Saúde mental: 5 dicas para um 2024 mais leve!

Saúde é uma necessidade de todos e a maior súplica das pessoas, principalmente nas passagens de ano. Mas você sabia que a saúde mental é responsável pelo bem-estar do corpo inteiro?! 

Sabe aquele velho ditado que diz que quando a cabeça não pensa, o corpo padece!? É mais ou menos essa a lógica, porque se nossa mente (cabeça) não vai bem, todo o nosso organismo (corpo) sofre as consequências. 

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, estima-se que em cada 100 pessoas pelo menos 30 tenham ou venham a ter problemas de saúde mental. A depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico são os principais. 

Por isso, conversaremos especificamente sobre saúde mental neste post em atenção também ao Janeiro Branco, na certeza de que esse conteúdo trará benefícios para toda nossa vida! 

Será que entendemos o que é saúde mental? 

Muita gente associa o termo saúde mental com doença mental. Isso é uma situação histórica, uma vez que as pessoas com os ‘problemas mentais’ eram tratadas como loucas, possuídas pelo demônio, logo, colocadas à margem da sociedade.

Mas superemos esse mito, porque tratar da saúde da mente envolve mais que doença, implica em prevenção e qualidade de vida. Outra informação importante é que ninguém está livre de uma depressão, estresse ou outras reações causadas por problemas diversos. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera-se Saúde Mental um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade. 

Agora, o bem-estar de alguém está diretamente ligado a uma série de condições que vão além do aspecto psicológico, mas levam-se em conta fatores biológicos, psicológicos e sociais, de forma que a saúde mental tem características biopsicossociais.

Resumindo, ter saúde mental é:

  • Estar bem consigo e com os outros;
  • Aceitar as exigências da vida;
  • Saber lidar com as boas e as más emoções que fazem parte da vida;
  • Reconhecer os próprios limites e buscar ajuda quando necessário.

Janeiro branco em atenção à saúde mental

Janeiro, o primeiro mês do ano, representa o início e o fim de um ciclo: o ano que se foi e o que virá, com suas surpresas e exigências. Então, foi o mês escolhido para trabalhar o tema da saúde mental, a fim de cuidar da mente, o coração de todas as nossas ações.

O “Janeiro Branco” foi criado em 2014, em Minas Gerais, idealizado pelo psicólogo Leonardo Abrahão. A cor branca representa um quadro ou página em branco e significa o papel em branco, no qual escreveremos ou desenharemos uma nova história da saúde mental, sem os tabus e preconceitos que a cercam, ou seja, um novo começo!

Tendo como foco o cuidado com a saúde mental de todos, o janeiro branco tem como objetivo: 

  1. Fazer do mês de Janeiro o marco temporal estratégico para que as pessoas e instituições sociais reflitam e efetivem ações em prol do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos e instituições;
  2. Chamar a atenção para os temas da Saúde Mental e da Saúde Emocional na vida das pessoas;
  3. Aproveitar a simbologia do início de todo ano para incentivar as pessoas a pensarem a respeito da sua vida e do quanto investem em sua Saúde Mental e Emocional e daqueles que estão ao seu redor;
  4. Chamar a atenção das mídias e das instituições sociais para a importância da promoção da Saúde Mental e Saúde Emocional dos indivíduos;
  5. Contribuir para a construção, fortalecimento e disseminação de uma “Cultura da Saúde Mental” que estimule a elaboração de políticas públicas em benefício da Saúde Mental dos indivíduos.

Esses objetivos têm um foco: a prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico. Nessa seleção, entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar, que podem surgir de fatores como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas.

Cuidemos da nossa mente!

Já dissemos que ninguém está imune ao estresse, trauma, depressão ou até doenças genéticas ligadas à mente. Por isso, todos precisamos nos cuidar, mesmo porque a mente é o coração que organiza, movimenta e também paralisa todo nosso corpo.

Portanto, cuidemos da nossa saúde mental como quem cuida de um recém-nascido! Isso porque a gente nunca sabe o que pode causar mal a um bebê, ele não fala, mas dá sinais vitais, assim é nossa mente: ela dá sinais de que algo não vai bem e nos pede atenção.

Veja algumas dicas para começar bem 2024: 

  • #1 Estabeleça objetivos

Ter um propósito torna a vida mais agradável! Isso porque ele nos dá motivos para sair da cama, trabalhar, estudar, manter relações, executar tarefas e outras atividades. Ao mesmo tempo, procure diversificar os seus interesses, não tenha apenas uma meta. 

  • #2 Cuide da saúde física

Assim como a água não se substitui por outro líquido, o mesmo acontece com a atividade física para a saúde mental. Ela libera energia, aumenta a autoestima e substitui, em alguns casos, medicamentos por causa da liberação de endorfina, o hormônio da felicidade.

Ligadas ao exercício físico, entram uma alimentação equilibrada, exames preventivos, hidratação, e importante: práticas esportivas prazerosas. Desse modo, escolha uma atividade física que estimule a saúde mental e, sobretudo, persevere na prática.

  • #3 Cultive boas relações

A saúde mental está ligada também a sentir-se amado(a). Portanto, procure pessoas que você ama e cuja companhia faz bem a você, sejam familiares ou amigos; não se isole ao enfrentar um problema e procure equilibrar relacionamentos presenciais e online.

  • #4 Priorize seu sono

Por causa das demandas da vida moderna, é natural que a gente atropele o descanso muitas vezes; fique sem dormir ou durmamos pouco e mal. Isso influencia no humor, na produtividade, é motivo de irritação e causa problemas nos relacionamentos, entre outros.

Uma dica importante para cuidar da saúde mental é garantir horas de sono de qualidade. Procure dormir entre 7 a 8 horas por dia, assim sua mente relaxa e as células dos neurônios se renovam para as próximas atividades do cotidiano.

  • #5 Procure a espiritualidade

Segundo o doutor Arthur Guerra, professor da Faculdade de Medicina da USP, a espiritualidade contribui muito para a saúde mental, porque nos ajuda a lidar com as situações difíceis da vida e traz conforto nesses momentos complicados, fortalecendo o nosso bem-estar, principalmente o psicológico.

E a espiritualidade é a forma como se lida com o transcendente. Para os cristãos, a referência é Jesus Cristo; para os judeus, a Torá; para os mulçumanos, Alá. Qual a sua referência para lidar com os mistérios da vida e encontrar equilíbrio para a saúde mental? 

O diálogo com Deus traz a paz interior, o conforto emocional e a aceitação de situações complexas! Sem falar que Deus é uma pessoa, Alguém que ama e acolhe sem restrições. Essas qualidades nos sustentam em meio a uma sociedade desigual, violenta e injusta. 

Por fim, quando perceber que não consegue lidar com os problemas sozinho(a), que as situações, quaisquer que sejam, causam profunda dor, tristeza e desânimo, consulte um médico, porque ele sabe que saúde mental não é um bicho de sete cabeças! 

Como saber se tenho vocação para ser padre e religioso?

Você sabia que os termos padre e religioso são vocações diferentes? Já viu algum religioso que não é padre? Ou padre que não é religioso? Pois é! Às vezes confundimos essas expressões e achamos que todo religioso é um sacerdote, quando nem sempre é!

Aprofunde este assunto neste post e descubra outras respostas sobre a vocação sacerdotal e religiosa.

Padre e religioso significam a mesma coisa?

Padre vem de pater no latim e significa pai. A paternidade espiritual é uma das características da vocação sacerdotal. Todo padre ou sacerdote é chamado a pastorear o povo de Deus com um zelo paterno assim como o Pai do céu cuida de seus filhos.

Já o religioso, enquanto vida consagrada, é a forma como são identificados os membros de uma congregação ou ordem religiosa. Por exemplo, os franciscanos, os carmelitas, os mercedários são religiosos que pertencem a uma família consagrada na Igreja. Eles também exercem a paternidade espiritual e ajudam na formação dos filhos de Deus.

Então, o religioso necessariamente está ligado a uma congregação ou ordem religiosa, já o padre tem a opção de ser diocesano ou religioso. Porém, tanto um quanto o outro são vocações, dons do Espírito Santo, e passam por um caminho de descoberta, discernimento e preparação vocacional.

No caso do padre diocesano, ele está ligado a uma Igreja particular, pertence à diocese e obedece ao seu bispo. Ele não professa votos como os religiosos, mas vive o celibato, obedece ao bispo e se dedica ao povo de Deus com intensidade.

Agora, o religioso pode também ser padre, depende do discernimento ao longo do caminho. Logo, o sacerdócio e a vida religiosa se unem em um só pessoa. Da mesma forma, o religioso não é obrigado ao sacerdócio na congregação, mas pode viver como irmão de todos.

Padre e religioso, um chamado ao celibato!

A vocação específica é um chamado, uma eleição divina que nos une mais ao Filho de Deus. Quem chama é sempre Deus; Ele tem a iniciativa. Diz São João que Deus nos amou primeiro e isso acontece em um chamado, porque o amor de Deus se antecipa e nos escolhe.

E padre e religioso são vocações muito unidas a Cristo porque eles imitam a vida de Jesus – o consagrado por excelência – totalmente entregue à missão que o Pai lhe confiou. E para isso, o Senhor não se casou, mas inaugurou o celibato, ou seja, viveu como solteiro. 

Por isso, tanto o padre como o religioso abraçam o celibato. Essa condição acompanha a vocação sacerdotal e religiosa de forma íntima. Quem abraça o celibato na Igreja o faz de coração livre e declara para todos que pertence unicamente ao Senhor e ao povo de Deus.

Logo, viver o celibato é ter um coração indiviso, amar a Deus acima de tudo e de todos; estar em intimidade com o Senhor, assumir a missão de anunciar o Reino para todos, ter pais, mães, irmãos em abundância e coloca-se totalmente disponível para a missão.

Leia também: Chamado vocacional: existe um para mim?

Os sinais de um chamado para ser Padre e religioso

Toda vocação é um mistério, uma revelação divina. É Deus quem diz a modalidade com a qual iremos servi-Lo, logo não escolhemos, mas somos escolhidos, e o belo é que há comunhão de vontades nesse processo, não há imposição, mas proposta da parte de Deus.

Mas como identificar a vocação religiosa e sacerdotal ao mesmo tempo? É preciso estar atento aos sinais. Não existe uma única forma, nem modelo, muito menos uma cartilha para entender o chamado de Deus, mas setas que mostram um caminho. 

Veja algumas delas:

* Desejo de consagrar-se inteiramente a Deus

Assim como Jesus e estar totalmente disponível para o Reino de Deus.

* Ter zelo pela salvação das almas

Precisa gostar das pessoas, estar com elas, procurar soluções para que elas também façam o encontro pessoal com o Senhor que salva.

* Disposição para abraçar os conselhos evangélicos

Viver a pobreza, a obediência e a castidade é estar livre para responder às exigências da vida consagrada e missionária. Mas é também um caminho de aprendizado, e o primeiro passo é a disposição para aprender.

* Gosto pela vida missionária

Jesus foi o missionário do Pai. Ele percorreu povoados, foi à sinagoga, visitou a casa dos apóstolos, comeu com os pecadores, foi a casamentos e velórios, porque em cada um desses lugares acontecia a vida das pessoas. Isso é a missão. 

* Ter uma vida profunda de oração

Quem deseja ser padre e religioso precisa praticar a oração e não apenas admirar, uma vez que ela é o combustível que fortalece a alma, nos livra das tentações e nos ajuda a identificar a voz do Senhor em meio aos ruídos do dia a dia.

* Um coração de pastor

O padre e o religioso são semelhanças do Bom Pastor, então se você tem um coração de pastor é bem provável que haja uma vocação brotando dentro de você.

* Gostar de pastorais e evangelizações

Todo padre e religioso tem na Igreja e no mundo seu campo de missão, e há muitas pastorais, movimentos, ações evangelizadoras e sociais acontecendo, ou seja, não é possível ficar fora dessas realidades.

* Ser apaixonado pelo sagrado

A paixão aqui não é um sentimento momentâneo, mas uma sedução divina que nos leva à entrega total da vida apesar dos sacrifícios e renúncias. O padre e o religioso são homens seduzidos pelo sagrado, seja o altar ou os sacramentos.

* Ser uma pessoa feliz!

Não há vocação sem felicidade, que é diferente de euforia. Felicidade é um estado de realização e não sucesso profissional. O padre e o religioso não são pessoas bem-sucedidas, nem uma estrela midiática, mas alguém feliz por dentro com a opção feita.

Para ser padre ou religioso, antes precisa percorrer um caminho!

Identificou-se com pelo menos 50% desse texto? Isso é um bom sinal! Ou melhor, é hora de se decidir por um caminho vocacional. E o primeiro passo começa com um acompanhamento espiritual, alguém maduro na fé que escute e aconselhe segundo o coração de Deus. 

Leia também: Você sabe o que é uma Ordem religiosa?

Com o acompanhamento, dá-se início ao discernimento vocacional. No momento oportuno, acontece a primeira experiência na congregação e uma jornada cheia de oração, estudo, missão e vida comunitária.

A partir do momento em que o vocacionado reconhece que ali é o seu lugar, as demais etapas vão acontecendo naturalmente. Claro que com muita dedicação pessoal, apoio comum e, sobretudo, com a graça divina, a primeira interessada em nós.

E neste meio, não falta a presença materna da Virgem Maria – a Senhora das Mercês – mãe da Igreja e mestra da vida espiritual. Desde já, consagramos a ela todas as vidas que se sentem atraídas pelo jeito que Jesus amou a humanidade e se entregou por ela.

Que tal descobrir o chamado que o Senhor tem para a sua vida? Seja um vocacionado na Ordem Mercedária 

Vocação: você sabe qual a diferença entre padre e frei?

Você já se atrapalhou com esses dois termos: padre e frei? Geralmente, as pessoas se confundem quando perguntamos qual a diferença entre um e outro. Ou então pensam que são a mesma coisa! Pode até ser a mesma pessoa, mas têm significados diferentes!

Para tirar essas dúvidas, preparamos este post explicativo. Confira!

Padre e frei: vocações distintas?

Antes de qualquer explicação, você precisa ter em mente que ser padre e frei é uma vocação, um chamado divino. Desde a criação, Deus chama o ser humano. Primeiro chama à vida, depois à santidade, através do batismo, e logo depois – não há um momento exato – chama para uma vocação específica.

E essa forma específica de chamado pode ser para o matrimônio, a vida sacerdotal ou a consagração de vida em uma família religiosa. E todo chamado é abençoado por Deus, cada um tem características próprias e servem para a santificação da Igreja.

Imagine o que seria a Igreja sem os sacerdotes, os religiosos ou o matrimônio, que é um celeiro de vocações! Seria, no mínimo, muito sem graça, como um campo sem plantas, sem flores, sem beleza alguma, não haveria diversidade, seríamos todos iguais. Exatamente porque as vocações trazem encanto para a Igreja e completam a grande família que é povo de Deus.

Há diversas vocações, congregações, sacerdotes, famílias, e essa diversidade é como a beleza de um campo de flores onde cada um tem seu aroma, beleza e função próprias. 

Diferença entre padre e frei

Diante da diversidade das vocações, fica mais fácil entender a diferença entre o padre e frei. Os dois são títulos e também são vocações diferentes, mas ambos santificam a Igreja e servem ao povo de Deus. Veja o significado de cada termo: 

A palavra padre vem do latim pater e significa ‘pai’. Normalmente, é assim que chamamos os sacerdotes – homens que recebem o sacramento da ordem – porque eles exercem uma paternidade espiritual em uma comunidade ou paróquia. 

Já o nome frei vem de frater  que significa ‘irmão’, em latim. O frei é alguém que vive em uma Ordem Religiosa, abraça votos, vive em comunidade e escolhe por ser sacerdote ou não, de acordo com a descoberta que ele faz na família religiosa a qual ele pertence. Entre as Ordem mais conhecidas estão: Franciscanos, Dominicanos, Mercedários, Capuchinhos, entre outros.

Sendo assim, o padre é um sacerdote, e o frei é um irmão. Os dois termos são títulos que nomeiam funções e ajudam a diferenciar a vocação. Mas o padre pode ser também frei se ele pertencer a uma Ordem Religiosa.

O sacerdote é mais importante que um irmão religioso?

Alguém pode pensar que ser padre é mais importante do que ser frei, ou que o padre estuda mais que um religioso. Mas não é bem assim. Tanto o padre quanto o religioso são pessoas preparadas para viver sua vocação, e os estudos fazem parte da vida deles.

Por exemplo, o padre e o frei estudam filosofia e teologia; é possível fazer outra graduação, depende da escolha de cada um ou da necessidade pastoral. Por exemplo, eles podem cursar uma licenciatura, administração, marketing, direito, podem fazer pós-graduação etc.

Ou seja, tanto o padre quanto o frei são homens que se preparam vocacional e intelectualmente para responder ao chamado de Deus e servir à Igreja durante toda a vida. E os estudos duram pelo menos sete anos, fora outras atividades que eles experimentam.

Há também a realidade dos padres diocesanos. Esses estão ligados ao bispo diocesano, não moram em comunidade, nem proferem votos. Já o padre-frei: vive em comunidade, faz votos, estão ligados à Congregação e obedecem aos seus superiores.

Além disso, existem também os padres religiosos, que pertencem a uma Congregação Religiosa, como a Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição, os Padres Redentoristas, entre outros.

Um frei mercedário

Todo mercedário é frei, mas nem todo frei mercedário é padre. Entendeu? Isso porque os mercedários são religiosos da Ordem de Nossa Senhora das Mercês – uma família consagrada a Deus, fundada por São Pedro Nolasco em 1218, logo são freis.

No entanto, é possível viver o carisma mercedário como irmão, sem o sacramento da ordem. Os freis estudam, têm funções apostólicas, assumem grandes responsabilidades, orientam o povo de Deus e formam as lideranças.

Dessa forma, ele responde à vocação mercedária dentro de um carisma próprio que é ser irmão de todos. Mas aquele que assume o sacramento da ordem se torna um frei-padre, serve ao povo de Deus e desempenha as funções próprias do sacerdote.  

Todas essas possibilidades são dons de Deus para seus filhos e causa de alegria para a Igreja! Acreditamos que agora já ficou mais claro a diferença entre padre e frei. O mais importante é que cada um em sua vocação contribui com a salvação do povo de Deus.

E você já pensou em ser um Frei Mercedário? Se você tem dúvidas sobre a sua vocação, baixe agora o E-Book: Vocação: por que você precisa pensar sobre isso?

Família Mercedária: conheça as congregações e fraternidades leigas que também seguem ideal Redentor de Pedro Nolasco

A família mercedária é fruto do carisma fundacional de São Pedro Nolasco. A vida desse homem de Deus tornou-se inspiração, então, para muitas pessoas – homens e mulheres – que, sob a inspiração do Espírito Santo, em tempos diversos, resolveram abraçar o mesmo ideal mercedário e assim colocar em prática o Evangelho. 

Recordemos que São Pedro Nolasco viveu no final do século XII e início do século XIII. Sua vida foi profundamente marcada pela missão de libertar os cristãos feitos prisioneiros pelos mouros e levados como escravos para trabalhar em países mulçumanos.

Para que essa missão tivesse êxito e atravessasse mais de oito séculos, ela tem como fonte a experiência de Deus fundamentada em Cristo – Redentor dos homens. E está sob a poderosa intercessão da Senhora das Mercês – Patrona da Ordem Mercedária.

Portanto, Cristo Redentor e sua Mãe são os modelos e inspiradores da espiritualidade, missão e vida apostólica da Ordem Mercedária. Agora, um carisma fecundo alimenta inúmeras vidas na Igreja e gera outras formas de vida a serviço do povo de Deus.

Assim, é a família mercedária – ela reúne muitas expressões, formas de vida religiosa, leigos, que colocam em prática o sonho de Pedro Nolasco com o mesmo fim: libertar o ser humano na história. Conheça cada uma neste post!

Missionárias Mercedárias de Barcelona

Este instituto religioso foi fundado em Barcelona a 21 de novembro de 1860 por uma jovem chamada Lutgarda Mas y Mateu (1828-1862) e o exclaustrado Pai Mercedário, Peter Nolasco Tenas y Casanova (1803-1874).

A jovem entrou em contato com o padre Tenas para realizar seu desejo fervoroso de restabelecer as Irmãs Mercedárias em Barcelona. Então, após todo o processo de organização, cinco jovens receberam o hábito em 21 de novembro de 1860.

Atualmente, o Instituto conta com 430 religiosas em 66 casas espalhadas pela Espanha, América e África. E “o propósito do Instituto é anunciar o reino e a redenção dos cativos, promovendo a educação cristã por meio do ensino, das missões e do trabalho social”.

Irmãs Mercedárias da Caridade

 As Irmãs Mercedárias da Caridade foram fundadas em Málaga (Espanha) em 16 de março de 1878, pelo cônego e visitador das religiosas daquela diocese, Don Juan Nepomuceno Zegrí y Moreno (1813-1905). 

O Instituto foi incorporado à Ordem Mercedária por decreto de 9 de junho de 1878 do Vigário Geral, Padre José María Rodríguez. A finalidade específica do Instituto é a prática da caridade por meio da prática de obras de misericórdia. 

A Congregação está agora presente na Espanha, França, Itália, América Latina e África com 180 casas e 1.536 Irmãs.

Irmãs de Nossa Senhora das Mercês

Elas foram fundadas em Nancy (França), em 2 de janeiro de 1864, pela Madre Teresa de Jesús (Elizabeth) Bacq (1825-1896), com o apoio do bispo local, o então Cardeal Charles Martial A. Lavigerie.

Em 4 de abril de 1887, o Instituto foi incorporado à Ordem da Misericórdia por decreto do Mestre Geral, Pedro de Armengol Valenzuela. E a partir desse dia as religiosas passaram a se chamar Irmãs de Nossa Senhora das Mercês. 

Elas se concentram na educação de crianças e jovens em lares, nas escolas de ensino fundamental e médio, na assistência a órfãos em locais de prevenção e colônias, no cuidado de enfermos em hospitais e clínicas e de idosos em lares.

Atualmente, são 529 irmãs, em 57 casas na França, Itália, Bélgica, África, Palestina, Índia, Chile, Equador e Estados Unidos.  

Irmãs das Mercês

As Irmãs da Misericórdia se originaram em Dublin em 24 de setembro de 1827, graças ao trabalho de uma piedosa e nobre senhora católica, Catherine. A Congregação não tinha nenhuma relação com a Ordem Mercedária, em termos de origem e desenvolvimento. 

No entanto, suas Constituições recomendam uma devoção especial à Virgem das Mercês, Padroeira da Congregação e a São Pedro Nolasco, modelo de caridade para com os outros. Além disso, o escudo da Ordem é usado na Congregação.

Essas religiosas aumentaram em todos os continentes e especialmente onde se fala inglês.

Irmãs  Mercedárias do Menino Jesus

Foi fundada em 1º de outubro de 1887, em Córdoba (Argentina) e incorporada como terciária regular da Ordem da Misericórdia em 20 de dezembro de 1887. O Venerável José León Torres foi seu fundador e diretor por 42 anos. 

As Irmãs Mercedárias estão empenhadas: no ensino em escolas e colégios; no aperfeiçoamento artístico e na capacitação dos jovens para o trabalho; na assistência aos órfãos, crianças e idosos abandonados; a ensinar o catecismo em favelas; e ajudam no trabalho paroquial. 

Irmãs Mercedárias do Santíssimo Sacramento

Elas foram fundadas na Cidade do México em 25 de março de 1910. Quando Madre María del Refugio pediu à Cúria diocesana um religioso como diretor e guia do Instituto, o Pe. Alfredo Scotti, Provincial do México, foi sugerido a ela.

Em 11 de julho de 1925, as Irmãs foram incorporadas espiritualmente à Ordem da Misericórdia. Eles obtiveram a aprovação pontifícia em 22 de julho de 1948.

A finalidade do Instituto está expressa nestes termos nas Constituições aprovadas em 1989: “Trabalhar com entusiasmo para prolongar o reinado de Jesus na Eucaristia e o amor filial por nossa Bem-aventurada Mãe da Misericórdia”. 

A Congregação possui escolas e colégios e dedica um cuidado especial à preparação das crianças para a primeira comunhão. Atualmente, as Irmãs estão no México, Colômbia, Chile, Estados Unidos, El Salvador, Itália e Espanha.

Missionários Mercedários de Berriz

Fundado em 1540 como um mosteiro de clausura. Em 1869, foi inaugurado o colégio La Vera Cruz, que se tornaria conhecido. Quando Madre Margarita María Maturana ingressou no mosteiro, em 1903, deu-lhe uma vitalidade que lhe trouxe fama.

Em 1920, ela fundou a Associação Juventude Missionária Mercedária. Em 1926, o papa autorizou o envio de um grupo de missionários mercedários a Wuhu (China).

No dia 23 de maio de 1930, graças ao trabalho da Madre Margarita María Maturana, então superiora do mosteiro, por decreto da Santa Sé, o mosteiro foi transformado em instituto missionário que continuou a pertencer à Ordem da Misericórdia.

As Irmãs se expandiram principalmente na Ásia: China, Japão, Filipinas, Taiwan, Ilhas Carolinas.

Missionárias Mercedárias do Brasil

Elas foram fundadas em 10 de agosto de 1938, por Lucía Etchepare com o apoio e colaboração do bispo mercedário, Monsenhor Inocêncio López Santamaría, prelado de Bom Jesus do Gurgueia (Piauí, Brasil). 

A pedido de sua superiora geral, Madre Lucía Etchepare e seu conselho, o instituto foi incorporado à Ordem em 3 de outubro de 1938, por decreto do Mestre geral.

O objetivo do instituto está expresso nas Constituições, aprovadas em 1990: “As irmãs se comprometem a continuar a missão redentora de Jesus Cristo por meio de seu trabalho apostólico, especialmente nas áreas rurais e nos lugares onde falta assistência.” 

Federação das Irmãs da Ordem das Mercês

Este grupo de mercedárias dá continuidade ao estilo de vida sancionado pela tradição tridentina. Sempre afirmando a sua vocação apostólica, elas assumiram iniciativas ou gestos libertadores compatíveis com o seu encerramento ou vida conventual. 

A maioria das comunidades se uniu em uma federação para garantir uma vida e um trabalho mais autênticos e eficazes. Em 5 de agosto de 1955, a Sagrada Congregação dos Religiosos instituiu a Federação das Irmãs Mercedárias.

As Constituições afirmam: “Hoje nós, Irmãs Mercedárias, pretendemos também anunciar e testemunhar essa esperança messiânica por meio de nossas vidas consagradas”.

Irmãs Mercedárias do Divino Mestre

Este instituto não pertence juridicamente à Família Mercedária. Começou em Buenos Aires, Argentina, com o nome de Irmãs de Nossa Senhora das Mercês do Divino Mestre, em 1887. 

Seus fundadores foram o Padre Antônio Rasore e Sofía Bunge. As primeiras postulantes foram admitidas em 31 de janeiro de 1889. A finalidade deste Instituto de Direito Pontifício é a educação cristã das meninas e as obras de misericórdia.

Leigos Mercedários

O Código de Direito Canônico foi promulgado em 1917. Em referência aos leigos, a Ordem adaptou as regras da Ordem Terceira, da Confraria e de outras associações mercedárias de leigos à nova legislação. 

Embora as constituições desses grupos de leigos incluam e expressem conceitos gerais sobre o estilo de vida mercedário, seu apostolado envolve uma atividade orientada para o bem-estar espiritual dos outros. 

Uma vida espiritual centrada em Cristo exige a oração, a recepção dos sacramentos, a devoção à Santíssima Virgem e ao Fundador, São Pedro Nolasco, e a preparação fervorosa das suas festas.

Na prática, isso se traduz em rezar três Pai-Nossos e três Ave-Marias, rezar pelas almas do purgatório e oferecer parte do rosário pela conversão de pecadores e hereges. 

Devemos também mencionar suas numerosas obras com os necessitados, os enfermos e os presos, que constituem o apostolado social na linha do serviço redentor.

Confrarias

A figura de Maria Santíssima comoveu muitos corações que a veneram com fervor ao longo dos séculos. Assim, em um ambiente mariano, surgiram outras instituições mercedárias. Eles diferem da Ordem Terceira e veneram com fervor Maria da Misericórdia. 

São eles: 

  • Tribunal das Misericórdias; 
  • Servos da Virgem; 
  • Irmãs Sabbatina; 
  • E Fraternidades Marianas. 

A espiritualidade dessas associações brota do carisma da Ordem. Com o desenvolvimento da Ação Católica, essas instituições laicas perderam um pouco de sua força.

O Carisma Mercedário é para você, jovem!

O jovem é alguém que reflete o melhor da vida. Por isso, o Papa Francisco se refere a ele como alguém capaz de criatividade, alegria e ousadia, como na mensagem abaixo:

“Queridos jovens, precisamos de vocês, precisamos de sua criatividade, de seus sonhos e de sua coragem, de sua simpatia e de seus sorrisos, de sua alegria contagiante…” 

E ainda mais: 

“Hoje precisamos de jovens que […] mudem o mundo como Maria, levando Jesus aos outros, cuidando dos outros, construindo comunidades fraternas com outros, realizando sonhos de paz!”

Então, a juventude é um momento forte e feliz, e se torna ainda mais transformador quando se descobre o amor de Deus e se constrói uma vida pessoal e em sociedade mais sadia. 

Por isso, este post traz elementos importantes para ajudar o jovem a viver melhor a partir do carisma Mercedário, porque a espiritualidade Mercedária é uma arma forte para alcançar a liberdade de filhos de Deus. Confira!

São Pedro Nolasco foi um jovem ousado!

Você já ouviu sobre a história do fundador da Ordem Mercedária? Estamos falando do século XV, de um jovem comerciante, bem sucedido, que resolveu libertar os cristãos da escravidão dos mouros, que os sequestravam para trabalherem em suas terras.

Juntamente com alguns companheiros, Pedro utilizou seus próprios recursos para pagar o preço do resgate até decidir fazer desta nobre missão o sentido de sua vida! De fato, Nolasco tinha uma motivação acima do normal  para um jovem de sua época.

Contudo, essa ousadia contagiou outros e a missão transformou-se em uma vocação que se estruturou ao longo de mais de 800 anos, chamada Ordem Mercedária. O carisma que Pedro Nolasco fundou tinha como essência a libertação dos cristãos da escravidão dos mouros.

E hoje, o carisma permanece combatendo a escravidão e anunciando a liberdade de filhos e filhas de Deus, mas não apenas dos mouros e sim de todo projeto de escravidão que atente contra os direitos humanos em qualquer aspecto. 

Jovem, você deseja ser livre?

A liberdade é o anseio de todo jovem. Quando se tem 18 anos, o desejo de conhecer o mundo e aventurar-se é grande para a juventude. No entanto, que preço se paga quando não conhecemos os riscos que o mundo oferece? Na verdade, um valor muito alto.

Por isso, a busca por liberdade precisa de assessoria, ou seja, de instrumentos que protejam o jovem e digam o caminho que ele pode seguir. Um desses instrumentos é a espiritualidade que significa, em resumo, relacionamento com Deus.

Então, vamos nos espelhar na Ordem Mercedária, que aprendeu com seu fundador três práticas fundamentais para viver bem a juventude, sem perder a alegria, a coragem e a criatividade. São elas: a oração, a devoção mariana e o serviço aos irmãos.

Logo, o jovem que vive essas três práticas com constância tem os passos firmes na busca pela liberdade, porque traz consigo princípios do evangelho como o amor, a fraternidade e o serviço, graças que a oração produz no coração, além da proteção divina. 

Conheça o Movimento juvenil Mercedário!

Ao longo de vários séculos, muitos jovens descobriram, na espiritualidade mercedária, um caminho para viverem felizes! Não é à toa que eles estão espalhados em muitos lugares, seja nas paróquias, nas escolas, nos encontros e em projetos que priorizam a vida! 

Em um desses grupos, jovens de El Salvador adotaram como lema de sua missão juvenil a frase “Free to Release”. Sabendo da importância de ser jovens livres para ajudar outros a se libertarem das correntes que os impedem de seguir em frente. Isso é a juventude mercedária: ser livre para libertar!

Juntamente com outros jovens, eles organizam acampamentos, realizam reuniões semanais, refletem a Palavra de Deus, engajam-se na paróquia, organizam atividades de assistência social, em clima de amizade, diversão, criatividade e responsabilidade. 

Ainda contam com a proteção materna de Nossa Senhora das Mercês e de São Pedro Nolasco! Realmente, há um caminho de liberdade aberto para o jovem que deseja viver muito tempo e contar histórias fascinantes para os que virão depois dele!

Conheça um amigo e protetor dos jovens: São Pedro Armengol: o padroeiro dos jovens em perigo!

Ano Vocacional 2023 e a Ordem Mercedária

“Desejamos que o Ano Vocacional ajude cada pessoa a acolher o chamado de Jesus como graça e seja uma oportunidade para que mais e mais corações ardam e que os pés se ponham a caminho em saída missionária”.

Com essas palavras, Dom João Francisco Salm, presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, anima toda a Igreja do Brasil a viver o 3º Ano Vocacional.

O 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil acontece de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023. A iniciativa celebra os 40 anos do primeiro ano dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país.

Neste post vamos conhecer um pouco dessa história, sua importância e os motivos para incentivarmos as vocações no Brasil. Confira!

Por que um ano vocacional?

Podemos avaliar o preço de uma vocação e quanto empenho ela exige de alguém? Não é possível medir, porém seus frutos são enormes. Uma vocação tem o valor de uma vida, ou seja, é incalculável, e atrai tantas outras para o seguimento de Cristo.

Esse seguimento pode acontecer pela vida matrimonial, através do sacerdócio, da vida consagrada ou do serviço leigo nas inúmeras pastorais existentes da Igreja. Logo, rezar pelas vocações e promovê-las é uma responsabilidade de todo cristão(ã).

Por isso, o ano vocacional é tão importante. E “ele não é uma campanha para alcançar pessoas  para o seminário e a vida religiosa”, mas um tempo de evangelização que nos conduz ao encontro com Deus e nos torna missionários em todos os lugares.

Assim, a primeira ação concreta em favor das vocações é a oração. Quem chama de fato é o próprio Deus; Ele se encarrega de colocar no coração humano a inquietação e o desejo de responder ao seu chamado. E como surgiu o Ano Vocacional?

Ano vocacional: um evento que veio para ficar!

Na vida cristã, tudo é providência, e como diz São Paulo: “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (cf. Rm 8,28). Com esse mesmo espírito, o mês vocacional, instituído em 1980, foi o marco inicial para começar o primeiro Ano Vocacional no Brasil. 

Nessa mesma data, durante o Encontro Nacional de Pastoral Vocacional, houve a proposta concreta de se instituir agosto como o mês vocacional. Em seguida, houve em 1983, de um Ano Vocacional, ambas iniciativas surgiram para incentivar as vocações.

E assim aconteceu: em 24 de abril de 1983, com o tema: “Vem e segue-me”, o 1º Ano Vocacional. Já em 2003, aconteceu o 2º Ano Vocacional do Brasil, com o tema “Batismo, fonte de todas as vocações”. 

Esses encontros favoreceram e ampliaram o reconhecimento e a consciência de que toda a comunidade cristã é responsável pela animação, cultivo e formação de uma vocação na vida eclesial e na sociedade. 

Um ano de “Graça e Missão” (cf. Lc 24, 32-33)

Agora, após 40 anos do primeiro Ano Vocacional, a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a realização do 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil, que acontece de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023. 

Com o tema “Vocação: Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33), os bispos afirmam:

A vocação aparece realmente como um dom de graça e de aliança, como o mais belo e precioso segredo de nossa liberdade”. 

O lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33) fala do coração que arde ao escutar a Palavra do Ressuscitado e os pés que se colocam a caminho para anunciar o encontro com o Cristo. 

Já o texto bíblico de Mc 3,13-19 quando Jesus “chamou e enviou os que ele mesmo quis” ilumina e aprofunda que toda vocação tem na pessoa de Jesus o seu início, meio e fim. Portanto, Ele é o centro e a meta de todo vocacionado.

Somos todos responsáveis pelas vocações!

O Texto Base ainda nos diz:

“Toda vocação é con-vocação, ou seja, somos chamados a caminhar juntos no seguimento do Mestre e no empenho pessoal e conjunto de manifestar sua presença no mundo – configurados e conformados a ele –sendo portadores de vida e esperança…” (N. 22).

E tem como objetivo geral:

“Promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus”.

Portanto, toda a Igreja é responsável por zelar, promover e incentivar as vocações à luz da Palavra de Deus. Dessa maneira sabemos que contamos também com os leigos para anunciar essa graça e publicar esse chamado de Deus.

A Ordem Mercedária está unida à Igreja pelas vocações!

A Ordem Mercedária é uma vocação na Igreja. É um caminho de liberdade que nasceu em 10 de agosto de 1218, do coração inquieto de São Pedro Nolasco, nosso fundador, com a missão de redimir os cativos que à época eram escravizados pelos mouros.

Hoje é uma vocação presente em vários países, realizando diversas atividades e comunicando a vida de Cristo a todos as pessoas a fim de gerar uma sociedade livre das prisões do mundo moderno e comprometida com o Evangelho.

Junto com a CNBB, incentiva e alimenta as vocações e acredita que o caminho da felicidade humana passa pelo encontro com Deus, através de um relacionamento pessoal. E o que é vocação senão o encontro de duas vontades: a Divina e a humana.

Assim, façamos deste 3º Ano Vocacional não apenas um momento, mas a oportunidade de lançar as redes como se fosse a primeira vez já que cada chamado é único e irrepetível.

Continue lendo: Chamado vocacional: existe um para mim?

Encontro de Convivência Vocacional Mercedária em Brasília

A vocação é uma descoberta que é feita ao longo da vida, mas principalmente na juventude, quando estão desabrochando as primeiras e mais importantes decisões. 

Encontrar nosso lugar no mundo e discernir sobre o que Deus quer de nós são tarefas que, muitas vezes, inquietam o coração dos jovens. Por isso, é tão importante participar de encontros vocacionais.

Foi pensando nisso que a Ordem Mercedária do Brasil realizou entre os dias 11 e 16 de outubro, no seminário São Pedro Pascual em Brasília, o Encontro de Convivência Vocacional Mercedário.

Esses encontros têm como objetivo ajudar no discernimento vocacional das pessoas que se sentem chamadas à vida sacerdotal e religiosa.

Durante esses dias, 16 jovens puderam aprofundar e refletir, em momentos de espiritualidade e convivência fraterna, sobre o chamado e a vocação Mercedária. 

Rezemos a Deus, pela intercessão de São Pedro Nolasco, para que esses jovens perseverem na vontade e no Chamado que Deus os fez. 

Se você também deseja conhecer melhor a vocação dos Mercedários, acesse aqui a página vocacional e entre em contato! 

Leia também: Vocação: uma descoberta pessoal

Como vive um religioso mercedário?

O religioso mercedário é alguém que responde ao chamado de Deus todos os dias e preocupa-se com a redenção do povo que lhe foi confiado.

Há aproximadamente 450 religiosos mercedários no mundo, espalhados em 4 continentes, 23 países, 152 comunidades. Todos colocam em prática os ensinamentos do Evangelho a partir das inspirações do fundador São Pedro Nolasco.

Mas como vive esse religioso? Quais suas motivações e desafios? Vamos conhecer um pouco sobre a vida de um religioso mercedário a partir do carisma e espiritualidade da Obra, dois sustentáculos na vida deles.


Pedro Nolasco – o primeiro religioso mercedário


É a partir do contato, da experiência concreta com os cativos, que Nolasco sente que o Evangelho deve se tornar carne em suas carnes.” 

Assim começa a história do jovem comerciante Nolasco, mais tarde fundador da Ordem Mercedária, cujo brasão tem uma cruz de oito pontas com o emblema da Catedral da Espanha e símbolo do guerreiro cristão.

Por isso, se deve a origem do nome Ordem Real Celeste e Militar de Nossa Senhoras das Mercês, atualmente: Ordem da Bem-Aventurada Virgem Maria das Mercês ou Ordem Mercedária.

Agora, vamos relembrar essa história que marcou o ano de 1218 e rompeu oito séculos até chegar aqui, quando São Pedro Nolasco inquietou-se com a situação do cristãos capturados como escravos pelos mulçumanos na Espanha.

No entanto, essa inquietação era divina e transformou-se no sentido da vida de Nolasco. Então, em primeiro de agosto, enquanto suplicava a Deus sobre o que fazer com a situação dos cristãos prisioneiros, ele sentiu-se tocado por Nossa Senhora para libertar os cristãos cativos transformando o seu trabalho numa Ordem Religiosa.

Portanto, nasce na Igreja e para os homens a Ordem de Nossa Senhora das Mercês. Dessa forma, a presença de Maria, sua influência e modelo, traçam o perfil da nova Ordem religiosa.

Vamos falar sobre ela agora!


Nossa Senhora – inspiração do religioso mercedário


Está fora de toda dúvida que a Ordem das Mercês nasceu, cresceu e atuou em clima de amor e devoção à Virgem Maria.” 

Em vista disso, a presença de Nossa Senhora na história do religioso mercedário é escolha de Deus. Desde o início da Ordem, ela está presente e a obra ergueu-se sob sua proteção. O próprio nome “Mercês” foi atribuído a ela pelo Papa Alexandre IV, em 1258.

Dessa forma, o religioso mercedário tem por Nossa Senhora uma profunda devoção. E relatos da história da Ordem falam de práticas Marianas que nasceram na Ordem e se estenderam para toda a Igreja.

Por exemplo, o ofício diário de Santa Maria, a Missa e a Salve Rainha dos dias de sábado, sem falar das procissões e dos louvores em honra da Virgem em cada missão realizada.

Além de que, o título “Mercês” consolidou-se na Ordem devido a obra de misericórdia que acontecia em favor dos cativos, então era chamada de Obra da Mercês, que significa misericórdia. Logo, o nome de Maria foi associado a essa nova fundação.

E o que o religioso mercedário traz em si da Virgem Maria? Vamos juntar as peças desse grande mosaico para responder em breve.

Santíssimo Redentor – Centro do movimento mercedário

Não há dúvidas de que Jesus Cristo e seu Evangelho são fontes de inspiração para o religioso mercedário. Mas vamos conhecer que aspecto influencia para entender, logo mais, como vivem os membros da Ordem.

Ora, a obra de São Pedro Nolasco pôs em movimento a libertação em favor dos cristãos cativos, isso é fato consumado na história da Ordem. Em Cristo temos a redenção de todo gênero humano. Dessa forma, a obra começada por Nolasco se encontra dentro da proposta do Redentor.

Logo, a Ordem Mercedária é consumida pelo zelo do Salvador: libertar os cristãos cativos. Para tanto, o religioso mercedário realiza o quarto voto – de redenção – que significa a disposição de dar sua vida, se for preciso, pela libertação dos cristãos.

A obra do Redentor Jesus teve como causa impulsionadora o amor misericordioso que o levou a “dar a vida por seus amigos”(Jo 15,13); e a obra redentora de Pedro Nolasco exige “que todos os frades dessa Ordem, como filhos de verdadeira obediência, estejam sempre alegremente dispostos a dar suas vidas, como a deu Jesus Cristo por nós”.

Como vive o religioso mercedário

“O Espírito do Senhor está sobre mim… Por isto me enviou para anunciar a liberdade aos cativos” (Lc 4,18).

O religioso mercedário é a pessoa que fez a experiência da libertação do mundo; abraça os conselhos evangélicos e mais o quarto voto de redenção, vivendo, ele mesmo, todos os dias, esse “êxodo” pessoal, em busca da vida nova em Cristo Jesus e ao lado de sua Mãe, a Senhora da Mercês.

Seu sim a Deus é um “não” ao poder, ao prazer e ao possuir, que constantemente aprisionam os filhos de Deus. E sua vida é uma resposta ao carisma e ao Evangelho hoje, porque a escravidão moderna tem uma nova roupagem, mas continua atormentando.

Portanto, a vida de um religioso mercedário acontece em vista desse carisma:

“Visitar e Libertar, levando o cativo para um lugar seguro (redenção)”, sendo, ele mesmo, o primeiro visitado por Deus.

Recentemente, o Papa Francisco dirigiu-se ao Mercedários:

“E até hoje existem prisioneiros, como sempre, mudam de geografia, mudam de forma, mudam de cor, mas a escravidão é uma realidade que se conforma cada vez mais.  Cada vez mais e com mais variedade[…] Novas formas de escravidão, dissimuladas, desconhecidas, escondidas, pois são muitas. Até em megalópoles como Roma, Londres, Paris, em toda a parte, há formas de escravidão que proliferam[…]”.

Logo, o religioso mercedário encontra muitos motivos para entregar sua vida a Deus e pela redenção dos cativos.

Sob o manto da Virgem e do Redentor!

O religioso mercedário veste um hábito branco, acompanhado de um escapulário, que representa a pureza da Virgem Maria e as vestes do Ressuscitado! E traz o brasão da Ordem gravado no tecido branco.

Da mesma forma que São Pedro Nolasco se arriscou no resgate dos cristãos cativos, há 800 anos os seus filhos espirituais são chamados a fazer o mesmo. Os tempos são outros, porém a Providência Divina é a mesma e não os deixa sozinhos nesta jornada de redenção.

Que Nossa Senhora das Mercês, a escrava do Senhor, os ponha sempre a caminho.

Como ser feliz na vocação sacerdotal e religiosa

Com certeza, em sua vida você busca a felicidade.  Todos nós a procuramos de diversas formas, seja em relacionamentos, na realização profissional ou na vida acadêmica.

Nesse sentido, há felicidade em muitas opções de vida.  Contudo, a que emana de um chamado e, especialmente, da  vocação sacerdotal e religiosa é diferente, porque não está alicerçada em seguranças humanas, muito menos materiais, mas em uma Presença – Jesus Cristo.

Portanto, quando se descobre um chamado específico, em uma vocação na igreja, a serviço da humanidade, descobre-se uma felicidade perene, que não se perde, nem se negocia, mas é única e intransferível. 

Da mesma forma, é sobre chamado específico e felicidade que vamos conversar neste post: Como ser feliz na vocação sacerdotal e religiosa.

Vocação, um chamado de Coração para coração

A palavra vocação vem do latim “vocare” e se traduz como chamado. Mas, no âmbito religioso, está intimamente ligada ao relacionamento que temos com Deus. Ou seja, a descoberta da vocação específica é resultado de uma escuta profunda. Alguém chama e outro responde. 

Dessa maneira, quem chama é Deus:

“Pedi ao Senhor da messe que envie operários” (cf. Mt 9,38)

Assim, o ser humano responde:

“Senhor, que queres que eu faça?” (cf. At 9,6).

Em outras palavras, há generosidade da parte de Deus e acolhida por parte do ser humano. 

Assim, acontece um encontro entre duas vontades. Dois corações que se amam e desejam caminhar juntos para sempre. Até parece um casamento! E de fato, toda vocação é como um casamento: compreende primeiro amor e, como consequência, compromisso.

Ou seja,  podemos dizer que a vocação é um chamado de amor, cuja resposta é feita na liberdade de quem se descobre amado.

Dessa maneira também acontece com quem é chamado à vocação sacerdotal e religiosa. Vamos compreender um pouco sobre cada uma delas.

Sacerdócio, caminho de felicidade

São João Paulo II disse:

“Toda vocação sacerdotal é um grande mistério, um dom que supera infinitamente o homem”.

Nesse sentido, se esse dom supera a natureza humana, logo ele só pode ser vivido com a graça divina. Nenhum homem, com suas próprias forças, consegue corresponder a esse chamado.

Contudo, o vocacionado ao sacerdócio descobre em si um manancial de felicidade.

Você já deve ter contemplado um padre realizado em sua vocação; ele transborda alegria mesmo na dor. Isso não significa ausência de desafios, mas nada parece ser maior do que o seu desejo de viver a vocação.

Mas, até ele chegar à ordenação sacerdotal, é feito um acompanhamento minucioso, ao longo de no mínimo sete anos. Isso em vista da grande responsabilidade de agir em nome de Cristo na celebração eucarística, na confissão e na unção dos enfermos – sacramentos reservados unicamente a esse ministério.

Vocação religiosa, dom de Deus Pai à sua Igreja!

Na Igreja existem diversas formas de vida consagrada, entre elas, a vida religiosa. Essa é anterior ao próprio sacerdócio.

Nesse sentido, lembramos de Ana que era viúva, vivia no templo e aguardava o Messias (cf. Lc 2,37); o próprio João Batista era um eremita, vivia totalmente dedicado à espera do Messias.

Com a chegada de Jesus, foi inaugurado um novo tempo. E com ele, novas formas de consagração a Deus. Assim, o próprio Jesus é o consagrado por excelência e o modelo da vida religiosa.

Você sabia que para ser religioso não precisa ser padre? 

A vida religiosa está ligada a uma congregação, a uma ordem ou a um Instituto religioso. Portanto, cada pessoa professa os votos de castidade, pobreza e obediência.

O religioso fez um encontro pessoal com o Senhor e identificou-se com a causa do Evangelho. Esse encontro deu-se através de um caminho vocacional, em uma comunidade específica e concretizou-se quando ele disse “sim” e ingressou na vida religiosa.

A vocação religiosa encontra, nas palavras de São Paulo, seu fundamento:

“Para mim, o viver é Cristo” (Fl 1,21). 

Que felicidade é esta?

“Mestre, é bom estarmos aqui” (Lc 9,33)

Esse trecho descreve a satisfação de Pedro ao contemplar Jesus transfigurado. Ele O viu e ouviu a voz do Pai a respeito de Cristo:

“Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o!”. 

Acima de tudo,  em que consiste a felicidade na vocação sacerdotal e religiosa senão na certeza da pertença à Pessoa de Jesus e na escuta de sua voz?

O sacerdote e o religioso são pessoas que fizeram a experiência do Tabor, encontraram sua identidade em Cristo e, por causa disso, colocaram suas vidas à Sua total disposição.

E como eles vivem a felicidade? No constante encontro com Cristo através da espiritualidade, da vida comunitária e do serviço aos irmãos.

Onde encontrar a felicidade através da vocação sacerdotal e religiosa?

As ordens, congregações e Institutos religiosos são oásis no deserto. Deus, em sua sabedoria, inspirou o nascimento da vida religiosa, porque sabia que homens e mulheres iriam transformar o deserto da civilização moderna através dessa forma de vida.

No oásis encontramos água, sombra e descanso. Assim são as Instituições Religiosas – espaços de vida à sombra da Presença divina. Nelas se pode encontrar a vocação sacerdotal e religiosa ao mesmo tempo.

Uma dessas formas de vida são os Mercedários.  Eles são uma Ordem Religiosa, fundada por São Pedro Nolasco, dia 10 de agosto de 1218, em Barcelona (Espanha);  composta de sacerdotes e de irmãos religiosos, que vivem a fraternidade e a comunhão, segundo a regra de Santo Agostinho: ‘‘Um só coração e uma só alma voltados para Deus.’’

Eles estão presentes em 4 continentes, 22 países, 152 comunidades, além das escolas. Ao todo, são mais de 800 frades vivendo o carisma da ordem, com o auxílio de Nossa Senhora das Mercês.

Os Mercedários trazem uma particularidade – além dos votos comuns aos religiosos, eles professam um quarto voto: o da Redenção, em honra ao Santíssimo Redentor.

Que tal entender mais sobre a vocação sacerdotal e religiosa? Acesse: Vocação: uma descoberta pessoal

Vocação: uma descoberta pessoal

Então, o que é vocação? A palavra vocação significa evocar, ato ou efeito de chamar. Há alguém que chama! E essa ação, na vida cristã, é própria de Deus. Ele é quem chama o ser humano à vida, à santidade e a um chamado específico.

Assim, esse chamado pressupõe escuta e resposta. Logo,  quando é correspondida, leva a pessoa humana a realizar-se plenamente. 

Porém, a vocação, também, é uma descoberta que é feita ao longo da vida, mas principalmente na juventude quando estão desabrochando as primeiras decisões da vida.

Portanto, para essa descoberta, é preciso um passo. Há um filósofo chinês – Lao Tsé – que nos lembra que mesmo uma jornada de duzentas milhas deve começar com um simples passo. Logo, esse caminho em busca da descoberta vocacional começa assim, com um “step”!

E para que você compreenda mais o que é vocação, preparamos esse post para te esclarecer melhor e oferecer algumas respostas às suas perguntas.

Vocação à vida 

“Façamos o homem…” essa palavra foi proferida na criação (Gn 1,26). Deus criou todas as coisas e, por fim, o homem – sua obra prima! E o verbo na terceira pessoa do plural – façamos – comprova que Ele não estava sozinho. 

Por conseguinte, há duas afirmações muito importantes nessas três palavras: o homem foi criado por Deus e Deus não estava sozinho. Eis nossa primeira vocação: chamados à vida. 

Assim, não importam a nação, o gênero ou as circunstâncias. Fomos chamados à vida! E nossa vida é um presente de Deus desde sempre.

Deus não nos criou sozinho, logo não somos chamados ao isolamento! Nossa vocação está para o relacionamento, que começa na família

Logo depois “O Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem”(Gn 1,22). O homem não estava sozinho, havia uma comunidade: ele, outro semelhante a ele e a própria natureza. 

Que graça! Veja o que é vocação: somos chamados à vida com outros que nos são semelhantes. Isso é motivo de alegria. Esse é o primeiro momento de descoberta vocacional para qualquer pessoa! Sou chamado à vida. 

Chamados ao amor 

“À nossa imagem e semelhança…” (Gn. 1,26). Assim continua o versículo que fala sobre a criação do homem. Deus o fez diferente de todas as outras criaturas, lhe concedeu uma imagem e semelhanças divinas, O que é vocação a partir desse texto?

Em que nos assemelhamos a Deus? Será nossa fisionomia? Não é a aparência que nos torna parecidos com Deus, mas algo muito maior. Diz São João: Deus é amor! (cf. I Jo 4). Se Deus é amor em sua essência e nos fez semelhantes a Ele, logo amor é a essência da nossa vida e da nossa vocação. Bem falou Santa Terezinha: “Minha vocação é o amor”.

Portanto, o próximo passo nessa caminhada de descoberta sobre o que é vocação é saber que o amor faz parte da nossa vida. E  amor, na vida cristã, é sinônimo de santidade. Logo a santidade faz parte do chamado a partir da vivência do amor. Não há amor sem santidade e o contrário também é verdadeiro.

Além de nos criar, nos amar, Deus também nos elevou a filhos (as) pelo batismoEsse sacramento nos abre a porta para a comunhão plena com Deus! Nos proporciona a vida na graça, nos salva e nos capacita para toda obra. Com ele descobrimos que nossa vida tem uma missão. 

Inquietados por Deus 

O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar” (Gn 12,1). Mas o que é vocação em Abraão.  Ele não sabia o que Deus o reservava, mas foi inquietado por Seu pedido e seguiu a intuição. E a vida de Abraão tornou-se um grande modelo de fé para o povo de Deus.

Assim como Abraão, há momentos em que nos sentimos inquietos. Desejamos algo mais do que um trabalho, um curso superior ou um relacionamento; investimentos que são bons e úteis à vida humana, mas não nos completam totalmente, não têm todas as respostas que nossa vida precisa. 

Ou seja, há momentos que a Voz de Deus nos surpreende,  nos persegue em todos os lugares, nos convidando, de uma forma diferente e única, a seguirmos uma intuição, a descobrirmos a forma de servir a Quem tanto nos ama, não apenas fazendo coisas, mas com a própria vida.

No entanto, para doar a vida através de um chamado é preciso, antes de tudo, descobrir que chamado é esse, a que Deus me chama e como posso respondê-lo? 

Mas você não está sozinho nessa caminhada. O primeiro interessado em que você encontre uma resposta é o próprio Deus.

Então, é preciso colocar-se a caminho! E o primeiro passo você já deu aqui neste post. O segundo é a oração constante, a escuta da Palavra de Deus e o encontro com Cristo nos sacramentos.

Esses gestos irão conduzir sua vida, e as respostas a todas as perguntas irão fluir do seu coração.

Se você tem dúvidas sobre o chamado vocacional, acesse o nosso conteúdo: Chamado vocacional: existe um para mim?