3 características da paternidade divina

Paternidade é uma palavra que nos remete a muitas características, memórias, saudades, dores e até traumas. Mas é uma necessidade do ser humano. Todos temos um pai e precisamos de um pai; alguns são pais biológicos e outros vivem a paternidade do coração.

Agora, há um Pai de todos, com quem um dia nos encontraremos pessoalmente, mas que já foi revelado através de Seu Filho e nosso irmão Jesus. Seu amor é infinito e insubstituível, zeloso e cura todas as ausências paternas da vida humana.

Neste dia dos pais, em homenagem a cada homem que assumiu essa vocação divina, queremos honrar o Pai do céu, modelo de toda paternidade natural e espiritual. Afinal, Ele é consolo, proteção e providência para vida de cada pai da terra.

Significado de Paternidade

O dicionário explica a palavra paternidade como qualidade ou condição de pai; ou como um vínculo sanguíneo que une filho e pai! Realmente, são elementos que se encontram; são relações que nascem e se tornam dependentes; um só existe por causa do outro – o pai é por causa do filho e vice-versa.

Logo, paternidade é uma qualidade de quem se tornou pai e vive como tal. Não apenas gerou biologicamente, mas expressa amor, zelo, cuidado e responsabilidade. Não é um super-herói, porém é mais que isso: é alguém que assume a vida de outro até o fim.

E quando se trata de Deus Pai, todo seu empenho, através de Jesus, foi para que descobríssemos que somos seus filhos, não apenas criaturas, mas filhos amados. Essa é a grande novidade do Evangelho: Deus é Pai e fez de nós Seus filhos queridos!

Foi Jesus quem nos apresentou a paternidade de Deus. Ele o chamava de abá – pai em aramaico – e essa forma de falar não era apenas um símbolo para Jesus, mas como disse o Papa Francisco era todo o mundo de Jesus derramado em seu coração.

Ou seja, chamar Deus de abá demonstrava afeto, amor de criança, sem qualquer intenção, mas de modo completamente terno. O santo padre ainda diz que se experimentarmos esse amor que Jesus tinha pelo Pai, rezaremos o Pai-Nosso com um coração de criança.

Três qualidades da paternidade divina

É Jesus por excelência quem nos apresenta a paternidade de Deus, e o Evangelho de São João é o texto onde Ele mais fala do Pai, por isso é lá que encontramos características da paternidade divina que encantam os olhos e enchem o nosso coração de amor pelo Pai.

E quando um homem se torna pai, passa a entender os sentimentos do Coração de Deus mais do que o próprio Jesus deixou por escrito, porque corre em seu íntimo, em suas entranhas, o amor próprio de quem gera e participa da criação junto com o Criador!

E esse Deus que é Pai, entre tantas qualidades, se expressa assim: “… o Pai me ama…” (Jo 17,18).

Jesus pronunciou essas palavras com segurança, mesmo sendo julgado por elas, porque ninguém chamava a Deus de Pai naquela época. Isso tem muito sentido para nós até hoje. Amar é a maior qualidade paterna, isso implica em perdão e paciência.

É importante associarmos a paternidade de Deus em nossa vida como uma presença amorosa, compassiva e paciente; que cuida de nós e se preocupa com cada filho(a) sem preconceito ou julgamento. Então, seremos curados de qualquer ferida através do amor.

“…Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também…” (Jo 5,17)

Deus Pai é trabalhador e essa qualidade não é apenas física, mas emocional, mental e principalmente educacional. Parece estranho imaginar que Deus trabalhe, mas o trabalho divino é uma ação integral em benefício do ser humano e isso é trabalhoso.

Ele está o tempo inteiro preocupado conosco e não nos impede de fazer nada; coloca pessoas em nosso caminho quando precisamos; nos ajuda a resolver problemas; inspira ações e palavras sábias quando os pais precisam corrigir seus filhos etc.

“…Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30)

Deus Pai é uma companhia constante, mesmo no silêncio. Jesus, no extremo do Seu sofrimento na cruz, gritou pelo Pai. Ele não respondeu na hora, mas estava com Ele na dor profunda e o ressuscitou no momento certo, porque Ele e o Pai estavam juntos sempre.

A paternidade de Deus é uma companhia eterna! Pelo batismo, somos seus filhos para sempre, ainda que O esqueçamos, mas Ele não volta atrás. Há em Deus uma insistência em nos amar que nos constrange, como diz São Paulo (II Cor 5,14). 

Façamos a experiência do amor do Pai!

Não é possível descrever todas as qualidades da paternidade divina! Seria preciso toda a eternidade para isso, mas há uma oração que agrada o Coração de Deus e compensa todos os elogios – o louvor! É como dizer obrigado por tudo que Ele é e faz por nós.

Da mesma forma, no dia dos pais, o maior presente é o reconhecimento dessa vocação; é acolher o esforço, os erros, as lágrimas, as alegrias, as renúncias e tudo o que a paternidade pede de cada pai ao longo do seu caminho.Então, parabéns ao pais! Obrigado a cada pai e viva o Pai do Céu – modelo de amor e dedicação paterna.

5 ensinamentos do Papa Francisco para as famílias

“A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja”.

Essas são as palavras do Papa Francisco que abrem a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, publicada em 2016, que trata especificamente sobre o amor nas famílias.

O documento é resultado de 2 Sínodos dos Bispos sobre a Família, que aconteceram em 2014 e 2015. E o seu objetivo é colocar a família no centro da atenção pastoral da Igreja, como protagonistas, por isso propõe ações práticas para serem vividas dentro do lar.

O padre Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, afirma que a Amoris Laetitia é “uma carta de amor do Papa às famílias”.

Por isso, recolhemos 5 preciosos ensinamentos deste importante documento sobre as famílias para você ler, apreciar e meditar.

Afinal, o próprio Papa Francisco diz no documento: “não aconselho uma leitura geral apressada”, mas a “aprofundar pacientemente” cada palavra. Então, abra seu coração e não tenha pressa!

# 1º ensinamento às famílias: Amor é compaixão

“O amor possui sempre um sentido de profunda compaixão, que leva a aceitar o outro como parte deste mundo, mesmo quando age de modo diferente daquilo que eu desejaria” (AL, 92).

E neste sentido, o Santo Padre cita a paciência como a grande virtude para se conservar o amor nas famílias. E indica:

“Uma pessoa mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos interiores e evita agredir.” “Se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver, antissociais incapazes de dominar os impulsos, e a família tornar-se-á um campo de batalha” (AL, 91).

# 2º ensinamento às famílias: Amar é tornar-se amável

“Amar é também tornar-se amável”, o que significa que nas famílias “o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato”. Logo, “os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos, nem rígidos”.

Por isso, o Papa propõe às famílias cortesia, como uma “escola de sensibilidade e altruísmo”. E essa escola “exige que a pessoa cultive a sua mente e os seus sentidos, aprenda a ouvir, a falar e, em certos momentos, a calar”.

E o Papa ainda alerta:

“Ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor, por isso todo o ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam” (AL, 99).

# 3º ensinamento às famílias: Para amar é preciso desprendimento

É muito comum ouvirmos que “para amar os outros, é preciso primeiro amar-se a si mesmo”. Contudo, não é esse o ensinamento da Palavra de Deus, pelo contrário, São Paulo nos ensina que o amor “não procura o seu próprio interesse” (cf. 1 Coríntios 13,5).

Neste sentido, o Papa Francisco orienta as famílias:

“deve-se evitar de dar prioridade ao amor a si mesmo, como se fosse mais nobre do que o dom de si aos outros”.

E citou o exemplo das mães que “são as que mais amam, procuram mais amar do que ser amadas”. “Por isso, o amor pode superar a justiça e transbordar gratuitamente «sem nada esperar em troca» (Lc 6, 35), até chegar ao amor maior que é «dar a vida» pelos outros” (AL, 102).

# 4º ensinamento às famílias: É preciso perdoar-se para saber perdoar

“Para se poder perdoar, precisamos de passar pela experiência libertadora de nos compreendermos e perdoarmos a nós mesmos”.

O Papa nos ensina que os nossos erros ou o olhar crítico das pessoas que amamos nos fazem perder o amor a nós próprios. E isso nos faz viver de maneira a nos desviarmos do afeto e do carinho dos outros.

Por isso, ele nos diz:

“Faz falta rezar com a própria história, aceitar-se a si mesmo, saber conviver com as próprias limitações e inclusive perdoar-se, para poder ter esta mesma atitude com os outros” (AL, 107).

# 5º ensinamento às famílias: O amor conjugal é a amizade maior

Quantos casais já se separaram porque disseram descobrir estar vivendo uma amizade e não mais um amor, quando na verdade “o amor conjugal é a amizade maior”.

Sobre isso, o Papa Francisco que o matrimônio “é uma união que tem todas as características de uma boa amizade: busca do bem do outro, reciprocidade, intimidade, ternura, estabilidade e uma semelhança entre os amigos que se vai construindo com a vida partilhada”.

Logo a diferença de uma amizade comum para a amizade do matrimônio, é que ao matrimônio “acrescenta a tudo isso uma exclusividade indissolúvel, que se expressa no projeto estável de partilhar e construir juntos toda a existência”.

O Sumo Pontífice ainda recorda às famílias que “a união, que se cristaliza na promessa matrimonial para sempre, é mais do que uma formalidade social ou uma tradição, porque radica-se nas inclinações espontâneas da pessoa humana. E, para os crentes, é uma aliança diante de Deus, que exige fidelidade” (AL, 123).

Semana Nacional das Famílias no Mês das Vocações

O mês de agosto é especial dentro da Igreja porque é dedicado a todas as vocações. Desta forma, a cada domingo somos convidados a refletir sobre uma das vocações:

  • No 1º domingo, a vocação sacerdotal;
  • No 2º domingo, a vocação matrimonial;
  • No 3º domingo, a vida consagrada;
  • No 4º domingo, as vocações leigas;
  • E no 5º domingo, quanto há, celebra-se o dia do catequista.

Contudo, devido a grande importância das famílias para a sociedade e para a Igreja, a partir do 2º domingo até o sábado seguinte vivemos a Semana Nacional da Família.

O objetivo é recordar às famílias que elas são a extensão da Igreja em casa, ou seja, a família é a “igreja doméstica”, onde se ensinam os verdadeiros valores. 

Para isso são promovidas diversas atividades em todo o país, a partir da criatividade pastoral e da realidade de grupos, famílias, comunidades e dioceses.

Portanto, aproveitemos a Semana Nacional das Famílias para olhar para nosso proceder, a partir dos ensinamentos do Papa Francisco, a fim de repensar nossos conceitos e atitudes.

Como saber se tenho vocação para ser padre e religioso?

Você sabia que os termos padre e religioso são vocações diferentes? Já viu algum religioso que não é padre? Ou padre que não é religioso? Pois é! Às vezes confundimos essas expressões e achamos que todo religioso é um sacerdote, quando nem sempre é!

Aprofunde este assunto neste post e descubra outras respostas sobre a vocação sacerdotal e religiosa.

Padre e religioso significam a mesma coisa?

Padre vem de pater no latim e significa pai. A paternidade espiritual é uma das características da vocação sacerdotal. Todo padre ou sacerdote é chamado a pastorear o povo de Deus com um zelo paterno assim como o Pai do céu cuida de seus filhos.

Já o religioso, enquanto vida consagrada, é a forma como são identificados os membros de uma congregação ou ordem religiosa. Por exemplo, os franciscanos, os carmelitas, os mercedários são religiosos que pertencem a uma família consagrada na Igreja. Eles também exercem a paternidade espiritual e ajudam na formação dos filhos de Deus.

Então, o religioso necessariamente está ligado a uma congregação ou ordem religiosa, já o padre tem a opção de ser diocesano ou religioso. Porém, tanto um quanto o outro são vocações, dons do Espírito Santo, e passam por um caminho de descoberta, discernimento e preparação vocacional.

No caso do padre diocesano, ele está ligado a uma Igreja particular, pertence à diocese e obedece ao seu bispo. Ele não professa votos como os religiosos, mas vive o celibato, obedece ao bispo e se dedica ao povo de Deus com intensidade.

Agora, o religioso pode também ser padre, depende do discernimento ao longo do caminho. Logo, o sacerdócio e a vida religiosa se unem em um só pessoa. Da mesma forma, o religioso não é obrigado ao sacerdócio na congregação, mas pode viver como irmão de todos.

Padre e religioso, um chamado ao celibato!

A vocação específica é um chamado, uma eleição divina que nos une mais ao Filho de Deus. Quem chama é sempre Deus; Ele tem a iniciativa. Diz São João que Deus nos amou primeiro e isso acontece em um chamado, porque o amor de Deus se antecipa e nos escolhe.

E padre e religioso são vocações muito unidas a Cristo porque eles imitam a vida de Jesus – o consagrado por excelência – totalmente entregue à missão que o Pai lhe confiou. E para isso, o Senhor não se casou, mas inaugurou o celibato, ou seja, viveu como solteiro. 

Por isso, tanto o padre como o religioso abraçam o celibato. Essa condição acompanha a vocação sacerdotal e religiosa de forma íntima. Quem abraça o celibato na Igreja o faz de coração livre e declara para todos que pertence unicamente ao Senhor e ao povo de Deus.

Logo, viver o celibato é ter um coração indiviso, amar a Deus acima de tudo e de todos; estar em intimidade com o Senhor, assumir a missão de anunciar o Reino para todos, ter pais, mães, irmãos em abundância e coloca-se totalmente disponível para a missão.

Leia também: Chamado vocacional: existe um para mim?

Os sinais de um chamado para ser Padre e religioso

Toda vocação é um mistério, uma revelação divina. É Deus quem diz a modalidade com a qual iremos servi-Lo, logo não escolhemos, mas somos escolhidos, e o belo é que há comunhão de vontades nesse processo, não há imposição, mas proposta da parte de Deus.

Mas como identificar a vocação religiosa e sacerdotal ao mesmo tempo? É preciso estar atento aos sinais. Não existe uma única forma, nem modelo, muito menos uma cartilha para entender o chamado de Deus, mas setas que mostram um caminho. 

Veja algumas delas:

* Desejo de consagrar-se inteiramente a Deus

Assim como Jesus e estar totalmente disponível para o Reino de Deus.

* Ter zelo pela salvação das almas

Precisa gostar das pessoas, estar com elas, procurar soluções para que elas também façam o encontro pessoal com o Senhor que salva.

* Disposição para abraçar os conselhos evangélicos

Viver a pobreza, a obediência e a castidade é estar livre para responder às exigências da vida consagrada e missionária. Mas é também um caminho de aprendizado, e o primeiro passo é a disposição para aprender.

* Gosto pela vida missionária

Jesus foi o missionário do Pai. Ele percorreu povoados, foi à sinagoga, visitou a casa dos apóstolos, comeu com os pecadores, foi a casamentos e velórios, porque em cada um desses lugares acontecia a vida das pessoas. Isso é a missão. 

* Ter uma vida profunda de oração

Quem deseja ser padre e religioso precisa praticar a oração e não apenas admirar, uma vez que ela é o combustível que fortalece a alma, nos livra das tentações e nos ajuda a identificar a voz do Senhor em meio aos ruídos do dia a dia.

* Um coração de pastor

O padre e o religioso são semelhanças do Bom Pastor, então se você tem um coração de pastor é bem provável que haja uma vocação brotando dentro de você.

* Gostar de pastorais e evangelizações

Todo padre e religioso tem na Igreja e no mundo seu campo de missão, e há muitas pastorais, movimentos, ações evangelizadoras e sociais acontecendo, ou seja, não é possível ficar fora dessas realidades.

* Ser apaixonado pelo sagrado

A paixão aqui não é um sentimento momentâneo, mas uma sedução divina que nos leva à entrega total da vida apesar dos sacrifícios e renúncias. O padre e o religioso são homens seduzidos pelo sagrado, seja o altar ou os sacramentos.

* Ser uma pessoa feliz!

Não há vocação sem felicidade, que é diferente de euforia. Felicidade é um estado de realização e não sucesso profissional. O padre e o religioso não são pessoas bem-sucedidas, nem uma estrela midiática, mas alguém feliz por dentro com a opção feita.

Para ser padre ou religioso, antes precisa percorrer um caminho!

Identificou-se com pelo menos 50% desse texto? Isso é um bom sinal! Ou melhor, é hora de se decidir por um caminho vocacional. E o primeiro passo começa com um acompanhamento espiritual, alguém maduro na fé que escute e aconselhe segundo o coração de Deus. 

Leia também: Você sabe o que é uma Ordem religiosa?

Com o acompanhamento, dá-se início ao discernimento vocacional. No momento oportuno, acontece a primeira experiência na congregação e uma jornada cheia de oração, estudo, missão e vida comunitária.

A partir do momento em que o vocacionado reconhece que ali é o seu lugar, as demais etapas vão acontecendo naturalmente. Claro que com muita dedicação pessoal, apoio comum e, sobretudo, com a graça divina, a primeira interessada em nós.

E neste meio, não falta a presença materna da Virgem Maria – a Senhora das Mercês – mãe da Igreja e mestra da vida espiritual. Desde já, consagramos a ela todas as vidas que se sentem atraídas pelo jeito que Jesus amou a humanidade e se entregou por ela.

Que tal descobrir o chamado que o Senhor tem para a sua vida? Seja um vocacionado na Ordem Mercedária 

Vocação: você sabe qual a diferença entre padre e frei?

Você já se atrapalhou com esses dois termos: padre e frei? Geralmente, as pessoas se confundem quando perguntamos qual a diferença entre um e outro. Ou então pensam que são a mesma coisa! Pode até ser a mesma pessoa, mas têm significados diferentes!

Para tirar essas dúvidas, preparamos este post explicativo. Confira!

Padre e frei: vocações distintas?

Antes de qualquer explicação, você precisa ter em mente que ser padre e frei é uma vocação, um chamado divino. Desde a criação, Deus chama o ser humano. Primeiro chama à vida, depois à santidade, através do batismo, e logo depois – não há um momento exato – chama para uma vocação específica.

E essa forma específica de chamado pode ser para o matrimônio, a vida sacerdotal ou a consagração de vida em uma família religiosa. E todo chamado é abençoado por Deus, cada um tem características próprias e servem para a santificação da Igreja.

Imagine o que seria a Igreja sem os sacerdotes, os religiosos ou o matrimônio, que é um celeiro de vocações! Seria, no mínimo, muito sem graça, como um campo sem plantas, sem flores, sem beleza alguma, não haveria diversidade, seríamos todos iguais. Exatamente porque as vocações trazem encanto para a Igreja e completam a grande família que é povo de Deus.

Há diversas vocações, congregações, sacerdotes, famílias, e essa diversidade é como a beleza de um campo de flores onde cada um tem seu aroma, beleza e função próprias. 

Diferença entre padre e frei

Diante da diversidade das vocações, fica mais fácil entender a diferença entre o padre e frei. Os dois são títulos e também são vocações diferentes, mas ambos santificam a Igreja e servem ao povo de Deus. Veja o significado de cada termo: 

A palavra padre vem do latim pater e significa ‘pai’. Normalmente, é assim que chamamos os sacerdotes – homens que recebem o sacramento da ordem – porque eles exercem uma paternidade espiritual em uma comunidade ou paróquia. 

Já o nome frei vem de frater  que significa ‘irmão’, em latim. O frei é alguém que vive em uma Ordem Religiosa, abraça votos, vive em comunidade e escolhe por ser sacerdote ou não, de acordo com a descoberta que ele faz na família religiosa a qual ele pertence. Entre as Ordem mais conhecidas estão: Franciscanos, Dominicanos, Mercedários, Capuchinhos, entre outros.

Sendo assim, o padre é um sacerdote, e o frei é um irmão. Os dois termos são títulos que nomeiam funções e ajudam a diferenciar a vocação. Mas o padre pode ser também frei se ele pertencer a uma Ordem Religiosa.

O sacerdote é mais importante que um irmão religioso?

Alguém pode pensar que ser padre é mais importante do que ser frei, ou que o padre estuda mais que um religioso. Mas não é bem assim. Tanto o padre quanto o religioso são pessoas preparadas para viver sua vocação, e os estudos fazem parte da vida deles.

Por exemplo, o padre e o frei estudam filosofia e teologia; é possível fazer outra graduação, depende da escolha de cada um ou da necessidade pastoral. Por exemplo, eles podem cursar uma licenciatura, administração, marketing, direito, podem fazer pós-graduação etc.

Ou seja, tanto o padre quanto o frei são homens que se preparam vocacional e intelectualmente para responder ao chamado de Deus e servir à Igreja durante toda a vida. E os estudos duram pelo menos sete anos, fora outras atividades que eles experimentam.

Há também a realidade dos padres diocesanos. Esses estão ligados ao bispo diocesano, não moram em comunidade, nem proferem votos. Já o padre-frei: vive em comunidade, faz votos, estão ligados à Congregação e obedecem aos seus superiores.

Além disso, existem também os padres religiosos, que pertencem a uma Congregação Religiosa, como a Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição, os Padres Redentoristas, entre outros.

Um frei mercedário

Todo mercedário é frei, mas nem todo frei mercedário é padre. Entendeu? Isso porque os mercedários são religiosos da Ordem de Nossa Senhora das Mercês – uma família consagrada a Deus, fundada por São Pedro Nolasco em 1218, logo são freis.

No entanto, é possível viver o carisma mercedário como irmão, sem o sacramento da ordem. Os freis estudam, têm funções apostólicas, assumem grandes responsabilidades, orientam o povo de Deus e formam as lideranças.

Dessa forma, ele responde à vocação mercedária dentro de um carisma próprio que é ser irmão de todos. Mas aquele que assume o sacramento da ordem se torna um frei-padre, serve ao povo de Deus e desempenha as funções próprias do sacerdote.  

Todas essas possibilidades são dons de Deus para seus filhos e causa de alegria para a Igreja! Acreditamos que agora já ficou mais claro a diferença entre padre e frei. O mais importante é que cada um em sua vocação contribui com a salvação do povo de Deus.

E você já pensou em ser um Frei Mercedário? Se você tem dúvidas sobre a sua vocação, baixe agora o E-Book: Vocação: por que você precisa pensar sobre isso?

O que fazer com os filhos nas férias?

A escola realmente ocupa o tempo das crianças e adolescentes por ser um espaço fundamental na formação de cada um deles. Por isso que os filhos nas férias são um desafio para os pais, e a pergunta chega para todos: o que eles farão em casa?

A primeira atitude é descansar dos horários, depois agradecer por mais uma etapa, ao mesmo tempo em que é momento de aproveitar a família, os colegas, outros ambientes e juntar histórias no banco de memórias para contar na escola e no futuro!

Mas ninguém está sozinho nas férias. Há sempre uma rede de apoio por perto, inclusive a escola Mercedária é uma delas. Por isso, preparamos algumas sugestões para ajudar os filhos nas férias, torcendo para que tudo ocorra bem e logo nos reencontremos.

Filhos nas férias – momento de estarmos juntos

Antes de tudo, as férias estão previstas no calendário escolar, mas nem sempre são organizadas pela família. Logo, os filhos nas férias pedem uma preparação prévia, para que o tempo não passe e fique aquela sensação de que nada aconteceu. 

Ao contrário, quando a família se programa, há espaço para tudo. E é momento de estreitar ainda mais os laços familiares, aguçar a criatividade, realizar atividades em conjunto e criar a cultura das férias participativas quando cada um contribui com suas ideias.

Mas também não se preocupe em elaborar tudo! Mesmo porque talvez não seja possível todos estarem de férias! É preciso dar espaço para o improviso, relaxar, descansar e principalmente conviverem: pais, filhos, irmãos, família, amigos! O afeto familiar é o alicerce para um crescimento sadio e isso reflete na escola, no grupo dos amigos e na sociedade.

Então, aproveite as férias de forma saudável e afetuosa com seus filhos! E para dar uma forcinha, selecionamos algumas dicas simples, econômicas e fáceis de praticar, afinal as férias pedem menos esforço e mais alegria e descontração.

Sugestões que ajudam a movimentar os filhos nas férias

Algumas sugestões já demos ao longo do post, mas vale reforçar aqui: 

#Planejamento antecipado

Planejamento e organização são fundamentais para o sucesso de um evento. Consideremos que as férias são um grande evento na vida de alguém. Então, é importante pensar, planejar e, se possível, contar com a ajuda dos filhos para colocar em prática.

Agora, o roteiro será diferente de acordo com a disponibilidade dos pais. Talvez não seja possível que todos tirem férias no mesmo período das férias escolares, mas ajustes são bem-vindos em todas as situações.

Caso haja apenas os filhos nas férias, procure um horário do dia para dar qualidade de atenção para eles, veja os finais de semana ou programe um tempo livre para vocês ficarem juntos. 

#Tire férias da internet

A internet rouba muita atenção de todos nós. Seja em casa, no trabalho ou no lazer. Então, procure se desligar um pouco das redes sociais, reduza o tempo de uso das crianças, faça apenas o que é necessário, já que não se pode afastar totalmente da comunicação.

No entanto, principalmente para os filhos nas férias, é hora de procurar outras distrações, companhias presenciais, brincar com amigos, ir ao cinema, interagir com pessoas para saber o quanto há vida fora das telas de um computador ou de um smartphone.

#Aproveite o meio ambiente

A natureza nos reserva momentos tranquilos e saudáveis. A sugestão é aproveitar os dias de sol para curtir a praia, o parque, a praça, pedalar, jogar bola, fazer trilha ou até acampar com a família.

E há vários espaços públicos que favorecem atividades artísticas, brincadeiras, recreação, visitação histórica, passeios para as crianças. Se não forem gratuitas, elas costumam cobrar apenas uma taxa simbólica para que todos tenham a oportunidade de apreciar.

#Piquenique em família

Piquenique é uma atividade bem antiga e deliciosa. Só o fato de sair um pouco dos limites da casa ou apartamento, já ajuda. E os filhos nas férias podem convidar outros colegas,  correr, jogar, cansar e tomar um lanche ao ar livre. 

#Opções dentro de casa

É bom estar preparado para atividades dentro de casa também! Há dias chuvosos ou até aqueles em que não há disposição para sair, mas isso faz parte das férias. Aí entram em cena os jogos, uma sessão de fotos, uma conversa boa, um karaokê ou quem sabe uma maratona de filmes em família. 

#Cozinhar e saborear juntos!

Há quem pense que cozinhar não é prazeroso! Mas tudo depende do motivo, da companhia e do cardápio. E os filhos nas férias têm essas três coisas! Logo, proporcione esse momento juntos; escolha um cardápio fácil, diferente e convide as crianças para cozinhar.

Claro que os cuidados não tiram férias! Portanto, deixe as crianças longe de objetos cortantes, fogo e tomadas. Do mais, divirtam-se e experimentem doce ou um salgado juntos. Comer bem faz parte das férias!

#Leitura e contação de histórias com os filhos nas férias

A leitura é uma ação fantástica! Ela favorece viagens incríveis sem sair do lugar físico. Logo, outra boa sugestão é a leitura e a contação de história para os filhos nas férias. É possível, inclusive, ler histórias bíblicas, contar fatos da vida de Jesus e dos apóstolos.

Por fim, use a criatividade para conviver com os filhos nas férias, peça a sugestão deles, negocie horários, atividades, seja flexível com a rotina, mas, principalmente, ofereça seu carinho e atenção, mesmo que não seja durante o dia inteiro. 



Este conteúdo também pode ajudar a sua família: Mudar de escola no meio do ano vale a pena?

CAENA: Empreendedorismo e Libertação Social no Nordeste de Amaralina

O Centro Avançado de Empreendedorismo do Nordeste de Amaralina (CAENA) nasce do olhar cuidadoso da Ordem Mercedária do Brasil, para as diversas formas de cativeiro da atualidade. Tráfico de drogas, violência e pouco acesso a uma formação que contribua para a melhoria de qualidade de vida dos jovens. Essas são as características do cativeiro que interpelaram, em 2014, o carisma da Ordem Mercedária: visitar e libertar.


Uma situação de vulnerabilidade social e econômica, que se apresenta no Nordeste de Amaralina, um complexo urbano de quatro bairros de Salvador, Bahia, e que possui cerca de 76.068 mil habitantes, sendo que 14% desta população são de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos e mais de 80% dessa população ganha menos de um salário mínimo, segundo dados do IBGE (2010). Essa é a realidade que a Paróquia Nossa Senhora da Luz, sob a administração da Ordem Mercedária, lida há mais de 40 anos no Nordeste de Amaralina.


De um terreno baldio da Ordem Mercedária, do desejo de mudança de realidade de jovens e de seus familiares, da mobilização da comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Luz (PNSL) e de uma ação voluntária comprometida com a causa social, se constituiu o projeto CAENA.


Hoje, assume a forma de uma associação beneficente e de assistência social, sem fins lucrativos, com a finalidade social de impulsionar os jovens a empreender, a partir da vocação deles, com responsabilidade e primando pelo bem comum, por meio de uma formação empreendedora capaz de aprimorar os talentos e o potencial de transformação desse público.


Até 2022, o CAENA conseguiu impactar diretamente a vida de mais de 1000 pessoas do Nordeste de Amaralina. Quer seja por meio de uma formação mais intensa do ser empreendedor, com metodologia própria e que abrange uma trilha pedagógica de 450 horas de capacitação; quer seja por meio dos cursos breves, com o objetivo de instrumentalizar os participantes para a geração de renda, realizados em parceria com outras instituições locais de renome, como a Universidade Católica do Salvador (UCSAL), a Junior Achievement (JA- Bahia) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).


Assim o CAENA se constitui como um espaço de valorização do indivíduo, que inova ao vincular empreendedorismo e vocação, aprimoramento de competências do ser empreendedor e o conhecimento básico de ferramentas de gestão, construção de conhecimento e aplicação prática do saber. Busca revelar o que há de melhor nos jovens e dar-lhes as ferramentas para transformar recursos em riquezas, superar os desafios com criatividade.

Assista ao vídeo inspirador abaixo e conheça a história do CAENA: uma jornada de empreendedorismo, superação e transformação social. Junte-se a nós nessa busca por um futuro mais promissor para jovens do Nordeste de Amaralina!

Celebração dos 90 anos da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês em Ramos – RJ

Ontem, dia 13 de julho, celebramos solenemente uma eucaristia em ação de graças pelos 90 anos da criação da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês em Ramos, no Rio de Janeiro. A celebração, presidida por Dom Antônio Luiz Catelan Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, teve início às 19h30.

As celebrações do Tríduo e da festa foram abertas por Dom Orani João Tempesta, O.Cist., Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, no dia 10, em uma eucaristia marcada por confraternização e ação de graças pelo caminho percorrido pela Paróquia de Nossa Senhora das Mercês.

Durante o tríduo e a festa, centenas de fiéis passaram pela igreja das Mercês, recebendo os sacramentos e vivenciando a dimensão comunitária de sua fé. Essa importante paróquia do Rio de Janeiro marca a história das Mercês no Brasil em seu centenário (1922-2022), pois dela surgiram três bispos mercedários, além de muitos ministros, evangelizadores, religiosos e leigos engajados no serviço evangelizador da Igreja no Brasil.

É digno de destaque o trabalho social realizado pelos religiosos mercedários ao longo dessas nove décadas, como a creche de São Pedro Nolasco no Morro do Alemão. As atividades sociais paroquiais sempre foram um sinal de esperança e novas oportunidades para muitas pessoas que buscaram auxílio em nossas obras e pastorais.

Representando o governo provincial, o Pe. Frei Rogério Soares, responsável pela pastoral na Província de São Raimundo Nonato, participou da festa e cumprimentou todos os paroquianos por fazerem parte dessa bela história das Mercês no Brasil, da qual a Paróquia de Nossa Senhora das Mercês de Ramos continua sendo uma referência icônica.

Fazenda da Esperança expande suas atividades no Distrito Federal e acolherá homens em busca de recuperação de vícios

No ano em que a comunidade terapêutica Fazenda da Esperança comemora 40 anos de trabalho, alcançou-se mais um marco significativo. Na tarde desta segunda-feira (10/7), a governadora em exercício Celina Leão assinou a licença ambiental que autoriza o início das obras da segunda unidade de tratamento de dependentes químicos. O terreno para a nova unidade foi cedido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), no Sol Nascente e Pôr do Sol.

Com efeito, essa iniciativa permitirá que a Fazenda da Esperança expanda suas instalações e acolha homens em busca de recuperação de vícios, proporcionando-lhes tratamento gratuito de alta qualidade. A nova unidade, com capacidade para abrigar até 130 internos, irá complementar o trabalho já realizado na sede em Brazlândia, que atendia exclusivamente mulheres em recuperação do vício das drogas e do alcoolismo.

A governadora em exercício, Celina Leão, enfatizou o apoio do governador Ibaneis Rocha ao projeto e destacou a importância do tratamento de dependentes químicos. Além disso, ela ressaltou o compromisso do governo em disponibilizar a área para a construção da nova unidade. “Quero relembrar que o governador Ibaneis Rocha abraçou esse projeto quando fez a cessão da área. Hoje é a continuação com a assinatura da licença ambiental para que as obras comecem. Sabemos o quão importante é fazer o tratamento dos dependentes químicos e tenho certeza que Brasília será vitrine para esse trabalho de excelência feito pela Fazenda da Esperança”, afirmou Celina Leão.

Em novembro de 2020, ocorreu o lançamento da pedra fundamental da nova unidade em um terreno de 35 hectares localizado na zona rural do Sol Nascente e Pôr do Sol. A cessão desse espaço foi possível por meio do termo assinado entre a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

Após a assinatura da licença, Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental, ressaltou que os impactos na área onde a fazenda será instalada são mínimos. O projeto foi cuidadosamente analisado pelo Brasília Ambiental, considerando soluções para impermeabilização e outras questões ambientais. Nemer pontuou: “É um projeto bem ambientado e que vai ajudar muitas pessoas”.

O representante da Fazenda da Esperança no DF, Frei Rogério Soares, expressou sua satisfação com a conquista da licença e agradeceu o apoio do governo. Ele ressaltou a importância da unidade masculina e o anseio de anos para sua concretização. Frei Rogério afirmou: “Esperávamos há anos que Brasília tivesse uma unidade para o público masculino. Sem essa licença, jamais conseguiríamos construir. Já nesta terça-feira (11/7), começamos a obra com as máquinas no local e temos certeza que seremos um modelo para o Brasil todo”.

Além disso, é importante mencionar que a Fazenda da Esperança no Distrito Federal contará com Frei Rogério Soares como presidente e terá Caio Valente como secretário geral. Ambos desempenharão papéis essenciais na condução e gestão dessa nova unidade.

Com a inauguração da nova unidade voltada para homens, a Fazenda da Esperança fortalece seu compromisso de oferecer suporte e tratamento a pessoas que desejam se libertar do vício das drogas, ampliando assim seu impacto positivo na sociedade. A expectativa é que essa iniciativa se torne um modelo inspirador não apenas em Brasília, mas em todo o Brasil.

Contagem regressiva para JMJ Lisboa 2023

Imagine um evento que, em 30 de junho deste ano, já contava com 313 mil inscritos, 737 Bispos (dos quais 29 são Cardeais), também 2600 Padres, 22.282 voluntários provenientes de 143 países e 2069 profissionais de comunicação! Esta é a JMJ Lisboa, a caminho da sua abertura, dia 01 de agosto, em Lisboa-Portugal.

Não é para menos, uma vez que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é o maior evento católico a nível mundial, que reúne fé, arte, cultura, evangelização, juventude de todas as idades, em torno de Pedro. É um acontecimento único e celebrado a cada dois anos.

Você está por dentro? Quer saber como começou tudo isso? E ainda dá tempo de participar! Então, se atualize aqui neste post que preparamos com muito entusiasmo!

JMJ Lisboa – de onde veio essa inspiração?

A Jornada Mundial da Juventude aconteceu pela primeira vez no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. Através da inspiração do Papa João Paulo II, que tanto amou os jovens e idealizou esse encontro grandioso para dizer que a Igreja está com eles! 

Desde então, a cada dois anos, a Jornada é celebrada em um país diferente e consegue movimentar e renovar a fé de pessoas do mundo inteiro e de várias religiões. Em 1987 havia 1 milhão de participantes em Buenos Aires quando o Papa João Paulo II lhes disse: 

“Repito ante vós o que venho dizendo desde o primeiro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja.” 

Agora, a JMJ Lisboa será em Portugal, mas ela já percorreu muitos lugares e marcou a história de milhares de peregrinos. Veja onde a JMJ já aconteceu: 

  • Santiago de Compostela – Espanha;
  • Czestochowa – Polônia;
  • Denver – EUA;
  • Filipinas;
  • Paris;
  • No Jubileu do ano 2000, aconteceu em Roma;
  • Na cidade canadense de Toronto; 
  • Colônia – Alemanha, com a presença do Papa Bento XVI; 
  • Em Sydney – Austrália; 
  • Madri – Espanha;
  • Rio de Janeiro, com a presença do Papa Francisco; 
  • Em Cracóvia; 
  • Por fim, no Panamá.

Símbolos da JMJ Lisboa 

O Papa João Paulo II confiou aos jovens, no Domingo de Ramos de 1984, dois símbolos: a Cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, para que fossem levados por todo o mundo, a fim de evangelizar jovens e suas famílias. 

Assim, os símbolos já atravessaram os cinco continentes e mais de 90 países. Foram transportadas a pé, de barco, trenós, gruas ou tratores, em selva, igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais.

A Cruz possui 3,80 metros de altura, foi construída em madeira e traz uma placa de metal com a seguinte inscrição:

“Queridos jovens, no final do Ano Santo, confio-vos à natureza do Jubileu: a Cruz de Cristo. Levem-na para o mundo como um símbolo do amor de Cristo para com as pessoas e preguem a todos que só com a morte e ressurreição, há a salvação e a redenção de Cristo”.

Em 2000, uniu-se a ela o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, uma das devoções mais antigas na Itália, que tem 1,20 m de altura e 80 centímetros de largura, e São João Paulo II se dirigiu aos jovens: 

“Hoje eu confio a vocês… o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas”.

Antes do início de cada JMJ, a Cruz e o ícone peregrinam pelas dioceses do país sede, comunicando a experiência redentora e preparando os corações para a Jornada. Na JMJ Lisboa, a peregrinação dos símbolos aconteceu de novembro de 2021 até julho de 2023.

Alegria, fé e muita juventude se reúnem em Lisboa Portugal

A JMJ Lisboa acontece de 01 até 06 de agosto e tem como tema: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39). Mas a peregrinação começa antes, nos chamados “Dias nas Dioceses”, de 26 a 31 de julho, quando os participantes visitam 17 dioceses de Portugal continental e ilhas, participam de eventos e convivem com diversas culturas.

Há diversas atividades de evangelização durante os dias da JMJ Lisboa. Entre elas destacam-se:

  • Festival da Juventude, com a realização de mais de 350 eventos, música, dança, exposições, teatro, conferências, cinema, esporte e muito mais, gratuito e aberto a todos.
  • Cidade da Alegria é o nome do espaço que juntará a Feira Vocacional e o Parque do Perdão na JMJ Lisboa 2023. 
  • Os Eventos Centrais, que incluem a Missa de Abertura, o Acolhimento, a Via-Sacra, a Vigília e a Missa de Envio. A Missa de Abertura da JMJ Lisboa será presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
  • O Acolhimento é o primeiro momento de encontro entre os jovens e o Papa, esta cerimônia será um evento de caráter festivo e de encontro, mantendo a dimensão de oração. 
  • A Via-Sacra é a experiência orante e imersiva, seguindo os passos de Jesus na Sua paixão.
  • A grande Vigília – o evento com o Santo Padre e os jovens, durante a madrugada do sábado para o domingo, com orações, reflexões e adoração ao Santíssimo Sacramento.
  • Por fim, a Missa de envio, uma celebração presidida pelo Santo Padre para terminar a JMJ Lisboa 2023. Antes do final da Missa, o Santo Padre anuncia a cidade que acolherá a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude.

Ainda “vais a tempo de te inscrever”

A JMJ Lisboa acontece pela primeira vez em Portugal. Um país acolhedor, com um idioma conhecido pelos brasileiros, repleto de belezas e marcado pela presença da Virgem Maria, a Senhora de Fátima.

Junto aos peregrinos, a presença mais esperada é do Papa Francisco. Ele chega dia 02 de agosto e permanece até o final da jornada com uma programação vasta, cheia de muitos encontros com autoridades eclesiásticas, civis, religiosos e com os participantes. 

Para a JMJ Lisboa 2023, o Comité Organizador Local escolheu 13 patronos, mulheres, homens e jovens, que “demonstraram que a vida de Cristo preenche e salva a juventude de sempre”, como afirma o Cardeal-Patriarca, nascidos na cidade que acolhe a JMJ ou que, naturais de outras geografias, são modelos para a juventude.

E ainda é possível participar desta alegria! O evento é aberto e gratuito. Apenas para os que precisam de alojamento ou casas acolhedoras, as inscrições se encerraram dia 30 de junho, mas é possível participar da JMJ de outra forma, basta acessar o site.

Um Quatriênio de Serviço e Missão

No final do capítulo, assessorados pela Irmã Maria Áurea Marques, a Congregação das Irmãs Mercedárias Missionárias expressou profunda gratidão. E assim, agradecemos a Deus pelas Irmãs que concluíram esse ciclo de doação no Conselho Geral: a Irmã Graças e Irmã Ednete

A Congregação agradece a Deus pelas Irmãs que concluíram esse ciclo de doação e desejamos-lhes bênçãos contínuas em sua nova missão.

Com entusiasmo, apresentamos a nova equipe que assume o Conselho Geral. A Superiora Geral, Irmã Janice (reeleita), estará acompanhada pela Irmã Ana Maria (1° Assistente Geral), Irmã Altair (reeleita), Irmã Socorro e Irmã Josilma. Desejamos uma frutuosa missão a todas na Animação da Vida Religiosa Consagrada Mercedária Missionária no quatriênio 2024-2027.

A Congregação expressa votos de uma missão frutuosa para o novo Conselho Geral. A oração, o apoio e o afeto de toda a família mercedária as acompanham nessa jornada.

Que a Santíssima Vontade de Deus continue a guiar cada passo do Conselho Geral, fortalecendo os laços de união e serviço em prol da missão da Congregação.