No dia 09 de janeiro de 2025, em meio à Assembleia Provincial da Província Mercedária do Brasil, realizada na Casa de Retiros Assunção, em Brasília-DF, foi celebrada a Profissão Simples do jovem Fr. João Victor Ribeiro, O. de M., um momento de profundo significado para a família mercedária.
Natural de São Raimundo Nonato – PI, Fr. João Victor foi acolhido com muita alegria pela Província Mercedária do Brasil e pelos frades presentes. A celebração foi presidida pelo Provincial do Brasil, Pe. Fr. John Londerry Batista, O. de M., que, durante a homilia, destacou a figura do peregrino, uma imagem central no contexto do Ano Jubilar da Igreja. O Provincial ressaltou que o religioso é chamado a caminhar com Deus, carregando no coração a missão de servir aos mais necessitados, à semelhança de tantos santos que abriram mão de si mesmos para abraçar a cruz de Cristo.
A celebração contou com a presença especial da mãe do frade, Avelina Ribeiro, e de sua tia, Eva Maria Reinaldo, que, emocionadas, testemunharam a entrega de Fr. João Victor à vida consagrada, fortalecendo o vínculo de amor e fé que sustenta sua vocação.
Em seu relato, Fr. João Victor compartilhou o significado desse momento para sua vida: “O dia da minha primeira profissão religiosa na Ordem das Mercês foi marcado por grande alegria e esperança. Alegria minha, por concluir a etapa crucial do noviciado e iniciar um novo momento em minha história vocacional; da minha família que sempre depositou todo o seu amor e carinho na minha educação; e também de toda a Província Mercedária do Brasil, que comigo renovou a esperança no seu ideal carismático de anunciar a liberdade aos cativos.”
A Profissão Simples, também chamada de primeiros votos, é renovável anualmente e significa o compromisso de viver os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência e o voto de redenção, inserindo-se plenamente na vida e missão da Ordem de Nossa Senhora das Mercês. Inspirado pelo ideal de São Pedro Nolasco de visitar e libertar os cativos, Fr. João Victor reafirmou sua entrega ao chamado divino, assumindo a missão de servir aos que vivem nas mais diversas formas de cativeiro da atualidade, sejam eles materiais, espirituais ou emocionais.
Ao final da celebração, os frades presentes expressaram sua alegria e acolhida ao novo membro da Ordem, pedindo a intercessão de Nossa Senhora das Mercês e de São Raimundo Nonato, patrono da Província Mercedária do Brasil, para que Fr. João Victor seja fortalecido em sua caminhada vocacional.
A Província Mercedária do Brasil convida a todos a se unirem em oração pelo jovem religioso, para que ele persevere fiel à vocação mercedária, tornando-se um instrumento de liberdade e amor para o mundo.
Nós, frades mercedários, estivemos reunidos em Capítulo Provincial entre os dias 06-12 de janeiro de 2024, na cidade de São Paulo – SP. Éramos 23 frades de diversas regiões do Brasil, inseridos em várias frentes de evangelização. Foi para nós uma oportunidade de nos encontrarmos como irmãos, unidos pelo carisma de São Pedro Nolasco, o qual continua a desafiar a humanidade a encontrar, em Cristo Redentor, a plena liberdade de filhos e filhas de Deus, empenhando-se para promover a justiça e a paz. O tema do nosso capítulo foi inspirado a partir do Sínodo da sinodalidade e pelo III Ano Vocacional da Igreja no Brasil: Vocação Mercedária e Sinodalidade: graça e missão, com lema: “Corações ardentes pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33). Em torno desta temática vivenciamos: O Capítulo Provincial foi um processo de abertura ao Espírito Santo, buscando escutar de forma atenta e comprometida tanto o Evangelho como os irmãos, a realidade que nos abraça e os cativos – rosto mais próximo de Jesus Redentor. Em sintonia com nosso projeto Constitucional (COM 188, 2§) que indica que o Capítulo deve “examinar e decidir sobre a vida religiosa, vocações e formação, apostolado mercedário, governo e economia”, tivemos a oportunidade de avaliar a caminhada, identificar o presente e projetar com esperança o futuro. Recolhendo todas as contribuições num grande processo de escuta sinodal ouvimos frades, formandos e leigos de nossas comunidades. Dessa forma, construímos o projeto trienal, contemplando três eixos: vida fraterna, vocação e missão. Desejamos assim redescobrir o primeiro amor (Ap 2, 4b) sabendo que somos parte de um projeto comum “para organizar a esperança” em vista da missão redentora. Nossa Província tem identidade, um caminho já percorrido – com acertos e desafios – e busca revitalizar e ressignificar o carisma Mercedário em conversão permanente e em fidelidade criativa. Após a celebração do centenário da segunda vinda da Ordem ao Brasil, agradecemos a Deus os frutos deste grande labor missionário e apostólico. Finalizamos este VII Capítulo em clima de fraternidade e comunhão. Guiados pelo Espírito Santo, que faz arder os nossos corações e nos impulsiona a nos colocarmos a caminho, queremos continuar a ser portadores da boa nova da esperança e da liberdade nestas Terras de Santa Cruz e além-mar, por onde o Senhor nos enviar. Inspirados nas virtudes do grande Servo de Deus, Dom Inocêncio Lopez Santamaria, modelo de missão e coração ardente, suplicamos a benção de Deus para fazer frutificar tudo aquilo que foi semeado neste VII Capítulo da Província de São Raimundo Nonato.
Ao celebrarmos o Natal, somos convidados a refletir sobre o presente extraordinário que Deus nos concedeu em Seu Filho, Jesus Cristo. A luz que emana do presépio ilumina nossos corações, recordando-nos do amor infinito que Deus tem por cada um de nós.
Que a esperança, a alegria e a paz que o Natal nos traz estejam presentes em cada lar e em cada coração. Que a estrela de Belém guie nossos passos, nos conduzindo ao verdadeiro significado desta festa, onde encontramos a promessa da salvação e a manifestação do amor divino.
Expressamos nossos votos de que a fraternidade e a compaixão se espalhem como presentes, assim como os Magos levaram seus dons ao Menino Jesus. Que nossas ações diárias testemunhem a mensagem de Cristo, que veio ao mundo para nos resgatar e nos mostrar o caminho da verdadeira paz.
Neste Natal, que a luz do Salvador brilhe intensamente em nossos corações e nos guie ao longo do próximo ano. Que a celebração do Natal seja repleta de bênçãos e alegrias, unindo nossas comunidades em gratidão pelo dom da vida e da redenção.
Que o Menino Jesus, que nasceu humildemente em Belém, abençoe cada um de nós e ilumine o caminho à frente.
“O Senhor nos pede para recomeçar, todos os dias, em todos os projetos, sem cessar e sem desanimar”. Palavras do Santo Padre manhã deste sábado (07/5), no Vaticano, os participantes do Capítulo Geral da Ordem de Nossa Senhora das Mercês
O Santo Padre recebeu na manhã deste sábado (07/5), no Vaticano, os participantes do Capítulo Geral da Ordem de Nossa Senhora das Mercês. Ao agradecer a presença dos sacerdotes e religiosas capitulares, Francisco referiu-se ao tema escolhido pela Assembleia, em plena sintonia com a origem mariana de sua vocação: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”. Trata-se de uma escolha significativa – disse – por ser um projeto que está prestes a ser implementado, do ponto de vista do serviço. De fato, os religiosos jamais devem esquecer que não há seguimento sem serviço, nem serviço sem a Cruz.
“Fazei tudo o que Ele vos disser!”
Por isso, disse Francisco, o primeiro pedido que Nossa Senhora faz a vocês, hoje, como membros do Capítulo Geral, é pôr-se à escuta. A situação atual pode ser comparada àquela do Evangelho, durante as Bodas de Caná: “Não têm mais vinho”. E explicou:
“Muitas realidades existentes hoje no mundo, na Igreja, na sua Ordem referem-se a esta falta: falta de esperança, de motivação, de soluções. Por isso, a Virgem os desafia a pôr-se à escuta! Mas, ouvir o que? Ouvir as vozes que só nos falam de modo negativo? As que só propõem soluções fáceis, programas complicados e repletos de erudição ou, talvez, as que nos oferecem soluções para um maior compromisso?”
Porém, o Papa diz que Maria também nos diz outra coisa hoje: “ela pede que seja Jesus a desafiar os nossos corações de modo novo, original, inesperado. Quem sabe se os servos de Caná também estivessem reunidos em capítulo e pensassem o que poderiam fazer. Provavelmente, algumas vozes suscitariam problemas, outras ofereceriam soluções viáveis, embora arriscadas, e ainda outras, talvez, recomendassem dispensar os convidados, diante da própria incapacidade de enfrentar a situação”.
No entanto, Jesus não responde a essas perguntas, mas propõe algo que, certamente, nenhum servo tinha pensado: encher as jarras de purificação e de água. Trata-se de um gesto interessante que o Papa propõe à consideração dos capitulares: Jesus não diz o que eles querem e que jamais teriam imaginado ouvir. Em primeiro lugar, devemos ouvir a Deus que fala através do irmão ou das circunstâncias.
Recomeçar todos os dias
As jarras de purificação, que serviram no início do banquete, nos convidam a retornar ao nosso primeiro amor, à fonte da nossa vida consagrada; requerem atenção diante da necessidade. As jarras esvaziadas devem ser enchidas, novamente, com o mesmo entusiasmo com que foram enchidas antes do banquete começar. O Senhor nos pede para “recomeçar, todos os dias, em todos os projetos, sem cessar e sem desanimar”.
O Papa conclui seu discurso aos capitulares Mercedários, com a exortação:
“Abramos nossos corações para acolher a surpresa que Jesus nos traz… Escutemos Maria e não nos deixemos surpreender pela voz que nos chama a encher as jarras, a entregar-nos ao serviço concreto e simples, essenciais para reconhecer uma obra, que não é nossa, mas de Deus. Em tudo, devemos “ser” como Ela, ao lado de Cristo aos pés da Cruz, no corpo sofredor dos pobres”
Sábado, 7 de maio, os Padres Mercedários reunidos em Roma em seu 17º Capítulo Geral foram recebidos em audiência pelo Papa Francisco, no Vaticano: um encontro particularmente importante para a Família Mercedária. Entrevistados pela Rádio Vaticano – Vatican News, os padres frei Reginaldo Roberto Luiz e frei John Londerry – respectivamente, conselheiro geral e provincial dos Padres Mercedários no Brasil – nos falam sobre este encontro com o Santo Padre, momento particularmente marcante do Capítulo
A Ordem da Bem-Aventurada Virgem Maria das Mercês, mais conhecida no Brasil como Ordem dos Padres Mercedários, está realizando seu 17º Capítulo Geral. Iniciado no dia 30 abril, o Capítulo prosseguirá até este sábado, 14 de maio.
Sábado passado, dia 7, os padres capitulares – um grupo de trinta mercedários – foram recebidos em audiência pelo Santo Padre, no Vaticano. Um encontro particularmente importante no âmbito do Capítulo Geral da Ordem que em 2018 celebrou seu Ano jubilar pelos 800 anos dos Padres Mercedários.
Padre Frei Reginaldo Roberto Luiz
Entre os capitulares encontrava-se o padre frei Reginaldo Roberto Luiz, que é um dos conselheiros gerais da Ordem. Entrevistado pela Rádio Vaticano – Vatican News, ele nos diz, entre outras coisas, que “este encontro com o Papa Francisco foi para a Ordem Mercedária um momento de renovação”.
Padre Frei John Londerry
Outro capitular presente no encontro com o Papa foi o provincial dos Padres Mercedários no Brasil, padre frei John Londerry. Falando-nos sobre a mensagem que Francisco trouxe à família mercedária, destaca-nos, “entre muitas coisas preciosas – ressalta ele -, o fato de a gente diante das dificuldades não deixar-nos abater, mas olhar as dificuldades e a realidade com esperança, e recomeçar todos os dias”.
O provincial dos Padres Mercedários no Brasil, padre frei John Londerry, em entrevista concedida à Rádio Vaticano – Vatican News fala-nos sobre a celebração deste centenário da Família Mercedária em nosso país, a atualização do carisma da Ordem, os desafios pastorais e a realidade das vocações no Brasil. Destaca-nos, também, o grande trabalho de evangelização feito pelas irmãs mercedárias.
Ouça a entrevista ao provincial dos Mercedários no Brasil
Fundada em 1218 por São Pedro Nolasco, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, mais conhecida no Brasil como Ordem dos Padres Mercedários, está vivendo este 2022 um ano muito especial em nosso país, porque está celebrando 100 anos de presença no Brasil.
Recentemente, a Ordem Mercedária celebrou em Roma seu 17º Capítulo Geral, realizado de 30 de abril a 14 de maio, durante o qual foi recebida pelo Papa Francisco. A assembleia capitular, em plena sintonia com a origem mariana da família mercedária, teve como tema “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Um dos frades capitulares desta assembleia foi o provincial dos Padres Mercedários no Brasil, padre frei John Londerry. Entrevistado pela Rádio Vaticano – Vatican News, ele falou-nos, entre outros, sobre a celebração deste centenário, a atualização do carisma da Ordem, os desafios pastorais e a realidade das vocações no Brasil.
Ao apresentar-nos a Província dos Padres Mercedários no Brasil, padre frei John Londerry começa por destacar estes 100 anos de presença da Ordem Mercedária em terras brasileiras (ouça na íntegra clicando acima).
A história da Ordem dos Mercedários na Igreja começa com uma atitude de renúncia de um jovem que recebeu uma valorosa herança, cujo dinheiro usou unicamente em benefício do próximo.
Estamos falando de São Pedro Nolasco. Vamos conhecer sua história e a fundação da Ordem dos Mercedário na Igreja, cujos membros são conhecidos como freis ou frades mercedários.
Uma história de guerra e escravidão
Para compreendermos melhor como foi que tudo começou, precisamos voltar no tempo e olharmos para a realidade vivida por São Pedro Nolasco.
O jovem Pedro viveu em um tempo em que a Europa medieval vivia em guerras constantes, devido à expansão da cultura muçulmana que pretendia dominar o mundo.
Os cristãos precisavam lutar para defender sua fé, já que os árabes haviam tomado o Norte da África, grande parte da Espanha, o sul da França e a Sicília – região da Itália.
Além disso, os árabes sarracenos roubavam dos cristãos os alimentos, os animais, os metais preciosos e o dinheiro. E o mais absurdo: capturavam e prendiam mulheres, crianças e homens. Estes eram vendidos como escravos por um bom preço ou então eram usados como moeda de troca em transações comerciais.
Ao longo de mais de 600 anos, conflitos armados fizeram numerosos prisioneiros cristãos.
Ao mesmo tempo, nestes tempos, surgiram muitos hospitais fundados por Ordens Monásticas, além de centenas de instituições de caridade, que foram estabelecidas por confrarias da Igreja ou por fiéis leigos. O objetivo era sempre ajudar os cristãos cativos a se libertarem dos mulçumanos.
Um desses leigos que fez a diferença nesta dura e infeliz realidade foi o jovem São Pedro Nolasco.
Desde pequeno, São Pedro Nolasco foi caridoso
São Pedro Nolasco nasceu entre 1180 e 1882, em uma família de posses da França. Foi uma criança feliz, mas que amava o silêncio, o recolhimento e a oração.
Outra característica marcante que surgiu na sua infância, e que o acompanhou por toda a vida, foi a prática constante da caridade.
Dessa maneira, o pequeno Pedro Nolasco costumava ajudar com um prato de comida a todos que batiam à porta do castelo onde morava. E não foram poucas as vezes em que tirou o casaco do próprio corpo para entregar a uma criança que sofria com o frio por estar mal agasalhada, nas ruas.
Antes de tudo, para ele, o mais importante era socorrer o próximo, sem se importar consigo mesmo. E quando ele não tinha com o que ajudar, chorava de tristeza.
Na juventude, São Pedro Nolasco mudou-se com a família para a Espanha. Logo começou a acompanhar o pai na tarefa de vender mercadorias pelas cidades litorâneas. Foi então que ele se deparou com uma triste realidade que não apenas causou-lhe espanto, mas que mudou para sempre a sua vida.
Inúmeras vezes ele pôde testemunhar os maus tratos dos cristãos cativos que eram escravizados, negociados como mercadoria, ou mantidos como reféns dos muçulmanos. Pedro Nolasco desejou ardentemente poder ajudar esses irmãos na fé.
Uma herança de redenção
Porém, logo o jovem Nolasco perdeu seus pais e recebeu uma rica herança. Apesar da prática da caridade ser constante em sua vida, ele estava acostumado ao conforto do lar e a ter tudo o que sempre precisou.
Mas isso não o impediu de tomar uma atitude radical. Aqueles que o conheciam, certamente não se surpreenderam, porém para o mundo o que ele fez facilmente pode ser considerado como loucura.
Afinal, qual foi a atitude desse jovem? Pedro Nolasco, em 1203, com apenas 20 anos, começou a usar o dinheiro da sua herança para a redenção dos cativos. E para isso usou até as suas últimas moedas para comprar a libertação dos cristãos. Ele cuidava também para que esses cristãos não perdessem a fé.
Por meio da caridade que realizou, Pedro Nolasco queria configurar-se ao próprio Cristo. Visitou os cativos como Jesus visita, quis libertá-los como Jesus liberta.
Contudo, mesmo depois de 15 anos se dedicando a esse trabalho, Nolasco notou que o número de cristãos que eram feitos escravos só aumentava, dia após dia.
Mas, talvez o que ele não soubesse, é que foram esses 15 anos que permitiram a São Pedro Nolasco ser preparado por Deus para algo grandioso: fundar e cuidar de uma frondosa obra na Igreja, a Ordem dos Mercedários.
Ordem dos Mercedários na Igreja: o chamado
A história relata que na noite do dia primeiro de agosto de 1218, São Pedro Nolasco estava muito inquieto em seu coração. Angustiado com a situação dos cristãos cativos, ele sabia que deveria fazer algo a mais, por isso clamava por uma inspiração divina.
Foi então que Nolasco foi consolado pela Virgem Maria, que naquele momento foi também para ele portadora de um convite do próprio Deus. “É vontade do meu Filho e minha que fundes uma família religiosa para a redenção dos cativos cristãos”.
Assim, o Senhor desejava que São Pedro Nolasco continuasse o seu trabalho em favor da libertação dos cristãos cativos, porém, agora, a partir de uma Ordem Religiosa que ele deveria fundar.
Estamos falando da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, também chamada de Ordem da Redenção dos Cativos ou ainda da Ordem dos Mercedários.
Para esta nova Ordem, São Pedro Nolasco teve o apoio do Rei Jaime de Aragão e do Bispo de Barcelona, Dom Berenguer Palau. Contudo, conta-se que também o Rei Jaime havia tido uma visão de Nossa Senhora na qual Ela lhe pedia a fundação de uma Ordem para cuidar dos cristãos detidos pelos muçulmanos.
Além disso, São Raimundo de Penaforte, o confessor de Pedro Nolasco, também o encorajou e o ajudou nesse processo.
O próprio São Pedro Nolasco foi o primeiro a ser investido com o escapulário mercedário da Ordem, branco, em homenagem à pureza da Virgem Maria. Também Dom Berenguer presenteou a nova Ordem dos Mercedários com a cruz da catedral de Barcelona. Já o Rei Jaime deu a Nolasco o brasão de armas da Coroa de Aragão.
Foi então a partir desses dois presentes que o fundador desenvolveu o escudo mercedário.
Confirmação Pontifícia da Ordem
A Ordem dos Mercedários surgiu na Igreja em 10 de agosto de 1218. Ela é fruto do amor heroico que o jovem Nolasco tinha pelos cristãos cativos que sofriam porque escolhiam não renunciar à própria fé.
Neste primeiro momento, a Ordem era uma comunidade restrita à Igreja de Barcelona, e ficava aos cuidados do bispo de Barcelona.
Contudo, em 1235, deu um grande passo recebendo a Confirmação Pontifícia da Igreja, o que a tornou unida diretamente com o bispo de Roma, ou seja, com o Papa na época Gregório IX.
Por meio da Confirmação Pontifícia, o Sumo Pontífice confirma aquilo que já existe na vida da Igreja.
Neste tempo, a Ordem dos Mercedários já havia crescido, possuindo 4 conventos e o Mestre Geral era o seu fundador, Pedro Nolasco.
O Carisma da Ordem dos Mercedários
O carisma é a identidade de uma Ordem religiosa e deve ser vivido por todos os seus membros.
As constituições da Ordem dos Mercedário determinam: “trabalhem – os frades – de bom coração e de boa vontade em visitar e libertar os cristãos que estão em cativeiro, e em poder dos sarracenos ou de outros inimigos de nossa fé”. Ou seja, este é o carisma dos Mercedários.
Portanto, ao fundar a nova Ordem dos Mercedários na Igreja, São Pedro Nolasco determinou que seus membros devem professar 4 votos. Porém, três deles são os mesmos professados por todas as instituições religiosas: o voto da pobreza, da castidade e da obediência. Já o voto professado exclusivamente pelos que escolhem a Ordem dos Mercedários para viver sua vocação na igreja é este:
“Todos os irmãos da Ordem devem sempre de bom grado estarem dispostos a abrir mão de suas vidas, se necessário for, como Jesus Cristo deu a sua por nós…”
Assim, deste quarto voto, a Ordem dos Mercedários conta, atualmente, com mais de 200 mártires reconhecidos pela Igreja.
800 anos da Ordem dos Mercedários na Igreja
Em 2018, a Ordem dos Mercedários completou 800 anos de existência. São 800 anos de uma linda história de redenção dos cativos cristãos.
Na ocasião do Ano Jubilar desse importante marco, a família mercedária foi recebida pelo Papa Francisco no Vaticano. Cerca de 125 religiosos e religiosas da Ordem, de mais de 30 países, tiveram a alegria de ouvir palavras de incentivo do Sumo Pontífice e receber a sua bênção.
Além do encontrou, o Santo Padre enviou uma carta para os Mercedários, com uma mensagem para este momento memorável, dirigida ao Mestre-Geral da Ordem. Nela, o Papa Francisco expressou:
“No rico patrimônio da família mercedária, iniciado com os fundadores e enriquecido pelos membros da comunidade que se sucederam com o decorrer dos séculos, convergem todas as graças espirituais e materiais que recebestes. Este depósito faz-se expressão de uma história de amor que se enraíza no passado, mas sobretudo se encarna no presente e se abre ao futuro, nos dons que o Espírito continua a derramar hoje sobre cada um de vós”.
O frei Reginaldo Roberto Luiz ressaltou que o encontro com o Papa foi uma ocasião de encorajamento aos Mercedários a continuarem seu trabalho apostólico de fronteira das periferias.
A Obra Redentora dos Mercedários
Ao longo desses 800 anos, o carisma redentor de Nolasco se espalhou pelo mundo. Assim, expandiu-se como a Igreja que sai para as periferias onde a liberdade continua a ser ameaçada, encarnando-se nestas tristes realidades, para promover caminhos de libertação.
Isso é fruto do Espírito Santo que, por meio dos Mercedários, se dispõe ao serviço das vítimas das mais diversas formas de escravidão. Os religiosos Mercedários levam a esses a salvação redentora de Deus Trino, que liberta e salva a todos de qualquer cativeiro e daqueles que desejam os obrigar a negar a fé cristã.
Contudo, a Ordem dos Mercedários realiza concretamente na Igreja, em todo o mundo, trabalhos em 7 classes pastorais. São elas: nas Paróquias, por meio da Pastoral Penitenciária, nos abrigos, nas escolas e projetos sociais, na Pastoral dos Migrantes e Refugiados e em Casas de Espiritualidade.
A Ordem dos Mercedários em terras brasileiras
Os primeiros religiosos Mercedários chegaram ao Brasil em 1639, em Belém do Pará e na Arquidiocese de São Paulo.
Desde então, os religiosos realizam um papel extremamente importante na evangelização.
O trabalho pastoral dos Mercedários é realizado em projetos educacionais e sociais com crianças e jovens em situação de exclusão social e vítimas do tráfico de drogas.
Igualmente são feitos atendimento a idosos e famílias carentes, além dos trabalhos com a Pastoral da Criança e da Sobriedade.
Nos dias atuais, os Mercedários estão presentes no Distrito Federal, em Belém do Pará, em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Bahia, no Piauí e em Minas Gerais.
Dos Mercedários, o título de Nossa Senhora das Mercês
Foi da Ordem das Mercês, ou seja, dos Mercedários, que surgiu a invocação e o título “Virgem Maria das Mercês”. A palavra “mercê”, no século 13, era sinônimo de obra de misericórdia.
Tendo a Virgem Maria uma especial participação na fundação da Ordem, desde quando a solicitou a São Pedro Nolasco, é natural que os Mercedários dedicassem à Ela uma festividade própria.
Por isso, em 1600 os Mercedários receberam a permissão da Igreja para celebrar a festa da Natividade de Maria sob o título de Nossa Senhora das Mercês.
Anos depois, em 1616, concedeu-se à Ordem a celebração litúrgica da festa de Nossa Senhora das Mercês com textos próprios. E em 1696, seu culto estendeu-se para toda a Igreja graças ao Papa Inocêncio XII.
Por isso, o dia de Nossa Senhora das Mercês é 24 de setembro. Para os Mercedário, trata-se de uma importante solenidade precedida de vigílias, oitava privilegiada e ofício próprio.
Nossa Senhora das Mercês é a principal padroeira de Barcelona, cidade onde São Pedro Nolasco fundou a Ordem dos Mercedários.
A história é uma sucessão de fatos que explica acontecimentos importantes para a humanidade. E a Ordem Mercedária merece destaque na história da Igreja a partir do século XIII. Mas quais os relatos da Ordem Mercedária no Brasil?
Primeiramente vamos lembrar quem foi o jovem fundador dos Mercedários. Ele se chamava Pedro Nolasco, era filho de comerciantes e sua família possuía muitos bens. Na sua época, os cristãos católicos eram feitos escravos pelos mulçumanos para trabalhos forçados.
Ora, Nolasco começou a comprar esses cristãos com seus próprios recursos até que, por inspiração divina, fundou uma Ordem religiosa, em honra a Nossa Senhora das Mercês, em benefício dessas pessoas.
Dessa forma, nasce a Ordem Mercedária cujo carisma é a redenção dos cativos, hoje materializada de diversas formas, não apenas fisicamente, mas psicológica e espiritualmente.
Hoje essa Ordem Religiosa é dotada de muitos santos, entre eles o fundador, beatos e mártires, como também tem uma grande contribuição na história da Igreja e da humanidade. Vamos detalhar neste post a história deles no Brasil.
Capitania do Grão-Pará – entrada da Ordem Mercedária no Brasil
A entrada dos Mercedários no Brasil se deu em 1639, em Belém do Pará, através do convite do Capitão Pedro Teixeira, quando ele esteve em Quito – Equador, em busca de sacerdotes para dar assistência ao povo português que morava na região brasileira.
Ora, o capitão admirou-se com a devoção do povo aos Mercedários em Quito e então pediu ao Bispo local, Fr. Pedro de Oviedo, e ao Pe. Provincial dos Mercedários, Frei Francisco Muñoz Baena, se dignasse fundar um Convento em Belém do Grão Pará.
Dessa forma, em 12 de dezembro de 1639, chegaram a Belém quatro religiosos: sendo dois irmãos leigos e dois sacerdotes: o Pe. Alonso de Armijo e o Pe. Pedro de la Rúa Cirne. E ainda outros dois padres mercedários se juntaram a eles na missão.
Piauí – segunda entrada da Ordem Mercedária no Brasil
A Ordem Mercedária sempre esteve bem atenta à vida missionária e por causa disso aceitou um pedido do Papa Bento XV para assumir a prelazia de Bom Jesus do Gurgueia – Piauí que foi negada por duas Ordens religiosas na época.
Portanto, em 28 de junho de 1922, chegaram os primeiros Mercedários em terras piauienses após uma longa e desafiante viagem até São Raimundo Nonato. Notáveis missionários Mercedários passaram pela missão do Piauí, inclusive D. Fr. Inocêncio López Santamaria que passou 26 anos como bispo na missão.
Assim, primeiro no Pará e depois no Piauí, a Ordem Mercedária no Brasil semeou o evangelho de Jesus Cristo e testemunhou o carisma mercedário, estendendo a obra para muitos outros estados brasileiros.
Contribuição dos Mercedários no Brasil
Como toda vida religiosa, a Ordem Mercedária deixou grande contribuição na construção do Brasil do século XVI. Conforme historiadores e fontes documentais, a Ordem dedicou-se especialmente ao ensino religioso e à alfabetização das pessoas, dos filhos dos colonos e entre elas, os índios.
Portanto, grande foi a influência deles desde o início. Relatos documentais dizem que o convento de Belém era um importante centro de ensino, com uma grande biblioteca, formada por diversos campos do conhecimento: História, Geografia, Ciências Naturais, Filosofia, Teologia, Direito Canônico, a literatura francesa, latina e lusitana.
Além do canto que encantava os colonos e indígenas, eram usados instrumentos como o órgão e o cravo. Assim eles serviam como meio para aproximação entre os nativos e contribuía para a evangelização de todos.
No entanto, nas terras piauienses não foi diferente. A presença de Dom Inocêncio Santamaria – Bispo Mercedário – trouxe grandes melhorias para a diocese de São Raimundo Nonato, local totalmente carente e desprovido de ajuda pública.
Por isso, são atribuídas a ele a construção de mais de 28 escolas, somente na zona rural de São Raimundo; 700 km de estradas, poços, açudes e capelas; a fundação da Congregação das Irmãs Mercedárias Missionárias do Brasil e a formação de um clero natural da região.
Uma obra que comemorou 800 anos
“Missionários da primeira hora em vários países da América Latina assim como os franciscanos, dominicanos e jesuítas”, essas foram as palavras dirigidas à Ordem Mercedária pelo jornal do Vaticano, em virtude da comemoração dos seus 800 anos de fundação em 2019.
E qual a Obra mais importante da Ordem? É exatamente a vivência do carisma que permanece fiel aos ensinamentos de São Pedro Nolasco: a redenção dos cativos; hoje é um socorro para a vida humana que sofre diversas espécies de escravidão.
“No mundo e no Brasil, há um comércio de pessoas acontecendo. São pessoas exploradas sexualmente, para o trabalho, para o uso de órgãos. Existem muitas realidades de trabalho que colocam as pessoas em situação de escravidão e exploração. Temos que trabalhar para que todos possam viver com dignidade. A dignidade humana não tem preço. Isso continua sendo tarefa permanente nossa”
Portanto, a ação missionária dos Mercedários é muito atual e relevante para a sociedade globalizada e carente de verdadeiras testemunhas do Cristo Vivo.
E o Papa Francisco atualizou bem a presença mercedária no mundo quando disse:
“No rico patrimônio da família mercedária, iniciado com os fundadores e enriquecido pelos membros da comunidade que se seguiram ao longo dos séculos, reúnem-se todas as graças espirituais e materiais que vocês têm recebido. Este depósito torna-se a expressão de uma história de amor que está enraizada no passado, mas que, acima de tudo, está encarnada no presente e aberta para o futuro, nos dons que o Espírito continua a derramar hoje em cada um de vocês”
Presença Mercedária no Brasil hoje
Mais de três séculos de história no Brasil! Não é um trabalho que os mercedários prestam ao povo de Deus, mas a entrega das vidas na pessoa de cada missionário que já pisou nestas terras.
Hoje a presença da Ordem Mercedária no Brasil ocupa espaços significativos principalmente entre os mais marginalizados da sociedade brasileira.
O Recanto Mercê, por exemplo, acolhe dependentes químicos que livremente desejam ser libertos de drogas, álcool e tantos outros tipos de vícios, com uma casa de recuperação em Anápolis-GO.
Há, ainda, as paróquias em Brasília, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Piauí. Como também as escolas, creches e a participação nas pastorais, e uma delas bem expressiva que é pastoral carcerária com ativa presença dos Mercedários.
Portanto, a história da Ordem Mercedária no Brasil se confunde com a própria história do povo brasileiro! Demos graças a Deus por este carisma e suas vocações.
A Igreja começou há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus. Esse acontecimento dividiu a história em antes e depois de Cristo. Mas muitas pessoas participaram dessa história. Entre elas, os membros das Ordens religiosas e de tantas congregações e institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica.
Segundo o IPHAN (instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional):
“dentre as dezenas de bens relacionados ao catolicismo reconhecidos como patrimônio cultural em nível federal no Brasil, por meio de tombamentos, é notório o destaque dado a algumas ordens religiosas”.
Portanto, a Ordem religiosa faz parte da história de fé no mundo e também contribuiu com o patrimônio arquitetônico e cultural da humanidade.
Maso que a história fala sobre Ordem religiosa? Quais são os Institutos que permanecem como Ordem religiosa até hoje? Para explicar, preparamos este post.
Ordem religiosa na história de Igreja
Desde o início do cristianismo, homens e mulheres se encantaram pela proposta de Jesus, deixaram tudo e partiram para viver os valores do Evangelho; em lugares escondidos, a fim de fugir da perseguição aos cristãos.
Assim, recordemos o que a tradição da Igreja fala sobre a vida de Santa Maria Madalena que, após a ascensão de Jesus, partiu para evangelizar na França e viveu em uma caverna por 30 anos.
Da mesma forma, nasceram muitas expressões de vida evangélicas, a partir do desejo de encontrar a paz interior e viver o mais próximo possível do Mestre.
Logo, essas formas de vida se organizaram em mosteiros, em torno de um superior, e abraçaram os conselhos evangélicos de pobreza, obediência e castidade através da profissão solene dos votos.
Portanto, a Ordem religiosa é uma das formas de vida consagrada mais antiga na Igreja. Os primeiros mosteiros são do século III, dC. Nessa época, os monges viviam sozinhos ou em pequenas comunidades até a fundação de grandes mosteiros.
No entanto, com o passar do tempo e o grande crescimento da vida consagrada, a Igreja distinguiu a Ordem religiosa de Congregação Religiosa, uma vez que os votos solenes professados pela Ordem eram indissolúveis e nas Congregações, não.
Assim, aquelas que já existiam, à época da mudança, continuaram com o título de Ordem Religiosa e as demais denominadas de Congregação Religiosa.
Entre elas se destacam os Beneditinos, os Carmelitas, os Franciscanos, Dominicanos, os Mercedários, os Agostinianos, os Jesuítas, entre outras.
Ordem religiosa – Beleza e missão
Com certeza, você já se admirou com uma Igreja antiga, cheia de detalhes, com imagens rústicas, pinturas com cenas do Evangelho e até peças banhadas a ouro. Tudo isso corresponde à força da religiosidade da época e aos investimentos que se faziam nas Igreja
Pois é, as belas igrejas e as constantes missões são um grande contributo das Ordens Religiosas no Brasil e no mundo.
No início da colonização da América, a Ordem Religiosa esteve entre as expedições e trouxe a Palavra de Deus e a educação para estas terras.
Porém, não foi apenas o ensino religioso e a educação que as Ordens trouxeram para o Brasil.
Na organização das Províncias, elas também executavam atividades administrativas, como: o registro de nascimentos, mortes e casamentos. Sem contar com assistência aos hospitais e aos mais necessitados.
Ordem dos Mercedários
O ano é 1203 e o jovem se chama Pedro Nolasco. Aos 20 anos, juntamente com outros companheiros, Pedro Nolasco libertou cativos cristãos com recursos financeiros próprios, herdados de seus pais. Esses cristão eram capturados pelos mulçumanos e vendidos como escravos.
No entanto, os esforços de São Pedro Nolasco não foram suficientes, por falta de dinheiro e de ajuda.
Mas Deus já suscitava em seu coração uma obra muito maior. E foi através de uma grande inspiração mariana que tudo se esclareceu para ele.
Assim, a Santa Mãe de Deus sugeriu que ele criasse uma Ordem Religiosa para cuidar daquela situação. E foi assim que nasceu a Ordem de Nossa Senhora das Mercês e Redenção dos Cativos, cujos religiosos são os padres Mercedários.
Desde então, os Mercedários estão significativamente presentes na vida da Igreja. Neste sentido, trabalham, sobretudo, onde é necessário levar a libertação e a redenção do Evangelho, onde o homem, explorado e oprimido, tem a sua fé e dignidade postas em perigo.
Portanto, a Ordem Religiosa dos Mercedários é uma das expressões de amor a Deus e um socorro para seu povo até hoje. São mais de oito séculos levando o Evangelho aos quatro cantos do mundo.
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No dia 31 de agosto de 2020 às 19h, no canal da Ordem Mercedária, o ex-pároco da Catedral de Nossa Senhora das Mercês e da Paróquia Bom Jesus da Boa Sentença – Frei da Ordem Mercedária – Padre Fernando Cáscón, lançou de mais um livro histórico da atuação eclesiástica no Piauí.
Conheça a trajetória de Pe. Fernando Cáscon
Pe. Fernando Cáscon Raposo nasceu na pequena cidade de Arzúa, província de La Corunha , na verde Galícia, ao lado da cidade histórica de Santiago de Compostela, Nordeste da Espanha, no dia 29 de outubro de 1934. Pertence à ordem de Nossa Senhora das Mercês, onde fez os estudos acadêmicos.
Ordenou-se sacerdote em Santiago de Compostela em 22 de março de 1958. Reside no Brasil desde 13 de maio de 1960. Foi professor de Ciências, Desenho e Espanhol, no Colégio Dom Inocêncio, em São Raimundo Nonato (1961 a 1965).
Dirigiu o Colégio São José, em Corrente (1966-1970). Foi Vigário de Paquetá (1970 a 1973) e professor do Colégio Pio XII de Guadalupe, Rio de Janeiro (1974 a 1980). Trabalhou em São Paulo (1980 a 1988) e Brasília (1988 a 1989).
Foi Reitor do Seminário Menor da Diocese de Bom Jesus, Instituto Pe. Zummel na cidade de Bom Jesus –PI, onde tomou posse no dia 12/02/1998 da Paróquia de Bom Jesus da Boa Sentença e Catedral de Bom Jesus-PI, permanecendo como vigário até janeiro de 2009. Depois permaneceu alguns anos em Bom Jesus e logo decidiu transferir para casa de repouso dos mercedários em Brasília – DF.
Bibliografia de Pe. Fernando Cascón
– CANTOS SACROS
– NOVENA DE N. Sra. Das MERCÊS
– HISTÓRIA ECLESIÁSTICA DA DIOCESE DE BOM JESUS DO GURGUÉIA-PIAUÍ – BRASIL em 1997
– HISTÓRIA DA PARÓQUIA DE BOM JESUS DA BOA SENTENÇA, onde resgata toda a história do município em 2004;
– SEMENTES DE MISSÃO – PIAUÍ, lançado em 2016;
– DOM INOCÊNCIO LÓPEZ SANTAMARIA – Um santo Bispo, em 25 de janeiro de 2017.