A importância do perdão para a saúde mental

Com este post, encerramos a série de conteúdos sobre o perdão. E nada melhor do que fecharmos com chave de ouro, unindo perdão à saúde mental! A relação entre esses dois aspectos fundamentais da vida humana é profunda e muitas vezes ignorada.

Perdoar, embora seja um ato pessoal e desafiador, desempenha um papel significativo na promoção da saúde mental e no processo de cura emocional. E devido a correria da vida e da missão pastoral, muitos acabam negligenciando o ato de perdoar até que sua ausência reflete na mente e no corpo.

Mas preparamos um conteúdo que nos ajudará a refletir e ao mesmo tempo colocar em prática ações que nos ajudarão a cuidar da mente a partir do perdão. Confira!

O que significa saúde mental?

Esse conceito é óbvio, porém vale a pena relembrar. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde): saúde mental é a síntese da totalidade do bem-estar de uma pessoa envolvendo seus diversos aspectos: físico, biológico, afetivo, social, econômico, ambiental, intelectual, cultural, moral. 

Como nos ensina a Doutrina da Igreja Católica, o ser humano é uma unidade – mente, corpo e alma. E por causa dessa unidade que se manifesta no dinamismo do íntimo do ser, todas as dimensões se conectam, se ligam e se expressam através do corpo.

Portanto, o cuidado com a saúde mental é indispensável! Disso depende a qualidade da nossa vida: nossos pensamentos, preocupações, hierarquia de valores, escolhas, relacionamento com os outros, estilo de vida, virtudes e atitudes diante dos desafios. 

Por isso o ditado popular está correto “quando a mente não pensa, o corpo padece”, ou seja, quando a mente está doente, estamos em estado de enfermidade. E isso não é a vontade de Deus para a humanidade, muitos menos para nós, seus filhos.

Fatores que afetam a saúde mental

O ser humano é filho do tempo em que vive e das relações que estabelece. Por mais que a gente não deseje que os problemas nos afetem, isso é inevitável porque não temos o controle sobre as situações da vida, sem contar que vivemos sob fortes tensões, exigências, padrões estabelecidos, violência, carências diversas etc.

Há ainda outros fatores sociais, culturais e modernos que influenciam positiva ou negativamente em nosso jeito de agir, pensar e responder às demandas da vida. Tudo isso reflete na saúde mental. Mas somos mais que as circunstâncias que nos envolvem. 

Viktor Frankl, médico psiquiatra, observando as atitudes dos prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial, viu que a maioria entrava com as mesmas condições físicas, mas o processo de definhamento era muito diferente entre eles. 

Ele concluiu, então, que tudo dependia da “preservação mental” e da capacidade de dar sentido à própria vida naquela situação. A saúde mental, portanto, está intimamente relacionada à nossa capacidade de dar sentido para as nossas experiências, ou seja, para tudo aquilo que fazemos, sofremos, buscamos, temos e sonhamos. 

Como o perdão influencia no bem-estar mental

Falemos agora sobre o perdão e sua contribuição para a saúde mental. Não há como definir o perdão, mas podemos caracterizá-lo: perdoar envolve a liberação de ressentimentos; é um processo muitas vezes longo; uma decisão em benefício de si e do outro etc.

Perdoar, todavia, não significa aprovar ou esquecer o que aconteceu, mas sim libertar-se do peso emocional que esses sentimentos negativos causam. Ao perdoar alguém, por exemplo, não significa absolver a pessoa de suas ações, mas é uma maneira de a pessoa não ficar presa a situações, raivas, tormentos que prejudicam a saúde mental.

Por outro lado, a pessoa que perdoa é sempre alguém ferido e ao mesmo tempo maduro e capaz de seguir com um novo olhar sobre si e sobre as situações que o envolvem. O perdão não é simples, mas é um ato poderoso de cura que resulta em uma profunda paz interior.

Mas quem opta pelo perdão e faz o caminho para alcançá-lo ganha na loteria sem ter jogado, ou seja, recebe um presente inesperado: a liberdade emocional, espiritual e relacional porque se abre para o outro e começa um processo de restauração na história pessoal.

Perdoar para alcançar a saúde da mente e do corpo

Sem dúvida, perdoar não é um ato tão simples; e aqui não falamos de faltas leves, mas de problemas que ferem a natureza humana, como traição, violência física ou verbal etc. Por isso perdoar, na maioria das situações, é um processo longo e árduo. 

Mas aqui entra a capacidade de escolher o caminho certo à luz da Palavra de Deus que fala sobre perdoar até alcançar a cura plena: setenta vezes sete. Por isso, pensando na sua saúde mental, reunimos algumas dicas que ajudam nesse processo:

  • O perdão é uma escolha pessoal e está mais relacionado à sua atitude do que às mudanças externas;
  • Não é necessário esquecer o que aconteceu, mas sim se desprender da humilhação constante que a situação provoca dentro de você;
  • Reflita sobre o valor do perdão e reze para alcançar essa graça, pois essas duas ações modificam os pensamentos e encaminham para a cura interior;
  • Reconheça os sintomas negativos ligados a experiências ruins, como raiva, vergonha e tristeza, mas busque repensar a situação para criar um novo caminho emocional;
  • Procure ajuda de alguém para conversar, de preferência uma pessoa que não tenha relação com a situação vivida a fim de não influenciar nos seus sentimentos.
  • Por fim, perdoar regula a produção do hormônio cortisol e evita respostas emocionais impulsivas e irritadas, afetando positivamente a saúde mental.

“Quem tem a vontade, tem a metade!” (provérbio popular)

Com esses conteúdos, encerramos a série sobre o perdão com votos de que a decisão de perdoar se fortaleça, torne-se um processo e chegue à conclusão no tempo de Deus! Caso faltem as forças no caminho, entregue-se à misericórdia de Deus e tente novamente!

Dia Nacional do Livro: porque celebrar essa data?

O livro é tão importante que tem o dia de sua comemoração: 29 de outubro! Mas você sabe o porquê deste dia tão especial? Vamos recordar a história da chegada da Família real ao Brasil, em 1805, em fuga da invasão francesa a Portugal.

Então, com a mudança da realeza para a colônia, abriu-se, em 1810, a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, com os livros trazidos de Portugal, já que Dom João possuía um acervo enorme de livros em Portugal.

Mas hoje o livro não é privilégio de alguns como no tempo do Brasil colônia. Muito pelo contrário: ele é um recurso de aprendizagem, um instrumento de trabalho, um comunicador de fatos, um guardião da história e até um “amante” como diz Clarice Lispector.

Por isso, vamos honrar o livro com esse post e conhecer um pouco de sua história e importância. Desde já, faça memória dos livros que mudaram sua vida, porque, quando isso acontece, pessoas mudam o mundo.

A Bíblia foi o primeiro livro impresso!

Com a facilidade de manusear um livro hoje a gente nem  imagina como essa história começou. Na verdade, os primeiros registros gráficos aconteceram em “papiro” que era uma espécie de lâmina retirada do caule de uma planta e que possibilitava a escrita.

Com o tempo, essa técnica foi substituída pelo pergaminho, feito de pele animal, costurado, logo era bem resistente. Na idade média, chegou o papel e nasceram os livros. Mas a grande mudança aconteceu em 1455 quando o alemão Gutenberg criou uma prensa.

Ou seja, uma técnica que reproduzia letras e símbolos em alto relevo no metal. Isso provocou uma imensa evolução que se espalhou pela Europa e todo o mundo. O primeiro livro a ser impresso foi a Bíblia, em latim, contendo 1.282 páginas.

Já no Brasil, o primeiro livro impresso foi “Marília de Dirceu”, do escritor Tomás Antônio Gonzaga, em 1810. Assim, começaram as publicações, as notícias de jornal e as bibliotecas; os formatos dos livros mudaram até alcançar o livro digital. 

O livro é nosso companheiro na estrada da vida

Já parou para pensar que sua vida está escrita no livro da vida? Tanto de forma literal como espiritual: o registro de nascimento é feito no livro e a vida se explica na Palavra de Deus para todos os que creem, ou seja, início, meio e fim temos a companhia de um livro.

Isto para falar da importância do livro na vida das pessoas e podemos elencar muitas utilidades para esse companheiro. Por exemplo:

  1. A saúde mental;
  2. O exercício da memória;
  3. O prazer que a leitura possibilita;
  4. O estímulo à imaginação;
  5. E o conhecimento sobre todas as coisas.

Esses são apenas alguns benefícios que o livro nos causa. É comum também achar que apenas os estudantes precisam da leitura por causa da escola e da universidade. Porém, o livro e a leitura são para todas as pessoas e produzem conhecimento em qualquer idade.

Portanto, podemos chamar o livro de “companheiro na estrada da vida”, porque simplesmente ele está presente em todos os momentos e lugares; quantos livros mudaram a história e a vida das pessoas… Logo, ele é indispensável ao nosso crescimento humano. 

Que tal começar uma nova amizade?

Quando falamos de livros, tratamos de leitura também e por que não começar uma nova amizade com esse companheiro na estrada da vida? Para isso, vamos sugerir algumas dicas simples, mas eficazes para quem deseja criar o hábito de ler.

  1. Escolha um livro do seu gosto, ou seja, com um assunto interessante, atrativo.
  2. Ande com o livro; leve para todos os lugares, porque dez minutos fazem uma leitura acontecer;
  3. Invista tempo; dedique um momento para cultivar a leitura. Não precisa começar com muito, mas insista e logo a leitura se tornará um hábito;
  4. Recomece com outro livro, caso a leitura não esteja interessante para você. Não há problema em escolher outro gênero, isso faz parte das descobertas.
  5. Não leia com sono! O livro é um amigo e não um fardo. Estabeleça compromisso com ele e trate-o como a uma pessoa: com atenção e carinho.

Agora, com essa nova amizade, é possível ser exemplo para outros; surgirão novos assuntos nas conversas entre amigos; as palavras irão fluir, porque o vocabulário aumenta e aproveite para presentear alguém como um bom livro e contribuir com a cultura da leitura.

“Livros mudam pessoas e pessoas mudam o mundo” (autor desconhecido)

Quem disse essa frase foi feliz em sua colocação. De fato, a transformação do coração passa pela tomada de consciência sobre o que mudar para melhorar a nossa vida, e um bom livro favorece isso. Portanto, vamos dar três sugestões que podem ajudar sua vida:

#1 Obra literária “Ser de Deus é Rentável?” O Poder da Fé na Vida do Empreendedor – escrito por Frei Rogério – religioso mercedário. O livro traz fé e esperança para empreendedores que podem ser qualquer um de nós. Segundo o frei, “Empreender é um ato de fé por natureza. É iniciar um negócio sem ter todas as garantias que vai dar certo. É crer sem ver. Isso é fé!” 

#2 O livro: Os Bispos Mercedários no Piauí de Frei Fernando Cascón – religioso mercedário. Com uma narração emocionante, o frei fala sobre a trajetória da evangelização mercedária no Piauí e atuação dos bispos junto ao povo de Deus.

#3 O livro Voto de sangue: a jornada de um jovem em busca de liberdade do Frei Elionaldo Ecione e Silva – religioso mercedário. A partir de uma narrativa poética, o autor conta a história inspiradora de São Pedro Nolasco de uma forma simples e atual. 

Assim, é possível crescer na fé e conhecer a história de pessoas que dedicaram suas vidas pelo bem de tantos.

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