Noite da Inspiração da Ordem das Mercês

Era a noite do primeiro para o segundo dia de agosto de 1218. Segundo as antigas crônicas, São Pedro Nolasco ponderava sobre a possibilidade de se retirar para um deserto. Durante suas orações, consultando a Deus, a Santíssima Virgem Maria apareceu-lhe, instruindo-o a não se retirar para a solidão, mas sim a fundar uma nova ordem religiosa. A Ordem da Bem-Aventurada Virgem Maria das Mercês, teria como missão exercer caridade com os cativos, libertando-os da escravidão. A Virgem também indicou que ele deveria ser o primeiro a vestir o hábito branco da nova ordem.

São Pedro Nolasco conferiu sua visão com seu confessor São Raimundo de Peñafort e com o rei Dom Jaime I de Aragão, e ambos relataram ter recebido a mesma mensagem. Com o apoio do bispo de Barcelona, Dom Berenguer de Palou, e outros prelados, começaram as diligências para fundar a Ordem das Mercês. O nome da nova instituição, revelado divinamente, indicava claramente seu propósito: a redenção de cativos cristãos.

O evento da revelação da Santíssima Virgem a São Pedro Nolasco e outros envolvidos foi inicialmente de caráter privado. Poucas pessoas souberam no início, mas os efeitos dessa revelação deixaram marcas profundas na época de São Pedro Nolasco, perceptíveis até hoje. Uma nova devoção começou a honrar a Santíssima Virgem com a invocação da Misericórdia, e um grupo de homens heroicos, liderados por São Pedro Nolasco e movidos por essa devoção, dedicou-se a salvar seus irmãos cativos. Essa devoção e coragem foram o que mais impressionou a geração do século XIII.

A fundação da Ordem das Mercês foi um marco significativo na história da Igreja Católica. São Pedro Nolasco, estabeleceu uma rede de resgate que se estendia por toda a Europa e além, arrecadando fundos e negociando a libertação de cristãos escravizados pelos muçulmanos. A ordem cresceu rapidamente, recebendo apoio de diversas partes da sociedade medieval, incluindo nobres, comerciantes e clérigos.

A espiritualidade da Ordem das Mercês era profundamente enraizada na devoção à Virgem Maria, considerada a guia e protetora da missão redentora. O hábito branco dos mercedários simbolizava a pureza e a misericórdia, refletindo o compromisso com a libertação dos cativos e a caridade cristã. Ao longo dos séculos, a ordem continuou a evoluir, adaptando-se às necessidades de cada época, mas sempre mantendo a missão de redenção como seu núcleo central.

Hoje, a Ordem das Mercês mantém viva a chama da caridade e da misericórdia, trabalhando em diversas frentes para ajudar os necessitados e promover a justiça social. A noite de inspiração de São Pedro Nolasco permanece como um testemunho poderoso da fé e da dedicação à causa dos cativos, lembrando-nos da importância de agir em prol dos oprimidos e vulneráveis em nossa sociedade.

Santa Marta ensina-nos a cuidar, rezar e amar

Certamente você conhece essa passagem bíblica na qual Jesus chama atenção de Santa Marta:

“Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”  (Lucas 10,41-42)

Contudo, temos o costume de ver o Evangelho de Lucas, em que Cristo adverte Marta sobre suas preocupações, apenas sob a lógica da dispersão. Porém, bem além da correção, Santa Marta é testemunha de quem busca viver um tripé evangélico do cuidado, da oração e do amor. 

Santa Marta e o cuidado com o lar

Imaginemos Santa Marta observando sua casa e sabendo que Jesus nela se encontra. Todos nós temos a sadia tendência  de desejar receber bem aqueles que amamos. E com Marta não foi diferente! Este cuidado expresso por ela nos recorda a importância do zelo com a casa familiar. Mas este cuidado doméstico também é oração e evangelização. Santa Marta expressa no interior deste evangelho o que o salmista afirma ao dizer: “o zelo por tua casa me consome” (Salmo 69,9). 

Portanto, neste primeiro momento, não podemos olhar para Marta como quem despreza o Cristo que a visita, mas como aquela que se consome pelo cuidado. Assim, o convite de Jesus, ao dizer que ela se preocupa com tantas coisas, é para que Santa Marta busque o justo equilíbrio através do essencial: a oração.

É necessário ao menos uma coisa…

Jesus fala a Marta de duas coisas: gerenciamento de tempo e concentração. Marta sabe cuidar do lar para amar os que por ele passam. Contudo, precisa aprender a dividir bem seu tempo para estar com os que ama, como, também, na oração, aprender a concentrar-se no Amado. 

Em Amoris Laetitia, o Papa Francisco afirma que se concentrar em Cristo é permitir que Ele unifique e ilumine toda a vida comum. E a união com Jesus na oração é a prova do equilíbrio cristão entre os afazeres do cotidiano que não deixam de ser missão e o cultivo da vida interior. Sendo assim, ao exortar Santa Marta de que apenas uma coisa lhe é necessária, Jesus a convida a estabelecer o ponto de partida da vida cristã que é a oração. E a partir deste ponto, exercer o cuidado e o serviço alcançado pela graça.

Conheça a Exortação Apostólica Amoris Laetitia sobre o amor na família

O que podemos aprender com Santa Marta

Com Marta, recebemos a certeza de que o Amor jamais nos será tirado. Sejam quais forem nossos esforços ou não, a boa parte jamais será privada da vida dos filhos de Deus. 

Além disso, o amor é também a feliz consequência de quem cuida e encontra com Cristo na oração. Em Jesus, o amor também é o remédio que pacifica todas as inquietações humanas. E é encontrando com o Amor que nossas preocupações se tornam esclarecidas e acalmadas.

Santa Marta está inquieta e preocupada, e aqui vemos outro lado deste evangelho: a preocupação nos dispersa. Talvez, junto ao cuidado do lar, estivesse também uma mulher querendo distrair-se diante de tantos problemas… E Jesus não a acusa ou culpa sua postura, mas aponta-lhe dois caminhos: a oração como necessidade, e o amor como conforto.

Santa Marta nos ensina a cuidar, rezar e amar e mostra-nos a determinação para encontrar o justo equilíbrio. Além disso, nos ensina o abandono na oração que gera um amor confortante capaz de fortalecer e pacificar o coração humano de todas as lutas e preocupações.

E, então, essa reflexão mudou algo em você? Então, compartilhe este texto para que mais pessoas façam essa experiência de mudança de mentalidade vivendo o tripé evangélico do cuidado, da oração e do amor que Jesus ensinou a Santa Marta. 

Reze esta oração à Santa Marta!

Ó gloriosa Santa Marta, entrego-me confiante em vossas mãos, esperando o vosso amparo. Acolhei-me sob a vossa proteção, consolai-me nos meus sofrimentos. 

Pela felicidade que tivestes em hospedar em vossa casa o Divino Salvador do mundo, consolai – me em minhas penas. Intercedei hoje e sempre por mim e por minha família, para que tenhamos o auxílio de Deus Todo-Poderoso nas dificuldades da nossa vida.

Suplico-vos, gloriosa santa, que em vossa grande bondade, me consigas especialmente a graça que ardentemente vos peço e que tanto preciso (fazer seu pedido).

Rogo-vos que me ajudeis a vencer todos os obstáculos que se apresentarem no meu caminho, com a mesma sinceridade e fortaleza que vós tivestes ao transpassar o dragão que tendes em vossos pés.

Santa Marta, rogai por nós. Amém.

5 conselhos bíblicos para encontrar amizades verdadeiras

Se até Jesus procurou amizades verdadeiras para andarem com Ele, imagina nós que temos a necessidade de conviver com outras pessoas e que fomos criados para estar em comunidade! Portanto, é comum estarmos sempre em busca de boas amizades. Além disso, amizades verdadeiras são um tesouro, e quem encontra um amigo é uma pessoa abençoada. 

Deus nos ensinava sobre a preciosidade da amizade já no Antigo Testamento ao dizer: “amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão” (Eclo 6,14-16).

Porém, fique alerta, pois nem todas as relações servem como uma boa amizade aos olhos de Deus. Precisamos ser sensatos e andar com pessoas que nos levam para o Céu, que nos inspiram atitudes santas. Logo, em um mundo de tantas enganações, precisamos escolher com sabedoria com quem andamos. 

Portanto, é na Bíblia, a Palavra de Deus, que achamos sábios conselhos que nos ajudam a avaliar e encontrar amizades verdadeiras. 

Reunimos 5 passagens que falam sobre isso. Continue a leitura!  

Para encontrar amizades verdadeiras é preciso ser leal

No livro de João, Jesus afirma que “não há maior amor do que dar a vida pelo amigo” (Jo 15,13). Portanto, a lealdade e a sinceridade são valores inegociáveis em uma amizade cristã. 

Um bom amigo não nos abandona em meio ao caos e às dificuldades. Ao contrário, amizades verdadeiras amam e doam sua vida pelo bem do outro, faz pelo amigo o que faria por si mesmo. Afinal de contas, é isso que Jesus nos pede: amai uns aos outros como Eu os amei (cf. Jo 13,34).

Uma amizade verdadeira faz o outro crescer 

“Perfume e incenso trazem alegria ao coração; do conselho sincero do homem nasce uma bela amizade” (Pr 27,9).

Muitos santos foram e tiveram bons amigos, como as amizades entre São Basílio e São Gregório ou São Francisco de Assis e Santa Clara. E certamente essas amizades foram o combustível que fizeram com que eles crescessem e seguissem firmemente o caminho do céu, alcançando a santidade. 

Portanto, amigos verdadeiros precisam instigar o melhor de nós, ser bons conselheiros e nos inspirar a sermos santos. 

Então, quando estiver fazendo uma nova amizade, ou avaliando as que já tem, observe quais os impulsos que ela os leva a ter, quais os conselhos esse amigo dá e se quando estão juntos, vocês seguem os princípios de Deus.

Amizades verdadeiras: reze um pelo outro 

A oração é a base de qualquer relacionamento, inclusive, e especialmente, a amizade. Afinal, a oração é um sinal de amor e generosidade, quando rezamos pelo outro, inclusive nós somos agraciados, mesmo sem esperar nada em troca.

“Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes” (Jó 42,10).

Portanto, para encontrar amizades verdadeiras esteja em oração. Reze a Deus por uma boa amizade e também reze pelos seus amigos, por aqueles que já tem e pelos que o Senhor está preparando. 

Amigos são amigos em todos os momentos

“Não é na prosperidade que se reconhece um amigo. Na prosperidade, até os inimigos são amigos, mas, na adversidade, até os amigos se afastam” (Eclo 12,8).

Observe quem está contigo, onde e quando. É nas adversidades que reconhecemos quem verdadeiramente gosta de nós e quer o nosso bem. 

E não se esqueça de ser amigo nas dificuldades. É comum reclamarmos que estamos sozinhos… Mas quando alguém precisa de nós, somos egoístas e ficamos fechados em nossas próprias preocupações. Portanto, sejamos nós aqueles que levam os outros para o céu!

E, por fim, em amizades verdadeiras não há abandono 

“Não abandones um velho amigo, pois o novo não o valerá. Vinho novo, amigo novo; é quando envelhece que o beberás com gosto” (Eclo 9,14-15).

Faça novos amigos, se empolgue com as alegrias de conhecer pessoas novas e diferentes, mas não se esqueça dos amigos verdadeiros que Deus já colocou em sua vida. 

E o óbvio: pessoas não são descartáveis e relacionamentos foram feitos para crescer e multiplicar. 

Lembre-se que, como diz Santa Teresa, as verdadeiras amizades são aquelas que “desejam ardentemente que o amigo tenha amor a Deus”. Portanto, baseie-se nesse princípio para encontrar bons amigos. 

Enfim, peça a Deus que, além de ter grandes e boas amizades, você também seja um bom amigo, alguém que leva o outro rumo à santidade. 

Santos Juninos: tradição, espiritualidade e evangelização

No Brasil, este mês é marcado pelas festas de três grandes santos juninos: Antônio de Pádua, João Batista e Pedro apóstolo. A tradição ganha os lares, o que faz dessa época uma oportunidade para reavivar a espiritualidade nos corações e evangelizar. 

Logo, no Nordeste do país, onde as comemorações têm mais força, bandeirolas coloridas já começam a ser penduradas pelas ruas no fim de maio, indicando que o mês dos Santos Juninos está chegando. 

E os festejos juninos estão entre as celebrações brasileiras mais populares, regado a comidas feitas à base de milho, fogos de artifício, novenas e brincadeiras. Por isso, separamos alguns destaques sobre a devoção aos grandes santos de junho.

Santos Juninos: Santo Antônio de Pádua (ou de Lisboa) – 13 de junho

Nascido por volta do ano de 1195, em Lisboa, em Portugal, Santo Antônio tinha o nome de batismo de Fernando Bulhões. Foi ordenado padre entre os Cônegos Regulares de Santo Agostinho e chegou a encontrar São Francisco de Assis e se transferiu para a Ordem dos Frades Menores.

Entre os brasileiros, é conhecido como o “fazedor de milagres”, o “santo dos pobres” e, principalmente, como o “santo casamenteiro“. Na história do Santo, se destacam o estudo da doutrina e o anúncio da Palavra nos grandes sermões que fazia. 

O “pãozinho de Santo Antônio”, distribuído em algumas igrejas e guardado em casa, para que não falte comida, também deve lembrar da necessidade do “Pão Espiritual”, a Eucaristia.

O “Martelo dos Hereges” morreu em Pádua, na Itália, no dia 13 de junho de 1231 e, menos de um ano depois, foi canonizado. Como preparação para sua festa, os devotos têm o costume de rezar a Trezena de Santo Antônio.

Santos Juninos:  24 de junho – São João Batista, o santo mais junino

Além do próprio Jesus e da Virgem Maria, João Batista é o único santo que tem o nascimento celebrado na liturgia da Igreja. É o Santo Junino mais conhecido e que, em boa parte dos casos, tem a maior festa.

Geralmente, as comemorações da data começam na véspera, na noite do dia 23, em torno da fogueira. A sabedoria popular narra que essas são acesas para lembrar uma fogueira feita por Santa Isabel, para anunciar à Maria o nascimento do filho.

Com um nome que significa “Deus dá a graça”, João teve a missão de preparar os caminhos do Senhor e os corações dos homens. Seu nascimento foi motivo de muita alegria para os pais que já tinham idade avançada, Zacarias e Isabel.

Nesta época, as quermesses e quadrilhas juninas podem ser uma forma de recordar a alegria desse nascimento. Os fogos, lançados no escuro, podem nos lembrar da missão que temos de levar a luz de Cristo a todos os lugares. E, claro, a participação na Santa Missa em honra à essa solenidade não pode ficar de fora.

Santos Juninos: 29 de junho – São Pedro

O dia de São Pedro e São Paulo marca o fim dos festejos juninos. Mas a festa segue até o último minuto, com fogueiras, comidas típicas, danças e procissões. Especialmente no Nordeste, os agricultores aproveitam a data para pedir chuva e uma boa colheita àquele que carrega a chave do Reino dos Céus.

Para os católicos, a solenidade é um convite a conhecer Cristo mais de perto e a professar, com fé, as mesmas palavras do primeiro Papa para Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).

Pedro também é um exemplo de que não é apenas possível, mas necessário, levantar após uma queda na caminhada com Deus. Afinal, aquele que negou Cristo, após se arrepender, honrou a missão de guiar a Igreja primitiva até o seu martírio.

No período junino, também acontece, em algumas cidades, a procissão de São Pedro e Bom Jesus dos Navegantes, geralmente em barcos que navegam por rios ou mares. 

Nessa ocasião, devemos lembrar do chamado à evangelização, a sair da comodidade e lançar as redes em águas mais profundas. “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens” (Mt 4,19).

As festividades de São João no Brasil 

O toque da sanfona indica que é São João no Brasil. Nos lares, uma boa música tocando, um bolo de milho na mesa ou uma imagem dos Santos Juninos já são suficientes para lembrar que chegou a época dessa festa tão popular. 

Que aproveitemos as fogueiras acesas em homenagem aos santos para reacender a chama do verdadeiro Amor em nossos corações. Um Amor que deve ser anunciado com a humildade de Santo Antônio, com a firmeza de São João Batista e o ânimo de São Pedro. 

Conheça a devoção dos Corações de Jesus e de Maria

Os Corações de Jesus e Maria são muito conhecidos, amados e venerados na Igreja e no mundo. Em junho, especialmente, são dedicados dois dias específicos em honra ao Sagrado Coração de Jesus (na sexta-feira) e logo após ao Imaculado Coração de Maria (no sábado seguinte).

Essa devoção é bastante antiga e também muito popular. Inclusive, Nossa Senhora em Fátima disse, através da aparição, que os Corações de Jesus e de Maria são o remédio para os males do nosso tempo. 

Portanto, devido à importância que essas devoções possuem, queremos  apresentar mais detalhes para você poder vivê-las em sua vida e ter um encontro real e verdadeiro com o amor de Deus e da Virgem Maria.

As devoções dos Corações de Jesus e de Maria são uma única solenidade?

Antes de tudo é importante dizer que, embora a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria sejam celebradas em datas diferentes, elas podem ser consideradas uma só.

Uma acontece na sexta-feira seguinte à semana de Corpus Christi – a solenidade do Sagrado Coração de Jesus; e no sábado, a solenidade do Imaculado Coração de Maria. Portanto neste ano serão nos dias 07 e 08 de junho. 

Estando tão próxima uma da outra, percebemos a união entre o coração de Mãe e do Filho que bate no mesmo ritmo, amando na mesma sintonia. Realmente, o amor do Coração do Filho é compartilhado pelo amor do Coração da Mãe.

Devoção ao Coração de Jesus 

Quando celebramos o Sagrado Coração de Jesus, adoramos Seu amor misericordioso por nós. Assim como explicou o Papa Pio XII, o Coração de Cristo é “símbolo do tríplice amor com que o divino Redentor ama continuamente o Eterno Pai e todos os homens”. 

A revelação desse Coração se deu através de uma religiosa, Santa Margarida Maria Alacoque, em 1673, durante uma celebração Eucarística. Deus comunicou-se com ela dizendo:

“Meu Divino Coração é tão apaixonado de amor pelos homens que, não podendo conter em si as chamas da sua ardente caridade, precisa da tua ajuda para difundi-las. Por isso, escolhi você para este grande desígnio”. 

Embora Margarida tenha vivenciado algo tão forte, a data só foi reconhecida muitos e muitos anos depois, em 1889, por Pio IX. Desde então, passou a ser celebrada sempre na primeira sexta-feira do mês após o Corpus Christi

O Papa Francisco também nos recorda de sempre procurar colo e conforto no Coração amoroso de Deus: “o Coração humano e divino de Jesus  é a fonte onde sempre podemos haurir a misericórdia, o perdão, a ternura de Deus”.

Devoção ao Imaculado Coração de Maria 

A devoção ao Imaculado Coração de Maria é mais recente e possui um propósito reparador. Ou seja, é uma devoção capaz de tratar as feridas causadas pela humanidade ao coração da Virgem Maria, concedendo salvação para essas almas. 

Tudo começou na segunda aparição de Nossa Senhora, em Fátima, no dia 13 de junho de 1917. Nessa aparição, a Virgem mostrou-lhes um coração ferido, envolto em espinhos, e disse que Jesus queria estabelecer no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração. 

Sete anos depois, em uma nova aparição, Nossa Senhora revelou para Lúcia a ação reparadora que consiste em confessar-se, rezar o terço e receber a comunhão. Isso sempre nos 5 primeiros sábados de cada mês seguidos.

Milagres infinitos são concedidos aos devotos

Se alcançamos graças quando recorremos aos santos de nossa devoção, imaginemos o que acontece quando suplicamos aos Corações de Jesus e Maria?! Não há como medir, apenas acreditar que o milagre acontece sem demora.

Já que esses dois corações estão perfeitamente unidos à vontade do Pai e amam a natureza humana de forma incondicional. Se pedimos à Mãe, por exemplo, dificilmente o Filho recusa. Logo, somos contemplados com inúmeras graças.

Sendo assim, façamos o caminho da oração ao Coração de Jesus e Maria para alcançarmos o milagre tão desejado e, sobretudo, ofereçamos a conversão de nosso coração em consolo a todos os atos desagradáveis que esses dois corações sofrem constantemente.

Oração de devoção aos Corações de Jesus e de Maria 

Santíssimos corações de Jesus e de Maria, unidos no amor perfeito ,como nos olhais com carinho e misericórdia, consagramos nossos corações, nossas vidas e nossas famílias a Vós. Conhecemos que o belo exemplo de Vosso lar em Nazaré foi um modelo para cada uma de nossas famílias. Esperamos obter, com Vossa ajuda, a união e o amor forte e perdurável que Vós nos destes. Que nosso lar seja cheio de alegria. Que o afeto sincero, a paciência, a tolerância e o respeito mútuo sejam dados livremente a todos. Que nossas orações incluam as necessidades dos outros, não somente as nossas, e que sempre estejamos próximos dos sacramentos. Abençoai todos os presentes e também os ausentes, tantos os vivos como os falecidos; que a paz esteja conosco, e, quando formos provados, concedei a resignação cristã à vontade de Deus. Mantende nossas famílias perto de Vosso Coração; que Vossa proteção especial esteja sempre conosco. Sagrados Corações de Jesus e de Maria, escutai nossa oração. Amém.​

A importância do perdão para a saúde mental

Com este post, encerramos a série de conteúdos sobre o perdão. E nada melhor do que fecharmos com chave de ouro, unindo perdão à saúde mental! A relação entre esses dois aspectos fundamentais da vida humana é profunda e muitas vezes ignorada.

Perdoar, embora seja um ato pessoal e desafiador, desempenha um papel significativo na promoção da saúde mental e no processo de cura emocional. E devido a correria da vida e da missão pastoral, muitos acabam negligenciando o ato de perdoar até que sua ausência reflete na mente e no corpo.

Mas preparamos um conteúdo que nos ajudará a refletir e ao mesmo tempo colocar em prática ações que nos ajudarão a cuidar da mente a partir do perdão. Confira!

O que significa saúde mental?

Esse conceito é óbvio, porém vale a pena relembrar. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde): saúde mental é a síntese da totalidade do bem-estar de uma pessoa envolvendo seus diversos aspectos: físico, biológico, afetivo, social, econômico, ambiental, intelectual, cultural, moral. 

Como nos ensina a Doutrina da Igreja Católica, o ser humano é uma unidade – mente, corpo e alma. E por causa dessa unidade que se manifesta no dinamismo do íntimo do ser, todas as dimensões se conectam, se ligam e se expressam através do corpo.

Portanto, o cuidado com a saúde mental é indispensável! Disso depende a qualidade da nossa vida: nossos pensamentos, preocupações, hierarquia de valores, escolhas, relacionamento com os outros, estilo de vida, virtudes e atitudes diante dos desafios. 

Por isso o ditado popular está correto “quando a mente não pensa, o corpo padece”, ou seja, quando a mente está doente, estamos em estado de enfermidade. E isso não é a vontade de Deus para a humanidade, muitos menos para nós, seus filhos.

Fatores que afetam a saúde mental

O ser humano é filho do tempo em que vive e das relações que estabelece. Por mais que a gente não deseje que os problemas nos afetem, isso é inevitável porque não temos o controle sobre as situações da vida, sem contar que vivemos sob fortes tensões, exigências, padrões estabelecidos, violência, carências diversas etc.

Há ainda outros fatores sociais, culturais e modernos que influenciam positiva ou negativamente em nosso jeito de agir, pensar e responder às demandas da vida. Tudo isso reflete na saúde mental. Mas somos mais que as circunstâncias que nos envolvem. 

Viktor Frankl, médico psiquiatra, observando as atitudes dos prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial, viu que a maioria entrava com as mesmas condições físicas, mas o processo de definhamento era muito diferente entre eles. 

Ele concluiu, então, que tudo dependia da “preservação mental” e da capacidade de dar sentido à própria vida naquela situação. A saúde mental, portanto, está intimamente relacionada à nossa capacidade de dar sentido para as nossas experiências, ou seja, para tudo aquilo que fazemos, sofremos, buscamos, temos e sonhamos. 

Como o perdão influencia no bem-estar mental

Falemos agora sobre o perdão e sua contribuição para a saúde mental. Não há como definir o perdão, mas podemos caracterizá-lo: perdoar envolve a liberação de ressentimentos; é um processo muitas vezes longo; uma decisão em benefício de si e do outro etc.

Perdoar, todavia, não significa aprovar ou esquecer o que aconteceu, mas sim libertar-se do peso emocional que esses sentimentos negativos causam. Ao perdoar alguém, por exemplo, não significa absolver a pessoa de suas ações, mas é uma maneira de a pessoa não ficar presa a situações, raivas, tormentos que prejudicam a saúde mental.

Por outro lado, a pessoa que perdoa é sempre alguém ferido e ao mesmo tempo maduro e capaz de seguir com um novo olhar sobre si e sobre as situações que o envolvem. O perdão não é simples, mas é um ato poderoso de cura que resulta em uma profunda paz interior.

Mas quem opta pelo perdão e faz o caminho para alcançá-lo ganha na loteria sem ter jogado, ou seja, recebe um presente inesperado: a liberdade emocional, espiritual e relacional porque se abre para o outro e começa um processo de restauração na história pessoal.

Perdoar para alcançar a saúde da mente e do corpo

Sem dúvida, perdoar não é um ato tão simples; e aqui não falamos de faltas leves, mas de problemas que ferem a natureza humana, como traição, violência física ou verbal etc. Por isso perdoar, na maioria das situações, é um processo longo e árduo. 

Mas aqui entra a capacidade de escolher o caminho certo à luz da Palavra de Deus que fala sobre perdoar até alcançar a cura plena: setenta vezes sete. Por isso, pensando na sua saúde mental, reunimos algumas dicas que ajudam nesse processo:

  • O perdão é uma escolha pessoal e está mais relacionado à sua atitude do que às mudanças externas;
  • Não é necessário esquecer o que aconteceu, mas sim se desprender da humilhação constante que a situação provoca dentro de você;
  • Reflita sobre o valor do perdão e reze para alcançar essa graça, pois essas duas ações modificam os pensamentos e encaminham para a cura interior;
  • Reconheça os sintomas negativos ligados a experiências ruins, como raiva, vergonha e tristeza, mas busque repensar a situação para criar um novo caminho emocional;
  • Procure ajuda de alguém para conversar, de preferência uma pessoa que não tenha relação com a situação vivida a fim de não influenciar nos seus sentimentos.
  • Por fim, perdoar regula a produção do hormônio cortisol e evita respostas emocionais impulsivas e irritadas, afetando positivamente a saúde mental.

“Quem tem a vontade, tem a metade!” (provérbio popular)

Com esses conteúdos, encerramos a série sobre o perdão com votos de que a decisão de perdoar se fortaleça, torne-se um processo e chegue à conclusão no tempo de Deus! Caso faltem as forças no caminho, entregue-se à misericórdia de Deus e tente novamente!

Tempo pascal e perdão

Na Quinta-feira Santa pela manhã, quando as dioceses celebram com o bispo a Missa dos santos óleos, termina o tempo da Quaresma e, ao entardecer do mesmo dia, inicia-se o Tríduo Pascal. Com ele, começamos o Tempo Pascal, o período que celebramos fortemente a ressurreição do Senhor.

Mas o que o Tempo Pascal tem a ver com o perdão? Será que a Quaresma não é suficiente para trabalharmos esse tema em nossas vidas? Por que falar sobre o perdão durante as festas pascais? Encontre essas respostas neste post que preparamos. 

Qual o significado do Tempo Pascal?

O Tempo Pascal é um momento privilegiado! Ele nos lembra, durante cinquenta dias, que Jesus Ressuscitou, Ele é a razão de nossa vida, o conteúdo de toda nossa fé, o motivo pelo qual os sacramentos existem e a Igreja é incansável na evangelização!

Dessa forma, a cada domingo, somos conduzidos ao encontro do Senhor vivo e encaminhados para partirmos em missão com a força do Espírito Santo, que se derrama sobre nós em Pentecostes, momento litúrgico que encerra o Tempo Pascal.

É interessante observarmos a liturgia da Palavra neste tempo. Ela é única; os textos são tirados dos quatro Evangelhos, mostrando as aparições do Senhor aos seus discípulos. Essas passagens são lidas apenas no Tempo Pascal, por isso devemos acompanhar com atenção e renovarmos nossas forças junto ao Senhor ressuscitado.

Por fim, a vivência do Tempo Pascal nos impulsiona ao anúncio da boa-nova. Mas qual o conteúdo dessa novidade? O Filho de Deus, que resumiu sua mensagem em apenas dois mandamentos: amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. Aqui encontramos o primeiro sinal de que a Páscoa é também a festa da reconciliação entre Deus e a humanidade.

Perdão e Tempo Pascal caminham juntos!

Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, explicou com clareza o motivo pelo qual o Tempo Pascal está tão ligado ao perdão: 

“Páscoa é festa do perdão de Deus a nós, que somos frágeis, mas reconhecemos humildemente nossas faltas e queremos ter oportunidade de recomeçar.

Páscoa é festa do perdão aos irmãos que nos ofenderam e querem se reconciliar conosco para tudo reiniciar, como se nada tivesse acontecido. E isto é possível, pois o Senhor nos ensinou que é preciso perdoar 70 vezes 7.

Páscoa é festa do amor que se instala num coração que sabe perdoar, mesmo quando alguém nos ofende e ainda não se mostra arrependido, pois Páscoa é a festa que germina na mente que não paga o mal com o mal, mas responde o mal com o bem.”

Ou seja, quem experimenta a ressurreição do Senhor em sua vida, sente-se totalmente amado, e quem é amado assim, transborda amor e perdão, duas graças derramadas sobre nós através da Páscoa do Senhor. Amor e perdão são sinais do Ressuscitado em nós.

Quem ama o Senhor, vive uma constante Páscoa

O Tempo Pascal é, portanto, a festa da reconciliação de Deus conosco! E ela acontece de forma concreta, não houve um desejo de Deus em nos amar e perdoar, ao contrário, Ele nos amou e nos perdoou totalmente através de sua paixão, morte e ressurreição.

Esse gesto do Senhor nos garante a nova vida, o novo caminho, a possibilidade de começarmos e recomeçarmos a partir do amor e do perdão, e o Evangelho nos mostra todos os exemplos de vida nova através dos inúmeros testemunhos relatados.

Então, como viver segundo o Tempo Pascal? Veja algumas dicas simples:

#1 Aceitando o amor de Deus em primeira pessoa, ou seja: Deus me amou e me ama. Essa verdade é motivo de alegria, força e ânimo para seguir. O amor do Senhor ressuscitado nos devolve a autoestima, cura nossa vida e nos liberta das escravidões.

#2 Oferecendo o amor de Deus ao outro: a partir do amor do Senhor ressuscitado em mim, sou capaz de amar, perdoar e deixar o outro livre! Não há ressurreição sem libertação plena, logo, o perdão vem como uma decisão consciente de que Deus é maior que toda ofensa que sofremos.

#3 Colocando-se a serviço: os apóstolos tornaram-se ministros da paz após as inúmeras vezes que o Senhor Ressuscitado apareceu para eles. Da mesma forma, à medida que tomamos consciência da presença viva do Senhor, vamos, também, nos tornando anunciadores da paz, transportes de alegria, instrumentos de Deus para a vida do outro.

Parecem simples essas dicas? Na verdade, elas estão presentes na vida de quem crê no ressuscitado. E ao mesmo tempo são sinais de quem acolheu o perdão de Deus na vida e é capaz de testemunhá-la para o outro. 

Como desenvolver uma rotina de estudos em 2024

O ano está apenas começando, mas ele promete muito, principalmente para quem estuda e se prepara para o Enem, por exemplo. Seja qual for sua meta neste ano, veja como criar uma rotina de estudos em 2024 e alcançar grandes resultados.

A rotina de estudos em 2024 pede objetivos 

Tem um ditado legal da sabedoria popular que diz: “Quem não sabe para onde vai, qualquer vento lhe parece favorável”. E pensando em vento para chegar em objetivos, um velejador, por exemplo, sabe qual vento o favorece para que ele se torne um profissional na vela. 

Dessa forma, quem estuda, assim como um profissional de qualquer área, precisa de objetivos ou não chega a lugar algum, apenas vai passando de ano em ano, como alguém que se deixa levar por qualquer opinião, situação ou vento do momento.

A pergunta é: qual seu objetivo nos estudos em 2024? O que você deseja superar ou desenvolver? Por mais que todas as disciplinas sejam importantes, é preciso a consciência de que elas o/a levarão a um objetivo maior, ainda que você não se agrade delas.

Então, trace objetivos de aprendizagem, porque eles motivam a preparação para a rotina dos estudos em 2024; estabelecer metas é o primeiro passo para ter uma rotina de estudos eficiente se você deseja crescer em conhecimento e em resultados.

Passos para uma boa rotina de estudos em 2024

Falamos sobre o termo ‘rotina’, mas ele é apenas um método, um caminho para alcançar o objetivo maior que é o aprendizado. E cada estudante tem desafios particulares que precisa enfrentar. 

Por exemplo, a produção textual decide a classificação para o Enem. Talvez seja uma boa meta para 2024! Ou aprender matemática e derrubar o gigante das exatas com a luta diária dos estudos.

Seja qual for seu objetivo, as orientações que colocamos abaixo ajudarão muito a estabelecer uma rotina para os estudos em 2024 a fim de alcançar excelentes resultados.

#Conheça a sua rotina e estabeleça horários

Estabelecidos os objetivos, é hora de criar a rotina adequada para os estudos. Para funcionar, ela precisa ser realista, adequar-se à sua realidade cotidiana. Não adianta estabelecer uma programação que nunca irá funcionar. 

Assim, comece colocando todas as suas atividades diárias no papel, seja em casa ou na escola. Veja que horários você dispõe para estudar. Se você tiver toda terça-feira à tarde, por exemplo, então estabeleça esse dia e o horário certo, sem ilusões.

#Crie um cronograma

O cronograma tem diversos prazos. Você pode fazer por semana, por mês ou a cada três meses, e colocar à sua frente para visualização constante. Nele você coloca as atividades, o horário e as prioridades, como também avaliações e compromisso com a escola.

Há também as disciplinas mais exigentes no currículo escolar e aquelas que você não aprende de jeito nenhum, as duas precisam de mais atenção! A rotina de estudos de 2024 será encaixada neste cronograma e colocada em prática ou não funcionará.

#Organize o seu espaço de estudos

O local de estudos influencia positiva ou negativamente no aprendizado. Então, procure um lugar limpo, bem iluminado, com boa circulação de ar e sem muitas interferências ou barulhos.

Se esse lugar for o quarto, evite estudar na cama, porque o conforto relaxa o corpo e atrai o sono. Um local adequado para estudar é fundamental para conseguir o máximo de eficiência em sua rotina de estudos. 

#Faça pausas

Aprender é um processo individualizado, cada um tem seu jeito, mas não está obrigatoriamente ligado à quantidade de horas, mas à qualidade da atenção que você dedica. 

Então, não adianta passar duas horas estudando se você estiver concentrado apenas por meia hora; não precisa passar três horas direto sem pausa alguma, porque a mente não absorve tanto assim, mas é preciso dar pausas e encontrar o método mais apropriado para aprender. 

#Aprenda a aprender!

Por falar em método mais apropriado, não existe apenas um jeito de aprender. Como o ano está apenas começando, então teste em sua rotina de estudos em 2024 várias possibilidades de assimilação de um assunto.

Há pessoas que precisam ouvir, outras necessitam escrever para aprender e algumas apenas observam e já compreendem o tema (alunos com altas habilidades e superdotação são casos à parte), e todas as formas são válidas. Encontre a sua testando várias vezes.

#Esclareça suas dúvidas

Quem estuda, tem dúvidas, e isso alegra os professores porque significa que os alunos estão levando a sério os estudos além dos muros da escola. Então, em sua rotina de estudos em 2024, anote as perguntas, faça conclusões, leve até o professor.

Há também as plataformas digitais que favorecem pesquisas, atividades, exercícios, aulas em diversos canais etc. e não tenha medo de perguntar! Todos temos dúvidas! Existe a possibilidade de grupos de estudo para ajudar também a esclarecer os assuntos.

Em todos os momentos, cuide da sua saúde física e mental!

“Existe um tempo para cada coisa debaixo do céu” (Eclo.3,1-8). Da mesma forma que a rotina de estudos em 2024 precisa acontecer, circulando tudo que se faz está o cuidado com a saúde física e mental, logo dê tempo para cada coisa no seu dia a dia. 

É normal que os alunos do último ano do ensino médio gastem longas horas estudando, sem dormir nem fazer refeições saudáveis, mas essa prática torna-se perigosa e pode causar um efeito contrário com desgaste mental e fraqueza física. 

Portanto, procure separar a hora de estudar do momento de descansar; faça atividade física; tenha amizades; procure se distrair e se divertir; e faça suas orações para encontrar a força para viver sem cobranças e com esperança.

Por fim, se sua rotina de estudos em 2024 for obedecida, você colherá muitos frutos e identificará o vento certo que te conduzirá pelo melhor caminho. Bons estudos!

Este conteúdo vai ajudar: Como manter uma rotina de estudos bem planejada?

Tempo comum: como viver bem esse tempo litúrgico

A Igreja é uma mãe que nos ensina a caminhar rumo ao nosso grande referencial que é Cristo. Mas a manifestação da vida do Senhor é um mistério infinito, que se divide em muitas etapas, momento e tempos, entre elas está o Tempo Comum, que, por sua vez, faz parte do ano litúrgico. E o ano litúrgico começa com o Advento e termina com a festa de Cristo Rei do Universo. 

Logo, o ano da Igreja não é igual ao ano civil. Além do Tempo Comum e do Advento, temos o Natal, a Páscoa e a Quaresma.

Agora, como todo cristão, precisamos colocar nossa vida em torno da pessoa que mais nos ama – Cristo. Para isso, conheçamos a pedagogia do Tempo Comum e como viver bem essa etapa.

Significado do Tempo Comum

O Tempo Comum é o maior tempo litúrgico da Igreja; ele é composto por 34 semanas, divididas em duas partes: a primeira começa após a Festa do Batismo do Senhor até a terça-feira de Carnaval; a segunda inicia após a festa de Pentecostes e conclui na Solenidade de Cristo Rei, no mês de novembro.

Nesse tempo, a Igreja se reveste de verde, que simboliza a esperança, na vinda do reino de Deus e nos proporciona leituras, celebrações que comunicam a vida pública de Jesus, que percorre toda Israel até chegar em Jerusalém e ser aclamado Rei.  

Assim como Jesus, somos enviados a ser missionários e anunciar o Reino de Deus para as pessoas, conduzir ao batismo aqueles que ainda não foram batizados e iluminar a vida daqueles que andam nas trevas. Essa é a nossa missão como cristãos! 

Como é o maior tempo litúrgico, há solenidades e festas importantes que se destacam, como: Santíssima Trindade; Solenidade de São Pedro e São Paulo; Assunção de Nossa Senhora, a Solenidade de Cristo Rei e a memória de muitos santos. 

Tempo Comum, o ano do evangelista Marcos!

O Tempo Comum está inserido no Ano Litúrgico da Igreja. Este, por sua vez, é dividido em 3 ciclos de leituras: no Ano A, lemos o Evangelho de Mateus; no Ano B, o Evangelho de Marcos; e no Ano C, o Evangelho de Lucas; já o Evangelho de João é reservado para as Solenidades. 

Cada evangelho é representado pelas seguintes imagens: um anjo, um leão, um touro e uma águia, respectivamente. A imagem do Leão deve-se à sua presença e o rugido forte que fazem referência à pregação imponente de João Batista sobre Cristo, apresentada pelo evangelista Marcos.

O centro do Evangelho de São Marcos é o segredo messiânico (1,34.44; 3,12; 5,43; 7,36; 8,26.30; 9,9), que não é apenas pedagogia em vista dos ouvintes do Evangelho, mas é uma condição da revelação do Messias – Deus e homem verdadeiro, Cristo.

O Messias é aquele que mostra uma nova ordem: “Quando ele ficou sozinho, os doze, que estavam com ele, perguntaram-lhe o sentido das parábolas. Ele lhes respondeu: “A vós é revelado o mistério do Reino de Deus” (4,10); Cristo revela sua divindade para os apóstolos.

Viver bem o Tempo da missão!

O Tempo Comum é o dia a dia, a missão, o cotidiano! O tempo que mais nos acompanha durante o ano. Podemos compará-lo à nossa rotina: acordar, levantar etc. O mesmo aconteceu com Cristo, Ele viveu o dia a dia, a missão, a nossa realidade e os desafios. 

Só que para os cristãos, a rotina associada ao Tempo Comum é enriquecida pela presença de Cristo, dos Apóstolos, da Virgem Maria e da Igreja. Ou seja, não estamos sozinhos e, nessa rotina, encontramos Cristo na Comunidade de fé e o levamos para a sociedade.

Assim, veja como viver bem o Tempo Comum e o quanto ele está unido à sua realidade: 

  1. Procurando sua Comunidade de fé, sua paróquia, movimento ou pastoral. Nela e com ela, somos acolhidos, fortalecidos e enviados para a missão;
  2. Testemunhando Cristo através da caridade fraterna, assim como fez Jesus! Ele deu atenção às pessoas e comunicou-lhes o centro do evangelho: o amor de Deus! Então, em qualquer lugar, podemos ser sinais do amor sem dizer uma palavra!
  3. Ir ao encontro do outro fora da Igreja, como nos pediu o Papa Francisco! Uma Igreja em saída! Realizando a missão presencialmente ou através dos recursos digitais, como Instagram, Facebook etc.
  4. Rezando ao Espírito Santo constantemente. Lembre-se de que o Tempo Comum começa com a festa do batismo de Jesus, que é também o nosso batismo. Então, peça ao Paráclito que o capacite e santifique para toda boa obra.
  5. Por fim, o Tempo Comum nos presenteia com um evangelho a cada ano, então, em 2024, busque a leitura do evangelho de Marcos; leia as reflexões do Papa Francisco aos domingos; aprofunde com estudos bíblicos e amadureça sua fé. 

Agora, após essas breves explicações, procure seguir o Mestre, esteja atento(a) às suas palavras e deixe que Ele transforme seu cotidiano em uma grande escola de fé.

Saúde mental: 5 dicas para um 2024 mais leve!

Saúde é uma necessidade de todos e a maior súplica das pessoas, principalmente nas passagens de ano. Mas você sabia que a saúde mental é responsável pelo bem-estar do corpo inteiro?! 

Sabe aquele velho ditado que diz que quando a cabeça não pensa, o corpo padece!? É mais ou menos essa a lógica, porque se nossa mente (cabeça) não vai bem, todo o nosso organismo (corpo) sofre as consequências. 

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, estima-se que em cada 100 pessoas pelo menos 30 tenham ou venham a ter problemas de saúde mental. A depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico são os principais. 

Por isso, conversaremos especificamente sobre saúde mental neste post em atenção também ao Janeiro Branco, na certeza de que esse conteúdo trará benefícios para toda nossa vida! 

Será que entendemos o que é saúde mental? 

Muita gente associa o termo saúde mental com doença mental. Isso é uma situação histórica, uma vez que as pessoas com os ‘problemas mentais’ eram tratadas como loucas, possuídas pelo demônio, logo, colocadas à margem da sociedade.

Mas superemos esse mito, porque tratar da saúde da mente envolve mais que doença, implica em prevenção e qualidade de vida. Outra informação importante é que ninguém está livre de uma depressão, estresse ou outras reações causadas por problemas diversos. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera-se Saúde Mental um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade. 

Agora, o bem-estar de alguém está diretamente ligado a uma série de condições que vão além do aspecto psicológico, mas levam-se em conta fatores biológicos, psicológicos e sociais, de forma que a saúde mental tem características biopsicossociais.

Resumindo, ter saúde mental é:

  • Estar bem consigo e com os outros;
  • Aceitar as exigências da vida;
  • Saber lidar com as boas e as más emoções que fazem parte da vida;
  • Reconhecer os próprios limites e buscar ajuda quando necessário.

Janeiro branco em atenção à saúde mental

Janeiro, o primeiro mês do ano, representa o início e o fim de um ciclo: o ano que se foi e o que virá, com suas surpresas e exigências. Então, foi o mês escolhido para trabalhar o tema da saúde mental, a fim de cuidar da mente, o coração de todas as nossas ações.

O “Janeiro Branco” foi criado em 2014, em Minas Gerais, idealizado pelo psicólogo Leonardo Abrahão. A cor branca representa um quadro ou página em branco e significa o papel em branco, no qual escreveremos ou desenharemos uma nova história da saúde mental, sem os tabus e preconceitos que a cercam, ou seja, um novo começo!

Tendo como foco o cuidado com a saúde mental de todos, o janeiro branco tem como objetivo: 

  1. Fazer do mês de Janeiro o marco temporal estratégico para que as pessoas e instituições sociais reflitam e efetivem ações em prol do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos e instituições;
  2. Chamar a atenção para os temas da Saúde Mental e da Saúde Emocional na vida das pessoas;
  3. Aproveitar a simbologia do início de todo ano para incentivar as pessoas a pensarem a respeito da sua vida e do quanto investem em sua Saúde Mental e Emocional e daqueles que estão ao seu redor;
  4. Chamar a atenção das mídias e das instituições sociais para a importância da promoção da Saúde Mental e Saúde Emocional dos indivíduos;
  5. Contribuir para a construção, fortalecimento e disseminação de uma “Cultura da Saúde Mental” que estimule a elaboração de políticas públicas em benefício da Saúde Mental dos indivíduos.

Esses objetivos têm um foco: a prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico. Nessa seleção, entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar, que podem surgir de fatores como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas.

Cuidemos da nossa mente!

Já dissemos que ninguém está imune ao estresse, trauma, depressão ou até doenças genéticas ligadas à mente. Por isso, todos precisamos nos cuidar, mesmo porque a mente é o coração que organiza, movimenta e também paralisa todo nosso corpo.

Portanto, cuidemos da nossa saúde mental como quem cuida de um recém-nascido! Isso porque a gente nunca sabe o que pode causar mal a um bebê, ele não fala, mas dá sinais vitais, assim é nossa mente: ela dá sinais de que algo não vai bem e nos pede atenção.

Veja algumas dicas para começar bem 2024: 

  • #1 Estabeleça objetivos

Ter um propósito torna a vida mais agradável! Isso porque ele nos dá motivos para sair da cama, trabalhar, estudar, manter relações, executar tarefas e outras atividades. Ao mesmo tempo, procure diversificar os seus interesses, não tenha apenas uma meta. 

  • #2 Cuide da saúde física

Assim como a água não se substitui por outro líquido, o mesmo acontece com a atividade física para a saúde mental. Ela libera energia, aumenta a autoestima e substitui, em alguns casos, medicamentos por causa da liberação de endorfina, o hormônio da felicidade.

Ligadas ao exercício físico, entram uma alimentação equilibrada, exames preventivos, hidratação, e importante: práticas esportivas prazerosas. Desse modo, escolha uma atividade física que estimule a saúde mental e, sobretudo, persevere na prática.

  • #3 Cultive boas relações

A saúde mental está ligada também a sentir-se amado(a). Portanto, procure pessoas que você ama e cuja companhia faz bem a você, sejam familiares ou amigos; não se isole ao enfrentar um problema e procure equilibrar relacionamentos presenciais e online.

  • #4 Priorize seu sono

Por causa das demandas da vida moderna, é natural que a gente atropele o descanso muitas vezes; fique sem dormir ou durmamos pouco e mal. Isso influencia no humor, na produtividade, é motivo de irritação e causa problemas nos relacionamentos, entre outros.

Uma dica importante para cuidar da saúde mental é garantir horas de sono de qualidade. Procure dormir entre 7 a 8 horas por dia, assim sua mente relaxa e as células dos neurônios se renovam para as próximas atividades do cotidiano.

  • #5 Procure a espiritualidade

Segundo o doutor Arthur Guerra, professor da Faculdade de Medicina da USP, a espiritualidade contribui muito para a saúde mental, porque nos ajuda a lidar com as situações difíceis da vida e traz conforto nesses momentos complicados, fortalecendo o nosso bem-estar, principalmente o psicológico.

E a espiritualidade é a forma como se lida com o transcendente. Para os cristãos, a referência é Jesus Cristo; para os judeus, a Torá; para os mulçumanos, Alá. Qual a sua referência para lidar com os mistérios da vida e encontrar equilíbrio para a saúde mental? 

O diálogo com Deus traz a paz interior, o conforto emocional e a aceitação de situações complexas! Sem falar que Deus é uma pessoa, Alguém que ama e acolhe sem restrições. Essas qualidades nos sustentam em meio a uma sociedade desigual, violenta e injusta. 

Por fim, quando perceber que não consegue lidar com os problemas sozinho(a), que as situações, quaisquer que sejam, causam profunda dor, tristeza e desânimo, consulte um médico, porque ele sabe que saúde mental não é um bicho de sete cabeças!