8 frases do Papa Francisco na JMJ Lisboa

A JMJ Lisboa aconteceu! Estima-se que mais de 1 milhão e meio de pessoas circularam durante os eventos promovidos pela XXXVII Jornada Mundial da Juventude, isso faz dela a quinta maior Jornada juntamente com Madrid e Polônia (1991).

Na quarta-feira, dia 10 de agosto, em audiência geral, no Vaticano, o Papa Francisco disse que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 mostrou que é possível um mundo livre de guerra e que o encontro foi “um presente de Deus”.

Apesar dos conflitos e guerras que o mundo vive, “é possível um mundo de irmãos e irmãs, onde as bandeiras de todos os povos voam juntas, lado a lado, sem ódio, sem medo, sem fechamentos, sem armas”, disse o Pontífice.

Realmente, a fé move montanhas, e esse evento não só moveu obstáculos como promoveu pontes que ligarão aqueles que não estiveram pessoalmente na Jornada.

E para que você contemple este presente de Deus, preparamos 8 frases do Papa em momentos distintos.

A JMJ abraçou a todos!


A Jornada Mundial em Lisboa aconteceu de 1 a 6 de agosto em Portugal. Mas, uma semana antes, houve missões pelas paróquias de algumas dioceses de Portugal. De fato, o encontro mundial da juventude é um evento enorme que mobiliza o mundo inteiro.

Além de todos os encontros com o Papa, há toda uma infraestrutura que faz o evento acontecer. E entre as novidades deste ano, esteve a comunicação como forma de inclusão para deficientes visuais e auditivos.

A audiodescrição foi algo inédito na edição realizada em Portugal: “Foi uma grande conquista”, afirmou Filipa Oliveira, Coordenadora da Equipe das Traduções, que engloba a Língua Gestual e a relação com os voluntários que tornaram a Jornada percetível à comunidade surda.

Além da audiodescrição, os Eventos Centrais contaram com intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP) e de Gesto Internacional, cujas interpretações eram transmitidas nos ecrãs espalhados pelos recintos. Isso colocou em prática o que o Papa falou sobre todos serem bem-vindos à Igreja!

8 frases do Papa na JMJ Lisboa!
Agora, nada como as palavras do Papa Francisco para nos motivar a caminhar juntos rumo à próxima JMJ que acontecerá em Seul, Coreia do Sul, em 2027. Confira:

1 “Somos todos chamados a cultivar o sentido da comunidade, começando por ir ter com quem vive ao nosso lado.”

Na quarta-feira, dia 02 de agosto, o Papa chegou a Lisboa. Essa frase ele dirigiu às autoridades, à sociedade civil e ao corpo diplomático quando chegou ao Centro Cultural de Belém.

2 “Não estamos doentes, estamos vivos!”

O Papa falou aos universitários no dia 03 de agosto! Citando uma frase de Fernando Pessoa quando este diz que ser descontente é ser homem, Francisco estimulou os universitários a não terem medo de se sentirem inquietos.

3 “Fomos chamados, porque somos amados. É belo! Aos olhos de Deus somos filhos preciosos.”

Palavras do Papa na primeira Missa com os Jovens da JMJ Lisboa em 03 de agosto. A partir das leituras propostas, o santo Padre falou sobre o amor de Deus por cada pessoa, amor que é pessoal e original, que nos chama pelo nome e dá sentido à nossa vida.

4 “Real é o amor concreto, aquele em que se sujam as mãos.”

Encontro com os representantes de alguns centros de assistência e de caridade, dia 04 de agosto na JMJ Lisboa.

Neste dia, o Papa não pôde ler o discurso porque não enxergava bem as letras, mas entregou o texto para ser publicado e dirigiu espontaneamente algumas palavras aos que estavam presentes. Na verdade, inspirado por Deus, ele falou sobre o amor ao próximo.

5 “Nossa Senhora solícita. Apressa-Se, para estar perto de nós, apressa-Se porque é Mãe.”

Oração do terço com os jovens enfermos no dia 05 de agosto. O tema da JMJ Lisboa foi Maria levantou-se e partiu apressadamente (Lc.1,39). Na inspiração do Espírito, o Papa introduziu um novo título para a Virgem Maria com essa passagem: Nossa Senhora Solícita.

6 “Renovar dia a dia o encontro pessoal com Jesus é o coração da vida cristã.”

Encontro com os voluntários da JMJ Lisboa – dia 06 de agosto. O Papa agradeceu a todos os voluntários por possibilitaram este encontro mundial através de pequenos gestos, como dar água a um desconhecido, isto cria amizade.

7 “O segredo do caminho está um pouco nisto: na constância em caminhar.”

Um dos grandes momentos com o Papa durante a JMJ Lisboa foi a vigília com os jovens, que começou ao entardecer do sábado e se encerrou com a Missa de envio no domingo. Houve inúmeras atrações, músicas, teatro, dança, adoração e a palavra do Pontífice.

8 “Que levamos conosco? Respondo com três palavras: resplandecer, ouvir e não temer.”

O último momento do Papa na JMJ Lisboa foi a Missa de envio na manhã do dia 06 de agosto. À luz da transfiguração do Senhor, o Papa despediu-se dos jovens animando-os a contemplar Cristo, ouvir sua voz e não ter medo.

3 características da paternidade divina

Paternidade é uma palavra que nos remete a muitas características, memórias, saudades, dores e até traumas. Mas é uma necessidade do ser humano. Todos temos um pai e precisamos de um pai; alguns são pais biológicos e outros vivem a paternidade do coração.

Agora, há um Pai de todos, com quem um dia nos encontraremos pessoalmente, mas que já foi revelado através de Seu Filho e nosso irmão Jesus. Seu amor é infinito e insubstituível, zeloso e cura todas as ausências paternas da vida humana.

Neste dia dos pais, em homenagem a cada homem que assumiu essa vocação divina, queremos honrar o Pai do céu, modelo de toda paternidade natural e espiritual. Afinal, Ele é consolo, proteção e providência para vida de cada pai da terra.

Significado de Paternidade

O dicionário explica a palavra paternidade como qualidade ou condição de pai; ou como um vínculo sanguíneo que une filho e pai! Realmente, são elementos que se encontram; são relações que nascem e se tornam dependentes; um só existe por causa do outro – o pai é por causa do filho e vice-versa.

Logo, paternidade é uma qualidade de quem se tornou pai e vive como tal. Não apenas gerou biologicamente, mas expressa amor, zelo, cuidado e responsabilidade. Não é um super-herói, porém é mais que isso: é alguém que assume a vida de outro até o fim.

E quando se trata de Deus Pai, todo seu empenho, através de Jesus, foi para que descobríssemos que somos seus filhos, não apenas criaturas, mas filhos amados. Essa é a grande novidade do Evangelho: Deus é Pai e fez de nós Seus filhos queridos!

Foi Jesus quem nos apresentou a paternidade de Deus. Ele o chamava de abá – pai em aramaico – e essa forma de falar não era apenas um símbolo para Jesus, mas como disse o Papa Francisco era todo o mundo de Jesus derramado em seu coração.

Ou seja, chamar Deus de abá demonstrava afeto, amor de criança, sem qualquer intenção, mas de modo completamente terno. O santo padre ainda diz que se experimentarmos esse amor que Jesus tinha pelo Pai, rezaremos o Pai-Nosso com um coração de criança.

Três qualidades da paternidade divina

É Jesus por excelência quem nos apresenta a paternidade de Deus, e o Evangelho de São João é o texto onde Ele mais fala do Pai, por isso é lá que encontramos características da paternidade divina que encantam os olhos e enchem o nosso coração de amor pelo Pai.

E quando um homem se torna pai, passa a entender os sentimentos do Coração de Deus mais do que o próprio Jesus deixou por escrito, porque corre em seu íntimo, em suas entranhas, o amor próprio de quem gera e participa da criação junto com o Criador!

E esse Deus que é Pai, entre tantas qualidades, se expressa assim: “… o Pai me ama…” (Jo 17,18).

Jesus pronunciou essas palavras com segurança, mesmo sendo julgado por elas, porque ninguém chamava a Deus de Pai naquela época. Isso tem muito sentido para nós até hoje. Amar é a maior qualidade paterna, isso implica em perdão e paciência.

É importante associarmos a paternidade de Deus em nossa vida como uma presença amorosa, compassiva e paciente; que cuida de nós e se preocupa com cada filho(a) sem preconceito ou julgamento. Então, seremos curados de qualquer ferida através do amor.

“…Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também…” (Jo 5,17)

Deus Pai é trabalhador e essa qualidade não é apenas física, mas emocional, mental e principalmente educacional. Parece estranho imaginar que Deus trabalhe, mas o trabalho divino é uma ação integral em benefício do ser humano e isso é trabalhoso.

Ele está o tempo inteiro preocupado conosco e não nos impede de fazer nada; coloca pessoas em nosso caminho quando precisamos; nos ajuda a resolver problemas; inspira ações e palavras sábias quando os pais precisam corrigir seus filhos etc.

“…Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30)

Deus Pai é uma companhia constante, mesmo no silêncio. Jesus, no extremo do Seu sofrimento na cruz, gritou pelo Pai. Ele não respondeu na hora, mas estava com Ele na dor profunda e o ressuscitou no momento certo, porque Ele e o Pai estavam juntos sempre.

A paternidade de Deus é uma companhia eterna! Pelo batismo, somos seus filhos para sempre, ainda que O esqueçamos, mas Ele não volta atrás. Há em Deus uma insistência em nos amar que nos constrange, como diz São Paulo (II Cor 5,14). 

Façamos a experiência do amor do Pai!

Não é possível descrever todas as qualidades da paternidade divina! Seria preciso toda a eternidade para isso, mas há uma oração que agrada o Coração de Deus e compensa todos os elogios – o louvor! É como dizer obrigado por tudo que Ele é e faz por nós.

Da mesma forma, no dia dos pais, o maior presente é o reconhecimento dessa vocação; é acolher o esforço, os erros, as lágrimas, as alegrias, as renúncias e tudo o que a paternidade pede de cada pai ao longo do seu caminho.Então, parabéns ao pais! Obrigado a cada pai e viva o Pai do Céu – modelo de amor e dedicação paterna.

5 ensinamentos do Papa Francisco para as famílias

“A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja”.

Essas são as palavras do Papa Francisco que abrem a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, publicada em 2016, que trata especificamente sobre o amor nas famílias.

O documento é resultado de 2 Sínodos dos Bispos sobre a Família, que aconteceram em 2014 e 2015. E o seu objetivo é colocar a família no centro da atenção pastoral da Igreja, como protagonistas, por isso propõe ações práticas para serem vividas dentro do lar.

O padre Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, afirma que a Amoris Laetitia é “uma carta de amor do Papa às famílias”.

Por isso, recolhemos 5 preciosos ensinamentos deste importante documento sobre as famílias para você ler, apreciar e meditar.

Afinal, o próprio Papa Francisco diz no documento: “não aconselho uma leitura geral apressada”, mas a “aprofundar pacientemente” cada palavra. Então, abra seu coração e não tenha pressa!

# 1º ensinamento às famílias: Amor é compaixão

“O amor possui sempre um sentido de profunda compaixão, que leva a aceitar o outro como parte deste mundo, mesmo quando age de modo diferente daquilo que eu desejaria” (AL, 92).

E neste sentido, o Santo Padre cita a paciência como a grande virtude para se conservar o amor nas famílias. E indica:

“Uma pessoa mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos interiores e evita agredir.” “Se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver, antissociais incapazes de dominar os impulsos, e a família tornar-se-á um campo de batalha” (AL, 91).

# 2º ensinamento às famílias: Amar é tornar-se amável

“Amar é também tornar-se amável”, o que significa que nas famílias “o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato”. Logo, “os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos, nem rígidos”.

Por isso, o Papa propõe às famílias cortesia, como uma “escola de sensibilidade e altruísmo”. E essa escola “exige que a pessoa cultive a sua mente e os seus sentidos, aprenda a ouvir, a falar e, em certos momentos, a calar”.

E o Papa ainda alerta:

“Ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor, por isso todo o ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam” (AL, 99).

# 3º ensinamento às famílias: Para amar é preciso desprendimento

É muito comum ouvirmos que “para amar os outros, é preciso primeiro amar-se a si mesmo”. Contudo, não é esse o ensinamento da Palavra de Deus, pelo contrário, São Paulo nos ensina que o amor “não procura o seu próprio interesse” (cf. 1 Coríntios 13,5).

Neste sentido, o Papa Francisco orienta as famílias:

“deve-se evitar de dar prioridade ao amor a si mesmo, como se fosse mais nobre do que o dom de si aos outros”.

E citou o exemplo das mães que “são as que mais amam, procuram mais amar do que ser amadas”. “Por isso, o amor pode superar a justiça e transbordar gratuitamente «sem nada esperar em troca» (Lc 6, 35), até chegar ao amor maior que é «dar a vida» pelos outros” (AL, 102).

# 4º ensinamento às famílias: É preciso perdoar-se para saber perdoar

“Para se poder perdoar, precisamos de passar pela experiência libertadora de nos compreendermos e perdoarmos a nós mesmos”.

O Papa nos ensina que os nossos erros ou o olhar crítico das pessoas que amamos nos fazem perder o amor a nós próprios. E isso nos faz viver de maneira a nos desviarmos do afeto e do carinho dos outros.

Por isso, ele nos diz:

“Faz falta rezar com a própria história, aceitar-se a si mesmo, saber conviver com as próprias limitações e inclusive perdoar-se, para poder ter esta mesma atitude com os outros” (AL, 107).

# 5º ensinamento às famílias: O amor conjugal é a amizade maior

Quantos casais já se separaram porque disseram descobrir estar vivendo uma amizade e não mais um amor, quando na verdade “o amor conjugal é a amizade maior”.

Sobre isso, o Papa Francisco que o matrimônio “é uma união que tem todas as características de uma boa amizade: busca do bem do outro, reciprocidade, intimidade, ternura, estabilidade e uma semelhança entre os amigos que se vai construindo com a vida partilhada”.

Logo a diferença de uma amizade comum para a amizade do matrimônio, é que ao matrimônio “acrescenta a tudo isso uma exclusividade indissolúvel, que se expressa no projeto estável de partilhar e construir juntos toda a existência”.

O Sumo Pontífice ainda recorda às famílias que “a união, que se cristaliza na promessa matrimonial para sempre, é mais do que uma formalidade social ou uma tradição, porque radica-se nas inclinações espontâneas da pessoa humana. E, para os crentes, é uma aliança diante de Deus, que exige fidelidade” (AL, 123).

Semana Nacional das Famílias no Mês das Vocações

O mês de agosto é especial dentro da Igreja porque é dedicado a todas as vocações. Desta forma, a cada domingo somos convidados a refletir sobre uma das vocações:

  • No 1º domingo, a vocação sacerdotal;
  • No 2º domingo, a vocação matrimonial;
  • No 3º domingo, a vida consagrada;
  • No 4º domingo, as vocações leigas;
  • E no 5º domingo, quanto há, celebra-se o dia do catequista.

Contudo, devido a grande importância das famílias para a sociedade e para a Igreja, a partir do 2º domingo até o sábado seguinte vivemos a Semana Nacional da Família.

O objetivo é recordar às famílias que elas são a extensão da Igreja em casa, ou seja, a família é a “igreja doméstica”, onde se ensinam os verdadeiros valores. 

Para isso são promovidas diversas atividades em todo o país, a partir da criatividade pastoral e da realidade de grupos, famílias, comunidades e dioceses.

Portanto, aproveitemos a Semana Nacional das Famílias para olhar para nosso proceder, a partir dos ensinamentos do Papa Francisco, a fim de repensar nossos conceitos e atitudes.

Como saber se tenho vocação para ser padre e religioso?

Você sabia que os termos padre e religioso são vocações diferentes? Já viu algum religioso que não é padre? Ou padre que não é religioso? Pois é! Às vezes confundimos essas expressões e achamos que todo religioso é um sacerdote, quando nem sempre é!

Aprofunde este assunto neste post e descubra outras respostas sobre a vocação sacerdotal e religiosa.

Padre e religioso significam a mesma coisa?

Padre vem de pater no latim e significa pai. A paternidade espiritual é uma das características da vocação sacerdotal. Todo padre ou sacerdote é chamado a pastorear o povo de Deus com um zelo paterno assim como o Pai do céu cuida de seus filhos.

Já o religioso, enquanto vida consagrada, é a forma como são identificados os membros de uma congregação ou ordem religiosa. Por exemplo, os franciscanos, os carmelitas, os mercedários são religiosos que pertencem a uma família consagrada na Igreja. Eles também exercem a paternidade espiritual e ajudam na formação dos filhos de Deus.

Então, o religioso necessariamente está ligado a uma congregação ou ordem religiosa, já o padre tem a opção de ser diocesano ou religioso. Porém, tanto um quanto o outro são vocações, dons do Espírito Santo, e passam por um caminho de descoberta, discernimento e preparação vocacional.

No caso do padre diocesano, ele está ligado a uma Igreja particular, pertence à diocese e obedece ao seu bispo. Ele não professa votos como os religiosos, mas vive o celibato, obedece ao bispo e se dedica ao povo de Deus com intensidade.

Agora, o religioso pode também ser padre, depende do discernimento ao longo do caminho. Logo, o sacerdócio e a vida religiosa se unem em um só pessoa. Da mesma forma, o religioso não é obrigado ao sacerdócio na congregação, mas pode viver como irmão de todos.

Padre e religioso, um chamado ao celibato!

A vocação específica é um chamado, uma eleição divina que nos une mais ao Filho de Deus. Quem chama é sempre Deus; Ele tem a iniciativa. Diz São João que Deus nos amou primeiro e isso acontece em um chamado, porque o amor de Deus se antecipa e nos escolhe.

E padre e religioso são vocações muito unidas a Cristo porque eles imitam a vida de Jesus – o consagrado por excelência – totalmente entregue à missão que o Pai lhe confiou. E para isso, o Senhor não se casou, mas inaugurou o celibato, ou seja, viveu como solteiro. 

Por isso, tanto o padre como o religioso abraçam o celibato. Essa condição acompanha a vocação sacerdotal e religiosa de forma íntima. Quem abraça o celibato na Igreja o faz de coração livre e declara para todos que pertence unicamente ao Senhor e ao povo de Deus.

Logo, viver o celibato é ter um coração indiviso, amar a Deus acima de tudo e de todos; estar em intimidade com o Senhor, assumir a missão de anunciar o Reino para todos, ter pais, mães, irmãos em abundância e coloca-se totalmente disponível para a missão.

Leia também: Chamado vocacional: existe um para mim?

Os sinais de um chamado para ser Padre e religioso

Toda vocação é um mistério, uma revelação divina. É Deus quem diz a modalidade com a qual iremos servi-Lo, logo não escolhemos, mas somos escolhidos, e o belo é que há comunhão de vontades nesse processo, não há imposição, mas proposta da parte de Deus.

Mas como identificar a vocação religiosa e sacerdotal ao mesmo tempo? É preciso estar atento aos sinais. Não existe uma única forma, nem modelo, muito menos uma cartilha para entender o chamado de Deus, mas setas que mostram um caminho. 

Veja algumas delas:

* Desejo de consagrar-se inteiramente a Deus

Assim como Jesus e estar totalmente disponível para o Reino de Deus.

* Ter zelo pela salvação das almas

Precisa gostar das pessoas, estar com elas, procurar soluções para que elas também façam o encontro pessoal com o Senhor que salva.

* Disposição para abraçar os conselhos evangélicos

Viver a pobreza, a obediência e a castidade é estar livre para responder às exigências da vida consagrada e missionária. Mas é também um caminho de aprendizado, e o primeiro passo é a disposição para aprender.

* Gosto pela vida missionária

Jesus foi o missionário do Pai. Ele percorreu povoados, foi à sinagoga, visitou a casa dos apóstolos, comeu com os pecadores, foi a casamentos e velórios, porque em cada um desses lugares acontecia a vida das pessoas. Isso é a missão. 

* Ter uma vida profunda de oração

Quem deseja ser padre e religioso precisa praticar a oração e não apenas admirar, uma vez que ela é o combustível que fortalece a alma, nos livra das tentações e nos ajuda a identificar a voz do Senhor em meio aos ruídos do dia a dia.

* Um coração de pastor

O padre e o religioso são semelhanças do Bom Pastor, então se você tem um coração de pastor é bem provável que haja uma vocação brotando dentro de você.

* Gostar de pastorais e evangelizações

Todo padre e religioso tem na Igreja e no mundo seu campo de missão, e há muitas pastorais, movimentos, ações evangelizadoras e sociais acontecendo, ou seja, não é possível ficar fora dessas realidades.

* Ser apaixonado pelo sagrado

A paixão aqui não é um sentimento momentâneo, mas uma sedução divina que nos leva à entrega total da vida apesar dos sacrifícios e renúncias. O padre e o religioso são homens seduzidos pelo sagrado, seja o altar ou os sacramentos.

* Ser uma pessoa feliz!

Não há vocação sem felicidade, que é diferente de euforia. Felicidade é um estado de realização e não sucesso profissional. O padre e o religioso não são pessoas bem-sucedidas, nem uma estrela midiática, mas alguém feliz por dentro com a opção feita.

Para ser padre ou religioso, antes precisa percorrer um caminho!

Identificou-se com pelo menos 50% desse texto? Isso é um bom sinal! Ou melhor, é hora de se decidir por um caminho vocacional. E o primeiro passo começa com um acompanhamento espiritual, alguém maduro na fé que escute e aconselhe segundo o coração de Deus. 

Leia também: Você sabe o que é uma Ordem religiosa?

Com o acompanhamento, dá-se início ao discernimento vocacional. No momento oportuno, acontece a primeira experiência na congregação e uma jornada cheia de oração, estudo, missão e vida comunitária.

A partir do momento em que o vocacionado reconhece que ali é o seu lugar, as demais etapas vão acontecendo naturalmente. Claro que com muita dedicação pessoal, apoio comum e, sobretudo, com a graça divina, a primeira interessada em nós.

E neste meio, não falta a presença materna da Virgem Maria – a Senhora das Mercês – mãe da Igreja e mestra da vida espiritual. Desde já, consagramos a ela todas as vidas que se sentem atraídas pelo jeito que Jesus amou a humanidade e se entregou por ela.

Que tal descobrir o chamado que o Senhor tem para a sua vida? Seja um vocacionado na Ordem Mercedária 

Vocação: você sabe qual a diferença entre padre e frei?

Você já se atrapalhou com esses dois termos: padre e frei? Geralmente, as pessoas se confundem quando perguntamos qual a diferença entre um e outro. Ou então pensam que são a mesma coisa! Pode até ser a mesma pessoa, mas têm significados diferentes!

Para tirar essas dúvidas, preparamos este post explicativo. Confira!

Padre e frei: vocações distintas?

Antes de qualquer explicação, você precisa ter em mente que ser padre e frei é uma vocação, um chamado divino. Desde a criação, Deus chama o ser humano. Primeiro chama à vida, depois à santidade, através do batismo, e logo depois – não há um momento exato – chama para uma vocação específica.

E essa forma específica de chamado pode ser para o matrimônio, a vida sacerdotal ou a consagração de vida em uma família religiosa. E todo chamado é abençoado por Deus, cada um tem características próprias e servem para a santificação da Igreja.

Imagine o que seria a Igreja sem os sacerdotes, os religiosos ou o matrimônio, que é um celeiro de vocações! Seria, no mínimo, muito sem graça, como um campo sem plantas, sem flores, sem beleza alguma, não haveria diversidade, seríamos todos iguais. Exatamente porque as vocações trazem encanto para a Igreja e completam a grande família que é povo de Deus.

Há diversas vocações, congregações, sacerdotes, famílias, e essa diversidade é como a beleza de um campo de flores onde cada um tem seu aroma, beleza e função próprias. 

Diferença entre padre e frei

Diante da diversidade das vocações, fica mais fácil entender a diferença entre o padre e frei. Os dois são títulos e também são vocações diferentes, mas ambos santificam a Igreja e servem ao povo de Deus. Veja o significado de cada termo: 

A palavra padre vem do latim pater e significa ‘pai’. Normalmente, é assim que chamamos os sacerdotes – homens que recebem o sacramento da ordem – porque eles exercem uma paternidade espiritual em uma comunidade ou paróquia. 

Já o nome frei vem de frater  que significa ‘irmão’, em latim. O frei é alguém que vive em uma Ordem Religiosa, abraça votos, vive em comunidade e escolhe por ser sacerdote ou não, de acordo com a descoberta que ele faz na família religiosa a qual ele pertence. Entre as Ordem mais conhecidas estão: Franciscanos, Dominicanos, Mercedários, Capuchinhos, entre outros.

Sendo assim, o padre é um sacerdote, e o frei é um irmão. Os dois termos são títulos que nomeiam funções e ajudam a diferenciar a vocação. Mas o padre pode ser também frei se ele pertencer a uma Ordem Religiosa.

O sacerdote é mais importante que um irmão religioso?

Alguém pode pensar que ser padre é mais importante do que ser frei, ou que o padre estuda mais que um religioso. Mas não é bem assim. Tanto o padre quanto o religioso são pessoas preparadas para viver sua vocação, e os estudos fazem parte da vida deles.

Por exemplo, o padre e o frei estudam filosofia e teologia; é possível fazer outra graduação, depende da escolha de cada um ou da necessidade pastoral. Por exemplo, eles podem cursar uma licenciatura, administração, marketing, direito, podem fazer pós-graduação etc.

Ou seja, tanto o padre quanto o frei são homens que se preparam vocacional e intelectualmente para responder ao chamado de Deus e servir à Igreja durante toda a vida. E os estudos duram pelo menos sete anos, fora outras atividades que eles experimentam.

Há também a realidade dos padres diocesanos. Esses estão ligados ao bispo diocesano, não moram em comunidade, nem proferem votos. Já o padre-frei: vive em comunidade, faz votos, estão ligados à Congregação e obedecem aos seus superiores.

Além disso, existem também os padres religiosos, que pertencem a uma Congregação Religiosa, como a Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição, os Padres Redentoristas, entre outros.

Um frei mercedário

Todo mercedário é frei, mas nem todo frei mercedário é padre. Entendeu? Isso porque os mercedários são religiosos da Ordem de Nossa Senhora das Mercês – uma família consagrada a Deus, fundada por São Pedro Nolasco em 1218, logo são freis.

No entanto, é possível viver o carisma mercedário como irmão, sem o sacramento da ordem. Os freis estudam, têm funções apostólicas, assumem grandes responsabilidades, orientam o povo de Deus e formam as lideranças.

Dessa forma, ele responde à vocação mercedária dentro de um carisma próprio que é ser irmão de todos. Mas aquele que assume o sacramento da ordem se torna um frei-padre, serve ao povo de Deus e desempenha as funções próprias do sacerdote.  

Todas essas possibilidades são dons de Deus para seus filhos e causa de alegria para a Igreja! Acreditamos que agora já ficou mais claro a diferença entre padre e frei. O mais importante é que cada um em sua vocação contribui com a salvação do povo de Deus.

E você já pensou em ser um Frei Mercedário? Se você tem dúvidas sobre a sua vocação, baixe agora o E-Book: Vocação: por que você precisa pensar sobre isso?

Contagem regressiva para JMJ Lisboa 2023

Imagine um evento que, em 30 de junho deste ano, já contava com 313 mil inscritos, 737 Bispos (dos quais 29 são Cardeais), também 2600 Padres, 22.282 voluntários provenientes de 143 países e 2069 profissionais de comunicação! Esta é a JMJ Lisboa, a caminho da sua abertura, dia 01 de agosto, em Lisboa-Portugal.

Não é para menos, uma vez que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é o maior evento católico a nível mundial, que reúne fé, arte, cultura, evangelização, juventude de todas as idades, em torno de Pedro. É um acontecimento único e celebrado a cada dois anos.

Você está por dentro? Quer saber como começou tudo isso? E ainda dá tempo de participar! Então, se atualize aqui neste post que preparamos com muito entusiasmo!

JMJ Lisboa – de onde veio essa inspiração?

A Jornada Mundial da Juventude aconteceu pela primeira vez no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. Através da inspiração do Papa João Paulo II, que tanto amou os jovens e idealizou esse encontro grandioso para dizer que a Igreja está com eles! 

Desde então, a cada dois anos, a Jornada é celebrada em um país diferente e consegue movimentar e renovar a fé de pessoas do mundo inteiro e de várias religiões. Em 1987 havia 1 milhão de participantes em Buenos Aires quando o Papa João Paulo II lhes disse: 

“Repito ante vós o que venho dizendo desde o primeiro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja.” 

Agora, a JMJ Lisboa será em Portugal, mas ela já percorreu muitos lugares e marcou a história de milhares de peregrinos. Veja onde a JMJ já aconteceu: 

  • Santiago de Compostela – Espanha;
  • Czestochowa – Polônia;
  • Denver – EUA;
  • Filipinas;
  • Paris;
  • No Jubileu do ano 2000, aconteceu em Roma;
  • Na cidade canadense de Toronto; 
  • Colônia – Alemanha, com a presença do Papa Bento XVI; 
  • Em Sydney – Austrália; 
  • Madri – Espanha;
  • Rio de Janeiro, com a presença do Papa Francisco; 
  • Em Cracóvia; 
  • Por fim, no Panamá.

Símbolos da JMJ Lisboa 

O Papa João Paulo II confiou aos jovens, no Domingo de Ramos de 1984, dois símbolos: a Cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, para que fossem levados por todo o mundo, a fim de evangelizar jovens e suas famílias. 

Assim, os símbolos já atravessaram os cinco continentes e mais de 90 países. Foram transportadas a pé, de barco, trenós, gruas ou tratores, em selva, igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais.

A Cruz possui 3,80 metros de altura, foi construída em madeira e traz uma placa de metal com a seguinte inscrição:

“Queridos jovens, no final do Ano Santo, confio-vos à natureza do Jubileu: a Cruz de Cristo. Levem-na para o mundo como um símbolo do amor de Cristo para com as pessoas e preguem a todos que só com a morte e ressurreição, há a salvação e a redenção de Cristo”.

Em 2000, uniu-se a ela o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, uma das devoções mais antigas na Itália, que tem 1,20 m de altura e 80 centímetros de largura, e São João Paulo II se dirigiu aos jovens: 

“Hoje eu confio a vocês… o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas”.

Antes do início de cada JMJ, a Cruz e o ícone peregrinam pelas dioceses do país sede, comunicando a experiência redentora e preparando os corações para a Jornada. Na JMJ Lisboa, a peregrinação dos símbolos aconteceu de novembro de 2021 até julho de 2023.

Alegria, fé e muita juventude se reúnem em Lisboa Portugal

A JMJ Lisboa acontece de 01 até 06 de agosto e tem como tema: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39). Mas a peregrinação começa antes, nos chamados “Dias nas Dioceses”, de 26 a 31 de julho, quando os participantes visitam 17 dioceses de Portugal continental e ilhas, participam de eventos e convivem com diversas culturas.

Há diversas atividades de evangelização durante os dias da JMJ Lisboa. Entre elas destacam-se:

  • Festival da Juventude, com a realização de mais de 350 eventos, música, dança, exposições, teatro, conferências, cinema, esporte e muito mais, gratuito e aberto a todos.
  • Cidade da Alegria é o nome do espaço que juntará a Feira Vocacional e o Parque do Perdão na JMJ Lisboa 2023. 
  • Os Eventos Centrais, que incluem a Missa de Abertura, o Acolhimento, a Via-Sacra, a Vigília e a Missa de Envio. A Missa de Abertura da JMJ Lisboa será presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
  • O Acolhimento é o primeiro momento de encontro entre os jovens e o Papa, esta cerimônia será um evento de caráter festivo e de encontro, mantendo a dimensão de oração. 
  • A Via-Sacra é a experiência orante e imersiva, seguindo os passos de Jesus na Sua paixão.
  • A grande Vigília – o evento com o Santo Padre e os jovens, durante a madrugada do sábado para o domingo, com orações, reflexões e adoração ao Santíssimo Sacramento.
  • Por fim, a Missa de envio, uma celebração presidida pelo Santo Padre para terminar a JMJ Lisboa 2023. Antes do final da Missa, o Santo Padre anuncia a cidade que acolherá a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude.

Ainda “vais a tempo de te inscrever”

A JMJ Lisboa acontece pela primeira vez em Portugal. Um país acolhedor, com um idioma conhecido pelos brasileiros, repleto de belezas e marcado pela presença da Virgem Maria, a Senhora de Fátima.

Junto aos peregrinos, a presença mais esperada é do Papa Francisco. Ele chega dia 02 de agosto e permanece até o final da jornada com uma programação vasta, cheia de muitos encontros com autoridades eclesiásticas, civis, religiosos e com os participantes. 

Para a JMJ Lisboa 2023, o Comité Organizador Local escolheu 13 patronos, mulheres, homens e jovens, que “demonstraram que a vida de Cristo preenche e salva a juventude de sempre”, como afirma o Cardeal-Patriarca, nascidos na cidade que acolhe a JMJ ou que, naturais de outras geografias, são modelos para a juventude.

E ainda é possível participar desta alegria! O evento é aberto e gratuito. Apenas para os que precisam de alojamento ou casas acolhedoras, as inscrições se encerraram dia 30 de junho, mas é possível participar da JMJ de outra forma, basta acessar o site.

Metade do ano passou, e o que você fez?

Com certeza, você já parou para dizer que a metade do ano passou! O tempo é sempre o mesmo, mas o fluxo de atividades, de informações, de responsabilidades etc. não são as mesmas, por isso temos a impressão de que a vida corre e o tempo voa.

E por falar em ‘coisas’ que preenchem nosso tempo, será que as metas que programamos no início do ano estão em desenvolvimento? Ou foram atropeladas na estrada turbulenta da vida e deixamos no acostamento? Pode ser também que não tenham dado certo!

Mas para darmos continuidade à outra metade do ano, com as metas, é prudente reavaliar a programação. Para isso, três ações são fundamentais: parar, refletir e reorganizar. E é sobre isso que vamos conversar neste post! Você tem um tempinho agora? 

Mas por que definir metas para a metade do ano?

Antes de tudo, definir metas é importante para qualquer pessoa que deseja algo na vida. Isso pode ser sonhos, saúde, emprego, estudo, enfim, não importa a área da vida, nem precisa ser uma grande conquista. No entanto, toda meta pede uma ação ou não acontece. 

Embora muitas pessoas não coloquem no papel seus planos para o futuro, elas se empenham de algum modo para concretizar o desejo. Porém, seja na mente ou através de um projeto, ter uma meta ajuda a caminhar melhor e a metade do ano ganha mais sentido.

E quando se tem uma meta, se tem um foco, logo as renúncias, os esforços, o trabalho têm mais motivação para acontecer. Além disso, a pessoa se sente impulsionada a começar um novo dia, principalmente quando a meta lhe proporcionará qualidade de vida.

Ainda há outro fator positivo em se ter uma meta: o desenvolvimento que ela promove! 

Quando se tem algo a conquistar, mudamos a rota, definimos pontos a serem seguidos, comemoramos cada conquista e o mais bonito é que temos uma história para compartilhar com as pessoas. 

Portanto, toda a meta tem sentido e vale a pena revisar na metade do ano.

Parar e refletir a metade do ano

Realmente, chegamos à metade do ano e vale a pena olhar o percurso percorrido, avaliar o que deu certo, o que nem começou e o que deu errado. É importante considerar que ninguém tem o controle da própria vida e que há situações que fogem dos nossos projetos.

Diante de tantas responsabilidades da vida cotidiana, é saudável trabalhar uma área de cada vez, por exemplo: relacionamentos pessoais; cuidado com a saúde; crescimento profissional. E você pode escolher apenas uma para focar neste ano de forma especial.

Então, pare, olhe para trás e relembre as metas definidas no início de 2023 em algumas das áreas de sua vida, com perguntas simples: 

O que eu planejei? O que coloquei em prática? Qual o resultado que vejo do meu planejamento? O que deu errado e por quê? E o que faço de agora em diante? 

São questionamentos objetivos que pedem respostas realistas para ajudar a refletir. 

A partir do momento que paramos e refletimos, já acontecem mudanças na forma como entendemos as situações e até analisamos a nós mesmos. Por isso que a reflexão é muito valiosa para reconciliar situações e continuar a jornada com um novo fôlego.

Após a reflexão, sem julgamentos ou ideias ilusórias de si mesmo, é hora de prosseguir: agradecer por tudo e todos; tirar uma lição para a vida; resgatar a autoestima e seguir nos propósitos que valem a pena! 

E prosseguir rumo a outra metade
 

Há um ditado no meio dos concurseiros que diz: “A vida segue e a fila anda” para dizer que existem pontos da vida que acontecem naturalmente, mas outros dependem da nossa contribuição, como estudar, por exemplo. E a fila anda para quem não desiste da sua vez. 

E essa máxima serve para todas as pessoas que projetam metas para sua vida! Agora, parar, refletir e analisar o que passou não é suficiente, é preciso prosseguir rumo aos sonhos, em mais outra metade do ano. Para isso, sugerimos três atitudes: 

1. Organização: não é tarde para começar ou recomeçar nada. Seja qual for a meta, só há êxito quando existe organização. Então, escolha a meta, planeje e aplique na sua rotina.

2. Planejamento realista: não adianta focar em uma meta impossível, nem esperar que ela caia do céu. Por exemplo, quem deseja um cargo público, precisa focar em uma área, na vaga, estudar, ficar atento às oportunidades e ter dinheiro para realizar a prova. 

Logo, a pessoa vai planejar os próximos meses a partir dessa meta! Também, não adianta fazer concurso para cargos fora da sua realidade acadêmica.

3. Execução e avaliação: Todo plano de ação exige uma execução ou vira um “arquivo morto”, ou seja, existe, mas não é usado. Então, faça programações semanais ou mensais, de acordo com suas possibilidades e comprometa-se. Após cada período, avalie pontos positivos e negativos, mas se esforce e procure manter o foco. 

Por fim, não deixe de sonhar! 

O sonho é a motivação para muitas conquistas, logo continue sonhando com seus objetivos; não deixe de planejar, mesmo que as coisas não dêem certo; não se compare aos outros e coloque em prática seu planejamento a partir das pequenas coisas.

E se você chegou até aqui sem meta alguma, então já pode eleger a primeira! Que a segunda metade do ano seja mais próspera

Cinema brasileiro e a evangelização por meio da arte

Em 19 de junho, comemora-se o dia do cinema brasileiro. Esta data é marcada pelo dia em que o ítalo-brasileiro, Afonso Segreto, que foi o primeiro cinegrafista e diretor do país, registrou as primeiras gravações brasileiras, na cidade de Petrópolis.

O cinema é considerado a sétima arte, uma classificação feita por Ricciotto Canudo, um intelectual italiano que escreveu, em 1923, um documento denominado “Manifesto das Sete Artes” que estabelecia as 7 artes clássicas.

Talvez, de todas as artes, o cinema seja o mais acessível a todos os públicos, uma vez que é mais comum encontrar alguém que já foi ao cinema, se emocionou, aprendeu algo, sorriu, enfim. Como também é mais difícil achar quem não goste dessa arte. 

Principalmente agora que os filmes estão nas telas de casa quase no mesmo tamanho que a tela do cinema! Isso comprova o quanto o cinema é apreciado e como ele acompanhou a evolução tecnológica ao longo do tempo.

Mas que tal conhecer um pouco da história do cinema brasileiro e suas produções cristãs? Acompanhe este post até o fim!

A história do cinema brasileiro

O cinema teve início em dezembro de 1895, na cidade de Paris. No início, o cinema era mudo! Quem não se lembra de Charles Chaplin e o filme “Tempos Modernos” que se consagrou pela novidade e pela coragem de denunciar o trabalho em produção na época!  

Somente na década de 1930 surge o cinema falado. Mas no Brasil a primeira sala de cinema foi aberta ao público, na capital carioca, em 1887, por incentivo dos irmãos italianos Paschoal Segreto e Affonso Segreto.

Porém, somente no início do século XX, São Paulo tem sua primeira sala de cinema, chamada de Bijou Theatre. Esse século marcou o cinema brasileiro com grandeza, mas também com decadência devido à ditadura e ao surgimento das locadoras de filmes.

Passada a tormenta, a sétima arte experimenta, no século XXI, um novo momento. Com a introdução de novas tecnologias (3D, por exemplo), as produções e a quantidades de salas de cinema no país crescem cada vez mais, inclusive com filmes indicados ao Oscar, como: 

  • Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles; 
  • Carandiru (2003) de Hector Babenco; 
  • Tropa de Elite (2007) de José Padilha;  
  • Enquanto a Noite Não Chega (2009), de Beto Souza e Renato Falcão. 

A Igreja e o cinema brasileiro

Apesar de uma relação conturbada no início devido a falta de censura nas telas ou até divergências políticas, a Igreja hoje vê o cinema como lugar de liberdade de expressão, permitindo uma troca de experiências que reflitam sobre a nossa vida contemporânea.

Logo, o cinema brasileiro, assim como todos as outras expressões dessa arte no mundo, funciona como um veículo que procura despertar no espectador diversas experiências emocionais e também age como mecanismo de conscientização do bem.

Além de que, muitos filmes trazem uma mensagem religiosa implícita que não é logo identificável, porém despertam para o amor e a solidariedade. Isso evangeliza, transforma e conduz para o bem, principalmente na sociedade, lugar onde o evangelho precisa chegar.

Portanto, a ponte entre a mensagem evangélica e a sétima arte é muito bem vista. Quantos filmes comunicam o amor de Deus às pessoas; relatam a vida dos santos; fatos heroicos em tempos difíceis e a vida do próprio Cristo.  

O cinema como um veículo de evangelização

Já passeamos um pouco pela história do cinema brasileiro! Assim como ele cresceu no século XXI com temas variados, não com o mesmo grau de procura, mas o cinema cristão também tem conquistado seu lugar nas telas dos cinemas e nos lares.

Atualmente, com o avanço da tecnologia e o aprimoramento dos meios de comunicação com o fim de evangelizar, a Igreja, as Congregações, grupos de leigos comprometidos com o evangelho têm investido cada vez mais no cinema brasileiro para evangelizar. 

Por exemplo, o filme da Irmã Dulce está presente em muitos canais de streaming, porque é muito procurado; O Milagre de Aparecida é outro que chegou às telas do cinema brasileiro. De fato, a imagem captura a atenção e a mensagem evangeliza o coração.

Portanto, vale a pena incentivar e divulgar o cinema brasileiro com filmes que transmitem a mensagem do evangelho para todas as idades. 

Agora, comemore o dia do cinema brasileiro com filmes cristãos!

  1. O filme “O Milagre das Águas” dirigido por Pe. Ronoaldo Pelaquin, lançado em 1987, conta a história de Nossa Senhora Aparecida através de José, um senhor paraplégico e seu filho, João.
  2. “A travessia da serra que chora”, com direção de Zeca Portella e Vicente Abreu, lançado em 2008, conta a história de uma família quase destruída por consequências da vida. 
  3. “Maria – Mãe do filho de Deus” dirigido por Moacyr Góes, lançado em 2003. Conta a história da filha de uma jovem muito pobre que é confiada momentaneamente ao padre local, interpretado pelo Padre Marcelo Rossi, enquanto sua mãe vai buscar o resultado de alguns exames. 
  4. “Irmã Dulce” foi lançado em 2014, dirigido por Vicente Amorim, conta a história de Irmã Dulce, que em vida foi chamada de “Anjo Bom da Bahia”, indicada ao Nobel da Paz e beatificada pela Igreja.

Por fim, por que não investir em streaming católicos  para alegrar a vida de toda família? Afinal, falar de Deus dentro de casa é um grande desafio, então o cinema vem para ajudar a propagar a boa nova com beleza, arte, profissionalismo e testemunho de fé.

Família Mercedária: conheça as congregações e fraternidades leigas que também seguem ideal Redentor de Pedro Nolasco

A família mercedária é fruto do carisma fundacional de São Pedro Nolasco. A vida desse homem de Deus tornou-se inspiração, então, para muitas pessoas – homens e mulheres – que, sob a inspiração do Espírito Santo, em tempos diversos, resolveram abraçar o mesmo ideal mercedário e assim colocar em prática o Evangelho. 

Recordemos que São Pedro Nolasco viveu no final do século XII e início do século XIII. Sua vida foi profundamente marcada pela missão de libertar os cristãos feitos prisioneiros pelos mouros e levados como escravos para trabalhar em países mulçumanos.

Para que essa missão tivesse êxito e atravessasse mais de oito séculos, ela tem como fonte a experiência de Deus fundamentada em Cristo – Redentor dos homens. E está sob a poderosa intercessão da Senhora das Mercês – Patrona da Ordem Mercedária.

Portanto, Cristo Redentor e sua Mãe são os modelos e inspiradores da espiritualidade, missão e vida apostólica da Ordem Mercedária. Agora, um carisma fecundo alimenta inúmeras vidas na Igreja e gera outras formas de vida a serviço do povo de Deus.

Assim, é a família mercedária – ela reúne muitas expressões, formas de vida religiosa, leigos, que colocam em prática o sonho de Pedro Nolasco com o mesmo fim: libertar o ser humano na história. Conheça cada uma neste post!

Missionárias Mercedárias de Barcelona

Este instituto religioso foi fundado em Barcelona a 21 de novembro de 1860 por uma jovem chamada Lutgarda Mas y Mateu (1828-1862) e o exclaustrado Pai Mercedário, Peter Nolasco Tenas y Casanova (1803-1874).

A jovem entrou em contato com o padre Tenas para realizar seu desejo fervoroso de restabelecer as Irmãs Mercedárias em Barcelona. Então, após todo o processo de organização, cinco jovens receberam o hábito em 21 de novembro de 1860.

Atualmente, o Instituto conta com 430 religiosas em 66 casas espalhadas pela Espanha, América e África. E “o propósito do Instituto é anunciar o reino e a redenção dos cativos, promovendo a educação cristã por meio do ensino, das missões e do trabalho social”.

Irmãs Mercedárias da Caridade

 As Irmãs Mercedárias da Caridade foram fundadas em Málaga (Espanha) em 16 de março de 1878, pelo cônego e visitador das religiosas daquela diocese, Don Juan Nepomuceno Zegrí y Moreno (1813-1905). 

O Instituto foi incorporado à Ordem Mercedária por decreto de 9 de junho de 1878 do Vigário Geral, Padre José María Rodríguez. A finalidade específica do Instituto é a prática da caridade por meio da prática de obras de misericórdia. 

A Congregação está agora presente na Espanha, França, Itália, América Latina e África com 180 casas e 1.536 Irmãs.

Irmãs de Nossa Senhora das Mercês

Elas foram fundadas em Nancy (França), em 2 de janeiro de 1864, pela Madre Teresa de Jesús (Elizabeth) Bacq (1825-1896), com o apoio do bispo local, o então Cardeal Charles Martial A. Lavigerie.

Em 4 de abril de 1887, o Instituto foi incorporado à Ordem da Misericórdia por decreto do Mestre Geral, Pedro de Armengol Valenzuela. E a partir desse dia as religiosas passaram a se chamar Irmãs de Nossa Senhora das Mercês. 

Elas se concentram na educação de crianças e jovens em lares, nas escolas de ensino fundamental e médio, na assistência a órfãos em locais de prevenção e colônias, no cuidado de enfermos em hospitais e clínicas e de idosos em lares.

Atualmente, são 529 irmãs, em 57 casas na França, Itália, Bélgica, África, Palestina, Índia, Chile, Equador e Estados Unidos.  

Irmãs das Mercês

As Irmãs da Misericórdia se originaram em Dublin em 24 de setembro de 1827, graças ao trabalho de uma piedosa e nobre senhora católica, Catherine. A Congregação não tinha nenhuma relação com a Ordem Mercedária, em termos de origem e desenvolvimento. 

No entanto, suas Constituições recomendam uma devoção especial à Virgem das Mercês, Padroeira da Congregação e a São Pedro Nolasco, modelo de caridade para com os outros. Além disso, o escudo da Ordem é usado na Congregação.

Essas religiosas aumentaram em todos os continentes e especialmente onde se fala inglês.

Irmãs  Mercedárias do Menino Jesus

Foi fundada em 1º de outubro de 1887, em Córdoba (Argentina) e incorporada como terciária regular da Ordem da Misericórdia em 20 de dezembro de 1887. O Venerável José León Torres foi seu fundador e diretor por 42 anos. 

As Irmãs Mercedárias estão empenhadas: no ensino em escolas e colégios; no aperfeiçoamento artístico e na capacitação dos jovens para o trabalho; na assistência aos órfãos, crianças e idosos abandonados; a ensinar o catecismo em favelas; e ajudam no trabalho paroquial. 

Irmãs Mercedárias do Santíssimo Sacramento

Elas foram fundadas na Cidade do México em 25 de março de 1910. Quando Madre María del Refugio pediu à Cúria diocesana um religioso como diretor e guia do Instituto, o Pe. Alfredo Scotti, Provincial do México, foi sugerido a ela.

Em 11 de julho de 1925, as Irmãs foram incorporadas espiritualmente à Ordem da Misericórdia. Eles obtiveram a aprovação pontifícia em 22 de julho de 1948.

A finalidade do Instituto está expressa nestes termos nas Constituições aprovadas em 1989: “Trabalhar com entusiasmo para prolongar o reinado de Jesus na Eucaristia e o amor filial por nossa Bem-aventurada Mãe da Misericórdia”. 

A Congregação possui escolas e colégios e dedica um cuidado especial à preparação das crianças para a primeira comunhão. Atualmente, as Irmãs estão no México, Colômbia, Chile, Estados Unidos, El Salvador, Itália e Espanha.

Missionários Mercedários de Berriz

Fundado em 1540 como um mosteiro de clausura. Em 1869, foi inaugurado o colégio La Vera Cruz, que se tornaria conhecido. Quando Madre Margarita María Maturana ingressou no mosteiro, em 1903, deu-lhe uma vitalidade que lhe trouxe fama.

Em 1920, ela fundou a Associação Juventude Missionária Mercedária. Em 1926, o papa autorizou o envio de um grupo de missionários mercedários a Wuhu (China).

No dia 23 de maio de 1930, graças ao trabalho da Madre Margarita María Maturana, então superiora do mosteiro, por decreto da Santa Sé, o mosteiro foi transformado em instituto missionário que continuou a pertencer à Ordem da Misericórdia.

As Irmãs se expandiram principalmente na Ásia: China, Japão, Filipinas, Taiwan, Ilhas Carolinas.

Missionárias Mercedárias do Brasil

Elas foram fundadas em 10 de agosto de 1938, por Lucía Etchepare com o apoio e colaboração do bispo mercedário, Monsenhor Inocêncio López Santamaría, prelado de Bom Jesus do Gurgueia (Piauí, Brasil). 

A pedido de sua superiora geral, Madre Lucía Etchepare e seu conselho, o instituto foi incorporado à Ordem em 3 de outubro de 1938, por decreto do Mestre geral.

O objetivo do instituto está expresso nas Constituições, aprovadas em 1990: “As irmãs se comprometem a continuar a missão redentora de Jesus Cristo por meio de seu trabalho apostólico, especialmente nas áreas rurais e nos lugares onde falta assistência.” 

Federação das Irmãs da Ordem das Mercês

Este grupo de mercedárias dá continuidade ao estilo de vida sancionado pela tradição tridentina. Sempre afirmando a sua vocação apostólica, elas assumiram iniciativas ou gestos libertadores compatíveis com o seu encerramento ou vida conventual. 

A maioria das comunidades se uniu em uma federação para garantir uma vida e um trabalho mais autênticos e eficazes. Em 5 de agosto de 1955, a Sagrada Congregação dos Religiosos instituiu a Federação das Irmãs Mercedárias.

As Constituições afirmam: “Hoje nós, Irmãs Mercedárias, pretendemos também anunciar e testemunhar essa esperança messiânica por meio de nossas vidas consagradas”.

Irmãs Mercedárias do Divino Mestre

Este instituto não pertence juridicamente à Família Mercedária. Começou em Buenos Aires, Argentina, com o nome de Irmãs de Nossa Senhora das Mercês do Divino Mestre, em 1887. 

Seus fundadores foram o Padre Antônio Rasore e Sofía Bunge. As primeiras postulantes foram admitidas em 31 de janeiro de 1889. A finalidade deste Instituto de Direito Pontifício é a educação cristã das meninas e as obras de misericórdia.

Leigos Mercedários

O Código de Direito Canônico foi promulgado em 1917. Em referência aos leigos, a Ordem adaptou as regras da Ordem Terceira, da Confraria e de outras associações mercedárias de leigos à nova legislação. 

Embora as constituições desses grupos de leigos incluam e expressem conceitos gerais sobre o estilo de vida mercedário, seu apostolado envolve uma atividade orientada para o bem-estar espiritual dos outros. 

Uma vida espiritual centrada em Cristo exige a oração, a recepção dos sacramentos, a devoção à Santíssima Virgem e ao Fundador, São Pedro Nolasco, e a preparação fervorosa das suas festas.

Na prática, isso se traduz em rezar três Pai-Nossos e três Ave-Marias, rezar pelas almas do purgatório e oferecer parte do rosário pela conversão de pecadores e hereges. 

Devemos também mencionar suas numerosas obras com os necessitados, os enfermos e os presos, que constituem o apostolado social na linha do serviço redentor.

Confrarias

A figura de Maria Santíssima comoveu muitos corações que a veneram com fervor ao longo dos séculos. Assim, em um ambiente mariano, surgiram outras instituições mercedárias. Eles diferem da Ordem Terceira e veneram com fervor Maria da Misericórdia. 

São eles: 

  • Tribunal das Misericórdias; 
  • Servos da Virgem; 
  • Irmãs Sabbatina; 
  • E Fraternidades Marianas. 

A espiritualidade dessas associações brota do carisma da Ordem. Com o desenvolvimento da Ação Católica, essas instituições laicas perderam um pouco de sua força.

Dias dos namorados e Santo Antônio: qual a relação?

O dia dos namorados é uma data bem movimentada em todo o mundo. Porém, ela tem comemorações diferentes: 05 de fevereiro e 12 de junho. Além de contar com dois fortes intercessores: São Valentim e Santo Antônio. Conheça essa história!

Como surgiu o dia dos namorados

A origem do dia dos namorados é bem interessante e mais ainda que essa história está ligada à fé. Tudo começou no século III quando um bispo chamado Valentim realizou casamentos escondidos do Imperador Cláudio II, que queria os jovens na guerra.

Quando o Imperador descobriu, mandou executá-lo. Então, no século 7, o Papa Gelásio canonizou o padre Valentim e instituiu a data em 05 de fevereiro como o dia dos apaixonados em sua homenagem. Ou seja, o dia dos namorados é celebrado nesta data na maioria dos países.

Já no Brasil, a história é outra: O publicitário João Doria levou a data para o meio do ano porque precisava de um motivo especial para aumentar as vendas de uma loja que ele representava. A campanha conquistou o público e alavancou as vendas do comércio. 

Além disso, a solução de mudar para junho o dia dos namorados fez uma parceria perfeita com o dia de Santo Antônio, considerado o santo casamenteiro, comemorado no dia 13 de junho no calendário litúrgico. Vamos explicar o porquê dessa fama!  

Santo Antônio e o dia dos namorados

Santo Antônio foi um frade franciscano, do final do século XII, nascido em Portugal, mas viveu a maior parte de sua vida em Pádua, na Itália. Apesar de não falar especificamente sobre casamentos nos seus sermões, o santo fez mais do que pregar com relação a isso. 

Uma jovem pobre de Nápoles se ajoelhou aos pés da imagem do santo pedindo ajuda para conseguir um dote para casar. Diz a história que ela recebeu um bilhete indicando um comerciante para ajudá-la.

Mas que surpresa teve o comerciante: o bilhete dizia que ele desse a moça o peso do papel em moeda! Isso parecia bem simples, mas o peso chegou a 400 escudos de prata. E nessa hora, o comerciante se recordou que devia uma ajuda a Santo Antônio. Com o valor do dote conseguido, a moça casou-se.

Ainda existem outras histórias envolvendo o santo e casamentos. Por exemplo, uma jovem arremessou a imagem do santo pela janela com desgosto por não ser atendida em suas súplicas constantes. Mas a imagem atingiu um jovem que passava. Resultado: casaram-se.

Portanto, Santo Antônio conquistou a fama de casamenteiro! E são muitas as jovens que recorrem a ele através de novenas, trezenas, promessas e até fazem a imagem sofrer para alcançar um casamento. E o dia dos namorados conta, então, com esse bom intercessor.

Como celebrar sem comercializar!

Estar em um relacionamento é uma oportunidade de amadurecer. E se o namoro for cristão, então, é uma graça, porque há a presença de Deus para ensinar como viver e fazer cada coisa. Sendo assim, Jesus é a referência para todo relacionamento. 

E a gente comprova isso através do diálogo que Ele manteve com todos que se aproximaram. Ele era Deus, porém nunca se impunha, mas sempre dialogava. Foi assim com os apóstolos quando lhes perguntou: 

“E para vós, quem sou eu?” Da mesma forma com o cego: “Que queres que eu faça?” ou para Madalena: “Mulher, por que choras?”. Dessa forma, Ele nos ensina que o melhor do relacionamento é dialogar, conversar, saber do outro, ou seja, conviver, estar perto.

Por isso que o dia dos namorados não se limita ao comércio. Talvez o maior presente no mundo digital seja dar atenção consciente ao outro, sem interferências ou até mesmo presentes materiais. Sem esquecer, é claro, a comunhão com Deus.

Que tal esse subsídio: Livro sobre a Divina Providência é novo subsídio para a Pastoral do Dízimo – Dominus Comunicação