcançaremos a felicidade plena no Céu.

A esperança também pode ser definida por aquilo que preenche nosso coração quando rezamos, rezamos e rezamos, mas não vemos sinais de que o Senhor está nos ouvindo. Ora, alguém sem esperança facilmente desanima e desiste.

E os frutos da esperança podem ser vistos em muitos textos bíblicos. O Antigo Testamento relata, por exemplo, que a esposa de Abraão era estéril. Porém, o Senhor prometeu a ele uma descendência mais numerosa do que as estrelas do céu. O casal confiou na promessa de Deus mantendo acesa a chama da esperança. Sara, já em idade avançada, ficou grávida e assim todo o povo de Deus constitui a descendência de Abraão.

Já no Novo Testamento, o anjo do Senhor anunciou à Virgem Maria que Ela seria a Mãe do Filho de Deus. E, mesmo sem entender como isso seria possível, a jovem Maria confiou e se prontificou a cumprir a vontade do Pai.

No entanto, Ela sofreu muito, mas jamais perdeu a esperança. Sempre guardava e meditava tudo no silêncio do seu coração. E porque manteve a esperança, Ela foi elevada ao Céu e coroada a Rainha dos anjos e dos santos, e hoje temos uma filiação divina com Ela.

A esperança segundo o Papa Francisco

Em dezembro de 2016, o Papa Francisco iniciou uma série de catequeses, que se dão tradicionalmente às quarta-feira, exclusivamente sobre o tema da esperança cristã. E o tema é tão profundo que se estendeu ao longo de 8 meses.

Segundo o próprio Papa, ele escolheu falar sobre esse tema porque no “deserto de nossa vida é possível florir se há esperança”.

E já na primeira catequese sobre a esperança, Francisco disse: “a vida é, muitas vezes, um deserto, é difícil caminhar. Mas, se há confiança em Deus, ela pode ser bela e ampla, como uma avenida. Basta não perdermos jamais a esperança e continuarmos a crer, sempre, apesar de tudo”.

O Sumo Pontífice ainda falou, em outra catequese desta série, que é “Jesus que está sempre ao nosso lado para nos dar a esperança, para aquecer o coração”.

Também disse que “os homens precisam de esperança para viver e precisam do Espírito Santo para esperar”. E comparou a esperança à vela de um barco. Sendo assim, afirmou: “Se a âncora é o que dá à barca a segurança e a mantém “ancorada” entre as ondas do mar, ao contrário a vela é o que a faz caminhar e avançar sobre as águas. A esperança é deveras como uma vela; ela recolhe o vento do Espírito Santo e transforma-o em força motriz que impele a barca, dependendo das circunstâncias, ao largo ou à beira-mar”.

Como cultivar a esperança?

Se não podemos perder a esperança, então precisamos buscar maneiras de cultivá-la para que nossa fé não sucumba diante das dificuldades da vida. Por isso, veja algumas dicas práticas!

# Aprenda a esperar o tempo de Deus

Temos mania de querer tudo imediatamente. Porém, este comportamento só gera em nós ansiedade, além de ser inimigo da esperança. Já diz o ditado: Quem espera sempre alcança! E se não soubermos esperar o tempo de Deus mataremos a esperança dentro de nós.

# Tire lições dos seus erros

Infelizmente, nem sempre fazemos as melhores escolhas para a nossa vida, por isso precisamos aprender a colher os frutos, ou seja, as consequências de nossas escolhas.

É possível, sim, extrair algo de bom, mesmo de coisas ruins. Afinal, tudo é aprendizado, e a cada nova lição mais sabedoria podemos adquirir. Basta procurar enxergar tudo aos olhos da fé.

# Promova a esperança

Jesus nos pediu: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado” (Lucas 6,36).

Este é praticamente um passo a passo que conduz não apenas o nosso coração à esperança, mas também promove a esperança aos outros.

Afinal, quem é que não deseja, apesar dos seus erros, ser acolhido com misericórdia; não ser julgado e nem condenado por seus pecados, mas sim perdoado. Além disso, também a partilha fortalece no coração dos necessitados a esperança e a confiança na Divina Providência.  

Enfim, tenha esperança e seja esperança!

Mais do que ter esperança, é nosso dever como cristão estimular outras pessoas a terem esperança. Portanto, seja o abraço amigo, a escuta atenta, o consolo na dor, no sorriso nas conquistas.

Quanto mais irradiamos esperança, mais a temos dentro de nós. Faça esta experiência e colha bons frutos em sua vida!

Aproveite para compartilhar este conteúdo para que também outros possam se fortalecer na esperança!

O que os Papas nos ensinam sobre a educação Cristã

A educação cristã é uma das preocupações do Papa Francisco. O Santo Padre acredita que a educação é o meio que capacita a pessoa humana a viver os desafios de hoje com maturidade e fraternidade.

Segundo um provérbio africano, “para educar uma criança, é necessária uma aldeia inteira”.

E Francisco afirma que essa aldeia é feita de uma aliança entre o estudo e a vida; entre as gerações; entre os professores, os alunos, as famílias e a sociedade civil, com as suas expressões intelectuais, científicas, artísticas, desportivas, políticas, empresariais e solidárias.

Ou seja, “é uma aliança entre os habitantes da terra e a casa comum”. Esse compromisso, no entanto, já foi compartilhado por muitos Papas. Por isso, selecionamos algumas sábias experiências para iluminar essa longa jornada educativa e cristã ao mesmo tempo. Confira!

Paulo VI e a educação cristã

Paulo VI (pontificado de 1963-1978) foi um homem grato aos educadores e disse isso pessoalmente em uma de suas visitas paroquias:  

“Eu vos abençoo pelo grande dom que fazeis, pela grande missão que exerceis. De coração vos saúdo a todos e vos abençoo”.

Segundo ele, os educadores exercem a profissão como uma vocação, porque estar com as crianças e ensinar a falar, pensar, rir e se tornarem homens e mulheres é uma ação enorme que se estende durante a vida inteira.

Ele escreveu uma encíclica chamada Populorum progressio em que disse ser a educação de base o primeiro objetivo de um plano de desenvolvimento:

“A fome de instrução não é, na realidade, menos deprimente que a fome de alimentos.”

Se prestarmos atenção nas palavras dele, traremos a educação na mesma medida com que tratamos a pressa em alimentar o corpo, sem deixar de lado a necessidade vital de alimento, mas com desejo urgente de livrar a sociedade da pobreza de conhecimento.

Uma vez que a falta de educação causa muitos males às pessoas, priva de dignidade, de direitos, até mesmo de pedir ajuda, e isso gera danos a toda sociedade e a educação cristã, porque conhecer a Deus é também um processo educativo.

João Paulo I uniu educação cristã à formação para o mundo!

O Papa João Paulo I passou apenas 33 dias no pontificado; era conhecido como Papa sorriso por causa da sua simpatia e amorosidade. Dessa forma, com muita atenção, ele falou sobre a importância da educação especialmente para os jovens.

São suas as palavras: 

“Caros jovens que estudais, vós sois verdadeiramente jovens, vós tempo tendes, e tendes juventude, saúde, memória e inteligência. Esforçai-vos por fazer render tudo isto. Das vossas escolas há-de sair a classe dirigente de amanhã. 

Alguns de vós chegarão a ministros, deputados, senadores, presidentes de câmaras, vereadores ou então engenheiros, diretores clínicos…, ocupareis lugares na sociedade. E hoje quem desempenha um lugar, deve ter a competência necessária, deve preparar-se”.

Assim, ele falava para os jovens sobre o compromisso deles com o futuro e a sociedade, incentivando-os a assumirem lugares de transformação. De fato, o Evangelho precisa estar em todos os lugares, para ser uma semente de educação cristã para todas as pessoas.

A educação cristã segundo São João Paulo II

Basta dizer que o Papa João Paulo II foi professor no seminário de sua cidade natal quando era sacerdote. O padre, dizia ele, é um homem para todos. Ele destacou-se de diversas formas e contribuiu para uma educação cristã inserida ainda mais na realidade humana.

Certa vez, ele disse:

“Uma ‘Escola para o Homem’ significa, de fato, tocar no cerne de uma problemática de fundamental importância, que diz respeito à própria razão de ser da Escola e à sua intrínseca orientação para ser uma estrutura de serviço.” 

A escola como uma estrutura de serviço para o homem. Com essa compreensão, ele provocava uma nova forma de pedagogia em que a pessoa é o centro, logo é respeitada, acolhida e compreendida em sua individualidade.

Ora, o que é a educação cristã se não a formação do homem como todo, sem desconsiderar sua vocação para o infinito, sua origem e destino divinos, ao mesmo tempo, em que faz dele responsável por mudanças significativas em uma sociedade tão desigual.

Papas Bento XVI e a verdade sobre a educação

“E como não poderia ser o homem no centro da educação, de que outro modo poderia ser?”

Essas palavras são continuação de uma nova visão do homem e da educação no mundo, ditas por Bento XVI aos professores de religião católica em 2009.

O Papa Bento experimentou na carne os efeitos de uma educação repressora na época do nazismo. Alemão por natureza, dotado de grande inteligência e sensibilidade na compreensão da doutrina católica, deixou grandes contribuições sobre a fé.

Ainda para os professores disse: “Pôr no centro o homem criado à imagem de Deus é, de fato, o que distingue quotidianamente o vosso trabalho, em unidade de objetivos com outros educadores e professores.”

Mais uma vez o homem como centro das discussões e objetivo da educação. No entanto, um homem consciente de seu papel da sociedade e das realidade à sua volta, com empatia – uma das contribuições da educação cristã – e atitudes em benefício de si e do outro.

Papa Francisco, um latino a favor do pobres

Francisco se destaca por ser simples e compreensível com todos. Quando sacerdote, disse várias vezes: “O meu povo é pobre e eu sou um deles”. Isso fez Francisco – nome em homenagem aos pobres –  um homem do povo, preocupado com a justiça social.

A educação cristã passa, necessariamente, pela realidade social; é impossível ser diferente. Por isso, o Papa associa educação e transformação social como duas parceiras inseparáveis, tendo a colaboração de todos como uma aldeia educativa global. 

Segundo ele:

“Os dois grandes desafios do nosso tempo: o desafio da fraternidade e o desafio de cuidar da casa comum, só podem ser enfrentados através da educação. Ambos são, acima de tudo, desafios educacionais”.

Por fim, ele reconhece que esses desafios só podem ser superados com a formação da consciência e com a ajuda de todos: famílias, comunidades, congregações, profissionais e atores sociais, para combater tudo que divide o homem e fragiliza a sociedade.

Pacto educativo

“Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna.”

Assim, o Papa Francisco abriu o encontro sobre o Pacto Educativo Global para tratar sobre a educação em tempos desafiadores – marcados pela distância, superficialidade, materialismo, relativismo, tecnologia e mídias digitais.

Mas o que é o Pacto Educativo Global? Um chamado do Papa Francisco para que todas as pessoas no mundo, instituições, igrejas e governos priorizem uma educação humanista e solidária como modo de transformar a sociedade. 

No dia 15 de outubro de 2020, o Pacto foi lançado no Vaticano e, desde então, todo o globo tem se mobilizado para discutir, mobilizar e torná-lo algo concreto em nossas políticas educacionais e institucionais. Isso impacta a educação cristã para um compromisso maior.

Conheça 7 compromissos do Pacto Educativo:

  • Colocar a pessoa no centro de cada processo educativo;
  • Ouvir as gerações mais novas;
  • Promover a mulher;
  • Responsabilizar a família;
  • Se abrir à acolhida;
  • Renovar a economia e a política;
  • Cuidar da casa comum.

“O trabalho educativo é um grande presente antes de tudo para aqueles que o realizam: é um trabalho que exige muito, mas dá muito!” (Papa Francisco).

Então, se trazemos no coração a inquietação dos Papas sobre a educação, então estamos no caminho certo. Nossa missão é plantar e é Deus quem faz crescer a semente no tempo oportuno, sem considerar que a educação cristã está para o homem como um todo.

Que tal ler também: Qual a diferença entre a escola católica e as demais instituições?

Como viver a confiança na misericórdia de Deus

O Papa Francisco citou São José como modelo de confiança com estas palavras:

“José confia totalmente em Deus, obedece às palavras do anjo e toma consigo Maria. Precisamente essa confiança inabalável em Deus permitiu a ele aceitar uma situação humanamente difícil e, em certo sentido, incompreensível.”

E agora, em Cristo Jesus, o mundo conheceu a confiança com uma nova roupagem, com uma nova força, porque o Ressuscitado inaugurou e instalou o tempo da graça, ou melhor, da misericórdia de Deus, entre os homens.

Sobre isso, Francisco também diz: “Cristo nos ensinou que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas também é chamado a ‘mostrar misericórdia’ aos outros: Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia”.

Então, confiança e misericórdia são duas irmãs que andam juntas, cuja fonte é o próprio Deus, que não se cansa de nos mostrar o quanto nos ama! 

Portanto, confiemos na misericórdia, rezemos com o povo cristão em várias partes do mundo e celebremos o Domingo que vem com um mar de misericórdia sobre nós! 

O que é a confiança na misericórdia?

É impossível falar sobre misericórdia sem nos lembrarmos de Jesus Cristo e todo o plano de amor do Pai por nós. 

São Paulo diz que Deus prova o seu amor conosco em Cristo, que morreu por nós, quando ainda éramos pecadores, ou seja, sem mérito nenhum da nossa parte (Rm 5,8).

misericórdia é exatamente amor à miséria humana! Um sentimento que não se explica humanamente, mas se experimenta na vida. Assim aconteceu com Maria Madalena (Jo 8,1-11); com Bartimeu (Mc 10,46); com a mulher que sangrava há doze anos (Lc 8,43).

Logo, confiar na misericórdia divina é acreditar que Deus nos ama principalmente quando nos sentimos menos merecedores, apesar de nosso pecado ou enfermidades. E Ele deseja nosso bem, como também faz tudo para que voltemos a viver como filhos amados.

A confiança que Santa Faustina revelou

A maior prova da misericórdia de Deus por nós é a imagem de Cristo Jesus de braços abertos a nos esperar, seja na Cruz, na ressurreição ou com Seu Coração aberto jorrando sangue e água sobre nós. Por isso a confiança é uma atitude de quem crê no Mestre.

Porém, essa confiança na misericórdia foi renovada através da experiência espiritual de Santa Faustina. Ela é uma freira polonesa que, em 1931, recebeu revelações que transformaram a  vida de muitas pessoas e as aproximaram de Deus.

A santa fez uma experiência tão forte que recebeu o título de Apóstola da Misericórdia. A primeira revelação sobre a misericórdia aconteceu em fevereiro de 1931, em seu quarto, quando Jesus apareceu vestido de branco e de seu coração emanava feixes de luz vermelho e branco.

Era essa a imagem da Misericórdia Divina, que pediu aos seus filhos a seguinte oração: “Jesus, eu confio em Vós”. Assim, o Senhor apareceu várias vezes para essa jovem e tudo está escrito em um Diário que é um verdadeiro tratado sobre a confiança na misericórdia.

 Festa da Misericórdia

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. 

A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate” (Diário  699).

Essa foi umas das revelações e pedidos feitos a Santa Faustina por Jesus Misericordioso. A partir daí iniciou uma grande devoção por parte do povo, muitas orações, conversões e milagres aconteceram no mundo inteiro, além de uma grande renovação espiritual.

Sendo assim, em obediência ao Mestre, no ano 2000, João Paulo II instituiu o Domingo da Misericórdia, que acontece sempre no segundo domingo da Páscoa, no mesmo dia em que canonizou Santa Faustina. 

E o que significa essa Festa da Misericórdia? É a oportunidade de alcançar todas as promessas feitas por Deus através das revelações à Santa Faustina: “Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá” (Diário 1577). O segredo é a confiança na misericórdia!

Corramos ao encontro da Misericórdia

São muitas as bênçãos reservadas para os fiéis que se aproximarem da Divina Misericórdia. E felizes são aqueles que se preparam devidamente, não apenas na Páscoa, mas sempre, como uma maneira de cultivar a confiança em Deus. 

são muitas as orações inspiradas por Cristo à Santa Faustina. Conheça-as agora:

1. Terço da Misericórdia

“Pela recitação desse Terço, agrada-me dar tudo o que me pedem (…) se estiver de acordo com a Minha vontade” (Diário, 1541 e 1731). 

“As almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha misericórdia, durante a sua vida” (Diário, 754).

“Defendo toda alma que recitar esse Terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória, ou quando outros o recitarem junto a um agonizante, eles conseguirão a mesma indulgência” (Diário, 811).

Indicado, de preferência, às 15h e rezado pelos agonizantes, pelas almas do purgatório, pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. 

2. Hora da Misericórdia

Em 1937, Jesus falou a Santa Faustina que desejava a veneração da Hora da Sua morte, que é a Hora da Misericórdia. Ele assim se expressou: 

“Todas as vezes que ouvires o relógio bater três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Implora a onipotência dela em favor do mundo inteiro (…) porque nesse momento [a misericórdia] foi largamente aberta para toda a alma” (Diário 1572).

Ele ainda falou:

“Nessa hora conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora realizou-se a graça para o mundo inteiro: a misericórdia venceu a justiça” (Diário 1572).

Jesus também indicou algumas maneiras com as quais devemos venerar a Hora da Misericórdia (Diário 1572): 

  • Rezar a via-sacra, meditando a Paixão de Jesus.
  • Adorar o Coração Misericordioso de Jesus no Santíssimo Sacramento ou recolher-se em oração onde estiver ainda que por um breve momento.

3. A novena da Misericórdia

“Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam” (Diário 1209). 

“Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (Diário 796). 

Faça a experiência com esta oração qualquer mês do ano. Mas especialmente antes do Domingo da Misericórdia, rezando por sua vida, sua família e pelo mundo.

E, assim, prepare-se para receber e dar a misericórdia que brota do peito aberto de Jesus.

5 dicas para viver bem o tempo pascal

O Tempo Pascal começa na Vigília Pascal e tem a duração de 7 semanas, terminando, então, com o Domingo de Pentecostes, quando celebramos a graça da vinda do Espírito Santo. São 50 dias que vivemos como se fossem um só.

“Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande Domingo” (Normas Universais do Ano Litúrgico, nº 22).

Logo, o Tempo Pascal é a Páscoa da Igreja, Corpo de Cristo, que passa para a Vida Nova do Senhor e no Senhor. Aliás, a palavra “Páscoa” significa, precisamente, “passagem”, conforme o sentido literal do termo na tradição judaica.

E os judeus celebravam a páscoa como uma festa que recordava a libertação do povo hebreu das mãos dos egípcios, que passaram pelo mar vermelho em direção à Terra Prometida.

Mas a nossa páscoa, que se estende ao longo de todo o Tempo Pascal, é um período no qual vivemos o prolongamento da alegria singular da Ressurreição. Neste período já não jejuamos, porque a morte foi vencida, a vida venceu o pecado.

As celebrações do Tempo Pascal

A primeira semana do Tempo Pascal tem um nome próprio, chama-se “Oitava da Páscoa” e ela se encerra no segundo domingo da Páscoa com a Festa Misericórdia. Neste dia, celebramos a graça de termos um Pai que é amoroso e misericordioso.

O Domingo da Festa da Misericórdia entrou para o calendário litúrgico da Igreja em 2000, quando o Papa João Paulo II canonizou Santa Faustina. Foi a ela que Jesus indicou que, no segundo domingo da Páscoa, deveria ser celebrada esta Festa.

Depois disso, no sétimo domingo da Páscoa, temos a Festa da Ascensão do Senhor. E quanto ao significado desta celebração, o Catecismo da Igreja nos ensina: “A ascensão de Cristo ao céu significa a sua participação, em sua humanidade, no poder e autoridade de Deus” (CIC 668).

Com a Ascensão, termina a missão terrena de Jesus e tem início a missão da Sua Igreja.

Logo em seguida, vivemos a celebração da Festa de Pentecostes, que é a coroação da Páscoa de Cristo.

Ela marca o momento da vinda do Espírito Santo sobre os discípulos e manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.  Foi a partir de Pentecostes que os apóstolos começaram a espalhar a Palavra pelo mundo.

5 dicas para viver bem o Tempo Pascal

Para você que deseja viver intensamente os 50 dias do Tempo Pascal, apresentamos algumas dicas. Não é nada difícil de se fazer, basta ter disciplina e vontade. Então, tome nota!

#1. Reze a novena da Divina Misericórdia

Esta novena deve ser feita em preparação para o Domingo da Misericórdia. Ela começa na Sexta-Feira Santa e termina no sábado anterior ao segundo domingo da Páscoa, quando celebramos a Festa da Misericórdia.

#2. Medite a Palavra de Deus

Uma boa prática para o Tempo Pascal é a meditação dos Evangelhos de cada dia.

Para isso, leia o texto pausadamente, repita a leitura de trechos que chamam mais atenção e procure entrar na narrativa, observando personagens, as falas, as atitudes. Por fim, busque trazer a Palavra para a tua própria vida.

E a partir desta meditação, faça uma oração espontânea com as palavras que o Espírito Santo inspirar ao seu coração.

#3. Adore a Jesus Ressuscitado

Jesus ressuscitou e está vivo em nosso meio, e a sua presença é a Eucaristia.

Por isso, durante este Tempo Pascal, procure incluir na sua rotina semanal ou mensal alguns dias para adorar a Jesus que o espera em Seu Tabernáculo – o Sacrário.

Adorar a Jesus é reconhecer que Ele é o nosso Rei.

Por isso, enquanto estiver em adoração no Tempo Pascal, procure refletir sobre o significado da ressurreição de Jesus na sua vida. Quais aspectos da sua vida Jesus precisa tocar com Sua ressurreição?

#4. No Tempo Pascal, faça o exercício da gratidão

Diariamente o Senhor nos abençoe e enche nossa vida de graça e paz. Mas você tem o hábito de agradecer a Ele por tantos benefícios?

A Palavra de Deus nos convida à gratidão: “Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus” (1Tes 5,16-18).

Certamente, o autor bíblico nos deixou essa orientação porque teve a compreensão de que a gratidão tem um poder transformador em nossas vidas.

A gratidão alimenta a fé, a esperança e a caridade. E com isso nos tornamos ainda mais capazes de identificar as coisas boas que nos acontecem e assim agradecer a Deus por elas.

#5. Coloque os teus talentos a serviço da Igreja

Se o Senhor abençoou sua vida com um dom e você ainda não colocou este dom a serviço, está desperdiçando os seus talentos.

Mas ainda que você já esteja a serviço da Igreja em alguma pastoral ou movimento, já se perguntou quais talentos ocultos você tem?

Reflita sobre isso, peça a luz do Espírito Santo e procure usar os seus talentos a serviço do Reino de Deus. O Tempo Pascal é uma excelente oportunidade para isso.

Enfim, viva o Tempo Pascal com alegria!

Crianças e adolescentes na internet: como orientar o uso adequado para os filhos

Crianças e adolescentes na internet são motivos de alerta para todos os setores da sociedade! A começar pela família, estendendo-se para as relações sociais até a escola.

Já que eles não têm maturidade para responder por suas ações e nem perceber os perigos que rondam os acessos que a internet oferece. Mas como lidar com isso? O que fazer para traçar regras, orientar e educar sem privá-los da tecnologia digital?

Com certeza, essas perguntas são constantes na mente de pais e educadores! Então, vamos juntos descobrir as possíveis soluções para esse tema tão polêmico e atual.

Crianças e adolescentes na internet, mas que universo é esse?

A internet é um recurso moderno e indispensável da atualidade. Homens e mulheres de todas as idades usam constantemente esse recurso para sair de casa, trabalhar, cuidar da saúde e movimentar as finanças. Logo, ele é útil e ótimo para agilizar a vida.

No entanto, seu acesso é ilimitado. Não existem regras ou um sinal de trânsito que diga quando parar, principalmente se é utilizado por crianças ou adolescentes. Vale salientar que se é criança até os 12 anos e adolescente até os 18 anos de idade.

E segundo uma pesquisa realizada no período da pandemia, 15% das crianças e adolescentes viram na Internet imagens ou vídeos de conteúdo sexual; 18% receberam mensagens de conteúdo sexual; e 11% dizem que já pediram para eles, na internet, uma foto ou vídeo em que apareciam pelados.

Esses dados são chocantes, mas reais! E ainda mais verdadeiros quando analisamos o tempo em que crianças e adolescentes passam na internet sem o conhecimento dos responsáveis, são seduzidos por promessas de outros e não contam para ninguém.

Como orientar crianças e adolescentes na internet!

Existe um ditado popular que diz que a dose é a distância que separa o remédio do veneno. Esta comparação também é válida para a Internet, especialmente em relação às crianças e aos adolescentes.

Sem dúvida, os responsáveis têm o compromisso de orientar o uso da internet e estabelecer limites para isso. Agora, é preciso aplicar a conduta certa, com intuito educativo, com a participação da criança e do adolescente no processo.

Leve-se em conta também que o diálogo e a conduta com uma criança de seis anos é diferente de um adolescente de 15 anos, mas ambos estão em processo educativo, e a primeira atitude é dialogar. Já a segunda é acompanhá-los neste contato com os meios digitais.

Algumas orientações práticas para o uso da internet: 

Como a internet tornou a vida muito prática, as ações também seguem o mesmo caminho: clareza, praticidade e agilidade, mas com o objetivo de cuidar e educar crianças e adolescentes na internet para que não sejam violadas em sua dignidade.

  1. Converse sobre o uso da internet. Há necessidade de pesquisas e de lazer. Cada uma tem tempo e hora certos para não atrapalhar outras atividades. 
  2. Fale com os adolescentes sobre a responsabilidade de ter um celular, como usar, o que usar e quando usar. A liberdade tem um preço alto e todos pagam por ela.
  3. Acione o controle parental para as crianças. Muitos aplicativos permitem que os pais limitem o tempo de acesso dos filhos, como também o conteúdo que eles poderão visualizar. Na adolescência, contudo, esse aplicativo não funciona muito bem.
  4. Oriente seu filho a não falar com estranhos nas redes sociais; não acessar qualquer fonte de pesquisa; não baixar aplicativos sem investigar antes; e caso apareça alguma imagem estranha, não tenha medo de falar sobre isso.
  5. Lembre-se da regra de ouro: não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco. Isso é bom para evitar brigas, pois elas podem resultar em bullying, injúria e outros crimes virtuais.

Por fim, observar, acompanhar e orientar são ações que valem por toda a vida! Por isso, ficar atento a comportamentos e mudanças de atitudes ajuda a evitar futuros problemas com o uso excessivo da internet. 

Família e escola, uma parceria fundamental na era digital

Quando se trata de educação de forma geral, a primeira instituição que vem à cabeça dos pais é, sem dúvida, a escola. De fato, depois da família, a escola é o lugar onde a criança e o adolescente passam a maior parte de sua vida ou talvez do seu dia se for horário integral.

Por isso, é fundamental estabelecer uma parceria de confiança entre pais e unidade escolar, principalmente na era digital, quando a tecnologia oferece novos espaços de interação e aprendizagem para as escolas se conectarem ao mundo.

Se o papel dos pais é amar, cuidar e educar seus filhos, a escola, então, precisa apresentar garantias para que isso tenha continuidade no ambiente escolar, preservando a dignidade da pessoa humana e cultivando valores essenciais, além do suporte acadêmico.

Para isso, a instituição escolar precisa ter princípios pautados na justiça, solidariedade e dignidade da pessoa humana, porque a sociedade atual precisa tanto de cidadãos que cumpram com deveres como de pessoas capazes de amar o outro sem discriminação.

Então, unir amor e educação formal, na era digital, é o caminho mais seguro para um crescimento sadio e responsável para nossas crianças e adolescentes. Logo, escolha uma escola que tenha história e experiência acadêmica para oferecer! Conte conosco!

Esse conteúdo é útil para você: Como acompanhar seu filho corretamente na escola