Confira como foi a Festa de Nossa Senhora das Mercês

Todos os anos, o dia 24 de setembro é uma grande celebração em cada local onde a Ordem Mercedária se faz presente, pois comemora-se a Solenidade de Nossa Senhora das Mercês, mãe e patrona dos mercedários. 

Solenidade em Brasília-DF

Este ano, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Mercês, em Brasília, celebrou a festa Mariana às 19h do dia 24, com a presença de uma comitiva da embaixada da República Dominicana,  que tem Nossa Senhora das Mercês como patrona do país e com a embaixador do Gabão, do Congo Brazzaville e a embaixadora da Espanha de onde se origina a Ordem das Mercês.

A delegação Dominicana trouxe um quadro da primeira imagem das Mercês que entrou no continente americano no ano de 1492. Uma belíssima fac-símile de 500 anos.

Presidiu a Celebração Eucarística o pároco e Frei Rogério Soares, que também, ao final da celebração, coroou a imagem de Nossa Senhora das Mercês. 

Toda celebração teve a transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Após a missa, aconteceu uma quermesse com barracas típicas para celebrar esse dia festivo. 

Assista a celebração da Missa a Nossa Senhora das Mercês

Como surgiu a devoção à Senhora  das Mercês?

Sua origem aconteceu na passagem do dia primeiro para o dia dois de agosto de 1218, na ocasião da inspiração que levou o jovem Pedro Nolasco a fundar uma Ordem redentora: a Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a redenção dos cativos cristãos. 

Nesse momento a Virgem Maria das Mercês vem ao encontro do jovem comerciante Pedro Nolasco, que em sua oração buscava uma iluminação para dar continuidade ao seu trabalho redentor.

Pedro Nolasco e seus companheiros estavam  resgatando cristãos desde 1203 dos cativeiros dos sarracenos e mouros. Entretanto, seus recursos haviam se exaurido, mas o desejo de dar a vida pelos cativos só aumentava em seu coração e nos corações de seus amigos. 

A inspiração mariana que Pedro Nolasco recebeu, comunicando a vontade de Deus a seu respeito, foi tão profunda e forte que ele fundou uma Ordem com o auxílio do Bispo de Barcelona e do Rei de Aragão e deu a essa Ordem o nome da Santíssima Virgem.

Desta forma, Nossa Senhora tem um lugar especial na Ordem Mercedária e merece todas as homenagens que lhe prestamos todos os anos.

Sacerdote Mercedário fundou o primeiro hospital psiquiátrico do mundo

Ao presenciar uma cena na qual batiam em um doente mental, o sacerdote mercedário padre Jofré o defendeu e começou um trabalho que culminou na construção do primeiro hospital psiquiátrico do mundo, na cidade de Valência (Espanha). 

Padre Juan Gilabert Jofré nasceu em Valência, em 1350. Desde criança, sentiu o chamado a ser religioso, mas para agradar seus pais, estudou Direito Civil e Canônico, em Lérida. Durante seu tempo universitário, conheceu São Vicente Ferrer que estudava Teologia lá.

Em 1369, retornou a Valência e começou a viver uma intensa vida espiritual, comungando com frequência, visitando os pobres e participando da Missa todos os dias. Entrou na Ordem das Mercês, no ano de 1370.

Depois, mudou-se para Valência e foi nesta cidade que padre Jofré realizou uma das obras mais importantes e pela qual será recordado: a criação do primeiro hospital psiquiátrico no mundo ocidental.

Em uma sexta-feira, 24 de fevereiro de 1409, padre Jofré estava saindo do convento da Praça da Mercê para a catedral. No caminho, provavelmente na rua Martín Mengod, antiga Platerías, perto da igreja de Santa Catarina, um forte alvoroço chamou sua atenção. Alguns jovens batiam e zombavam de um homem perturbado, gritando para ele: “louco, louco!”. O sacerdote se colocou entre os agressores e o agredido, protegeu o homem e levou-o para a residência mercedária, onde lhe concedeu abrigo e pediu que cuidassem de suas feridas.

Lá, começou a pedir caridade com os doentes mentais e a promover a criação de um hospital para essas pessoas. A iniciativa chegou aos ouvidos do papa Bento XIII, que autorizou o hospital em uma bula de 16 de maio de 1410, na qual o centro deveria estar sob a invocação dos Santos Mártires Inocentes.

Em 1º de junho de 1410, fundou-se o Hospital dos Inocentes para acolher os doentes mentais, pobres e crianças abandonadas. A capela do hospital foi dedicada à devoção de Nossa Senhora dos Desamparados, que depois seria a padroeira de Valência.

Este foi o primeiro hospital do mundo a fornecer aos doentes mentais um tratamento médico hospitalar e uma residência onde morar. Depois, tornou-se o atual Hospital Universitário de Valência (Espanha).

Padre Jofré se juntou a São Vicente Ferrer na evangelização de muçulmanos em Múrcia, Valência, Salamanca e Itália, e em outras missões de evangelização, até que, em 1417, retornou ao mosteiro mercedário de Nossa Senhora de Puig, onde faleceu assim que chegou. Era 18 de maio de 1417.

Em 1585, o corpo foi analisado e considerado incorrupto e flexível. Infelizmente, sua devoção declinou e no século XIX começou o processo de canonização, que foi retomado mais tarde no século XX. Finalmente, em 1996, foi reaberto e a fase diocesana foi concluída em 2007, e depois enviada para Roma.

Fonte: acidigital.com

Feirinha do Frei: Paróquia em Brasília prepara edição especial para celebrar primeiro ano de atividades

Evento será no dia 18 de setembro e vai reunir mais de 50 expositores, além uma extensa
programação social e cultural

Um divisor de águas; uma oportunidade para conquistar e fidelizar clientes; um espaço para escoar produção em plena pandemia. Essas expressões resumem como os expositores classificam a Feirinha do Frei, organizada na Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Mercês na Asa Sul, em Brasília.

Edições da feira

Há um ano, artesãos, pequenos empreendedores e profissionais liberais têm encontro marcado no evento, que ocorre aos domingos na área externa da Igreja localizada na quadra 615 Sul.

Em regra, são duas edições mensais. O grupo, que começou com 12 expositores, hoje contabiliza 57 feirantes ativos e prepara uma edição especial para celebrar o primeiro aniversário do projeto. As atividades serão no dia 18 de setembro e contará com uma programação extensa.

Desde a primeira edição, uma das marcas do evento foi a variedade de produtos expostos. O público encontra alimentos, artesanato, bijuterias, enfeites, velas, produtos de crochê e em cetim,peças de vestuário feminina e infantil, entre outros.

A estimativa é que cerca de 90 famílias já tenham sido beneficiadas com o projeto que tem como diretriz permitir a geração de renda por meio do empreendedorismo e a profissionalização das pessoas. Idealizador da feira, o pároco da comunidade, Frei Rogério Soares, faz questão de dizer que o espaço é mais do que um lugar para comprar e vender. Segundo ele, trata-se de um “fazer social” por meio do empreendedorismo.

“É um negócio inclusivo, que estimula a economia familiar, de forma circular, dentro do conceito de empreendedorismo social”, pontua, frisando o aspecto emancipador do projeto.

Para integrar à feira, o expositor precisa atender algumas condições como se comprometer a participar das formações de empreendedorismo e geração de renda oferecidas pela paróquia, ajudar na divulgação, além de cuidar das condições de higiene do local e estar atento à pontualidade.

A Paróquia oferece o espaço físico e a estrutura das barracas que, atualmente, são montadas no ponto encontro. Como contrapartida, cada expositor paga uma taxa de R$ 30 por edição.

Para marcar a passagem do primeiro aniversário, a feira contará com programação especial. Ao todo, 55 feirantes vão participar. O público contará, além dos produtos à venda, com outras atividades como oficinas de atividades variadas (de horta, decoração, artesanatos, gastronomia), apresentações musicais, brinquedos para a criançada, palestras e serviços de saúde.

Toda a estrutura está sendo montada com recursos da paróquia, por meio dos projetos sociais realizados junto à comunidade. A intenção é fazer uma grande festa para atender a comunidade e visitantes.

Assim como as edições ordinárias da feira, as atividades vão acontecer durante todo o dia, das 9h às 22hs.

Histórias de sucesso

Nesses 12 meses de feira, já foram cerca de 30 edições da Feirinha do Frei. O reconhecimento e a consolidação do projeto permitiram a realização de feiras em outros locais.

Foram pelo menos sete participações fora da Paróquia. Os feirantes já estiveram em eventos realizados no Cruzeiro, no Sudoeste, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e no Brasília Moto Festival, entre outros.

Uma trajetória que é celebrada por pessoas como Cleonice dos Santos Silva. A vendedora de empadas faz questão de citar os benefícios de integrar o projeto.

“Espero por essa feira ansiosa todos os meses, porque com as vendas feitas consigo colocar pendências em dia, pagar meu aluguel, assim como consegui quitar o curso de manicure da minha filha”, afirma, revelando conseguir uma renda média de R$ 3 mil.

Para José Ivanildo Duarte lima, que trabalha com mosaicos, trata-se de uma feira de oportunidade e acolhimento.

“Posso mostrar meus produtos e criar vínculo com os clientes e feirantes. Fomos nos organizando com o tempo e hoje viramos referência até para outras feiras”, completa, recordando o início das atividades, ainda no momento em que a pandemia de covid-19, limitava o contato social.


Ana Paula Carvalho, que vende semijoias na feirinha, faz questão de destacar o aprendizado possibilitado pela iniciativa que ela classifica como um divisor de águas na sua trajetória de empreendedora social.

“Aprendi técnicas de venda, a me comportar diante do cliente, a falar do meu produto. É uma honra poder participar dessa grande família, que é a Feirinha do Frei”, afirma a profissional que não esconde a expectativa para a edição especial de aniversário

Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Mercês

Brasília – DF | www.sagradomerces.com.br

O legado de Dom Inocêncio Santa Maria em S. Raimundo Nonato (PI)

Cidade do Vaticano (RV) – Depois da instalação do Tribunal eclesiástico em São Raimundo Nonato e o início da fase diocesana, atualmente o processo de beatificação do espanhol Dom Inocêncio López Santamaria, bispo que viveu no sertão do Piauí combatendo a fome, a seca e o analfabetismo, encontra-se no Vaticano.

O andamento do processo

Em fevereiro de 2017, uma delegação do Vaticano exumou o corpo do religioso da Ordem Mercedária do Brasil, morto em 1958, aos 83 anos, em Salvador. A exumação faz parte do processo de beatificação e canonização autorizado pelo Papa Francisco.

A trajetória do bispo

Nascido em 1874 na aldeia de Sotovellanos, na Espanha, Dom Inocêncio chegou ao Brasil em 1931 e foi bispo da Prelazia de Bom Jesus do Gurgueia, hoje Diocese de São Raimundo Nonato. 

Para o processo, têm sido ouvidas testemunhas e depoimentos de quem conviveu com o bispo, cerca de 60 pessoas, entre elas cinco padres que conheceram pessoalmente o religioso. Entre os documentos descobertos, estão cartas do bispo às autoridades pedindo ajuda para alimentação das famílias, estradas e água.

O legado no território

No Piauí, fundou a Congregação das Irmãs Mercedárias Missionárias do Brasil e  construiu 28 escolas somente na zona rural de São Raimundo. Com a ajuda de Dom Inocêncio foram construídas cerca de 700 km de estradas, poços, açudes e capelas entre 1931 a 1958.

O Frei Reginaldo Roberto Luiz, Conselheiro geral da Ordem, responsável pelas causas dos Santos junto ao Vaticano, esteve conosco e nos fala sobre o andamento da causa. Ouça:

Fonte: Rádio Vaticano

Qual a diferença entre a escola católica e as demais instituições?

Você conhece a escola católica? Qual o diferencial dela para as demais instituições de educação? 

A escola é uma extensão importante na vida de uma criança, por isso precisa ser um lugar que tenha afinidade com a família.

Pois com certeza a qualidade da educação dos seus também filhos é uma prioridade familiar. 

Embora os desafios da pós-modernidade aparentam ser maiores que nossas forças, ainda temos escolas que nos ajudam a enfrentar o presente e nos fortalece para o futuro em todos os aspectos da vida, principalmente,  a partir da espiritualidade.

Por isso, vamos entender qual a diferença entre a escola católica e as demais instituições. 

Escola católica: uma contribuição milenar

A Declaração pós-Concílio Vaticano II sobre educação cristã fala assim: 

É bela, portanto, e de grande responsabilidade a vocação de todos aqueles que, ajudando os pais no cumprimento do seu dever e fazendo as vezes da comunidade humana, têm o dever de educar nas escolas; esta vocação exige especiais qualidades de inteligência e de coração, […] e uma vontade sempre pronta à renovação e adaptação.

Logo, essa ajuda na educação que o documento aponta acontece na escola. Todas elas têm a responsabilidade de exercer seu papel na sociedade como fomentadora de conhecimento e crescimento dos alunos para o campo do trabalho.

Porém, a escola católica, além da responsabilidade social, ela tem uma missão na sociedade que está ligada à sua identidade, porque ela traz princípios profundos que orientam suas ações e iluminam seus objetivos.

A escola católica vive no decorrer da história humana. E essa história da contribuição da escola católica, no Brasil, é antiga. E pôde se desenvolver, amadurecer e se atualizar com o tempo, trazendo a tradição e a sabedoria como duas armas importantes para os dias atuais.

Qualidades da escola católica 

O Papa Francisco, discursando em um evento sobre o Pacto Educativo Global, disse: 

“Apenas uma ação forte e unitária da Igreja no campo da educação, num mundo que se torna cada vez mais fragmentado e conflitivo pode contribuir tanto para a missão evangelizadora que Jesus lhe confiou, como para a construção de um mundo em que os homens se sintam irmãos, pois “somente com esta consciência de filhos que não são órfãos podemos viver em paz entre nós”

Logo, como citamos anteriormente, a escola católica tem uma identidade profunda, uma missão mais que uma responsabilidade e uma história bem consolidada na área educacional. 

Portanto, há muitas qualidades adquiridas com o tempo. Vamos citar algumas:

Valores cristãos; educação baseada na formação da pessoa em sua totalidade; compromisso com o social, principalmente os mais necessitados; presença da oração constante; aplicação dos conteúdos, tendo como luz o evangelho; promoção da fraternidade universal, livre de preconceitos e sem favorecimento de classes sociais.

Enfim, são muitas qualidades que fazem a diferença agora, principalmente, diante de uma sociedade que vive em crise ética, sofre com barulho de muitas opiniões e informações sem fundamentação e, consequentemente, fragilizada pela falta de diálogo

Logo, essa identidade bem definida, que tem como base a Igreja e os ensinamentos do evangelho, fazem a diferença na educação e formação do ser humano. Trata-se não de doutriná-lo, mas apresentá-lo valores que o acompanharão para o resto de sua vida.

Escola católica: lugar de espiritualidade hoje

E por falar em valores que rompem o tempo, precisamos falar sobre espiritualidade, pois ela também está presente na escola católica.

Ora, você sabe a importância do transcendente na vida humana? Karl Rahner, um teólogo alemão, afirmou que o cristão do século XXI – ou será místico ou não será cristão. Com isso, ele valorizava a mística, ou seja, o encontro com Deus como base para sustentar a vida cristã, vida essa que se estende na família, na escola e na sociedade.

E se há um lugar que promove o encontro com Deus no cotidiano é a escola católica, porque ela tanto ensina como vive a espiritualidade. E essa presença do divino, na vida da criança em crescimento, planta valores indispensáveis para um desenvolvimento mais sadio, fraterno e feliz.

Ainda há o envolvimento de todos os parceiros da escola nessa espiritualidade: do porteiro à direção, passando pelos professores, coordenadores e pessoal de apoio. Ou seja, do “oi ao tchau” a criança é imersa em um ambiente diferente, com sorrisos sinceros e carinho igualitário – um lugar onde todos são irmãos.

Uma comunidade escolar

Uma escola católica é conhecida pela sua tradição, desempenho de qualidade e compromisso social. São três qualidades presentes nas escolas Mercedárias, lugar onde as crianças aprendem que são filhos de Deus capazes de construir uma nova história pessoal e social.

Dessa forma, a escola mercedária investe em educação através de novos métodos educativos, permeada de valores éticos, cristãos, espiritualidade, com inovação, tecnologia e baseada em projetos.

Com uma equipe bem preparada, a escola mercedária oferece aos pais a oportunidade de educarem seus filhos com todas as diretrizes pedidas pelos órgãos competentes, como também a experiência da fé, fundamental para fortalecer a pessoa diante das dificuldades.

Por esses e tantos outros motivos, a educação católica, na proposta de ensino mercedário, é o melhor caminho para a formação da criança e o desenvolvimento do adolescente em vista de torná-lo um jovem sensível às necessidades do próximo e ativo na construção de uma sociedade mais fraterna e solidária.

Faça sua escolha!

Como falamos durante todo nosso post sobre a escola católica, então já destacamos sua diferença com relação às outras instituições de educação. Claro que a visita à escola, o relato dos pais e dos alunos convencem muito mais. 

Mas enquanto não é possível ver com os próprios olhos, convidamos você a acessar nosso site e fazer a sua escolha.

Aproveite para conhecer aqui os projetos sociais mantidos pela escola mercedária

Como acompanhar corretamente meu filho na escola?

Quando o filho, na escola, começa sua jornada, um novo cenário entra na vida familiar! Essa etapa é muito importante e permanecerá por longos anos até que a criança se torne adulto, realizado profissionalmente.

Mas, até lá, os pais são os grandes incentivados, educadores e responsáveis por esse processo de aprendizagem, junto com outros profissionais, para que ele seja crescente e agradável para o filho na escola.

Claro que os pais não estão sozinhos e até se acham despreparados pedagogicamente. Porém, nada como a informação para ajudar nesse caminho e o exemplo de quem tem experiência prolongada sobre o assunto.

Por isso, preparamos este post sobre como acompanhar corretamente o filho na escola. Confira até o fim!

A importância do acompanhamento do filho na escola

Ao discursar às escolas italianas, o Papa Francisco afirmou: “eu amo a escola, a amei como estudante, professor e bispo”. Nessas palavras do Papa, encontramos o primeiro sentimento que os pais precisam demonstrar aos seus filhos: amor à educação e à escola.

Assim começa um acompanhamento escolar agradável também para os pais. O fato de gostar da escola significa que houve uma escolha e uma identificação com a Instituição, mas ela está longe de ser impecável, da mesma forma que a família também.

Portanto, o acompanhamento do filho na escola começa pela escolha do estabelecimento adequado de ensino onde os pais tenham oportunidade de participação, diálogo e acolhimento. 

Também, pesquisas comprovam que a participação ativa dos pais na vida escolar dos filhos aumenta a capacidade deles de aprender e até acelera o desenvolvimento cognitivo e motor das crianças.

Em vista disso, vejamos algumas ações que, colocadas em prática, ajudam os pais a fazerem esse acompanhamento.

Participe da vida escolar do seu filho na escola

Tendo feito a escolha da escola, agora é mãos à obra! Tudo começa pelas pequenas coisas, desde a organização do material escolar, o lanche, o uniforme e o deslocamento até lá. Mas se prolonga em outras ações que fazem a diferença no contexto educativo.

Por exemplo, saber quem são os amigos; com quem ele(a) brinca sempre; perguntar como foi o dia; escutar as histórias e os conflitos do dia a dia. Isso ajuda a criança a se expressar, a perder o medo, a sentir-se importante e a melhorar nos relacionamentos interpessoais.

Além do que, participar das atividades promovidas pelo colégio, conversar com a professora sobre as dificuldades do seu filho na escola; aproximar-se de outros pais para dialogar sobre aprendizado e buscar soluções em parceria quando houver algum problema.

Filho na escola – crie uma rotina de estudos

Pode até parecer exagero, mas, a partir do primeiro ano da séries iniciais (antiga alfabetização), a criança já começa um aprendizado consistente. Logo, isso exige atenção e disciplina.

Por isso, uma das formas de acompanhar seu filho na escola é criar uma rotina de estudos ou, se preferir, de realização das atividades. Porém, isso pede lugar, horário e presença, sem falar em paciência e disponibilidade.  Mas tudo irá favorecer o desenvolvimento e a autorresponsabilidade.

Estimule o aprendizado ativo

Antigamente, a educação funcionava assim: o professor falava e o aluno aceitava. O aprendizado era unilateral, sem a participação da criança, apenas o professor tinha razão de tudo e o estudante era como uma tábua que recebia toda informação.

Mas, graças a Deus e à evolução das teorias educacionais, isso passou ou pelo menos diminuiu. Hoje, o ensino moderno coloca o aluno como protagonista, ou seja, ator do seu aprendizado. E para isso, existem diversas formas de estímulo através das metodologias novas de aprendizagem, como: pesquisa, jogos, pinturas, entre outras. 

No entanto, em casa, os pais devem estimular seu filho a encontrar as respostas, pesquisar, fazer a própria atividade, evitando resolver por ele; e quando a criança já consegue fazer sozinha, não pode faltar aquela fala dos pais: “deixa eu ver se deu certo!”

Não precisa ser professor, mas acompanhador das atividades

Não é de se admirar que, à medida que os anos se passam, o ensino se aprofunda. Logo, os pais se acham incapazes de ajudar o filho na escola com as atividades. Mas os filhos não precisam de outros professores em casa, mas de acompanhadores, e a boa notícia é que ninguém precisa se envergonhar disso.

Assim como explicamos acima, os filhos precisam de incentivos em casa, saber que aquela rotina é normal, que os estudos são fundamentais e o bom desempenho deles é importante para os pais. E acompanhar é ser presença e deixar todos esses valores claros.

Por fim, não custa recompensar, de vez em quando, o esforço do filho na escola e em casa. Afinal de contas, quem de nós não gosta de receber elogios e prêmios por uma boa nota?! Isso faz parte do processo educativo até chegar à vida adulta.

Reforço escolar, por que não?

Imaginando que você é pai ou mãe presente, às vezes, chega a hora de decidir por um auxílio extraclasse para seu filho(a). O reforço escolar, como o nome já diz, é um auxílio para as atividades escolares.

Mas também existem pessoas bem preparadas para essa atividade. A questão é não retardar, nem exigir demais da criança, porém saber o momento certo e escolher a pessoa que tenha empatia com a criança.

Em alguns casos, a própria escola pode indicar um profissional para auxiliar no reforço. Mas saber a hora de lançar mão desse recurso é acompanhar bem o filho(a) na escola.

Escola Mercedária, uma proposta antiga e sempre nova!

A Ordem Mercedária tem uma tradição de mais de 800 anos. Portanto, acumula experiência e sabedoria em suas missões, apostolados e atividades diversas em favor do povo de Deus e a serviço da Igreja.

Entre essas atividades, está a educação. As Escolas Mercedárias fazem parte do grande investimento em evangelização cultivado pelos Mercedários. Elas cresceram e se atualizaram ao longo do tempo, oferecendo ao ramo educacional um ambiente religioso, fraterno e inovador.

Dessa forma, as escolas dispõem de uma pedagogia voltada para a formação integral do indivíduo, em comunhão com a Lei 9.394/96, a BNCC, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Sob a luz do carisma Mercedário  “Visitar e Libertar”, do ambiente à equipe pedagógica, todos estão voltados para a formação do cidadão livre do cativeiro da atualidade.

Toda essa dedicação educacional favorece um bom desenvolvimento cognitivo e forma um coração mais fraterno e solidário em cada aluno(a) que nos é confiado. Afinal de contas, acompanhamos os filhos e as filhas de Deus, junto com toda sua família.

Sobre o tema leia também: A importância dos relacionamentos familiares para a educação católica 

Qual a melhor escola para seu filho adolescente?

A adolescência é sempre um tempo delicado na vida de alguém e a escola é o lugar onde muitas coisas acontecem, sejam boas ou ruins. Então, qual a melhor escola para seu filho adolescente enfrentar as surpresas dessa etapa do crescimento?

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz:

“A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa…”

Esse conceito de educação leva em consideração a formação completa da pessoa humana.

Sendo assim, não é sadia uma escola que atenda apenas aos aspectos cognitivos, porque o desenvolvimento completo envolve muitas outras áreas da vida, como relacionamentos, afetividade, saúde e outros.

E para a promoção do crescimento, a escola é um lugar fundamental. Portanto, escolher o estabelecimento educacional certo é um dos meios de favorecer um caminho seguro e estável para toda pessoa.

Por isso, preparamos este post com algumas dicas de uma melhor escola para seu filho(a) adolescente. 

Uma breve explicação sobre adolescência

A origem da palavra adolescência vem do latim ‘ADOLESCENTIA’ e significa período da vida entre a infância e a fase adulta.

Porém, esse período é marcado por mudanças físicas, biológicas e emocionais, que, na maioria das vezes, é bem atribulado e pouco compreendido. Não é à toa que há muitos apelidos atribuídos a eles, como “aborrecentes” por exemplo.

Segundo o defensor público Giuliano D’Andrea a adolescência compreende três fases:

  1. Pré-puberdade, quando o desenvolvimento físico se acelera e busca maior proximidade com os adultos. O lado emocional é muito confuso, com oscilações de sentimentos como ódio e amor, na busca de identificar-se;
  2. A puberdade, que se inicia por volta dos treze anos, é marcada pela maturidade dos órgãos reprodutores;
  3. A pós-puberdade, entre os quinze e vinte anos, fase em que deve demonstrar responsabilidade diante das cobranças do meio social, como a escolha profissional, estruturar as relações com o sexo oposto e a formação da identidade.”

Portanto, a adolescência é longa, feita por etapas, mas não é o tempo todo feita de desafios, uma vez que cada momento é superado pelo próprio tempo e a construção da pessoa humana vai se consolidando. 

Então, se a adolescência compreende o período dos 12 aos 18 anos, segundo o ECA, logo temos, a partir dos 12 anos, a preocupação em encontrar a melhor escola para essa criança que entra em um período valioso de sua vida.

Agora, vamos apresentar algumas dicas sobre como escolher a melhor escola

#Conhecer os princípios que norteiam a escola  

Sabemos que o Estado brasileiro é laico, mas o Brasil continua sendo o maior país cristão do mundo, e existem duas possibilidades: crer ou não crer. 

No entanto, qualquer uma delas pede princípios éticos que ajudam a viver em sociedade, considerando a si mesmo e aos seus semelhantes pessoas com iguais direitos e deveres.

Portanto, conhecer os princípios que conduzem a escola é fundamental para gerar um ambiente educacional sadio para o adolescente. A melhor escola nem sempre é aquela com a melhor estrutura, mas a que sabe quem está formando para a sociedade hoje.

Há um grande número de pessoas que vivem indiferentes ao sofrimento humano, por exemplo. Isso é grave e afeta as relações humanas em qualquer classe social. 

Porém, como a escola pode fomentar a empatia? Através de ações concretas, envolvendo os alunos, sua família e, além de um jovem preparado para o mercado, ela entregará uma pessoa apta para a vida em comunidade.

#A melhor escola forma mais que informa

Conteúdos são importantes para o crescimento humano? Claro que sim. Mas houve uma época na educação que os alunos eram tratados como tábuas, quando os professores detinham todo o conhecimento e os alunos recebiam.

Sendo assim, eles se tornavam sujeitos dependentes, passivos no processo educativo, como uma tábua. Mas essa concepção mudou graças à evolução do processo educacional. Hoje reconhecemos o aluno como sujeito mais importante, o que dá a ele o protagonismo do aprendizado.

E como perceber isso em uma escola? Através do Projeto Político Pedagógico – PPP, o documento mais importante de uma instituição educacional. Logo, o PPP precisa formar mais que informar; preparar alunos ativos e não passivos.

Essa percepção, em uma escola, está estampada em todo o ambiente escolar, através dos projetos educativos, nas salas de aula e até na linguagem do corpo docente e administrativo. Portanto, a melhor escola se preocupa com a construção da pessoa inteira.

Apoio pedagógico e psicológico 

É natural que toda escola promova um clima amistoso entre os alunos com esportes, projetos, gincanas educativas, atividades extracurriculares, Olimpíadas de conhecimento, entre outros. 

Contudo, o olhar da melhor escola traz também uma educação individualizada, que percebe as limitações dos seus discentes e aborda o assunto com instrumentos adequados.

Diante de uma sociedade globalizada e internauta, precisamos, mais do que nunca, do olhar de profissionais que entendam da ciência humana, do funcionamento dos sentimentos e saibam escutar com imparcialidade.

Esse profissional é cada vez mais necessário nos estabelecimentos de ensino, seja o psicopedagogo ou o psicólogo educacional, porque eles ajudam o adolescente a encontrar soluções para seus conflitos e continuar estudando.

Sendo assim, procure saber se a escola dispõe desses profissionais e como eles trabalham. E se não, de que forma eles acompanham os alunos com seus conflitos emocionais e de aprendizado. 

O aluno é também responsável pela escolha de uma melhor escola

Por fim, se a escola considera o estudante como protagonista de seu processo educativo, é importante também para os pais fazerem o mesmo, ou seja, conversar com o filho(a) sobre a mudança e a escolha de uma nova escola.

Uma vez que o adolescente é o primeiro a sentir as transformações do ambiente, ele precisa participar disso, ainda que a decisão final não seja sua, mas participar da tomada de decisão fará com ele assuma também os riscos e surpresas da novidade.

Portanto, a melhor escola será uma escolha conjunta e contará com a colaboração de toda família e da escola.

Leia também: O que é educação integral e qual sua importância?

O que é educação integral e qual sua importância?

O termo “educação integral” está em alta, tanto no ensino público como no privado, e muitas crianças já experimentam até passar o dia todo na escola. Mas qual o seu objetivo?

“(…) a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva.” (Base Nacional Comum Curricular  – BNCC, 2018, pág. 14)

Educar hoje envolve muitos atores diferentes e com responsabilidades bem definidas, como: família, escola, Estado, sociedade, Igreja. 

Esses são apenas alguns atores, digamos, formais, mas há outros informais que também influenciam na formação: opinião pública, amizades, mídias sociais, grupos de interesses diversos, partidos políticos, entre outros.

Por isso, tratar sobre educação envolve muitos conceitos e participações, sem falar na complexidade do ser humano como sujeito em formação.

Dessa forma, a Base Nacional Curricular (BNCC) fala sobre “compreender a complexidade” sem “linearidade” , rompendo com teorias que privilegiam a dimensão intelectual acima da afetiva. 

Ou seja, nada de padrão único, nem de rótulos para educar, muito menos centralização da educação apenas no conhecimento, mas é preciso alcançar o sujeito por inteiro, da cabeça aos pés; da inteligência às emoções.

Portanto, se falamos sobre desenvolvimento integral, recorremos à educação integral, porque envolve preparo, tempo, recursos e, principalmente, o contato com o estudante, não apenas em sala de aula, mas no esporte, no lazer e nas relações com grupos diversos.

Vamos entender melhor este assunto! Leia este post e aprofunde seu conhecimento sobre a educação integral e sua importância.

Desenvolvimento integral inspira educação integral

Parece redundante o título, mas é proposital porque cada termo tem uma importância diferente. Vamos conversar primeiro sobre desenvolvimento…

O desenvolvimento integral é um tema sugerido pela BNCC para todas as fases do crescimento humano e isso inclui a educação, sejam das séries iniciais até as finais. Ou seja, toda escola deve zelar pelo desenvolvimento integral da pessoa em desenvolvimento.

Segundo a BNCC, o desenvolvimento integral consiste no desenvolvimento do ser humano em cinco dimensões essenciais: intelectual, física, emocional, social e cultural.

De forma que o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola estimule o desenvolvimento do estudante em sua totalidade, colocando para fora, tal qual a etimologia da palavra “educar” sugere, suas potencialidades, que podem ser em diversas áreas.

Para isso, o desenvolvimento integral se apoia em dez Competências Gerais agrupadas em áreas de construção de conhecimentos, habilidades, comportamentos, atitudes e valores. Isso tudo a fim de “resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BNCC, 2018, pág. 8).

Por fim, na perspectiva do desenvolvimento integral, a pessoa é vista como um ser uno e integrado, que evolui em harmonia. Considerando, não apenas sua capacidade intelectual, mas todo o processo que fará dele pessoa, cidadão e autor de seu próprio caminho.

Leia também: Dicas para acompanhar seu filho(a) na escola.

Significado de “Educação integral”

Podemos considerar o desenvolvimento integral como um parâmetro para todas as áreas de crescimento humano, seja na saúde, no lazer ou na educação. Portanto, educação é uma das vias de desenvolvimento, por isso, agora, vamos tratar sobre educação integral.

Por isso, é preciso que a educação passe por aspectos cognitivos e intelectuais, envolvendo o corpo, os afetos, a condição social, cultural e familiar. 

De forma que a educação integral se materializa através de propostas que contemplam diversos agentes, como: espaços educativos, sala de aula com recursos apropriados e projetos interdisciplinares que conversem com várias áreas de conhecimento ao mesmo tempo.

Sendo assim, esses diversos contatos de conhecimento integrados permitirão que o sujeito experimente linguagens, contextos e ritmos que provocarão um desabrochar de capacidades físicas, sociais, afetivas e intelectuais. 

Consequentemente, a educação integral assegura às crianças e aos jovens a compreensão de questões do corpo e de autoconhecimento, importantes para o equilíbrio do corpo e da mente principalmente nas relações sociais.

A importância de integrar a educação

Façamos agora algumas considerações a respeito da importância da educação integral, levando em conta o seu significado: 

  1. Ela tem como foco o aluno; ele é o centro do processo educativo, porque todos os projetos, atividades e melhorias têm como meta o crescimento desse sujeito.
  2. A educação integral considera o contexto da vida do aluno importante, uma vez que o aprendizado tem ligação com esse conhecimento prévio.
  3. Quando se trata de educação integral, a participação de todos é primordial. Isso gera um ambiente democrático, onde todos colaboram, junto com a família, de acordo com sua função, sem desconsiderar ninguém.
  4. Outro ponto alcançado é a constante formação dos agentes envolvidos no processo educativo, como também as melhorias da escola, infraestrutura adequada e modernização das metodologias de aprendizado. De forma que as práticas pedagógicas implementadas sejam transformadoras.

Educação integral é ensino em tempo integral?

É importante esclarecer que educação integral não é sinônimo de educação em tempo integral. Muitos pais podem se confundir com isso. Educar com a preocupação na formação integral do estudante não é uma questão de quantidade de horas, mas de qualidade dos recursos investidos.

Ou seja, se o seu filho(a) não estiver na escola em tempo integral, não significa menor tempo de aprendizagem, pode ficar tranquilo!

O currículo da Educação Integral não corresponde à oferta de maior tempo de permanência na escola. 

De forma que a diferença entre educação integral e ensino em tempo integral está na reorientação estrutural de todo o processo de ensino-aprendizagem, e não na quantidade de horas que o aluno passa na escola. 

No entanto, não significa que a educação em tempo integral seja desnecessária ou uma enganação para manter mais o estudante ocupado! Mas ela precisa disponibilizar um Projeto Político Pedagógico que alcance a meta estabelecida pela BNCC.

E então será útil e produzirá frutos no percurso educativo do estudante.

Escola mercedária: um ensino integral

E por falar em educação integral, vamos valorizá-la sob a ótica do Evangelho!

As escolas  Mercedárias possuem uma proposta que contempla o homem como pessoa e filho de Deus, sem desconsiderar nenhuma dimensão importante.

Estamos falando de um método inspirado no carisma Mercedário. Esse que tem como fundador, São Pedro Nolasco, que lutou pela libertação de muitos cristãos capturados para trabalhos forçados no século XIII.

E de acordo como Papa Francisco, hoje temos diversas formas de escravidão, muitas vezes sutis, que aprisionam a pessoa humana e a distanciam de sua dignidade de ser humano e cidadão do infinito.

Logo, as Escolas Mercedárias trabalham na formação do homem novo, usando os recursos atuais propostos pela BNCC, unidas à criatividade do Espírito Santo que faz novas todas as coisas.

Portanto, estamos de portas abertas para o diálogo educativo com os pais e nossos colaboradores, a fim de:

juntos alcançarmos a educação integral de nossas crianças e jovens.

Assim, colocamos em prática o desejo de ver a pessoa livre, segura de si e consciente de seu papel social. Sem esquecer dos princípios do Evangelho, usando como meio a educação integral.

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5 sinais de que você precisa de uma escola infantil católica

A escola infantil é o primeiro espaço de aprendizagem de uma criança. Com certeza, os pais procuram um espaço apropriado, seguro e  lúdico para seu filho (a). Mas será que apenas segurança e beleza são importantes nesta idade? E a formação da personalidade da criança, como fica diante de uma sociedade pós-moderna? Vamos  descobrir.

Certa vez, o Papa Francisco, discursando para a Cúria Romana, disse:

“Estamos a viver, não simplesmente uma época de mudanças, mas uma mudança de época”.

Ou seja, o Pontífice quis nos explicar sobre a velocidade com a qual o mundo tem sofrido mudanças antes das passagens das gerações. Antes, contávamos décadas, séculos, mas hoje, em segundos, as situações mudam e, em tempo real, todos são informados.

Dessa forma, muda-se a forma de viver, conceitos e relacionamentos. Há, portanto, uma grande instabilidade no mundo, nada é sólido, mas tudo se tornou muito líquido. É a chamada modernidade líquida, um conceito construído pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman e diz respeito a uma nova época em que todas as relações são frágeis e maleáveis como os líquidos.    

Ora essa é a realidade onde estão nossas crianças desde muito cedo, portanto elas sofrem influências externas e internas desse cenário mundial, e se não forem bem assessoradas e instruídas no aprendizado cognitivo e nos relacionamentos, ficarão à mercê dessa sociedade efêmera e serão presas fáceis.

Para isso, tanto no campo cognitivo como dos relacionamentos, as escolas católicas são um sinal de esperança. Elas acumularam sapiência e se atualizam no tempo para oferecer condições de acompanhar os filhos e filhas de Deus desde o ventre materno.

A importância da escola católica para a escola infantil

“A pessoa de cada um, com as suas necessidades materiais e espirituais, é central na mensagem de Jesus: por isso a promoção da pessoa humana é o fim da escola católica” (Papa João Paulo II).

Ou seja, a escola investe na formação integral do ser humano; preocupa-se com todas as dimensões e etapas do seu desenvolvimento.

No entanto, esses valores que enaltecem a pessoa humana encontram-se em Cristo. Ele nos ajuda a entender que não estamos sozinhos e que somos os protagonistas da história. Há diálogo no evangelho, nunca imposição, e essa pedagogia de Cristo é o caminho da humanização do ser humano, da sociedade e suas diversas relações.

Há muitos perigos no relativismo no qual a sociedade está inserida; tentam neutralizar o valor da religião quando essa se envolve com a educação. No entanto, a história prova e comprova o quanto a Igreja Católica investiu na educação dos povos desde seu início e jamais foi um empecilho para o aprendizado baseado na verdade.

Portanto, a escola católica acredita na pessoa humana e luta por ela. Sua referência é segura e manifesta princípios fundamentais para a sociedade atual, como, por exemplo, a fraternidade universal.

A criança e a escola infantil

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n° 9.394/96, art. 29) 

“A educação infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos de idade em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social, complementando a ação da família e da comunidade”

Ou seja, com todas essas dimensões envolvidas, a educação infantil se torna muito importante na vida de uma criança. Ela entra em contato com outras realidade fora da família e o ambiente escolar passa a ser o lugar mais frequentado por elas depois de sua casa família, logo a escolha de uma boa escola infantil é fundamental.

Portanto, a escola infantil tem um grande responsabilidade no trato com a criança. Tanto a LDB como a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) enfatizam que duas ações caminham juntas nessa fase: educar e cuidar. E há um conjunto de ações integradas para inserir esta criança no mundo dos relacionamentos.

Uma vez que ela intermedia os primeiros passos para o aprendizado cognitivo, a autonomia e influencia a formação da personalidade, inclusive a moral e os bons costumes. Portanto, temos muitos motivos para investir na educação dos pequeninos, futuros cidadãos e cristãos.

A família e a escola infantil

O papel da família é indiscutível na vida da criança.  É no lar que ela recebe os primeiros valores da vida em sociedade; e a escola, segundo a LDB, deve complementar a ação da família, tendo como instrumento o diálogo e o respeito a história e a integridade de cada criança.

Mas já falamos sobre o papel da escola católica, da família e da educação infantil. No entanto, por que juntar esses três atores em um único lugar? Ou melhor, como saber que os pais precisam de uma escola infantil católica para seu filho (a)?

Para isso, selecionamos cinco sinais que diz o quanto uma escola infantil católica fará a diferença no futuro de sua criança:

1# Crises de valores 

“Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém” (I Cor. 6,12). Um mundo sem fronteiras é também um universo de possibilidades para administrar. Existe, atualmente, a influência das ideologias, do subjetivismo, do relativismo moral e do niilismo. E qual será nosso ponto de equilíbrio para as escolhas que faremos à frente? 

2# Ausência de ética na sociedade 

A ausência de ética destrói a identidade da pessoa. E essa crise é muito sutil, ela entra por todos os lados, desde uma brincadeira, ao interesse por um brinquedo, até chegar na corrupção dos valores primordiais para o exercício da justiça entre os semelhantes, seja em casa ou no trabalho. Quem nos falará sobre ética tendo como referência a justiça evangélica? 

3# Avanço da tecnologia e dos meios de comunicação 

A sociedade tecnológica não tem volta, não se vive mais sem a sua contribuição no dia a dia. Já existem casas inteligentes, cidades inteligentes, empregos estão desaparecendo, porém existem pessoas envolvidas em tudo isso e elas precisam ser valorizadas. Quem nos ensinará que a vida humana é o maior dom que temos? 

4# Globalização da cultura 

Fala-se constantemente sobre globalização, ela existe e tem um preço. No entanto, há também o preconceito difundido, xenofobia e até aversão por quem não está conectado e pelo pobre. A cultura local acaba sendo desvalorizada e é preciso atenção com isso. Quem nos falará sobre o respeito ao outro em sua individualidade e cultura?

5# Marginalização crescente da fé 

O Brasil é o maior país cristão do mundo. No entanto, há um número cada vez maior de pessoas que são indiferentes a Jesus Cristo e a prática da fé. A maioria é batizada, mas poucas levam adiante a prática da religião por diversos motivos. A fé não se torna, então, descartável. Quem nos convencerá sobre a importância da religião mesmo em meio a diversidade? 

Todos esses fenômenos caracterizam a sociedade atual. O multiculturalismo traz consigo grandes desafios que precisam de abordagens bem alicerçadas, que levem a criança a uma compreensão sadia do diferente, sem visar apenas o crescimento pessoal, mas o crescimento também do outro como seu semelhante.

Ensino Mercedário – um jeito de ser

Tendo em vista a importância do ser humano à luz da Palavra de Deus e dos ensinamentos evangélicos, a escola Mercedária dispõe que um Projeto Político Pedagógico que respeita todas as exigências da LDB e da BNCC para a educação integral do ser humano, e sua aplicação começa na escola infantil.

Como missão, O Colégio Mercedário tem como princípio básico a formação integral do indivíduo, a formação de cidadãos críticos e cientes de seus direitos e deveres, como também seres humanos emocionalmente saudáveis e solidários.

Além do evangelho, há o carisma Mercedário que orienta todas as ações dos profissionais envolvidos nos processos educativos cujo lema é “Visitar e Libertar”. Tendo como fim a formação de pessoas livres dos cativeiros da atualidade. Essa liberdade  implica também conhecimento e nunca alienação ou fuga das realidades atuais.

Portanto, para colher bons frutos de uma árvore, é preciso regar e cuidar desde cedo. Dessa forma, um bom projeto de escola infantil é um bom lugar para plantar essa semente.

Que tal continuar lendo: A Importância dos relacionamentos familiares para a educação católica.

Quais as principais virtudes para vivência de pais e filhos?

Que obra maravilhosa Deus fez criando o homem e a mulher! E ainda deu a eles a possibilidade de colaborarem com a criação. É sobre as virtudes do convívio entre pais e filhos que vamos conversar neste post.

Antes de tudo, é necessário dizer que não existe uma cartilha ensinando o comportamento dos pais, nem a criança vem com manual de instrução. Até os casais que tiveram mais de um filho dizem que com cada um vivem uma experiência nova e única.

Portanto, ser família é um aprendizado e para os pais essa responsabilidade é ainda maior, porque eles sempre serão a referência de um lar. Mas há passos, há um caminho, há dicas que ajudam a interpretar melhor os tempos atuais e a educar os filhos com mais participação.

É verdade que os tempos são outros, “já não se educam mais filhos como antigamente”. Existem muitas interferências externas e informações ou deformações que chegam aos ouvidos dos filhos sem que ninguém possa impedir.

Porém, o caminho do amor, do respeito, do diálogo é bem-vindo em qualquer tempo e lugar.  Vamos fazer esse caminho e reafirmar a importância da virtude no relacionamento entre pais e filhos.

Virtude entre pais e filhos 

Primeiramente, vamos entender o que significa a palavra virtude! Segundo o dicionário, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o caminho do bem. Existem vários tipos de virtudes: morais, intelectuais, virtudes teologais e outras.

No geral, a virtude qualifica uma pessoa. Você já deve ter ouvido essa afirmação: “Fulano é muito virtuoso”. Logo, as virtudes são qualidades adquiridas pelo exercício de bons hábitos.

Por exemplo: alguém disciplinado nos estudos. Essa pessoa não nasceu assim, mas aprendeu a ser estudiosa através de um exercício diário, com a ajuda de alguém, até que a  prática se tornou parte de sua vida, então o exercício se transformou em hábito.

Contudo, para formarmos uma família virtuosa, pais e filhos precisam exercitar as virtudes juntos. Para a construção de princípios morais e éticos, fundamentais para o sadio crescimento da pessoa humana, é importante a presença, o afeto, a construção da confiança, o diálogo e o amor através de pequenos gestos.

Agora, vamos falar sobre alguns desses gestos:

Tempo de qualidade entre pais e filhos

O tempo é um bem precioso em nossa vida. Vivemos no tempo e em um tempo da história. Os tempos atuais são exigentes devido ao grande número de atribuições que pais e filhos recebem no trabalho e na família.

Porém, o que faz com que alguém se sinta importante não é a quantidade de tempo que se oferece, mas a qualidade do tempo vivido. Isso mesmo! 

Quando se chega em casa do trabalho é preciso dar tempo a quem se ama. Seja com um abraço, com brincadeiras, na refeição, no passeio ou colocando para dormir. 

Uma vez que a presença dos pais com os filhos gera confiança e autoestima, forma cidadãos corajosos e adultos mais felizes.

Portanto, oferecer um tempo de qualidade é uma virtude primordial para uma boa convivência entre pais e filhos.

Prestar ouvidos aos filhos

Quem de nós não gosta de ser ouvido, mesmo que seja para a colocação mais tola! E quantas pessoas inseguras existem no mercado de trabalho pela falta de oportunidade de falar em casa! Elas então se calaram para o mundo e têm medo de dizer o que pensam.

Dessa forma, ouvir é uma virtude de grande valor! Praticar o diálogo, torna importante o que o filho pensa sobre qualquer assunto. Mas é preciso ter uma atenção consciente, ou seja, olhar nos olhos e dar ouvidos, sem estar distraído com equipamentos eletrônicos ou outras coisas.

Essa mesma atenção será útil no momento oportuno para educar. A escuta se torna sabedoria na vida e seu fruto é duradouro. Quando se escuta alguém, se conhece mais e com o tempo, as histórias se tornam memórias agradáveis para pais e filhos.

Portanto, exercitar a escuta é uma virtude primordial para uma boa convivência entre pais e filhos.

Gestos de carinho e afeto entre pais e filhos

Os gestos de carinho entre os pais é muito importante para os filhos e vice-versa. Às vezes, se pensa que encher os filhos de beijos e abraços é suficiente, mas o amor entre o casal é como osmose, vai passando de um para o outro.

Logo, os filhos que veem os pais carinhosos entre si, percebem o amor entre eles e são capazes de fazer o mesmo com os irmãos e os amigos. Eles assimilam o amor sem precisarem verbalizar.

Logo, demonstração de carinho gera pessoas mais afetuosas, menos mal humoradas e mais leves. Por mais que a vida as surpreenda com dificuldades, elas sabem que são amadas porque foram acalentadas na infância por seus pais.

Portanto, exercitar gestos de carinho entre pais e filhos é uma virtude primordial para a boa convivência.

Ensinar sobre o amor a Deus e ao próximo 

Em quem nós cremos? No sol, nas aves, em horóscopos, na Trindade? Crer faz parte da natureza humana. O homem primitivo cultuava a terra, porque ela lhe dava alimento, depois veio o fogo e então a escrita; e com ela a evolução e a compreensão da linguagem.

Da mesma forma foi acontecendo o contato do homem com o transcendente; foi crescendo, evoluindo até reconhecermos que não somos fruto do acaso. Ainda que não se creia em Deus, não se pode explicar todas as coisas.

Portanto, a fé é parte da história da humanidade. E ela faz homens e mulheres melhores, faz famílias se reconciliarem, é força na luta contra as doenças que aparecem a cada dia. Enfim, a fé é um dom que precisa ser comunicado primeiramente entre pais e filhos. 

Por isso, a Palavra de Deus nos ensina que o temor a Deus é o princípio da sabedoria. E quanta sabedoria pais e filhos precisam para suportar as adversidades da vida sem perder de vista a família e seus valores.

Sendo assim, rezar em família, ir à igreja e ajudar os irmãos mais necessitados são virtudes indispensáveis no convívio entre pais e filhos.

Por fim…

A construção das virtudes começa nos relacionamentos familiares. A família é o lugar da aprendizagem que nos acompanha a vida toda até nosso encontro definitivo com Deus. Assim, que essas dicas ajudem a edificar ainda mais o seu lar para que ele se torne o lugar onde cada membro deseje estar.

Que tal ler também: 6 dicas para encontrar equilíbrio entre o trabalho e a família