Dom José Vazquéz Días: O Bispo Mercedário que revolucionou a história do Piauí

Dom José Vazquéz Días “foi um grande construtor, um homem de visão, simples, bondoso e de coração humilde, prévia e via uma Bom Jesus muitos anos à frente”.

“Dom José é um verdadeiro santo, um homem caridoso demais com a pobreza, um homem sábio, um pregador nato, não tinha vaidade com nada”.

Essas palavras são de duas pessoas que conviveram de perto com o religioso José Vazquéz, frade mercedário, sacerdote e bispo nas terras do Piauí.

Seu amor ao povo de Deus produziu muitas obras que até hoje causam admiração em todo aquele que o conhece! Seja o próximo(a) a contemplar as maravilhas divinas realizadas através da vida desse servo.

A origem de Dom José Vazquéz Días

Dom José Vázquez Díaz é natural da Província de Lugo, Espanha, filho de Jesus Vázquez Díaz Senra e Manuela Díaz Vázquez. Ele nasceu em 20 de novembro de 1913. Entrou no mosteiro de Poio, Pontevedra – Espanha, em 1925, e foi ordenado sacerdote em 1936.

Sua vida foi uma constante entrega nas mãos de Deus e a serviço do povo: foi para guerra espanhola com capelão. Quando retornou, começou a carreira acadêmica até tornar-se doutor em Física e Ciências Químicas.

Assim o nomearam como superior do Mosteiro de Poio em 1951, onde recebeu o pseudônimo de “Pe. Chavaga”. Em junho de 1954, foi eleito Definidor Provincial e passou a residir em Madri. E a expansão da Ordem Mercedária em terras brasileiras trouxe-o até o Brasil.

A vida missionária de Dom José Vazquéz Días

Dom José Vazquéz Días marcou a história mercedária em terras brasileiras. Ele morou no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde contribuiu para a fundação de casas mercedárias. Por isso, também esteve presente na fundação da primeira casa mercedária em São Paulo.

Em 1956, com 80 anos, Dom Inocêncio López Santamaria, sentiu o peso do tempo e do cansaço, então solicitou ajuda em sua missão e prontamente ouviram o seu pedido. Dom José, então, chega em São Raimundo Nonato no mês de março e pede para se instalar na sede da Prelazia, em Bom Jesus do Gurguéia.

Assim a história missionária mercedária continua a partir da vida de Dom José Vazquéz Días, que elege como lema em seu brasão “Viriliter age”, ou seja, “Trabalha varonilmente”. E o povo da cidade de Bom Jesus experimentou a pregação e o serviço do seu novo pastor.

Uma vida segundo o Mestre!

Dom José Vazquéz Días era um homem simples e humilde. O doutorado fez dele um servo, uma vez que o Evangelho foi sua primeira formação; e os pobres, seus irmãos prediletos, a quem ajudou com mantimentos, distribuição de roupas e materiais de construção. 

Ele destacou-se pelos projetos sociais e ainda investiu na sustentabilidade com o incentivo de plantações de árvores frutíferas nas ruas e nas áreas da paróquia. Ele foi o primeiro bispo a morar em Bom Jesus e fez parte de uma geração de santos nas terras piauienses.

Assim como Dom Inocêncio, ele dedicou-se ao povo e não descansou enquanto não uniu a pregação à vida e favoreceu melhores condições ao povo através da influência que possuía. Sua vida foi semelhante à vida do Mestre!

Os grandes feitos de Dom José

A Palavra de Deus, na carta de São Tiago, diz que a fé sem obras é morta! Essa exortação do apóstolo cabe bem na vida de Dom José Vazquéz Días. Ele também caminhou sobre os rastros de Dom Inocêncio em terras brasileiras, e não seria diferente. 

Portanto, sua vida e suas obras caminharam juntas. Então, resolvemos elencar algumas de suas contribuições, realizadas ao longo do seu ministério.

  • O Seminário menor “Instituto Pe. Zúmel” ganha muitos seminaristas que se tornam padres nas diversas paróquias;
  • No ano de 1960, fundou-se uma congregação feminina para contribuir na educação das escolas da prelazia, catequese e na área da saúde;
  • Construiu 10 casas populares na Vila das Mercês e diversas oficinas de mecânica, sapataria, marcenaria e serraria para a formação de mão de obra na região;
  • Usou sua influência religiosa e política para reivindicar obras para o extremo sul do Piauí, dentre elas a construção do Hospital de Bom Jesus;
  • Junto ao governador Alberto Tavares Silva, fez com que a atual BR-135 pudesse passar por dentro da cidade de Bom Jesus, pois, de acordo com o projeto original, a estrada passaria pelos arredores da cidade.

Uma vida admirável

As marcas de Dom José, escritas na história do povo do sul do Piauí, foram a educação bem como o vasto trabalho social. E a humildade era parte desse mercedário espanhol, porém de coração piauiense e bonjesuense.

A tantas outras obras, somou-se a construção de escolas primárias e secundárias em todas as paróquias; a fundação de ginásios em Gilbués, Curimatá, Monte Alegre, Parnaguá e Bom Jesus. 

A instalação do segundo grau em Corrente; a Escola de Comércio em Curimatá; a criação da Escola Normal Helvídio Nunes de Barros (ENHNB) em Bom Jesus, fundada em 1970 para a formação de professores, onde ele foi diretor e também professor.

Mas um de seus grandes legados foi a construção da catedral Nossa Senhora das Mercês de Bom Jesus, que começou em 1972; e do Centro Pastoral São Pedro Nolasco, um espaço muito importante para a edificação da fé e formação do povo de Bom Jesus.

Sua partida para a eternidade

Dom José Vazquéz Días permaneceu em Bom Jesus por 40 anos (1957-1989). Aos 75 anos, recolheu-se em uma casa mercedária localizada em Brasília, quando chegou o novo Bispo, Ramón López Carrozas, para substituí-lo em Bom Jesus.

Em 29 de maio de 1998, aos 84 anos, fez sua passagem para a casa do Pai. Porém, seu coração de pastor manifestou o desejo de que o sepultassem onde passou a maior parte de sua vida: a Diocese de Bom Jesus, e assim aconteceu. 

Seus restos mortais estão na Catedral do Piauí, lugar que ajudou a construir, e o seu legado se estende até hoje, porque quem investe na vida do povo de Deus através da catequese e da promoção da dignidade humana jamais será esquecido.

Por isso, a Ordem Mercedária tem a alegria de fazer memória deste homem de Deus e compartilhar seus feitos a fim de que a glória de Deus seja testemunhada sempre.

Não perca este testemunho: São Pedro Armengol: o Padroeiro dos jovens em perigo

Afinal, o que é fraternidade?

A fraternidade é um assunto presente em pautas mundiais. Mas o exercício da fraternidade ainda é um grande desafio para o mundo contemporâneo, mesmo depois de mais de dois mil anos em que a humanidade caminha na história.

Por isso, falar sobre fraternidade nunca será demais, há sempre algo acontecendo em favor do tema, embora existam muitos atentados contra a vida que ferem a fraternidade. No entanto, há muitas iniciativas que permanecem até hoje. 

Uma delas foi a instituição do Dia Nacional da Fraternidade, celebrado dia 13 de maio, no Brasil, graças à inspiração de três sacerdotes em exercício pela Cáritas. Saiba mais sobre esse assunto neste post. 

Dia nacional da fraternidade

A compreensão sobre fraternidade tem na Revolução Francesa seu grande marco histórico. Quem não se lembra do trio: Liberdade, igualdade e fraternidade! Até hoje, essa revolução ressoa, ela ainda não foi posta totalmente em prática, mas também é reconhecida como o maior movimento sócio-político da humanidade.

E no Brasil, o dia 13 de maio tem um valor fraterno: Dia da Abolição da Escravatura – a famosa Lei Áurea – que acabou com a escravidão nas terras brasileiras. E de 1888 saltamos para 1961, na mesma data, para instituir o Dia Nacional da Fraternidade.

Essa comemoração foi criada a partir da Campanha da Fraternidade, por três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira, uma organização humanitária da Igreja Católica, para lutar pela dignidade, igualdade e fraternidade entre todos os seres humanos.

Logo, o Dia da Fraternidade provoca reflexões e ações concretas a partir do entendimento de que todos possuem direitos iguais, independente da orientação sexual, etnia, religião ou classe econômica. Ou seja, todos têm o status de irmãos e irmãs.

O Papa Francisco e o fraternidade 

Falar sobre fraternidade hoje, no âmbito da Igreja Católica, é lembrar do documento do Papa Francisco chamado “FRATELLI TUTTI”, em português seria “Todos irmãos!” Um livro que pode se comparar a um verdadeiro tratado sobre fraternidade nos dias atuais.

Logo no início, o Papa fala sobre São Francisco de Assis – o irmão universal – que se dirige aos frades para propor-lhes uma vida com sabor do Evangelho. E qual a proposta de Cristo se não o amor entre as pessoas, a vida em comunidade, a experiência fraterna!

E o Papa Francisco sabiamente nos faz um pedido: 

“[…] quero destacar o convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço; nele declara feliz quem ama o outro, o seu irmão, tanto quando está longe, como quando está junto de si […]”

E é em homenagem ao Dia Nacional da Fraternidade que buscamos nas palavras do Santo Padre a inspiração necessária e urgente para entender este tema e continuar plantando a vida de irmãos(ãs). Por isso, selecionamos três reflexões a partir da Encíclica. 

A fraternidade não é resultado apenas de situações respeitosas

O respeito é uma condição essencial para se viver em sociedade, mas ela não é suficiente para sustentar a fraternidade. O Papa nos faz uma pergunta provocativa: 

“Que sucede quando não há a fraternidade conscientemente cultivada, quando não há uma vontade política de fraternidade, traduzida numa educação para a fraternidade, o diálogo, a descoberta da reciprocidade e enriquecimento mútuo como valores?”

A resposta é clara: predomina a solidão, o individualismo e apenas uma piedade pelo outro de vez em quando. Isso não é suficiente para mudar os relacionamentos e impactar a situação social.

Dizer que “todos os seres humanos são iguais” não é suficiente

Segundo o Papa Francisco, isso é conceito abstrato, carente de resultado se não houver o cultivo consciente e pedagógico da fraternidade. Ou seja, é preciso mexer com as estruturas, oferecer oportunidades para todos, com vida digna, emprego, moradia ou a sociedade será formada sempre por grupos que se protegem e dialogam apenas entre si.

É preciso combater o individualismo

O Santo Padre afirma que o individualismo radical é o vírus mais difícil de vencer. A soma dos interesses individuais não é capaz de produzir um mundo melhor! Nem nos preserva dos males, que se tornam globais – um mundo globalizado gera problemas comuns.

“Para se caminhar rumo à amizade social e à fraternidade universal, há que fazer um reconhecimento basilar e essencial: dar-se conta de quanto vale um ser humano, de quanto vale uma pessoa, sempre e em qualquer circunstância.”

Rezemos pela fraternidade, mas sejamos fraternos!

O Dia Nacional da Fraternidade nos coloca diante de vários desafios! Não nos faltam caminhos de reflexão. O Papa Francisco, por exemplo, nos propôs várias a partir da encíclica, resumida nas breves colocações que compartilhamos acima.

E para aqueles que professam a fé cristã, a busca pela fraternidade é sinônimo de luta diária contra a injustiça, o preconceito e a discriminação causada pela concentração de poder e pelo intolerância.

Rezar é sempre o ponto de partida, mas ser é o ponto de chegada. Portanto, rezemos pela fraternidade e sejamos fraternos.

Conheça os pedidos de oração do Papa Francisco

O Papa Francisco compartilhou sua intenção de oração para o mês de maio: 

“Rezemos para que os movimentos e grupos eclesiais redescubram cada dia a sua missão evangelizadora, pondo os próprios carismas a serviço das necessidades do mundo”.

E falar sobre movimentos e grupos eclesiais é contar a história do protagonismo dos leigos na Igreja, principalmente após o Concílio Vaticano II, quando o Papa João XXIII disse sua famosa frase: 

“O Concílio, que agora começa, surge na Igreja como dia que promete a luz mais brilhante. Estamos apenas na aurora: mas já o primeiro anúncio do dia que nasce de quanta suavidade não enche o nosso coração!”

esse novo dia vem acompanhado de novas inspirações do Espírito Santo, que sonda os corações e conhece o clamor dos filhos de Deus (Rm 8,27); entre eles os movimentos e grupos eclesiais. Entendamos um pouco essa história e reze com o Santo Padre.

Os movimentos e grupos eclesiais por quem o Papa Francisco reza em maio

Movimento é uma palavra do latim que significa movere, ou seja, mover; e eclesial se refere à ecclesia, também do latim, Igreja. Portanto, movimento eclesial é um agrupamento de fiéis organizados, em torno de um objetivo, em que se acentua o caráter vivo e dinâmico da evangelização.

O Código de Direito Canônico prevê os movimentos e grupos eclesiais e fala deles como uma organização de leigos, de acordo com as estruturas das dioceses ou independentemente, podendo ou não ter estatuto próprio. 

Existem, então, diversos tipos de movimentos e grupos eclesiais que, ao longo dos anos, vêm contribuindo muito com a propagação do Evangelho, através do testemunho de vida e da evangelização, por meio de novos métodos.

Cada um deles, como disse o Papa Francisco, são um dom, são a riqueza da Igreja,  e funcionam de vários modos, de acordo com uma necessidade local da Igreja ou mesmo do tempo em que vivem.

Somados, eles formam uma multidão de pessoas, em diversos estados de vida, lugares e culturas diferentes, com carismas, apostolados, comprometidas com a Igreja, a partir de suas paróquias e dioceses. E a graça comum a todos é o encontro pessoal com Cristo.

O Papa Francisco destaca a importância da missão!

“Mantenham-se sempre em movimento, respondendo ao impulso do Espírito Santo, aos desafios, às mudanças do mundo de hoje. Mantenham-se na harmonia da Igreja, pois a harmonia é um dom do Espírito Santo.” 

O Papa Francisco todo mês manifesta uma intenção de oração, através de uma rede de orações, para que estejamos unidos em intercessão. De fato, a vida do vigário de Cristo é uma constante vida de oração, sua primeira força para agir em nome de Cristo é rezar, logo nos convida a fazermos o mesmo.

E no mês de maio, nos pede oração pelos movimentos e grupos eclesiais. Entre os apelos está para que eles permaneçam em movimento pelo Espírito. Isto é, respondendo aos seus apelos e em comunhão com a Igreja local e universal.

Uma vez que não há missão sem comunhão, e a Igreja é a casa e a escola da comunhão. Para isso, é preciso dialogar e, como disse o Papa:

“os movimentos renovam a Igreja com a sua capacidade de diálogo a serviço da missão evangelizadora”.

E o Papa Francisco ainda destaca: 

“Eles redescobrem cada dia, no seu carisma, novas maneiras de mostrar a atratividade e a novidade do Evangelho. 

Como fazem isto? Ao falar línguas diferentes, parecem diferentes, mas é a criatividade que cria essas diferenças. Mas sempre se entendem e se fazem entender.”

Portanto, os movimentos e grupos eclesiais são uma grande força evangelizadora nos tempos atuais. Eles estão em todos os lugares ao mesmo tempo, seja no silêncio ou no barulho, para anunciar o quanto o Evangelho é atrativo.

Contemple a beleza de um movimento eclesial!

O vídeo, feito em colaboração com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, que acompanha o nascimento e o desenvolvimento de associações de fiéis e movimentos eclesiais, narra episódios de suas vidas, em contextos muito diferentes. 

Há, por exemplo: 

  • Os escoteiros portugueses em peregrinação com a cruz da Jornada Mundial da Juventude; os Neocatecumenais engajados na evangelização nas ruas das cidades americanas; os missionários Shalom em Madagascar e os de Comunhão e Libertação nas Filipinas; 
  • Novos Horizontes com as famílias das favelas brasileiras e a Comunidade Papa João XXIII com as famílias do Quênia; Santo Egídio acolhendo os refugiados da Líbia que chegam através dos corredores humanitários; os Focolares limpando as praias poluídas do sudeste asiático; 
  • Os jovens do Movimento Eucarístico Jovem, em seu congresso internacional, em adoração antes da Eucaristia. Tantos carismas diferentes, uma única missão: proclamar o Evangelho em diferentes ambientes e de diferentes maneiras.

Essa diversidade é expressão da beleza e da comunhão dos movimentos e grupos eclesiais, uma graça dada pelo Espírito Santo para a sua Igreja e para o bem da humanidade.

Agora, rezemos com o Papa Francisco:

Obrigado, Pai, por nos dares vida pela ação do teu Espírito em tanta diversidade de dons e carismas para a missão. Desejamos viver o nosso Batismo com fidelidade e entrega, dando testemunho do Evangelho na nossa vida quotidiana. 

Ajuda os movimentos e grupos da tua Igreja a serem espaços fecundos de serviço e entrega aos outros. Que todos os seus membros vivam com amor a disponibilidade ao serviço dos irmãos e irmãs. 

Nesta Rede Mundial de Oração, pedimos-te especialmente pelos jovens e crianças do MEJ, Movimento Eucarístico Juvenil, para que vivam cada dia ao estilo de Jesus, dando testemunho de Cristo Eucaristia com eucaristias vivas e abertas a todos, ao serviço das necessidades do mundo. Amém.

Assista também ao vídeo do Papa Francisco aqui

Alegria: fruto da ressurreição de Jesus

A alegria é um dos frutos do Espírito Santo que acompanham aqueles que creem no Senhor Ressuscitado. E esse sentimento não é menor do que o que os apóstolos sentiram, mas a mesma graça, com a mesma força, porque o Senhor é o mesmo.

O Papa Francisco, na Vigília Pascal (2023), nos disse que podemos correr o risco de achar que a ressurreição de Cristo é um fato histórico, ficou no passado, assim como achavam as mulheres que foram ao sepulcro (Mt 28,1).

De fato, afirma o Papa, se ficarmos presos aos túmulos das nossas desilusões, amarguras e enfermidades, acreditaremos que a alegria do encontro pertence ao passado. 

Mas, ao contrário, precisamos agir como as mulheres que se afastaram do túmulo e correram para dar a boa notícias aos outros.

E a notícia é essa: Cristo ressuscitou, aleluia. Logo, essa verdade se renova pelo encontro e pelo anúncio – duas atitudes que nos ajudam a manter viva a alegria pascal. Aprenda mais sobre este tema aqui!  

A alegria do encontro com o Ressuscitado!

É impossível imaginar o tamanho da alegria que os Apóstolos experimentaram no Domingo da Páscoa. Porém, sabemos que ela foi capaz de tocar o coração daqueles homens tristes, desanimados e covardes em transformá-los em pessoas cheias de força, coragem e esperança.

a presença do Ressuscitado transformou toda a dor em alegria. O Senhor Jesus fez sua páscoa e os apóstolos também fizeram a deles, a partir do momento que se encontraram com o Senhor dentro do coração e nas diversas aparições que Ele realizou.

Assim a páscoa deixou de ser uma promessa e tornou-se um fato consumado e constatado. E, ao mesmo tempo, uma graça que se repete e se renova em cada Eucaristia, em cada encontro com a Palavra e com os irmãos na oração e na comunidade.

Portanto, a alegria da ressurreição é resultado de um encontro verdadeiro com Cristo Vivo em meio às dores, ao cansaço e às desilusões, próprias da humanidade em qualquer tempo da história. Mas uma alegria que supera as tristezas da vida!

A alegria nos envia em missão!

Em todas as passagens bíblicas que falam da ressurreição de Cristo, uma ordem acompanha os discípulos, além da surpresa e da alegria que são comuns. Observe:

“Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão” (Mt 28,10);

“Por fim, Ele apareceu aos onze quando estavam sentados à mesa… e disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,14);

“Diziam então um para o outro: “Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém…” (Lc 24,33);

“Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.” (Jo 20,18)

Portanto, é próprio de quem faz um encontro verdadeiro, que transforma sua vida e enche de alegria, falar sobre isso! E esse anúncio não acontece em lugares programados, em palanques, Igrejas ou conferências, mas no caminho que percorremos todos os dias.

Ou seja, no ponto de ônibus, no supermercado, na fila do banco, na praça, na porta da escola, à espera de um atendimento médico. E, muitas vezes, ele se dá na simplicidade, com um sorriso ou uma escuta acompanhada de uma palavra de ânimo.

Essa alegria do anúncio mantém viva a chama da experiência do Ressuscitado dentro do coração, assim como se deu com os apóstolos e na história da Igreja ao longo de séculos.

“Alegrai-vos sempre no Senhor…” (Fl 4,4)

Então, a alegria é resultado de um encontro e se estende no anúncio desse acontecimento através da vida. Porém, o cotidiano é cheio de altos e baixos, nem sempre nos recordamos do encontro que tivemos com o Senhor na noite da Vigília Pascal e no domingo de Páscoa.

Agora, o que fazer para manter a alegria pascal ao longo de todo ano?

A primeira atitude é perseverar no louvor, mesmo quando os atropelos da vida nos empurrem para o caminho da lamentação. Porque o louvor, antes de tudo, é uma oração de relacionamento com Deus; eu o exalto pelo que Ele é na minha vida pessoal e isso não apaga com as tribulações.

A segunda atitude é o encontro com o Ressuscitado diariamente, seja pela leitura da Palavra, pela eucaristia ou pela oração. Os cinquenta dias do tempo pascal são como um grande retiro espiritual que nos renova por dentro a fim de mantermos acesa a chama da fé no Senhor vivo.

Por fim, e não menos importante, é dizer aos problemas o quanto o nosso Deus é vitorioso, porque nos deu a esperança da vida eterna, uma vida que já se instalou dentro de nós pela fé. Isso parece óbvio, mas nem sempre é fácil de fazer.

Dom Alberto Taveira (Bispo do Pará) disse que precisamos rezar as nossas preocupações ou elas nos roubam a alegria do ressuscitado. Ou seja, sempre que aparecer um problema no caminho, fale sobre ele com Deus, esvazie o coração, volte à alegria e siga em paz!

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7 Virtudes de São José que todo católico precisa alcançar

“São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.”

Estas palavras do Papa Francisco sobre o pai adotivo de Jesus já nos sinalizam várias qualidades desse santo! E se o mundo precisa mais de testemunhas do que de palavras para anunciar o Evangelho, José é o modelo perfeito para todos os cristãos.

Mas preparamos apenas 7 virtudes que são indispensáveis para todo católico. E com o decorrer da amizade e a intercessão de São José, outras virtudes irão brotar.

#1. São José tinha amizade com Deus

Apesar do silêncio de São José ao longo do Evangelho, sua postura mostrou mais do que as palavras poderiam dizer. Desde o início da missão com a Virgem Maria, até o nascimento de Jesus e sua educação, José esteve atento, zeloso e cumpriu a missão até o fim.

Quem conseguiria fazer o que ele fez se não tivesse uma motivação verdadeira? E a palavra motivação na vida cristã não está ligada a recompensas materiais, mas ao amor! Quem se sabe amado por Deus está disposto a tudo. Assim foi com São José.

E o amor a Deus na vida dele é fruto de seu temor, do conhecimento das sagradas escrituras, da espera pela libertação de seu povo, ou seja, de sua amizade com Deus! Sejamos amigos de Deus a partir do que Ele é, assim como fez São José. 

#2. A fidelidade de São José

A amizade gera fidelidade! São José não foi qualquer homem que Deus escolheu no caminho, ele era da linhagem de Davi, porque Jesus precisava ser da casa real. Então, assim como a Virgem Maria foi escolhida, também ele o foi! 

Mas ele poderia ter negado a missão, no entanto não o fez! Mas a aceitou e isso demonstra sua docilidade e disposição. Houve muitas dificuldades ao longo do caminho, mas ele confiou na voz de Deus e permaneceu fiel. Fidelidade está ligada à pertença! 

Se soubermos a quem pertencemos, assim como São José, seremos fiéis aos propósitos de Deus em nossa vida e colheremos muitos frutos, seremos felizes e deixaremos um rastro de santidade na nossa família. 

#3. São José sempre foi obediente

Primeiramente precisamos entender o que é obedecer. Essa palavra vem do Latim “oboedire“, que significa escutar com profundidade. E assim São José ouviu a voz de Deus, sempre de uma maneira muito sensível, através de sonhos. Mas ele não contestou. Por que, será? Alguns podem achar loucura, mas a vida cristã diz que devido à sua fé!

A sua amizade com Deus e fidelidade resultam nessa escuta. Mais do que escutar com os ouvidos, José ouviu com o coração. Isso não significa facilidade. Ele não teve vida fácil, precisou recomeçar muitas vezes, em vários lugares. Mas obedeceu a quem amava.

#4. Desapego de si

O cristão é a pessoa do recomeço. E São José é o melhor exemplo para nos explicar isso! Ele estava prometido em casamento, teve que recomeçar nesse propósito; mudou-se com Maria para proteger o Menino, recomeçou de novo; e voltou do Egito para Nazaré, começou novamente.

Essas mudanças pedem desapego de si, de seus planos, de lugar, de coisas, do próprio trabalho! Mas não por um capricho pessoal e sim para o bem da família e dos dois amores de sua vida: Maria e Jesus. Peçamos a este santo a virtude do desapego em vista de um bem maior.

#5. Caridade

A vida de São José foi totalmente dedicada a Maria e Jesus – a grande missão de sua vida. Assim, ele os serviu, durante toda a sua vida terrena com perfeição. Foi esposo, pai, educador e sustentou sua casa com o suor de seu trabalho. São José aplicou toda a sua vida para proteger o grande autor da caridade.

A virtude da caridade neste grande homem começa quando ele aceita participar da missão redentora de Cristo, porque não há maior caridade que comunicar dignidade à pessoa humana através do Evangelho. Além do socorro material que acompanha esta virtude.

#6. Responsabilidade diante da missão

São José realizou uma das grandes missões do cristianismo: ele foi responsável por cuidar da Sagrada Família, ensinar o ofício da carpintaria e a Lei ao Menino Deus, ser referência de homem e pai a toda humanidade. Essa virtude é um dom do Espírito Santo.

A responsabilidade que existia no coração de José era a clareza de que aquela missão não o pertencia, não era uma obra sua, mas totalmente de Deus. Isso tanto o fez humilde como dependente de Deus, e ele não se decepcionou. Deus estava com ele e o honrou até o fim.

#7. A prática do trabalho

Voltemos ao início para falar dessa virtude em São José:

“São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho”.

O Papa ainda diz mais sobre São José:

“O trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o trabalho.” Logo, o trabalho é uma virtude testemunhada pelo modelo do operários – São José. Ele sustentou sua família com seu trabalho, sem esperar nada cair do céu.

E Deus o abençoe com tudo que ele precisou para viver com dignidade, como também Jesus aprendeu o mesmo ofício e praticou até começar sua vida pública.

Conte com São José!

São José não nos testemunha uma vida longe da realidade, mas no cotidiano ele nos ensina a ser e viver a vida com uma nova motivação – o amor a Deus. A força do amor de Deus nos enche de virtudes!

Peçamos, então, a intercessão deste grande santo para alcançarmos uma vida virtuosa no dia a dia. São José, rogai por nós.

Sobre este grande santo, leia também: São José: 5 maneiras de fortalecer a sua devoção Josefina

São Pedro Armengol: o Padroeiro dos jovens em perigo

São Pedro Armengol é uma prova da Misericórdia Divina em favor de seus filhos, em qualquer situação, lugar e época. Já ouviu falar dele?

De nobre, passou a ladrão, até que um dia se viu assaltando o próprio pai! E assim como São Paulo sofreu uma queda, Pedro também caiu em si e percebeu o mal que estava praticando.

Porém, Deus tem seus planos e não precisa de ninguém para realizá-los, mas gosta de contar conosco. Assim aconteceu com o jovem Armengol que recebeu o socorro de Nossa Senhora das Mercês através dos Mercedários e transformou o rumo de sua história.

Conheça o que Deus fez por ele e deixe-se impactar por esta surpreendente história de santidade. 

São Pedro Armengol – de nobre a assaltante!

São Pedro Armengol é natural da Catalunha – Espanha e viveu em meados do século XIII. Seus pais eram nobres e tinham amizade com o rei de Aragão, o soberano daquela região ibérica. O jovem Pedro cresceu em meio a riquezas, palácios, festas e alta nobreza.

No entanto, o clima favorável não permaneceu na vida de Pedro. À medida que cresceu, envolveu-se com más companhias que o levaram a uma vida de bandidagem, a tal ponto que ele abandonou sua casa, o conforto e a educação católica que recebeu de seus pais. 

Apesar de todos os esforços que seus pais fizeram para impedir seus maus vícios, ele não parou e chegou ao fundo do poço, tornando-se chefe de uma quadrilha de assaltantes de estrada, procurados pela polícia.

Mas a misericórdia de Deus nunca abandona seus filhos, principalmente diante do apelo de uma mãe! Essa mãe é a Virgem Maria que já o esperava e preparava o caminho da vontade de Deus para São Pedro Armengol.

São Pedro Armengol e o poder da graça divina

Conta a história que ele estava um dia andando pelo mato com seus companheiros e ouviu um som de clarim, típico instrumento da Corte. Então, encontrou uma nova oportunidade de assaltar um nobre, mas, para sua surpresa, quem estava na carruagem era seu próprio pai.

Esse fato transformou sua vida! Pedro ficou envergonhado, pediu perdão ao pai e deixou a vida que levava. Depois encontrou-se com a misericórdia de Deus quando se confessou com um religioso mercedário e começou uma nova jornada de santidade em sua vida.

Desperta mais uma vocação mercedária

São Pedro Armengol encontrou-se com sua vocação e pediu para entrar na Ordem Mercedária, cujo carisma era libertar os cativos da escravidão dos mouros, que viviam sequestrando cristãos para trabalharem em suas terras como escravos.

Então, essa tornou-se a vida que o santo homem abraçou! Em obediência à voz de Deus, ele passou muitos anos no norte da África resgatando a vida dos cristãos. Quando já voltava para Espanha, ofereceu-se para resgatar 137 jovens cristãos presos pelos mouros.

A missão dos Mercedários era, muitas vezes, um ato de heroísmo, porque quando eles não conseguiam o dinheiro do resgate dos cristãos, se ofereciam para ficar no lugar deles até que o valor fosse arrecadado e enviado aos mouros. Apenas o amor realiza essas ações!

Assim se deu com o santo: a quantia era tão alta que apenas na Espanha era possível conseguir e ele, então, ficou no lugar dos jovens sem hesitar até que o valor fosse levantado. No entanto, os mouros colocaram um prazo para o pagamento ou o religioso seria enforcado.

“A mesma Soberana Rainha me susteve com suas santíssimas mãos”

A Providência Divina escreve certo em nossas linhas tortas. Com o fim do prazo do pagamento, os sequestradores enforcaram São Pedro Armengol e, pouco tempo depois, o navio chegou com o dinheiro do resgate. 

Quando os religiosos mercedários perguntaram por Pedro, ouviram a resposta: “Tarde demais. Faz três dias que o enforcamos”. Os frades então foram buscar o corpo do irmão para sepultá-lo com dignidade. 

Ao chegarem ao local, houve uma grande surpresa: encontraram Frei Pedro pendurado na forca e vivo, embora estivesse pálido como um cadáver. Ocorrera um verdadeiro milagre!  Quando pôde falar, o santo disse: 

“A Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, pediu a seu Santíssimo Filho a conservação de minha vida, e conseguido este favor, a mesma Soberana Rainha me susteve com suas santíssimas mãos, para que com o peso do corpo não me afogasse na corda que estava suspenso”.

Padroeiro dos jovens em perigo!

Após esse milagre, São Pedro Armengol voltou à Espanha e foi viver em um convento dedicado a Nossa Senhora dos Prados, na Espanha. Sua vida tornou-se modelo de santidade e confiança absoluta em Deus e em sua Mãe – a Virgem das Mercês.

E com a Santa Mãe de Deus encontrou-se definitivamente no dia 27 de abril de 1277, após uma grave enfermidade. Não escreveu livros, mas escreveu na história com sua vida a fidelidade a Deus, a intimidade e a confiança na Virgem Maria.

Para os jovens de qualquer época, São Pedro Armengol é um grande intercessor para orientar nas decisões, livrar-se das más amizades, sair do fundo do poço, libertar-se da escravidão moderna e ajudar nos caminhos de Deus! 

Por isso, rezemos a ele e a Virgem das Mercês para que os jovens encontrem a misericórdia de Deus assim como esse santo homem, porque para Deus nada é impossível.

Você já se fez esta pergunta: Chamado vocacional: existe um para mim?

Esperança: como cultivá-la?

A esperança é uma virtude teologal que recebemos no sacramento do batismo, junto às virtudes da fé e da caridade. No entanto, a esperança é também um grande fruto do Tempo Pascal, que ressurge em nós com a ressurreição de Jesus. Ele se revelou ressuscitado aos seus discípulos, mostrou-lhes as suas chagas, como quem diz: a morte foi vencida!

E Jesus está vivo, ao lado de Deus, assim como logo nós também estaremos no Céu, porque sua morte abriu para nós as portas do paraíso.

Por isso, o Tempo Pascal é tempo de fortalecer a esperança, de renovar a nossa fé e de experimentar na própria vida os efeitos do amor misericordioso de Jesus.

Por que precisamos da esperança?

A nossa vida não é feita apenas de alegria, muito pelo contrário, a cruz faz parte da nossa caminhada nesta Terra. Logo, a virtude da esperança nos ajuda a esperar por tempos melhores, a suportar o sofrimento e a termos certeza de que alcançaremos a felicidade plena no Céu.

A esperança também pode ser definida por aquilo que preenche nosso coração quando rezamos, rezamos e rezamos, mas não vemos sinais de que o Senhor está nos ouvindo. Ora, alguém sem esperança facilmente desanima e desiste.

E os frutos da esperança podem ser vistos em muitos textos bíblicos. O Antigo Testamento relata, por exemplo, que a esposa de Abraão era estéril. Porém, o Senhor prometeu a ele uma descendência mais numerosa do que as estrelas do céu. O casal confiou na promessa de Deus mantendo acesa a chama da esperança. Sara, já em idade avançada, ficou grávida e assim todo o povo de Deus constitui a descendência de Abraão.

Já no Novo Testamento, o anjo do Senhor anunciou à Virgem Maria que Ela seria a Mãe do Filho de Deus. E, mesmo sem entender como isso seria possível, a jovem Maria confiou e se prontificou a cumprir a vontade do Pai.

No entanto, Ela sofreu muito, mas jamais perdeu a esperança. Sempre guardava e meditava tudo no silêncio do seu coração. E porque manteve a esperança, Ela foi elevada ao Céu e coroada a Rainha dos anjos e dos santos, e hoje temos uma filiação divina com Ela.

A esperança segundo o Papa Francisco

Em dezembro de 2016, o Papa Francisco iniciou uma série de catequeses, que se dão tradicionalmente às quarta-feira, exclusivamente sobre o tema da esperança cristã. E o tema é tão profundo que se estendeu ao longo de 8 meses.

Segundo o próprio Papa, ele escolheu falar sobre esse tema porque no “deserto de nossa vida é possível florir se há esperança”.

E já na primeira catequese sobre a esperança, Francisco disse: “a vida é, muitas vezes, um deserto, é difícil caminhar. Mas, se há confiança em Deus, ela pode ser bela e ampla, como uma avenida. Basta não perdermos jamais a esperança e continuarmos a crer, sempre, apesar de tudo”.

O Sumo Pontífice ainda falou, em outra catequese desta série, que é “Jesus que está sempre ao nosso lado para nos dar a esperança, para aquecer o coração”.

Também disse que “os homens precisam de esperança para viver e precisam do Espírito Santo para esperar”. E comparou a esperança à vela de um barco. Sendo assim, afirmou: “Se a âncora é o que dá à barca a segurança e a mantém “ancorada” entre as ondas do mar, ao contrário a vela é o que a faz caminhar e avançar sobre as águas. A esperança é deveras como uma vela; ela recolhe o vento do Espírito Santo e transforma-o em força motriz que impele a barca, dependendo das circunstâncias, ao largo ou à beira-mar”.

Como cultivar a esperança?

Se não podemos perder a esperança, então precisamos buscar maneiras de cultivá-la para que nossa fé não sucumba diante das dificuldades da vida. Por isso, veja algumas dicas práticas!

# Aprenda a esperar o tempo de Deus

Temos mania de querer tudo imediatamente. Porém, este comportamento só gera em nós ansiedade, além de ser inimigo da esperança. Já diz o ditado: Quem espera sempre alcança! E se não soubermos esperar o tempo de Deus mataremos a esperança dentro de nós.

# Tire lições dos seus erros

Infelizmente, nem sempre fazemos as melhores escolhas para a nossa vida, por isso precisamos aprender a colher os frutos, ou seja, as consequências de nossas escolhas.

É possível, sim, extrair algo de bom, mesmo de coisas ruins. Afinal, tudo é aprendizado, e a cada nova lição mais sabedoria podemos adquirir. Basta procurar enxergar tudo aos olhos da fé.

# Promova a esperança

Jesus nos pediu: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado” (Lucas 6,36).

Este é praticamente um passo a passo que conduz não apenas o nosso coração à esperança, mas também promove a esperança aos outros.

Afinal, quem é que não deseja, apesar dos seus erros, ser acolhido com misericórdia; não ser julgado e nem condenado por seus pecados, mas sim perdoado. Além disso, também a partilha fortalece no coração dos necessitados a esperança e a confiança na Divina Providência.  

Enfim, tenha esperança e seja esperança!

Mais do que ter esperança, é nosso dever como cristão estimular outras pessoas a terem esperança. Portanto, seja o abraço amigo, a escuta atenta, o consolo na dor, no sorriso nas conquistas.

Quanto mais irradiamos esperança, mais a temos dentro de nós. Faça esta experiência e colha bons frutos em sua vida!

Aproveite para compartilhar este conteúdo para que também outros possam se fortalecer na esperança!

Como viver a confiança na misericórdia de Deus

O Papa Francisco citou São José como modelo de confiança com estas palavras:

“José confia totalmente em Deus, obedece às palavras do anjo e toma consigo Maria. Precisamente essa confiança inabalável em Deus permitiu a ele aceitar uma situação humanamente difícil e, em certo sentido, incompreensível.”

E agora, em Cristo Jesus, o mundo conheceu a confiança com uma nova roupagem, com uma nova força, porque o Ressuscitado inaugurou e instalou o tempo da graça, ou melhor, da misericórdia de Deus, entre os homens.

Sobre isso, Francisco também diz: “Cristo nos ensinou que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas também é chamado a ‘mostrar misericórdia’ aos outros: Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia”.

Então, confiança e misericórdia são duas irmãs que andam juntas, cuja fonte é o próprio Deus, que não se cansa de nos mostrar o quanto nos ama! 

Portanto, confiemos na misericórdia, rezemos com o povo cristão em várias partes do mundo e celebremos o Domingo que vem com um mar de misericórdia sobre nós! 

O que é a confiança na misericórdia?

É impossível falar sobre misericórdia sem nos lembrarmos de Jesus Cristo e todo o plano de amor do Pai por nós. 

São Paulo diz que Deus prova o seu amor conosco em Cristo, que morreu por nós, quando ainda éramos pecadores, ou seja, sem mérito nenhum da nossa parte (Rm 5,8).

misericórdia é exatamente amor à miséria humana! Um sentimento que não se explica humanamente, mas se experimenta na vida. Assim aconteceu com Maria Madalena (Jo 8,1-11); com Bartimeu (Mc 10,46); com a mulher que sangrava há doze anos (Lc 8,43).

Logo, confiar na misericórdia divina é acreditar que Deus nos ama principalmente quando nos sentimos menos merecedores, apesar de nosso pecado ou enfermidades. E Ele deseja nosso bem, como também faz tudo para que voltemos a viver como filhos amados.

A confiança que Santa Faustina revelou

A maior prova da misericórdia de Deus por nós é a imagem de Cristo Jesus de braços abertos a nos esperar, seja na Cruz, na ressurreição ou com Seu Coração aberto jorrando sangue e água sobre nós. Por isso a confiança é uma atitude de quem crê no Mestre.

Porém, essa confiança na misericórdia foi renovada através da experiência espiritual de Santa Faustina. Ela é uma freira polonesa que, em 1931, recebeu revelações que transformaram a  vida de muitas pessoas e as aproximaram de Deus.

A santa fez uma experiência tão forte que recebeu o título de Apóstola da Misericórdia. A primeira revelação sobre a misericórdia aconteceu em fevereiro de 1931, em seu quarto, quando Jesus apareceu vestido de branco e de seu coração emanava feixes de luz vermelho e branco.

Era essa a imagem da Misericórdia Divina, que pediu aos seus filhos a seguinte oração: “Jesus, eu confio em Vós”. Assim, o Senhor apareceu várias vezes para essa jovem e tudo está escrito em um Diário que é um verdadeiro tratado sobre a confiança na misericórdia.

 Festa da Misericórdia

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. 

A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate” (Diário  699).

Essa foi umas das revelações e pedidos feitos a Santa Faustina por Jesus Misericordioso. A partir daí iniciou uma grande devoção por parte do povo, muitas orações, conversões e milagres aconteceram no mundo inteiro, além de uma grande renovação espiritual.

Sendo assim, em obediência ao Mestre, no ano 2000, João Paulo II instituiu o Domingo da Misericórdia, que acontece sempre no segundo domingo da Páscoa, no mesmo dia em que canonizou Santa Faustina. 

E o que significa essa Festa da Misericórdia? É a oportunidade de alcançar todas as promessas feitas por Deus através das revelações à Santa Faustina: “Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá” (Diário 1577). O segredo é a confiança na misericórdia!

Corramos ao encontro da Misericórdia

São muitas as bênçãos reservadas para os fiéis que se aproximarem da Divina Misericórdia. E felizes são aqueles que se preparam devidamente, não apenas na Páscoa, mas sempre, como uma maneira de cultivar a confiança em Deus. 

são muitas as orações inspiradas por Cristo à Santa Faustina. Conheça-as agora:

1. Terço da Misericórdia

“Pela recitação desse Terço, agrada-me dar tudo o que me pedem (…) se estiver de acordo com a Minha vontade” (Diário, 1541 e 1731). 

“As almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha misericórdia, durante a sua vida” (Diário, 754).

“Defendo toda alma que recitar esse Terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória, ou quando outros o recitarem junto a um agonizante, eles conseguirão a mesma indulgência” (Diário, 811).

Indicado, de preferência, às 15h e rezado pelos agonizantes, pelas almas do purgatório, pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. 

2. Hora da Misericórdia

Em 1937, Jesus falou a Santa Faustina que desejava a veneração da Hora da Sua morte, que é a Hora da Misericórdia. Ele assim se expressou: 

“Todas as vezes que ouvires o relógio bater três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Implora a onipotência dela em favor do mundo inteiro (…) porque nesse momento [a misericórdia] foi largamente aberta para toda a alma” (Diário 1572).

Ele ainda falou:

“Nessa hora conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora realizou-se a graça para o mundo inteiro: a misericórdia venceu a justiça” (Diário 1572).

Jesus também indicou algumas maneiras com as quais devemos venerar a Hora da Misericórdia (Diário 1572): 

  • Rezar a via-sacra, meditando a Paixão de Jesus.
  • Adorar o Coração Misericordioso de Jesus no Santíssimo Sacramento ou recolher-se em oração onde estiver ainda que por um breve momento.

3. A novena da Misericórdia

“Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam” (Diário 1209). 

“Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (Diário 796). 

Faça a experiência com esta oração qualquer mês do ano. Mas especialmente antes do Domingo da Misericórdia, rezando por sua vida, sua família e pelo mundo.

E, assim, prepare-se para receber e dar a misericórdia que brota do peito aberto de Jesus.

5 dicas para viver bem o tempo pascal

O Tempo Pascal começa na Vigília Pascal e tem a duração de 7 semanas, terminando, então, com o Domingo de Pentecostes, quando celebramos a graça da vinda do Espírito Santo. São 50 dias que vivemos como se fossem um só.

“Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande Domingo” (Normas Universais do Ano Litúrgico, nº 22).

Logo, o Tempo Pascal é a Páscoa da Igreja, Corpo de Cristo, que passa para a Vida Nova do Senhor e no Senhor. Aliás, a palavra “Páscoa” significa, precisamente, “passagem”, conforme o sentido literal do termo na tradição judaica.

E os judeus celebravam a páscoa como uma festa que recordava a libertação do povo hebreu das mãos dos egípcios, que passaram pelo mar vermelho em direção à Terra Prometida.

Mas a nossa páscoa, que se estende ao longo de todo o Tempo Pascal, é um período no qual vivemos o prolongamento da alegria singular da Ressurreição. Neste período já não jejuamos, porque a morte foi vencida, a vida venceu o pecado.

As celebrações do Tempo Pascal

A primeira semana do Tempo Pascal tem um nome próprio, chama-se “Oitava da Páscoa” e ela se encerra no segundo domingo da Páscoa com a Festa Misericórdia. Neste dia, celebramos a graça de termos um Pai que é amoroso e misericordioso.

O Domingo da Festa da Misericórdia entrou para o calendário litúrgico da Igreja em 2000, quando o Papa João Paulo II canonizou Santa Faustina. Foi a ela que Jesus indicou que, no segundo domingo da Páscoa, deveria ser celebrada esta Festa.

Depois disso, no sétimo domingo da Páscoa, temos a Festa da Ascensão do Senhor. E quanto ao significado desta celebração, o Catecismo da Igreja nos ensina: “A ascensão de Cristo ao céu significa a sua participação, em sua humanidade, no poder e autoridade de Deus” (CIC 668).

Com a Ascensão, termina a missão terrena de Jesus e tem início a missão da Sua Igreja.

Logo em seguida, vivemos a celebração da Festa de Pentecostes, que é a coroação da Páscoa de Cristo.

Ela marca o momento da vinda do Espírito Santo sobre os discípulos e manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.  Foi a partir de Pentecostes que os apóstolos começaram a espalhar a Palavra pelo mundo.

5 dicas para viver bem o Tempo Pascal

Para você que deseja viver intensamente os 50 dias do Tempo Pascal, apresentamos algumas dicas. Não é nada difícil de se fazer, basta ter disciplina e vontade. Então, tome nota!

#1. Reze a novena da Divina Misericórdia

Esta novena deve ser feita em preparação para o Domingo da Misericórdia. Ela começa na Sexta-Feira Santa e termina no sábado anterior ao segundo domingo da Páscoa, quando celebramos a Festa da Misericórdia.

#2. Medite a Palavra de Deus

Uma boa prática para o Tempo Pascal é a meditação dos Evangelhos de cada dia.

Para isso, leia o texto pausadamente, repita a leitura de trechos que chamam mais atenção e procure entrar na narrativa, observando personagens, as falas, as atitudes. Por fim, busque trazer a Palavra para a tua própria vida.

E a partir desta meditação, faça uma oração espontânea com as palavras que o Espírito Santo inspirar ao seu coração.

#3. Adore a Jesus Ressuscitado

Jesus ressuscitou e está vivo em nosso meio, e a sua presença é a Eucaristia.

Por isso, durante este Tempo Pascal, procure incluir na sua rotina semanal ou mensal alguns dias para adorar a Jesus que o espera em Seu Tabernáculo – o Sacrário.

Adorar a Jesus é reconhecer que Ele é o nosso Rei.

Por isso, enquanto estiver em adoração no Tempo Pascal, procure refletir sobre o significado da ressurreição de Jesus na sua vida. Quais aspectos da sua vida Jesus precisa tocar com Sua ressurreição?

#4. No Tempo Pascal, faça o exercício da gratidão

Diariamente o Senhor nos abençoe e enche nossa vida de graça e paz. Mas você tem o hábito de agradecer a Ele por tantos benefícios?

A Palavra de Deus nos convida à gratidão: “Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus” (1Tes 5,16-18).

Certamente, o autor bíblico nos deixou essa orientação porque teve a compreensão de que a gratidão tem um poder transformador em nossas vidas.

A gratidão alimenta a fé, a esperança e a caridade. E com isso nos tornamos ainda mais capazes de identificar as coisas boas que nos acontecem e assim agradecer a Deus por elas.

#5. Coloque os teus talentos a serviço da Igreja

Se o Senhor abençoou sua vida com um dom e você ainda não colocou este dom a serviço, está desperdiçando os seus talentos.

Mas ainda que você já esteja a serviço da Igreja em alguma pastoral ou movimento, já se perguntou quais talentos ocultos você tem?

Reflita sobre isso, peça a luz do Espírito Santo e procure usar os seus talentos a serviço do Reino de Deus. O Tempo Pascal é uma excelente oportunidade para isso.

Enfim, viva o Tempo Pascal com alegria!

Tríduo Pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus

Nos aproximamos dos dias mais importantes da fé cristã: o Tríduo Pascal. Mas você sabe o que significam esses três dias e o que é celebrado em cada um deles? Portanto, para aprofundar o seu conhecimento e ajudá-lo a vivê-lo bem,  explicamos nos próximos parágrafos, o mistério de cada dia do Tríduo Pascal.

O mistério do Tríduo Pascal

Primeiramente, nas Sagradas Escrituras tudo possui um significado além do literal. Sabendo disso, o abade beneditino Rábano Mauro, explica os significados dos números na Bíblia também em relação ao Tríduo. Por isso, o número 3, que não está ligado somente à Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, mas segundo o abade,  evoca um destes significados e confirma as palavras do profeta Oséias, no capítulo 6, versículo 2: 

“Dar-nos-á de novo a vida em dois dias; ao terceiro dia ressuscitar-nos-á e viveremos”. 

É justamente esse mistério de sacrifício, morte e vida nova que os católicos celebram no Tríduo Pascal e que temos como a grande festa dos cristãos, dando fundamento à fé em Jesus.

Assim recorda o papa Francisco em sua catequese sobre o Tríduo Pascal, em 2021, a fim de aprofundar o mistério destes dias, que revivemos em cada Missa:

Vivemos este mistério cada vez que celebramos a Eucaristia. Quando vamos à Missa, não vamos apenas rezar, não: vamos renovar, repetir este mistério, o mistério pascal. É importante não esquecer isto. É como se fôssemos rumo ao Calvário – é a mesma coisa – para renovar, para repetir o mistério pascal.”

A Paixão do Senhor no Tríduo Pascal

O mistério da Paixão do Senhor inicia já na Quinta-Feira Santa, quando se celebra a Última Ceia de Jesus com os apóstolos.

Sobre isso, continua explicando o Papa Francisco:

“Foi a noite em que Cristo entregou aos seus discípulos o testamento do seu amor na Eucaristia, não como lembrança, mas como memorial, como a sua presença perene”.

É, portanto, o momento em que Jesus substitui o cordeiro pascal, por Ele mesmo. Assim, Ele se torna a vítima inocente que liberta o povo da escravidão do pecado.

Após a Missa, guarda-se as reservas Eucarísticas no Sacrário, as toalhas do altar retiradas, bem como todas as imagens. Logo depois, inicia-se um momento de adoração.

Podemos aqui recordar da agonia de Jesus no Getsêmani (cf. Mt 26, 36-39) antes da sua morte, quando suou sangue e pediu para que os discípulos vigiassem com Ele em oração. 

Nesta noite, somos convidados a nos unirmos a Jesus em sua agonia. Sobretudo, trazer as nossas agonias, medos e tristezas diante do Pai, que não afastará de nós o sofrimento, mas nos dará forças e sentido para passar pela cruz e colher a redenção.

Sexta-feira: a morte de Jesus

A Sexta-Feira Santa é marcada pela penitência, jejum e oração. Por isso, a igreja reunida em comunidade é chamada a rezar a Via-Sacra e, às 15h, a celebração da adoração da Santa Cruz.

O Papa Francisco lembra aos fiéis sobre esse momento de adoração:

“Reviveremos o caminho do Cordeiro inocente, imolado pela nossa salvação. Teremos na mente e no coração o sofrimento dos doentes, dos pobres, dos descartados deste mundo; recordaremos os “cordeiros imolados”, vítimas inocentes de guerras, ditaduras, violências diárias, abortos… Levaremos diante da imagem de Deus crucificado, em oração, os numerosos, demasiados crucificados de hoje, que só d’Ele podem receber o alívio e o significado do seu sofrimento. E hoje há muitos deles: não vos esqueçais dos crucificados de hoje, que são a imagem de Jesus Crucificado, e neles está Jesus”.

O sábado Santo, ou sábado de aleluia 

Os discípulos de Cristo vivenciaram a dor, o silêncio e a desolação causados pela morte do seu Mestre. Esses são alguns sentimentos que o Sábado Santo nos remete. Mas, assim como os discípulos tiveram a presença da Virgem Maria, a Mãe da Esperança, assim também a Igreja se encontra neste sábado.

Ao passo que contamos com a intercessão e o exemplo de Maria, somos também chamados a viver esse dia em um silêncio cheio de esperança de que Deus está agindo, mesmo quando não entendemos.

E Deus realmente está! É no Sábado Santo que a Igreja ensina que Jesus desceu à Mansão dos Mortos e lá libertou Adão, Abraão, os profetas e todos aqueles homens e mulheres que esperavam pela vinda do Messias. Nesse dia, foi aberto para todos o Céu. Por isso, é um dia de Esperança.

A Ressurreição de Cristo

O Tríduo Pascal encerra-se com a alegria da ressurreição de Jesus. Esse momento já se inicia no próprio sábado, com a celebração da Vigília Pascal, em que os fiéis voltam a cantar o “Aleluia” pela ressurreição do Senhor.

“Todas as interrogações e incertezas, hesitações e receios foram dissipados por esta revelação”, diz o Papa Francisco

Cristo nos chama a crer e testemunhar que não há nada que tenha mais poder do que Seu amor por nós. Ele venceu a morte. Àquela dita por muitos, até hoje, como a “invencível”.

A morte deixa de ser uma inimiga do homem, para ser uma porta de passagem, é o que chamamos de Páscoa, da vida terrena para a vida eterna, a vida com Cristo. 

São Paulo Apóstolo assim diz na Segunda carta aos Coríntios: 

“Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1Cor 15,17). 

É este o mistério que vivemos nos dias do Tríduo Pascal!

Te convido a deixar que esses dias de Tríduo Pascal reacendam a fé que proclama: “Não existe NADA mais forte que a ressurreição de Cristo”.

Compartilhe esse texto com aquela pessoa que precisa renovar a sua esperança e convide-a para participar do Tríduo Pascal com você!