Chamado vocacional: existe um para mim?

O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. Quando isso aconteceu, Deus pensou em tudo! Inclusive em nosso perfil vocacional. 

Assim, Ele fez o homem dotado de muitas capacidades e colocou nele uma inclinação para a realização pessoal de forma única e intransferível. 

Sendo assim, essa inclinação se chama vocação e  pode se dar de várias formas, porque Deus é muito criativo.

Como saber se existe um chamado vocacional para mim?

Uns são chamados ao matrimônio, outros à vida religiosa, ao sacerdócio e,  após o Concílio Vaticano II, surgiram outras formas de consagração na Igreja.

No entanto, existem aqueles que se identificam com o próprio trabalho, como: médicos, enfermeiros, professores. Portanto, a profissão também é uma descoberta vocacional, um dom concedido por Deus. 

Logo, todos somos vocacionados, não existem pessoas sem vocação. E, portanto, há um caminho vocacional para cada um de nós.

Porém, como saber se existe um caminho vocacional para mim? Este post foi feito para explicar melhor como identificar o chamado de Deus.

Qual o meu chamado vocacional?

A primeira pergunta que nos vem à mente, quando nos sentimos inquietos diante de Deus, é esta: Qual o meu chamado vocacional? Para que eu nasci? Como vou descobrir a minha vocação?

Para isso, a Palavra de Deus nos diz: “Pedi e se vos dará” (cf Mt.7,7).

A primeira atitude é perguntar a quem nos conhece profundamente: o próprio Deus. Essa pergunta se faz através do diálogo –  quem conversa com Deus, reza.

Portanto, a oração é o primeiro movimento para começar uma descoberta vocacional. São Gregório diz:

“Os homens, com a oração, merecem receber aquilo que Deus onipotente, desde a eternidade, decidiu dar-lhes”.  

Sendo assim, Deus preparou a resposta. Porém, Ele espera seu interesse e disposição em encontrá-la.

Afinal de contas, uma das qualidades que o Senhor nos deu é a liberdade e uma descoberta vocacional tem que ser uma decisão livre. 

Logo, é preciso dar passos para descobrir a própria vocação.

Quais as opções para uma descoberta vocacional?

Para descobrir meu chamado vocacional é importante saber quais são as possibilidades. O Evangelho nos orienta: “Buscai e achareis” (cf.Mt 7,7).

Sendo assim, a Igreja é rica em dons e formas de vida consagrada. Portanto, o chamado vocacional pode acontecer para o matrimônio, para a vida religiosa ou sacerdotal. 

Vocação ao Matrimônio 

A vida matrimonial é o sacramento da união conjugal. Nas Sagradas Escrituras, Deus diz que não é bom que o homem esteja só (cf. Gn 2,18) e fez para ele uma companheira semelhante. 

Logo, a vocação matrimonial é um pacto entre duas pessoas que decidem colaborar com a continuidade da criação divina. É um chamado para a vida toda, assistido por um ministro ordenado – um padre ou um diácono –  e a comunidade local.

 Vocação religiosa

A vocação religiosa é um chamado que mais se aproxima da vida de Cristo pobre, casto e obediente ao Pai. O Papa Francisco disse sobre os religiosos:

“Onde há consagrados, há alegria!”

Logo, os vocacionados à vida religiosa são pessoas que manifestam a alegria, a entrega e anunciam o Evangelho com suas vidas. 

Assim, “a vida, a vocação e a missão de quem se consagrada a Deus, a exemplo de Jesus, deve também ser um farol que ilumina aqueles que vivem na noite do pecado” (Papa Francisco).

Sendo assim, a missão de um religioso é imensa e anuncia a salvação nos lugares mais distantes.

Vocação ao Sacerdócio 

Há um Salmo que é repetido em todos os cantos do mundo para se referir aos vocacionados ao sacerdócio ministerial: 

“Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (cf. Sl 110,4).

Assim como toda vocação, o sacerdote nasceu de Cristo – o modelo de todo vocacionado.

Logo, é um sacramento que expressa a entrega total pela humanidade. Pouco compreendido pelo mundo, no entanto, presente na Igreja desde seu início.

Portanto, o sacerdote expressa a vida de Cristo que se doa no altar em sacrifício de amor pela salvação do mundo.

Agora, temos a ideia das vocações na Igreja. Assim, cada uma delas é direcionada a uma pessoa. Deus chama homens e mulheres e espera pacientemente por suas respostas pelo caminho vocacional.

Para onde irei? “Batei e vos será aberto” (cf. Mt7,7)

Anteriormente vimos que tudo começa pela oração, depois as formas de vocação na Igreja, mas, onde encontrar ajuda para dar início a uma descoberta vocacional?

Assim como há muitas formas de vocação, há também diversos carismas. Mas o que significa “carisma”? Essa palavra quer dizer: dom, graça.

Nesse sentido, para a vida religiosa, carisma é uma forma de testemunhar o Evangelho para o mundo. Em outras palavras, cada congregação tem um carisma próprio. Logo, eles são inúmeros, com resposta para cada tempo e necessidade.

Sendo assim, existem carismas que trabalham com educação, com doentes, com órfãos, com dependentes químicos e até com migrantes. Há uma diversidade de dons do Espírito a serviço da humanidade.

Portanto, um dos lugares onde encontramos ajuda para um caminho vocacional são as Ordens Religiosas e Congregações.

Uma vez que, além do testemunho dentro da Igreja, elas têm direção espiritual, retiros, sacerdotes, irmãos e religiosas que ajudam, pela própria experiência, a encontrar o caminho.

Por fim, além da oração e da informação sobre a vocação, é preciso pedir ajuda. E logo iremos compreender, na prática, que há um chamado vocacional para cada um de nós.

Conheça a vida dos Mercedários – presentes na Igreja há mais de oito séculos.

Você sabe o que é uma Ordem religiosa?

A  Igreja começou há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus. Esse acontecimento dividiu a história em antes e depois de Cristo. Mas muitas pessoas participaram dessa história. Entre elas, os membros das  Ordens religiosas e de  tantas congregações e institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica.

Segundo o IPHAN (instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional):

dentre as dezenas de bens relacionados ao catolicismo reconhecidos como patrimônio cultural em nível federal no Brasil, por meio de tombamentos, é notório o destaque dado a algumas ordens religiosas”.

Portanto, a Ordem religiosa faz parte da história de fé no mundo e também contribuiu com o patrimônio arquitetônico e cultural da humanidade.

Mas o que a história fala sobre Ordem religiosa? Quais são os Institutos que permanecem como Ordem religiosa até hoje? Para explicar, preparamos este post.

Ordem religiosa na história de Igreja 

Desde o início do cristianismo, homens e mulheres se encantaram pela proposta de Jesus, deixaram tudo e partiram para viver os valores do Evangelho; em lugares escondidos, a fim de fugir da perseguição aos cristãos.

Assim, recordemos o que a tradição da Igreja fala sobre a vida de Santa Maria Madalena que, após a ascensão de Jesus, partiu para evangelizar na França e viveu em uma caverna por 30 anos. 

Da mesma forma, nasceram muitas expressões de vida evangélicas, a partir do desejo de encontrar a paz interior e viver o mais próximo possível do Mestre. 

Logo, essas formas de vida se organizaram em mosteiros, em torno de um superior, e abraçaram os conselhos evangélicos de pobreza, obediência e castidade através da profissão solene dos votos. 

Portanto, a Ordem religiosa é uma das formas de vida consagrada mais antiga na Igreja. Os primeiros mosteiros são do século III, dC. Nessa época, os monges viviam sozinhos ou em pequenas comunidades até a fundação de grandes mosteiros.

No entanto, com o passar do tempo e o grande crescimento da vida consagrada, a Igreja distinguiu a Ordem religiosa de Congregação Religiosa, uma vez que os votos solenes professados pela Ordem eram indissolúveis e nas Congregações, não.

Assim, aquelas que já existiam, à época da mudança, continuaram com o título de Ordem Religiosa e as demais denominadas de Congregação Religiosa. 

Entre elas se destacam os Beneditinos, os Carmelitas, os Franciscanos, Dominicanos, os Mercedários, os Agostinianos, os Jesuítas, entre outras.

Ordem religiosa – Beleza e missão

Com certeza, você já se admirou com uma Igreja antiga, cheia de detalhes, com imagens rústicas, pinturas com cenas do Evangelho e até peças banhadas a ouro. Tudo isso corresponde à força da religiosidade da época e aos investimentos que se faziam nas Igreja

Pois é, as belas igrejas e as constantes missões são um grande contributo das Ordens Religiosas no Brasil e no mundo.

No início da colonização da América, a Ordem Religiosa esteve entre as expedições e trouxe a Palavra de Deus e a educação para estas terras.

Porém, não foi apenas o ensino religioso e a educação que as Ordens trouxeram para o Brasil.

Na organização das Províncias, elas também executavam atividades administrativas, como: o registro de nascimentos, mortes e casamentos. Sem contar com assistência aos hospitais e aos mais necessitados. 

Ordem dos Mercedários

O ano é 1203 e o jovem se chama Pedro Nolasco. Aos 20 anos, juntamente com outros companheiros, Pedro Nolasco libertou cativos cristãos com recursos financeiros próprios, herdados de seus pais. Esses cristão eram capturados pelos mulçumanos e vendidos como escravos.

No entanto, os esforços de São Pedro Nolasco não foram suficientes, por falta de dinheiro e de ajuda.

Mas Deus já suscitava em seu coração uma obra muito maior. E foi através de uma grande inspiração mariana que tudo se esclareceu para ele.

Assim, a Santa Mãe de Deus sugeriu que ele criasse uma Ordem Religiosa para cuidar daquela situação. E foi assim que nasceu a Ordem de Nossa Senhora das Mercês e Redenção dos Cativos, cujos religiosos são os padres Mercedários. 

Desde então, os Mercedários estão significativamente presentes na vida da Igreja. Neste sentido, trabalham, sobretudo, onde é necessário levar a libertação e a redenção do Evangelho, onde o homem, explorado e oprimido,  tem a sua fé e dignidade postas em perigo.

Portanto, a Ordem Religiosa dos Mercedários é uma das expressões de amor a Deus e um socorro para seu povo até hoje. São mais de oito séculos levando o Evangelho aos quatro cantos do mundo. 

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